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PrefÁCio<br />

Nos últimos anos, graças a um enorme esforço estimulado pelo Governo Regional e empreendido por investigadores<br />

da Universidade dos Açores, tem sido possível chegar mais próximo do número e da identificação das espécies<br />

existentes no arquipélago. Não é um trabalho fácil, já que exige cientistas experientes, familiarizados com o contexto<br />

da Macaronésia, e que, em todas as áreas taxonómicas, tenham a capacidade de efectuar descrições, no caso<br />

das novas espécies, ou contextualizá-las na miríade envolvente. Apoiado em financiamentos internacionais, nacionais<br />

e regionais, desenvolveu-se já um importante trabalho de compilação que nos proporciona uma visão aclarada<br />

do retrato natural dos Açores actuais, e, inclusivamente, interessantes indícios sobre a ocupação do nosso território<br />

antes do povoamento.<br />

Esta obra, como se compreende facilmente, é o corolário momentâneo de um processo de conhecimento que necessariamente<br />

prosseguirá. Constitui, também, uma oportunidade para que os cidadãos interessados possam usufruir<br />

de informação basilar para a compreensão do meio ecológico açoriano. A terra e o mar, utilizados pelos homens, são<br />

partilhados por outros inúmeros seres. E se alguns deles fazem parte do nosso quotidiano, outros são, de facto, fantásticos<br />

e inesperados. Deles se fala nesta publicação.<br />

Em pleno Ano Internacional para a Biodiversidade, é com particular agrado que registo, por exemplo, que o “priôlo”,<br />

essa pequena ave da zona oriental da ilha de São Miguel, deixou de estar sob ameaça crítica de extinção. Isso<br />

não significa que tenha terminado o trabalho que nos motivou nos últimos dez anos e que o priôlo esteja a salvo,<br />

mas, num período de dificuldades, conseguimos recuperar uma espécie. Isso quer dizer que vale a pena continuar a<br />

desenvolver esforços para recuperar outras espécies, habitats e saberes culturais com eles relacionados.<br />

Foi também este ano que se tornou consensual que o “painho-de-Monteiro” é uma nova espécie para a ciência.<br />

Endémico de ilhéus da ilha Graciosa, esta ave é um paradigma da sobrevivência e uma representação viva de tenacidade<br />

e sagacidade.<br />

Conhecer mais e melhor é a ambição saudável proposta ao longo das perto de quatrocentas páginas deste livro.<br />

Afinal, mais um passo em frente na indagação da identidade biológica dos Açores.<br />

Carlos César<br />

Presidente do Governo dos Açores<br />

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