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LIVRE PENSAR OPINIONE<br />
cendo che manca solo di proporre Bush<br />
e Condolezza per il Premio Nobel.<br />
Aggiungo che, nel caso in cui il<br />
progetto venga ad essere imposto a<br />
Cuba così democraticamente come è<br />
successo dalle Filippine al Guatemala<br />
di Arbenz, all’Irak all’Afganistan,<br />
Bush dovrà prepararsi a pagarlo molto<br />
caro. Dovrebbe ricordare l’Isola dei<br />
Porci nel 1961.<br />
I cubani desiderano certo una<br />
transizione, ma alla loro maniera. I<br />
cubani intelligenti e patrioti, a Miami<br />
e all’Avana, sapranno come realizzarla,<br />
senza la necessità dell’intervento<br />
ottuso e disastroso degli USA.<br />
La Dottoressa Rice, più preparata<br />
del suo capo, dovrebbe suggerirgli<br />
di abrogare il blocco a Cuba, maniera<br />
efficace di favorire la transizione,<br />
come è da tempo ripetuto addirittura<br />
negli USA, dove esiste ancora gente<br />
che usa l’intelligenza, capisce di politica,<br />
è capace di vedere la realtà, non<br />
la osserva deformata attraverso il filtro<br />
della dottrina teo-patriottarda che<br />
sta devastando il Paese. È ciò che si<br />
spera. Così sia.☼<br />
A REDEMOCRAMERIMAFIZAÇÃO DE CUBA<br />
H<br />
á um mês, no Jornal do Brasil, Emir<br />
Sader comentou um documento do<br />
Departamento de Estado, conforme o<br />
qual neste seria criada uma “Comissão para apoiar<br />
uma Cuba livre”, que nomearia un “Coordenador<br />
da Transição”, que indicaria à Comunidade Internacional<br />
o interesse dos EUA em ativar uma<br />
Cuba post-Castro, aplicando estratégias e programas<br />
indicados pela Comissão. Com a “criação<br />
de um fundo internacional a ser utilizado para<br />
atrair, capacitar e proporcionar recursos a pessoal<br />
voluntário de diferentes nacionalidades, que<br />
viaje a Cuba para organizar a oposição”.<br />
Trata-se de legalizar o apoio de Washington<br />
a terroristas e contratar mercenários. Os EUA são<br />
a principal sede de empresas como a “Soldier’s<br />
Fortune”, especializadas no serviço sujo de expandir<br />
sua “guerra infinita” em território<br />
alheio.<br />
Haveria o envio imediato da plataforma<br />
aérea “C 130 Comando Solo”, e “fundos adicionais<br />
para comprar e reacondicionar uma plataforma<br />
aérea dedicada à transmissão para Cuba<br />
da Radio RV Marti, afim de aumentar a propaganda”.<br />
Dos terroristas, claro.<br />
Conheçi a Ilha antes da Revolução e lá fui<br />
várias vezes depois, o governo Bush ignora as<br />
transformações que ela promoveu no plano social<br />
(até João Paulo II disse em 1993 que “os defensores<br />
do capitalismo tendem a esquecer as coisas<br />
boas do comunismo, a luta contra o desemprego,<br />
a preocupação com os pobres”, que “os graves<br />
problemas sociais que atormentam a Europa e o<br />
mundo encontram sua origem, em parte, nas<br />
manifestações degeneradas do capitalismo”, e<br />
ainda que “também no socialismo há sementes<br />
de verdade. É obvio que não devem ser destruídas”),<br />
ignora o sistema de saúde cubano, um dos mais<br />
avançados do mundo (dirigentes da AFL-CIO,<br />
central sindical dos EUA, foram lá saber dos<br />
direitos universais à saúde, negados aos estadunidenses)<br />
e promete “imunizar imediatamente<br />
todas as crianças com menos de cinco anos que<br />
ainda estejam por ser vacinadas contra as principais<br />
doenças infantis”. Deveria dedicar-se às<br />
que, no país dele, não têm acesso à vacinação.<br />
As crianças cubanas estão suficientemente vacinadas<br />
e protegidas.<br />
E “serão tomadas medidas para que as<br />
crianças e os adolescentes cubanos não estejam<br />
na rua envolvidos em delitos”. Confundem Miami,<br />
Washington, Chicago com La Habana e Santiago<br />
de Cuba, onde se desconhece esse fenômeno do<br />
capitalismo em decomposição, diz o artigo.<br />
A privatização prevista no “programa de<br />
democratização”, não poderá manter a atual<br />
35 - INSIEME - Maio - Maggio 2005<br />
política de seguridade social, que deverá se tornar<br />
“sustentável”, e será confiada a “especialistas<br />
do Banco Mundial, do BID e do FMI”. Só! E<br />
haveria um “Serviço Central de adoção de crianças”<br />
(!), que mais parece “de comercialização<br />
de crianças cubanas”.<br />
Evidentemente, “o governo do EEUU ajudará<br />
a formar uma força policial<br />
civil realmente profissional”,<br />
necessidade premente diante das<br />
imposições com as quais pretende<br />
espoliar o povo cubano, pois<br />
seriam revisadas as “leis laborais”,<br />
e se resolveria “o mais rapidamente<br />
possivel” o tema das propriedades,<br />
com sua devolução.<br />
Isto seria feito “pelo governo dos<br />
EUA através de uma Comissão<br />
para a restituição dos direitos de<br />
propriedade”. Simples.<br />
Os preços seriam “liberalizados,<br />
haveria um programa eficaz<br />
de privatizações, Cuba se reintegraria<br />
ao FMI, ao Banco Mundial,<br />
e a OEA e se faria a privatização<br />
dos serviços públicos”.<br />
Enfim, Cuba regrediria ao<br />
que deveria ser seu destino sem<br />
a revolução.<br />
Por isso os EUA propõem<br />
em Genebra que se condene Cuba<br />
por “violações maciças e sistemáticas<br />
dos direitos humanos”.<br />
As centenas de condenações à<br />
morte no Texas sob Bush pai e<br />
filho não devem ser tomadas em<br />
consideração, nem os mais de<br />
3.500 condenados dos diversos<br />
corredores da morte dos Estragos<br />
Unidos, nem os cárceres no Iraque,<br />
Guantánamo, nem as mudanças<br />
nas garantias constitucionais em<br />
aplicação nos EEUU em virtude<br />
do Patriotic Act, nem etc. etc.<br />
Falta, conclui o articulista,<br />
propor Bush e Condolência para<br />
o Prêmio Nobel.<br />
Acrescento que caso esse<br />
projeto venha a ser imposto a Cuba<br />
tão democraticamente como<br />
aconteceu desde as Filipinas à<br />
Guatemala de Arbenz, ao Cone<br />
Sul, ao Iraque e ao Afeganistão,<br />
Bush deverá se preparar a pagalo<br />
muito caro. É bom lembrar da<br />
Ilha dos Porcos em 1961.<br />
Os cubanos querem, sim, uma transição, mas<br />
do jeito deles. Os cubanos inteligentes e patriotas,<br />
em Miami e em La Habana, saberão como faze-la,<br />
sem que seja necessária mais uma intervenção<br />
obtusa e desastrada dos Estragos Unidos.<br />
A Doutora Rice, mais preparada que o<br />
seu chefe, deveria sugerir-lhe que levante o<br />
bloqueio a Cuba, maneira eficaz de favorecer<br />
a transição, como há tempo é repetido até nos<br />
próprios EUA, onde ainda há gente que usa a<br />
cabeça, entende de política, sabe ver a realidade,<br />
não a observa deformada pelo filtro da<br />
doutrina teo-patriótarda que assola seu país. É<br />
o que se espera. Amén.☼<br />
Ingressos: Platéia R$ 20,00 e R$ 15; 1º Balcão R$ 15,00; 2º Balcão R$ 10,00. Evite<br />
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