Summaries / Resúmenes - Studia Moralia

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11.07.2015 Views

ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP 191tenças são verificáveis e não existem sem o meaning. 23Segundo R. Carnap, a primeira deduz-se como enunciado psicológico,relativamente às reacções emotivas, pertencendo quer àpsicologia quer à ética. Apesar das sentenças da ética normativaterem regras ou enunciados axiológicos, carecem de sentido teóricoe não se apresentam como enunciados científicos. 24No sentido de evitar equívocos, deveremos dizer que, denenhum modo, negamos a possibilidade e a importância deuma investigação científica, sobre os enunciados, bem como osactos da valorização. Ambos constituem acções de indivíduos etornam-se, como todas as espécies de actos, possíveis objectosda investigação empírica.Para R. Carnap, estes enunciados históricos e sociológicosdefinem actos axiológicos, que se apresentam como proposiçõescientíficas, pertencentes à ética no primeiro sentido dadoa este conceito. 25Com efeito, as proposições axiológicas per se são objecto deinvestigação e não constituem proposições destas teorias.2.4 – De acordo com alguns pensadores, as proposiçõesaxiológico-éticas significam-se como enunciados em relação àsconsequências dos actos considerados. Logo, denominar bomou mau, a um género de conduta, significa tanto como dizerque é adequado ou inadequado para determinado propósito.Na verdade, pelo pensamento do filósofo do Circulo de Viena,referir que “matar é mau” poderá traduzir-se em que matar nãoé um procedimento adequado, ao projectar-se na vida de umacomunidade harmoniosa. Logo, sobre as bases de alguma interpretaçãodesta espécie, como função instrumental de interesseshumanos ou de questões analógicas, uma proposição de valortem um conteúdo cognoscitivo. 26Mas, na linha do neopositivismo, representado pelo pensamentode R. Carnap, supomos que um filósofo recusa dar às23Cf. Idem – Meaning and Necessity, 23-25.24Cf. Idem – Logical Foundations of Probability, 15-16.25Cf. Idem – Der logische Aufbau der Welt, Hamburg, F. Meiner-Verlag,1961, 30-32.26Cf. Idem – Scheinprobleme in der Philosophie, 302-304.

192 RAMIRO DÉLIO BORGES DE MENESESproposições axiológicas qualquer hermenêutica,que as torneanalíticas e sujeitas à comprovação,por meio da evidênciaempírica. Mas, um determinado acto é bom, não porque possater alguma consequência, mas em virtude da sua naturezaintrínseca. Segundo o pensamento do filósofo e lógico doCirculo de Viena (neopositivismo lógico), as proposições devalor podem denominar-se absolutas, diferentemente de outrasmencionadas, como as que são relativas a determinados propósitos.27O juízo crítico do empirismo lógico expressa-se contra osentido das proposições de valor absoluto.Com muita frequência, usa-se a palavra “significado”, nodomínio da ética analítica, in lato sensu, querendo acentuarque o género do significado, que negamos ao enunciado devalor absoluto, será exclusivamente o meaning cognoscitivo.Seguramente que estes sentidos possuem significados expressivos,especialmente emotivos e volitivos. Tal facto reveste-se degrande interesse para a eficiência ética.2.5 – A ética, segundo R. Carnap, é “proposicional” e aquisão analisadas as sentenças empíricas, como investigações psicológicase sociais, sobre as acções dos actos humanos, atendendoa sentimentos lógicos.A ética também é mais do que uma axiologia (filosofia dosvalores). Comparativamente, segundo J. de Finance, a ética éuma reflexão categoricamente normativa sobre o agir humano.Assim, surge a ética como a” morada da conduta humana”. 28Não é este o sentido dado por R. Carnap, para quem a éticaé uma semântica proposicional dos actos humanos. Surgecomo gramática lógica do agir humano e refere-se como filosofiaanalítica ,na sequência do criador da filosofia da linguagem(G. Frege).Assim, o objecto formal da ética será a moral. É este elementoque não será considerado por R. Carnap. A ética filosóficaconstitui-se como momento reflexivo da moral, fundamentalmentepara responder a três questões:27Cf. Idem – Der logische Aufbau der Welt, 69-71.28Cf. J. DE FINANCE – Être et Agir, Paris, Beauchesse et ses fils, 1965,1-6.

ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP 191tenças são verificáveis e não existem sem o meaning. 23Segundo R. Carnap, a primeira deduz-se como enunciado psicológico,relativamente às reacções emotivas, pertencendo quer àpsicologia quer à ética. Apesar das sentenças da ética normativaterem regras ou enunciados axiológicos, carecem de sentido teóricoe não se apresentam como enunciados científicos. 24No sentido de evitar equívocos, deveremos dizer que, denenhum modo, negamos a possibilidade e a importância deuma investigação científica, sobre os enunciados, bem como osactos da valorização. Ambos constituem acções de indivíduos etornam-se, como todas as espécies de actos, possíveis objectosda investigação empírica.Para R. Carnap, estes enunciados históricos e sociológicosdefinem actos axiológicos, que se apresentam como proposiçõescientíficas, pertencentes à ética no primeiro sentido dadoa este conceito. 25Com efeito, as proposições axiológicas per se são objecto deinvestigação e não constituem proposições destas teorias.2.4 – De acordo com alguns pensadores, as proposiçõesaxiológico-éticas significam-se como enunciados em relação àsconsequências dos actos considerados. Logo, denominar bomou mau, a um género de conduta, significa tanto como dizerque é adequado ou inadequado para determinado propósito.Na verdade, pelo pensamento do filósofo do Circulo de Viena,referir que “matar é mau” poderá traduzir-se em que matar nãoé um procedimento adequado, ao projectar-se na vida de umacomunidade harmoniosa. Logo, sobre as bases de alguma interpretaçãodesta espécie, como função instrumental de interesseshumanos ou de questões analógicas, uma proposição de valortem um conteúdo cognoscitivo. 26Mas, na linha do neopositivismo, representado pelo pensamentode R. Carnap, supomos que um filósofo recusa dar às23Cf. Idem – Meaning and Necessity, 23-25.24Cf. Idem – Logical Foundations of Probability, 15-16.25Cf. Idem – Der logische Aufbau der Welt, Hamburg, F. Meiner-Verlag,1961, 30-32.26Cf. Idem – Scheinprobleme in der Philosophie, 302-304.

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