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Edição 56 - Insieme

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São Paulo<br />

U<br />

OPINIONE<br />

livre pensar<br />

sucesso que dependerá exclusi-<br />

m velho político conservador<br />

dizia, há hoje em diante, o partido da orpada,<br />

rígida? Tem que tornar-se de<br />

anos, que o defeito da dem móbil.<br />

esquerda é o de ter idéias demais, A direita era ontem o partido<br />

da ordem imposta, natural ou re-<br />

pelo que acaba sempre se dividindo<br />

e perdendo o poder. A direita,<br />

acrescentava, idéias tem te o partido da ordem aceita (isvelada?<br />

Deve ser de hoje em dian-<br />

unicamente duas, ou melhor, so não lembra alguém?)<br />

uma dual: ter o poder para fazer dinheiro,<br />

fazer dinheiro para ter o pomiliar,<br />

nacional, eclesiástica (o Deus o mundo<br />

Era o partido da totalidade fader,<br />

todos estão de acordo e, se Família Pátria de Petain não lhes<br />

visto da<br />

uns deixam o poder, é só para que diz nada?) deverá agora se tornar<br />

minha<br />

outro grupo com as mesmas e ser aquele da singularidade.<br />

janela<br />

idéias o substitua, um cambio que Entendido? Pois nós, pobres<br />

não muda o essencial do ditado. cidadãos à procura de clareza política,<br />

filosófica, programática, visto dalla<br />

il mondo<br />

É a estática política, que não admite<br />

dúvidas inúteis e é defendida<br />

com unhas e dentes, basta penmar<br />

isso, não entendemos. Nem finestra<br />

ideológica, o como se queira cha-<br />

mia<br />

sar nos recentes anos de chumbo brincando. É só observar o que<br />

vividos nas América Latina. acontece neste mundo neo-liberal:<br />

menos dinheiro para a ins-<br />

MARIO<br />

LORENZI<br />

Mas uma ideologia reduzida<br />

ao esqueleto como essa não pode trução pública, do primário à<br />

mais atrair quem dinheiro e poder universidade, e para a pesquisa<br />

não tem e, no passado, se conformava<br />

com as migalhas do poder e Universidades, sobre o conteú-<br />

pública, pressão sobre escolas e<br />

do dinheiro, mas começa a pensar do dos livros de texto, sobre os<br />

que com essa filosofia política nunca<br />

vai poder melhorar a própria si-<br />

tudo o que de alguma maneira in-<br />

sindicatos e as leis sociais, sobre<br />

tuação social e econômica. comoda, minorias, defensores<br />

Ai, se inventa a direita iluminada,<br />

como há tempo alguém irosa,<br />

televisão, rádio, magistratu-<br />

dos direitos humanos, imprennicamente<br />

a definiu, e lhe são ra, instituições democráticas...<br />

atribuídas novas filosofias e teorias<br />

políticas modernas.<br />

qual se trata é a submissão aos vamente delas.<br />

Ou seja, conforme a grande<br />

Ou seja, a mobilidade da<br />

tro, a desordem imobilizada.<br />

No Le Monde, Vincent Peillon<br />

comentava, há pouco, o artivica.<br />

A submissão da vontade Mercado. Nada mais cidadãos, mas moderna, o mercado aceito como<br />

efeitos da desordem social e cí-<br />

Nada mais Res Publica, mas o invenção conceitual da direita<br />

go de uma jovem conselheira da de mudança aos limites dos efeitos,<br />

não persegue, antes pelo contrá-<br />

A Ordem Móbil é a que permira<br />

necessidade de um comple-<br />

produtores e consumidores. supremo regulador, só tem ago-<br />

Presidência da República Francesa,<br />

Nathalie Kosciusko-Morizet,<br />

que dá uma versão interes-<br />

Em poucas palavras, esqueça-<br />

mercantil. Unicamente as pessoas rica ou concreta.<br />

rio nega as causas.<br />

tirá e favorecerá a livre circulação mento: a cadéia, seja ela metafósante<br />

do último achado, atribuindo-lhe<br />

a procura da ordem móbil, camente em função do fato consurão<br />

direito à subjetividade. O poder la, se não existisse o PT, aqui esmos<br />

a História, raciocinemos uni-<br />

que se inserirão nela como tal, te-<br />

Tem razão o Presidente Lu-<br />

que levará à singularidade universal.<br />

Calma, ele trata de explicar o e os demais fundamentalistas que e seu essencial dever será o de in-<br />

monte de países do sub-contimado.<br />

Como fazem Sharon, Bush será societário e não mais político taríamos na situação de um<br />

que é esse arcano descobrimento, tratam de envenenar a nossa vida. dicar os signos aos quais aderirão os nente e do mundo.<br />

e eu de esclarecer as dúvidas. Desse jeito se criam os inimigos,<br />

que serão facilmente identidem<br />

que deles deriva.<br />

crise existe, mas as condições de<br />

que aceitarão seus valores e a or-<br />

Nem tudo está tranqüilo, a<br />

A síntese gradual da teoria<br />

será, por um lado, autoridade, liberdade<br />

e segurança; pelo outro e educam cidadãos.<br />

ber o que o mercado atribui co-<br />

Nação está viva.<br />

ficaveis. Seguramente não se criam A recompensa será a de rece-<br />

avançar e progredir também, a<br />

pluralidade, concertação, justiça e, Disso é fácil deduzir que será mo valor relativo mercantil, a cada Apesar de que tudo o que<br />

finalmente, êxito (sucesso, empresa)<br />

e divisão-distribuição). Não é – legitima - tudo isso.<br />

te à comunidade mercantil. no passado, e todos os proble-<br />

– é – o mercado, quem legitimará um, que será assim definido fren-<br />

avança seja atribuído ao gover-<br />

pouco. Muito confuso, dizemos O mercado, então fator de equilíbrio<br />

(?), arbitrará a participação do. De um lado, conclui o articu-<br />

Ao menos conforme apresenta<br />

Quem recusará será descartamas<br />

atávicos debitados ao atual.<br />

Peillon e eu.<br />

A direita era, até hoje, o partido<br />

da ordem fossilizada, estereoticia<br />

das empresas e do modelo de Morizet – e dos Berlusconi – do outronal<br />

dominante. ¢<br />

de cada um em função da eficálista,<br />

a ordem móbil da Kosciusko- os fatos a sufocante mídia pa-<br />

INSIEME AGOSTO 2003 28<br />

A ORDEM MÓBIL E<br />

A SINGULARIDADE<br />

UNIVERSAL<br />

Fotos e fotomontagem DePeron

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