Summaries / Resúmenes - Studia Moralia

ÉTICA ANALITICA SEGUNDO R. CARNAP 183pretendem-se traduzir os problemas das éticas, no modo materialde falar, comummente usados, em modos formais. Estapossibilidade de os traduzir mostra que possuem, segundo alógica simbólica, uma sintaxe formal. Assim, pretende-se umestatuto epistemológico para a ética e para a bioética, guiandonospelo pensamento neopositivista de R. Carnap. A ética temalgo de positivo, que é necessário analisar logicamente.1 – Valor Epistemológico: significado e critériosO objectivo epistemológico, segundo o Círculo de Viena (R.Carnap, M. Schlick, etc), é a formulação de um método para ajustificação dos conhecimentos (Erkenntnisse) na procura deencontrar um princípio fundamentador, que foi denominado –princípio da verificabilidade –. A epistemologia significa, comose poderá “verificar”, uma parte ostensiva do conhecimento,isto é, como se poderá justificar um conhecimento autêntico.Segundo o neopositivismo de Viena, verifica-se o conteúdode certo conhecimento, relacionando-o com os conteúdos deoutros conhecimentos, que se supõem válidos. Na verdade, umconteúdo será reduzido a outro, ou será epistemologicamenteanalisado, pelo sentido da lógica formal. 5Naturalmente, a lógica ensina a derivação da validade dealgumas proposições (Setzungen) e da validade pressuposta deoutras. De facto, a diferença é que a derivação lógica tem elementos,através da reorganização dos conceitos, dado que, naproposição derivada, não poderá surgir qualquer novo conceito.É característico de uma derivação epistemológica que o conhecimentoa ser analisado, isto é, que a sentença deve justificarse,contém um conceito,que não se mostra nas premissas(Voraussetzungen).Segundo R. Carnap, para determinar o significado dos conteúdosdo conhecimento, a epistemologia deve investigar osobjectos (conceitos) da ciência (empírica) em suas várias subdivisões(ciências naturais e culturais). Devem ser averiguados osoutros objectos, a que se pode reduzir o conhecimento do5Cf. R. CARNAP – Scheinprobleme in der Philosophie, Hamburg, FelixMeiner-Verlag, 1961, 6-7.