Impactos da indústria canavieira no Brasil (Plataforma BNDES - Ibase
Impactos da indústria canavieira no Brasil (Plataforma BNDES - Ibase
Impactos da indústria canavieira no Brasil (Plataforma BNDES - Ibase
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
interface para compilação e análise dos resultados, conforme<br />
metodologia proposta por Apud et al.(1989).<br />
Paralelamente, foram a<strong>no</strong>tados os momentos de para<strong>da</strong> do<br />
trabalhador como refeições e transporte em ônibus. Esta<br />
descrição teve como único objetivo registrar os tempos<br />
consumidos em ca<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de física e identifi car a seqüência<br />
<strong>da</strong>s operações realiza<strong>da</strong>s, auxiliando posteriormente as<br />
análises dos <strong>da</strong>dos obtidos com o monitor de freqüência<br />
cardíaca. O aparelho teve perfeita aceitação por parte dos<br />
trabalhadores tanto como conforto em suas ativi<strong>da</strong>des, sem<br />
43<br />
atrapalhar os seus gestos laborais. Os trabalhadores se<br />
mostraram receptivos em colaborar com a pesquisa.<br />
A produtivi<strong>da</strong>de média em termos de metragem de cana<br />
foi de 115,2 metros por trabalhador, que correspondeu a<br />
media de 8,588 tonela<strong>da</strong>s de cana corta<strong>da</strong> por trabalhador<br />
do grupo. Os próprios trabalhadores estabeleceram a<br />
seqüência de suas ativi<strong>da</strong>des de acordo com as condições<br />
do local, número de ruas, tipo <strong>da</strong> cana, clima, sensação de<br />
fome/sede e cansaço.<br />
Trabalhador Freqüência cardiaca Freqüência cardiaca Freqüência cardiaca Carga Produção I<strong>da</strong>de<br />
média de trabalho repouso (FCrp) máxima teórica cardiovascular (ton) (a<strong>no</strong>s)<br />
(FCmt) (FCmax) em % (CCV)<br />
1 97 59 197 27,53 2,736 23<br />
2 121 53 200 46,25 * 10,303 20<br />
3 115 54 188 45,52 * 11,380 32<br />
4 114 65 182 41,88 * 7,848 38<br />
5 121 65 192 44,09 * 9,464 28<br />
6 125 61 183 52,45 * 7,968 37<br />
7 99 51 199 32,43 4,408 21<br />
8 103 50 197 36,05 * 8,825 23<br />
9 112 67 199 34,09 * 8,992 21<br />
10 113 49 186 46,71 * 13,960 34<br />
Média grupo 112 57,4 192,3 40,70 * 8,588 27,7<br />
Quadro 2 – Dados gerais dos trabalhadores do corte manual de cana-de-açúcar<br />
Para obtenção do CCV utilizou a formula proposta por Apud<br />
(1989):<br />
CCV = FCmt – FCrp *100<br />
FCmax – FCrp<br />
Observa-se <strong>no</strong> quadro 2, que 8 trabalhadores ultrapassaram<br />
a carga cardiovascular estima<strong>da</strong> por Rodgers (1986),<br />
com valores que extrapolaram 33% <strong>da</strong> potencia aeróbia<br />
para trabalhos com jorna<strong>da</strong>s de 8 horas. Dentre os oito<br />
trabalhadores, quatro foram os que mais produziram em<br />
Aonde:<br />
CCV: carga cardiovascular em %<br />
FCmt: freqüência cardíaca média<br />
durante a jorna<strong>da</strong> de trabalho<br />
FCrp: freqüência cardíaca de repouso<br />
FCmax: freqüência cardíaca máxima teórica<br />
estima<strong>da</strong> pela formula (220 – i<strong>da</strong>de)<br />
tonela<strong>da</strong>s, sendo que o trabalhador 10 atingiu a produção<br />
de 13,960 tonela<strong>da</strong>s de cana. De acordo este autor 33%<br />
é o limite aceitável do percentual <strong>da</strong> máxima capaci<strong>da</strong>de<br />
aeróbica utiliza<strong>da</strong> para uma jorna<strong>da</strong> de trabalho.