maior encontro internacional do setor de ... - Airport Infra Expo

tuários da prefeitura de Guarulhos
alerta para a necessidade de se forjar
uma via de acessos rodoviários
mais eficientes para que os fluxos em
direção ao aeroporto e em direção a
cidade sejam mais eficazes. “O mais
importante para o desenvolvimento
das empresas no entorno do aeroporto
é a questão da infraestrutura.
Hoje temos um plano de mobilidade
urbana que contempla diversos projetos
que deverão melhorar substancialmente
o acesso da cidade ao aeroporto
e vice e versa”.
O coordenador faz referência ao
projeto do anel viário no entorno do
aeroporto, que permitirá a aproximação
por qualquer direção. Considera-
-se também a duplicação de diversas
vias rodoviárias que circundam o aeroporto,
além de projetos cujo objetivo
final é ter no viário urbano um conjunto
de vias com duas pistas, com três
faixas de rolamento cada uma circundando
todo o complexo, independente
do acesso feito pela rodovia Helio
Smidt. “Além disso, temos o projeto
da extensão do Complexo Viário Jacu
Pêssego até a divisa do aeroporto,
uma das vias que pretendemos duplicar.
Há também o projeto do Rodoanel
no trecho norte que deverá ter uma
alça de acesso ao aeroporto, o que é
muito importante porque estará localizada
em uma posição diametralmente
oposta à atual entrada, o que melhorará
significativamente a questão dos
acessos, hoje a grande fragilidade do
aeroporto”, diz.
Choueri faz questão de salientar
que, mesmo importantíssimas, as
obras mencionadas não substituem
a eficiência do acesso por trilho. “A
ferrovia ou o metrô, no caso de Guarulhos,
seriam fundamentais”, alerta.
CONVIVÊNCIA
Muito da cidade de Guarulhos foi
desenvolvido para atender às demandas
potenciais do aeroporto,
como, por exemplo, mão de obra
especializada. “É nossa expectativa
que no futuro Guarulhos continue
sendo o grande centro de formação
de mão de obra para a aviação e
para a operação aeroportuária”.
Outra questão sensível à harmonização
entre aeroporto e cidade são
os efeitos colaterais da atividade
aeroportuária, como, por exemplo,
o nível de ruído. Foi graças à tecnologia
que a relação superou fases
mais complexas. “As aeronaves hoje
são muito menos ruidosas. Por outro
lado, a Infraero tem um projeto de implantar
um sistema de monitoramento
que possibilite controlar e até coibir
a produção de ruídos”, conta.
O coordenador está confiante que,
com a entrada em cena dos operadores
privados, muitas coisas vão
mudar. “Quando a administração
era por conta da Infraero, não fazia
diferença nenhuma para a empresa
atender o seu cliente em Guarulhos
ou em qualquer outro aeroporto da
rede. Hoje não. A Invepar tem a concessão
exclusiva de Guarulhos e
fará tudo para desenvolver o aeroporto
e para isso ela precisa apresentar
eficiência e qualidade nos
serviços prestados, ou seja, tudo
aquilo que nós queremos e que entra
em consonância com a cidade
AEROPORTO CIDADE
de Guarulhos. Estamos trabalhando
agora para desenvolver políticas
para que Guarulhos e a região consigam
usufruir ao máximo dos benefícios
que a presença do aeroporto
concretiza”.
A prefeitura trabalha na elaboração
de uma proposta a ser feita
ao Consórcio de Desenvolvimento
dos Municípios do Alto Tietê para
desenvolver políticas comuns para
aproveitar as oportunidades. “Queremos
desenvolver ações para o desenvolvimento
da região, que já tem
integradas 10 cidades, com um total
de mais 2,5 milhões de habitantes,
2.800 quilômetros quadrados e PIB
equivalente a R$ 55 milhões, o que é
superior à soma dos PIBs dos quatro
menores países da América do Sul.
É uma região que tem bons acessos
rodoviários e ferroviários e que está
muito próxima do aeroporto. Estamos
em uma fase bem incipiente,
mas estou convicto que o aeroporto
de Guarulhos e a região reúnem
condições ideais para se materializar
o conceito de aerotrópolis”.
ALMA
Recentemente, a cidade de Guarulhos
sediou um encontro entre cidades
aeroportuárias de vários países
da América do Sul para, juntas,
discutir as diferentes realidades de
cada país. No encontro, acertou-se
também a criação da ALMA (Associação
Latino-americana de municípios
aeroportuários). “Temos muito a
aprender com essa interação porque
a problemática é a mesma independente
do país”, conclui Choueri.
17