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Edição 77 - Insieme

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LIVRE PENSAR OPINIONE<br />

cendo che manca solo di proporre Bush<br />

e Condolezza per il Premio Nobel.<br />

Aggiungo che, nel caso in cui il<br />

progetto venga ad essere imposto a<br />

Cuba così democraticamente come è<br />

successo dalle Filippine al Guatemala<br />

di Arbenz, all’Irak all’Afganistan,<br />

Bush dovrà prepararsi a pagarlo molto<br />

caro. Dovrebbe ricordare l’Isola dei<br />

Porci nel 1961.<br />

I cubani desiderano certo una<br />

transizione, ma alla loro maniera. I<br />

cubani intelligenti e patrioti, a Miami<br />

e all’Avana, sapranno come realizzarla,<br />

senza la necessità dell’intervento<br />

ottuso e disastroso degli USA.<br />

La Dottoressa Rice, più preparata<br />

del suo capo, dovrebbe suggerirgli<br />

di abrogare il blocco a Cuba, maniera<br />

efficace di favorire la transizione,<br />

come è da tempo ripetuto addirittura<br />

negli USA, dove esiste ancora gente<br />

che usa l’intelligenza, capisce di politica,<br />

è capace di vedere la realtà, non<br />

la osserva deformata attraverso il filtro<br />

della dottrina teo-patriottarda che<br />

sta devastando il Paese. È ciò che si<br />

spera. Così sia.☼<br />

A REDEMOCRAMERIMAFIZAÇÃO DE CUBA<br />

H<br />

á um mês, no Jornal do Brasil, Emir<br />

Sader comentou um documento do<br />

Departamento de Estado, conforme o<br />

qual neste seria criada uma “Comissão para apoiar<br />

uma Cuba livre”, que nomearia un “Coordenador<br />

da Transição”, que indicaria à Comunidade Internacional<br />

o interesse dos EUA em ativar uma<br />

Cuba post-Castro, aplicando estratégias e programas<br />

indicados pela Comissão. Com a “criação<br />

de um fundo internacional a ser utilizado para<br />

atrair, capacitar e proporcionar recursos a pessoal<br />

voluntário de diferentes nacionalidades, que<br />

viaje a Cuba para organizar a oposição”.<br />

Trata-se de legalizar o apoio de Washington<br />

a terroristas e contratar mercenários. Os EUA são<br />

a principal sede de empresas como a “Soldier’s<br />

Fortune”, especializadas no serviço sujo de expandir<br />

sua “guerra infinita” em território<br />

alheio.<br />

Haveria o envio imediato da plataforma<br />

aérea “C 130 Comando Solo”, e “fundos adicionais<br />

para comprar e reacondicionar uma plataforma<br />

aérea dedicada à transmissão para Cuba<br />

da Radio RV Marti, afim de aumentar a propaganda”.<br />

Dos terroristas, claro.<br />

Conheçi a Ilha antes da Revolução e lá fui<br />

várias vezes depois, o governo Bush ignora as<br />

transformações que ela promoveu no plano social<br />

(até João Paulo II disse em 1993 que “os defensores<br />

do capitalismo tendem a esquecer as coisas<br />

boas do comunismo, a luta contra o desemprego,<br />

a preocupação com os pobres”, que “os graves<br />

problemas sociais que atormentam a Europa e o<br />

mundo encontram sua origem, em parte, nas<br />

manifestações degeneradas do capitalismo”, e<br />

ainda que “também no socialismo há sementes<br />

de verdade. É obvio que não devem ser destruídas”),<br />

ignora o sistema de saúde cubano, um dos mais<br />

avançados do mundo (dirigentes da AFL-CIO,<br />

central sindical dos EUA, foram lá saber dos<br />

direitos universais à saúde, negados aos estadunidenses)<br />

e promete “imunizar imediatamente<br />

todas as crianças com menos de cinco anos que<br />

ainda estejam por ser vacinadas contra as principais<br />

doenças infantis”. Deveria dedicar-se às<br />

que, no país dele, não têm acesso à vacinação.<br />

As crianças cubanas estão suficientemente vacinadas<br />

e protegidas.<br />

E “serão tomadas medidas para que as<br />

crianças e os adolescentes cubanos não estejam<br />

na rua envolvidos em delitos”. Confundem Miami,<br />

Washington, Chicago com La Habana e Santiago<br />

de Cuba, onde se desconhece esse fenômeno do<br />

capitalismo em decomposição, diz o artigo.<br />

A privatização prevista no “programa de<br />

democratização”, não poderá manter a atual<br />

35 - INSIEME - Maio - Maggio 2005<br />

política de seguridade social, que deverá se tornar<br />

“sustentável”, e será confiada a “especialistas<br />

do Banco Mundial, do BID e do FMI”. Só! E<br />

haveria um “Serviço Central de adoção de crianças”<br />

(!), que mais parece “de comercialização<br />

de crianças cubanas”.<br />

Evidentemente, “o governo do EEUU ajudará<br />

a formar uma força policial<br />

civil realmente profissional”,<br />

necessidade premente diante das<br />

imposições com as quais pretende<br />

espoliar o povo cubano, pois<br />

seriam revisadas as “leis laborais”,<br />

e se resolveria “o mais rapidamente<br />

possivel” o tema das propriedades,<br />

com sua devolução.<br />

Isto seria feito “pelo governo dos<br />

EUA através de uma Comissão<br />

para a restituição dos direitos de<br />

propriedade”. Simples.<br />

Os preços seriam “liberalizados,<br />

haveria um programa eficaz<br />

de privatizações, Cuba se reintegraria<br />

ao FMI, ao Banco Mundial,<br />

e a OEA e se faria a privatização<br />

dos serviços públicos”.<br />

Enfim, Cuba regrediria ao<br />

que deveria ser seu destino sem<br />

a revolução.<br />

Por isso os EUA propõem<br />

em Genebra que se condene Cuba<br />

por “violações maciças e sistemáticas<br />

dos direitos humanos”.<br />

As centenas de condenações à<br />

morte no Texas sob Bush pai e<br />

filho não devem ser tomadas em<br />

consideração, nem os mais de<br />

3.500 condenados dos diversos<br />

corredores da morte dos Estragos<br />

Unidos, nem os cárceres no Iraque,<br />

Guantánamo, nem as mudanças<br />

nas garantias constitucionais em<br />

aplicação nos EEUU em virtude<br />

do Patriotic Act, nem etc. etc.<br />

Falta, conclui o articulista,<br />

propor Bush e Condolência para<br />

o Prêmio Nobel.<br />

Acrescento que caso esse<br />

projeto venha a ser imposto a Cuba<br />

tão democraticamente como<br />

aconteceu desde as Filipinas à<br />

Guatemala de Arbenz, ao Cone<br />

Sul, ao Iraque e ao Afeganistão,<br />

Bush deverá se preparar a pagalo<br />

muito caro. É bom lembrar da<br />

Ilha dos Porcos em 1961.<br />

Os cubanos querem, sim, uma transição, mas<br />

do jeito deles. Os cubanos inteligentes e patriotas,<br />

em Miami e em La Habana, saberão como faze-la,<br />

sem que seja necessária mais uma intervenção<br />

obtusa e desastrada dos Estragos Unidos.<br />

A Doutora Rice, mais preparada que o<br />

seu chefe, deveria sugerir-lhe que levante o<br />

bloqueio a Cuba, maneira eficaz de favorecer<br />

a transição, como há tempo é repetido até nos<br />

próprios EUA, onde ainda há gente que usa a<br />

cabeça, entende de política, sabe ver a realidade,<br />

não a observa deformada pelo filtro da<br />

doutrina teo-patriótarda que assola seu país. É<br />

o que se espera. Amén.☼<br />

Ingressos: Platéia R$ 20,00 e R$ 15; 1º Balcão R$ 15,00; 2º Balcão R$ 10,00. Evite<br />

filas no dia do concerto. Compre seus ingressos com antecedência. Horário da<br />

bilheteria: das 10 às 15 e das 16 às 21hs (todos os dias). Tel: (041) 304-7979. Toda<br />

a receita da venda dos ingressos será em benefício do Instituto Fondazione Italia.

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