Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
TEMA EM DEBATE DIBATTITO<br />
STABILIRE PRIORITÀ – Questo<br />
– secondo Trampetti, “è un<br />
grave problema e di difficile soluzione,<br />
dovuto anche alla grave<br />
situazione dei fondi pubblici e<br />
la forte riduzione delle risorse<br />
che colpisce il Ministero degli<br />
Esteri”.<br />
O, allora – aggiunge – vuole<br />
indicazioni di priorità sulle quali<br />
si accordino i consolati con i rappresentanti<br />
della comunitàte<br />
per quei<br />
Particolarmenrenza<br />
gravissima<br />
di<br />
personale come<br />
quello Curitiba<br />
dove, ricordo,<br />
abbiamo un impiegato<br />
per ogni<br />
4.000 concittadini<br />
iscritti, che significa<br />
il dato peggiore non<br />
solo di tutto il Brasile,<br />
ma anche, per quel che<br />
so, dell’America Latina.<br />
consolati<br />
che<br />
soffrono<br />
di una ca-<br />
N<br />
a lista oficial (mas ainda<br />
provisória) dos eleitores para<br />
o Referendum de junho próximo,<br />
a circunscrição consular de<br />
Curitiba (Estados do Paraná e Santa<br />
Catarina) aparece com pouco menos<br />
de 21 mil nomes. Um universo que representa<br />
apenas cerca de 60% dos cidadãos<br />
inscritos no cartório do Consulado.<br />
O número significa pouco mais que<br />
um quarto dos que se encontram na “fila<br />
da cidadania”, com cerca de 80 mil interessados.<br />
Em vez de 21 mil eleitores,<br />
então, poderíamos ter, no caso, 110 mil<br />
Ou ainda mais<br />
A hipótese - a realidade é mais ou menos<br />
semelhante em outros consulados como<br />
o de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro<br />
- não é absurda. Se a estrutura consular<br />
tivesse condições de dar vazão aos pedidos<br />
apresentados, poderíamos ter mais eleitores<br />
que a Argentina, com seus quase 400 mil. E<br />
São Paulo - a principal cidade italiana fora<br />
da Itália - não ostentaria menos de 80 mil<br />
eleitores em toda a sua enorme circunscrição<br />
geográfica.<br />
Se o processo de reconhecimento da<br />
cidadania italiana está em descompasso com<br />
a realidade, que dizer de outros serviços<br />
A Curitiba - prosegue Trampetti<br />
– abbiamo uno scarso numero<br />
di elettori, un effettivo di<br />
funzionari insignificante per affrontare<br />
la situazione ed abbiamo<br />
la più lunga lista di attesa (fila<br />
della cittadinanza), credo, di tutto<br />
il mondo. Sono 85.000 persone<br />
che aspettano con grande pazienza,<br />
alle quali in qualche modo<br />
chiedo scusa per non poter soddisfare<br />
le loro richieste. Abbiamo<br />
ancora il grande fenomeno dei<br />
discendenti di immigranti trentini,<br />
un fenomeno straordinario che<br />
stiamo risolvendo grazie alla<br />
grande collaborazione dei Circoli<br />
Trentini e dei loro coordinatori.<br />
Abbiamo già espletato alcune<br />
migliaia (5.000/6.000) di processi<br />
di cittadinanza e entro la fine<br />
dell’anno arriveremo ad altri 10.000.<br />
Sono numeri che, da soli, equivalgono<br />
a quelli di paesi interi di<br />
immigrazione in tutto il mondo.<br />
Non credo che ci sia un altro paese<br />
al mondo con una presenza così<br />
alta di trentini come in Paraná e<br />
Santa Catarina.<br />
Trampetti enuncia una storia:<br />
“Con questa grande problematica,<br />
siamo come davanti ad un<br />
pannello di controllo di strumenti,<br />
vediamo che la velocità è alta<br />
ma il carburante è terminato e<br />
presto finirà anche l’acqua. Il<br />
motore può esplodere. Cosa dovrebbe<br />
fare un buon autista<br />
Probabilmente fermarsi e, come<br />
fa qualsiasi autista, andare a piedi<br />
fino al prossimo distributore<br />
di benzina per cercarla...”.<br />
Con questa metafora - spiega<br />
– vorrei chiedere se il consolato<br />
deve mettere tanta energia,<br />
come ci chiedono alcune parti<br />
della comunità, sui nuovi riconoscimenti<br />
della cittadinanza, e<br />
secondo criteri di urgenza e priorità<br />
che non sono definiti chiaramente<br />
(come quelli che vanno a<br />
fare la cittadinanza direttamente<br />
in Italia e poi, in gran numero,<br />
vanno in Germania, Stati Uniti<br />
ed Inghilterra) o si deve mantenere<br />
l’ordine amministrativo che<br />
stiamo seguendo dell’entrata cronologica<br />
delle richieste. Perché<br />
se dovessimo cedere a queste<br />
pressioni di urgenza per favorire<br />
una cittadinanza che, in realtà, è<br />
un’altra cosa – uno strumento di<br />
devidos aos cidadãos já reconhecidos e que,<br />
na ordem do dia, são mais urgentes e importantes<br />
para a estrutura governamental italiana<br />
Só para se ter uma idéia, nos últimos<br />
quatro anos, a concessão de passaportes<br />
cresceu 40% e a demanda pela legalização<br />
de documentos de estudos feitos no Brasil<br />
decuplicou.<br />
Há uma procura não contabilizada de<br />
outros serviços nas áreas cultural, comercial<br />
e até turística. E isso fi cou claro no único<br />
estudo realizado até aqui, cujos resultados<br />
foram minuciosamente comentados na obra<br />
“A Comunicação e o Marketing na Administração<br />
Pública: o caso do Consulado Geral<br />
da Itália em Curitiba” (Gráfi ca Vicentini a<br />
Ediotora Ltda., 118 páginas), de Cassiana<br />
Toazza Caldeira. “É necessário estruturar<br />
- aconselha o estudo num de seus itens conclusivos<br />
- um efi caz sistema que permita ao<br />
Consulado Geral e a sua rede consular honorária<br />
fornecer informações satisfatórias<br />
às pessoas que o procuram, eliminando ou<br />
ao menos diminuindo a sensação de descaso<br />
ou de frustração que alguns sentem ao não<br />
obter o que desejam”. De cada 10 ligações<br />
telefônicas ao consulado, sete não são atendidas.<br />
Com isso está preocupado o cônsul<br />
Mario Trampetti que, na esteira do debate<br />
fomentado pela matéria que intitulamos<br />
“Politicamente insignificanti” (INSIEME,<br />
edições 75/76) volta a perguntar o que, de<br />
fato, interessa para a comunidade ítalo-brasileira:<br />
um consulado mergulhado quase que<br />
exclusivamente na análise de processos novos<br />
de reconhecimento da cidadania, agora<br />
atrapalhado ainda mais pela fi la dos cidadãos<br />
que resolvem ir à Itália para, de lá, fazer o<br />
pedido, ou empenhado na realização de<br />
outros objetivos que tenham a ver com a<br />
cultura, a arte, a economia, a formação<br />
emigrazione – staremmo creando<br />
un problema quasi morale, etico,<br />
perché di fatto staremmo premiando<br />
quelli che chiedono urgenza<br />
senza che manifestino un qualsiasi<br />
interesse per la cultura, la<br />
lingua, l’italianità...la cittadinanza<br />
italiana quasi come una polizza<br />
di assicurazione per proteggersi<br />
da rischi futuri.<br />
Andando avanti così, staremmo<br />
– prosegue il console – favorendo<br />
un prossimo disordine,<br />
e questo è ancor più grave, delle<br />
nostre anagrafi, influendo sul<br />
vero peso della comunità, perché<br />
quelli che fanno la cittadinanza<br />
con un processo urgente presentato<br />
in Italia, in realtà, poi, non<br />
si iscrivono nelle liste elettorali.<br />
È come se fosse, quindi, un<br />
lavoro di Sísifo: tutti i giorni<br />
cerchiamo di chiudere i buchi<br />
dell’anagrafe elettorale ma, nello<br />
stesso giorno, altri aprono<br />
ancora di più il buco facendo<br />
decine di cittadinanze in maniera<br />
frammentata e disorganizzata.<br />
Su ciò gradirei una riflessione<br />
dei dirigenti della comunità:<br />
se questa opportunità senza li-<br />
O QUE, DE FATO, INTERESSA À COMUNIDADE ÍTALO-BRASILEIRA<br />
A enorme “fila da cidadania” - um fenômeno que afeta especialmente a América Latina - rouba<br />
energia, recursos e faz sombra sobre uma vasta gama de interesses que estariam no centro das<br />
obrigações consulares em todo o mundo. A pergunta é se é isto que a comunidade quer.<br />
profissional, cursos de pós-graduação, cooperação<br />
científica e tecnológica, oportunidades<br />
de trabalho na Península e por aí<br />
afora.<br />
Trampetti aproveita a oportunidade<br />
para esclarecer que não foi sua a expressão<br />
“Politicamente insignificanti” (NR: o título,<br />
naturalmente, pertence à redação, com base<br />
no conteúdo da matéria que abordava o<br />
baixo número de eleitores em todo o Brasil),<br />
mas saúda o debate suscitado como coisa<br />
extremamente positiva. “É importante - disse<br />
- fazer essa refl exão sobre a presença<br />
italiana no Brasil e sobre as atividades<br />
consulares” em toda a América Latina,<br />
onde o descompasso entre o número de<br />
cidadãos reconhecidos o número de cidadãos<br />
com direitos políticos é muito grande. Ficou<br />
maior ainda no último relatório publicado<br />
pelo Ministério do Interior, onde se vê que<br />
o esforço para a atualização da lista eleito-<br />
19 - INSIEME - Maio - Maggio 2005