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Revista SECOVI RIO 134

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Celebrado em 8 de março, o Dia Internacional<br />

da Mulher sempre nos oferece<br />

uma oportunidade de reflexão sobre os direitos<br />

das mulheres na sociedade contemporânea<br />

e sua participação em todos os espaços,<br />

especialmente no universo condominial, ainda<br />

fortemente ocupado por homens, seja na<br />

gestão direta, nas atividades diárias dos edifícios<br />

ou na prestação de serviços. Como forma<br />

de homenagear as figuras femininas que<br />

aos poucos vêm ocupando um lugar cada vez<br />

maior nestes ambientes, apresentamos esta<br />

matéria especial escrita com base apenas em<br />

depoimentos femininos.<br />

A primeira delas é a síndica Roberta Pacca,<br />

de 48 anos, que administra 14 condomínios<br />

residenciais na Zona Sul. Ela ressalta o<br />

crescente destaque das mulheres no<br />

segmento de condomínios, reafirmando<br />

a competência e a capacidade delas não<br />

apenas na sindicatura, mas em diversas<br />

outras profissões relacionadas, inclusive em<br />

áreas antes consideradas exclusivamente<br />

masculinas, como a mecânica de elevadores e<br />

portarias.<br />

“Há uma mudança acontecendo, ainda gradativa,<br />

mas que revela que a força e a competência<br />

femininas estão ganhando cada dia<br />

mais espaço. As habilidades de acolhimento,<br />

cuidado com moradores e funcionários são um<br />

diferencial. A sensibilidade em pequenos gestos,<br />

a empatia, um lado mais maternal e feminino”,<br />

elenca a gestora, alertando que as interessadas<br />

em ingressar neste<br />

universo precisam saber<br />

que o conhecimento gera<br />

segurança e respeito.<br />

“É de extrema importância<br />

a qualificação,<br />

a leitura, a parceria<br />

com diversas áreas,<br />

entre elas Engenharia<br />

e Direito”.<br />

Síndica Roberta Pacca<br />

Síndicas no poder<br />

Felizmente, Roberta é apenas uma das<br />

muitas que vêm conquistando um lugar<br />

ao sol. Fernanda Oliveira, gestora de<br />

condomínios em uma grande administradora,<br />

reforça que, ao longo dos últimos anos, têm<br />

crescido o número de mulheres trabalhando<br />

no dia a dia dos condomínios, seja direta ou<br />

indiretamente. “Hoje já é possível encontrálas<br />

atuando em diferentes funções, como<br />

síndicas, gestoras e assistentes condominiais e<br />

auxiliares de serviços gerais e de manutenção,<br />

dentre outros. Inclusive já vemos, ainda que<br />

timidamente, mulheres atuando em cargos<br />

que antes eram ocupados exclusivamente<br />

por homens, como é o caso das posições de<br />

zeladoria e portaria”.<br />

Mas nem tudo são flores, pondera a<br />

psicóloga e conselheira de Administração da<br />

APSA, Frances Vivian Correa. Ela lembra que<br />

os desafios na carreira das mulheres surgem<br />

bem cedo, e no mercado mobiliário não é<br />

diferente. “Eles aparecem porque a gente<br />

precisa provar desde cedo que é capaz e<br />

tem competência para assumir papéis de<br />

liderança. É necessário se destacar bastante<br />

para a gente ser reconhecida e ter um espaço<br />

enquanto líder.”<br />

Para essa jornada, ela tem uma dica valiosa:<br />

qualificação. “A gente supera<br />

as dificuldades com estudo,<br />

competência, persistência,<br />

e com um propósito muito<br />

claro e objetivo. Sempre tive<br />

a visão de que as pessoas<br />

são fundamentais no mercado<br />

mobiliário. A excelência<br />

acontece quando temos<br />

gente muito qualificada e<br />

com propósitos bastante<br />

genuínos. Foi isso que me<br />

fortaleceu enquanto profissional”,<br />

ensina.<br />

Frances Vivian Correa<br />

/ 2024 / nº <strong>134</strong> /<br />

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