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Nesta edição
do
outono
O q u e p o d e s f a z e r n o
O u t o n o !
p g . 4
D e s c o b r e q u e v i d a s e l v a g e m
p r o c u r a r n o O u t o n o !
p g . 1 7 - 1 8
A p i n t a r t a m b é m s e
p a r e n d e
p g . 5
A s a r a n h a s
p g . 1 9 - 2 0
A á r v o r e
O H a l l o w e e n
p g . 6 - 8
p g . 2 1 - 2 2
A s f o l h a s d o o u t o n o
F e i t o à m ã o
p g . 9 - 1 2
A s á r v o r e s d o o u t o n o
O C a s t a n h e i r o
p g . 1 3
B r i n c a d e i r a s n o
o u t o n o
p g . 2 4
p g . 2 5 - 2 7
O s c o g u m e l o s
p g . 1 5 - 1 6
P a r a E x p l o r a r L á
F o r a
p g . 2 8 - 3 3
P i n t a e s t a p á g i n a !
O Outono
21/22 de Setembro: Equinócio de
Outono
No equinócio de outono a duração
do dia é aproximadamente igual à
duração da noite em todos os
pontos do planeta (12 horas de dia,
12 horas de noite).
Pode parecer-te que é agora que os
dias começam a ficar mais curtos,
mas tal já vem acontecendo desde o
solstício de verão, em junho...
Portanto, se te custa pensar que os
dias agora são mais curtinhos, basta
pensar que daqui a três meses, os
dias começarão a ficar maiores
novamente!
O que acontece no
mundo natural:
> O Sol começa a estar mais baixo no céu.
> Os dias continuam a "diminuir".
> Muitas plantas iniciam um novo ciclo.
> Alguns animais migram para o Sul.
> Muitas aves vêm desde o Norte da Europa
para passar aqui o inverno - são as aves
invernantes.
> Alguns animais trocam de pelagem, ou de
penas, para se prepararem para o frio.
> As folhas das árvores caducifólias
amarelecem e caem.
O que podes fazer no
Outono
Ler um livro
sobre o
outono
Assistir à
migração das
aves
Escutar a
brama dos
veados
Colecionar
folhas do
Outono
Apanhar e
plantar
bolotas
Observar um
bando de
estorninhos
Aprender a
identificar
árvores
Saltar num
monte de
folhas
Observar o
pôr do Sol
no solstício
de inverno
A pintar também se aprende!
A á r v o r e
As árvores são seres vivos. São plantas com um tronco principal, uma
copa e medem pelo menos quatro metros de altura.
Tipos de árvores
Folha persistente
Mantêm as suas folhas
durante todo o ano.
Folha caduca
Perdem suas folhas durante as
estações frias ou secas.
Estrutura
Copa
Galhos
Ramos
Tronco
Raiz
Usos das árvores
Produzem oxigénio e limpam o ar
Sombra
Abrigo
Casa para animais
Combustível para aquecimento
Madeira para construção
Fonte de alimento - sementes,
bagas, fruta, flores, seiva e pólen
Ciclo de vida
Semente Broto Plântula Rebento Árvore adulta
Mede a altura e a
idade de uma
árvore
Para medir a altura
Actividade
Aqui tens um método para medires a altura e uma árvopre sem teres de a trepar! Consiste
em comparar uma altura que podes medir - a de um(a) smigo(a) - com a da árvore.
Vais precisar de:
Fita métrica
Papel
Lápis
Pau
1. Mede a altura do teu amigo(a) e aponta no papel.
2. Pede-lhe para se pôr debaixo da árvore.
3. Com um lápis numa mão, segura o pau com a outra, e, com o braço
esticado, alinha o topo com a cabeça do teu amigo(a). Com o lápis faz
uma marca no pau no sítio em que alinha com os pés dele(a).
4. Continuando no mesmo sítio, levanta o pau de modo a que o topo
fique alinhado com o cimo da árvore.
5. Faz outra marca no pau, desta vez alinhada com o pé da árvore.
6. Mede a distância entre as duas marcas no pau. Elas mostram quanto é que a árvore mede a
mais que o teu amigo(a). Supõe que medes 20cm, isso significa que a árvore é 20 vezes mais
alta que o teu amigo(a). Se o teu amigo(a) tiver 1,5 m e altura, a árvore deve ter 30 m de altura,
(20x1,5=30).
Para saberes a idade
Muitas vezes podes calcular a idade de uma árvore medido a
circunferência do tronco. A maioria das árvores das regiões
temperadas acrescenta todos os anos 2,5 cm à sua
circunferência, por isso se dividires a medida da circunferência
por este numero, obténs a idade da árvore!
Pau seguro à
distância do
braço
ATENÇÃO
Nem todas as árvores seguem esta
regra! As sequóias da América do
Norte, alguns abetos e os eucaliptos
crescem mais do que isto num ano,
ao passo que os teixos, as tílias e os
castanheiros-da-índia não crescem
Vais precisar de:
Fita métrica
tanto. As palmeiras crescem em
altruera, sem aumentar de diâmetro!
1. Mede a circunferência do tronco à altura exacta de
1,5 m acima do solo.
2. Divide a circunferência por 2,5 cm para obteres a
idade aproximada da árvore.
As folhas do
Outono
As cores outonais das árvores de folha
caduca são um dos grandes espetáculos
naturais do ano. Mas qual é a biologia por
trás dessa grande mudança?
A cor verde das folhas
A cor verde nas folhas das plantas vem da clorofila, o
produto químico que permite que a planta use a energia
da luz solar para converter dióxido de carbono e água em
carboidratos – isto é, em alimentos que lhes permitam
crescer. As folhas são basicamente o pessoal da cozinha
da árvore.
Na primavera e no verão, as árvores aproveitam a luz do
dia e o clima quente para produzir o máximo de
alimentos possível. Mas à medida que avançamos para o
inverno, há menos luz disponível e as folhas das árvores
não são feitas para o frio.
Porque caem as folhas?
Na primavera e no verão, as árvores aproveitam a luz do dia e o clima quente
para produzir o máximo de alimentos possível. Mas à medida que avançamos
para o inverno, há menos luz disponível e as folhas das árvores não são feitas
para o frio.
Como as plantas herbáceas, as folhas das árvores de folha caduca não são
resistentes à geada – se a água dentro das células congelar, as células rompemse
e as folhas ficam irreversivelmente danificadas. Assim, as árvores retraem o
máximo possível das coisas boas e perdem as suas folhas.
Este é um processo ativo que a planta usa para se proteger – também ajuda a
proteger a árvore de ser derrubada nos meses de inverno mais ventosos!
Os dias mais curtos desencadeiam hormonas que iniciam um processo chamado
abscisão (palavra com a mesma raiz de tesoura). Uma camada especial de células
na base do caule da folha enfraquece gradualmente, permitindo que ela caia.
Amarelo e laranja
Esta é a cor dos carotenóides, que geralmente são
mascarados pela clorofila. Os carotenóides são os
mesmos pigmentos que dão cor a coisas como
cenouras e gemas dos ovos! As baixas
temperaturas destroem a clorofila, então as
noites geladas promovem folhas amarelas.
Castanho
Esta é a cor das paredes das células quando a folha
está completamente seca e pronta para cair.
Vermelho e roxo
São causados por antocianinas. Quando os
açúcares que ainda não foram reabsorvidos
ficam presos na folha, eles são transformados
em pigmentos vermelhos de antocianina. Isso
geralmente acontece em tempo seco, quando a
temperatura fica acima de zero. Mas a geada
enfraquece as antocianinas, então vemos menos
folhas vermelhas nas estações frias.
É possível que as árvores beneficiem da mudança de cor das folhas de outono. Estudos
mostraram que as antocianinas protegem a folha contra muita luz em baixas temperaturas,
permitindo que a folha reabsorva os nutrientes com mais eficiência.
Também foi sugerido que as folhas vermelhas podem ser sinais
para insetos parasitas que usam árvores como hospedeiros no
inverno. Folhas mais brilhantes significam níveis mais altos de
defesas químicas contra insetos, e as macieiras que desenvolvem
folhas vermelhas acabam com uma carga parasitária menor.
E quanto às folhas caídas?
As folhas caídas no chão desempenham um papel importante numa
floresta decídua. As folhas em decomposição libertam nutrientes de
volta ao solo, que serão reciclados nos próximos anos. Essa camada
espessa e elástica de folhas sob o solo também atua como uma
cobertura, retendo a húmidade.
Também fornece excelente material de nidificação e o
habitat perfeito para vermes, caracóis, aranhas
e decompositores como fungos e bactérias.
Então, se encontrares o teu jardim cheio de folhas,
por que não deixar uma pilha delas no canto?
Tira uma fotografia de uma
árvore, sempre da mesma posição,
todos os dias durante uma semana
ou duas, enquanto esta muda de
cor. Podes observar as alterações
na cor e a forma como a árvore
perde as suas folhas. Cria um
filme em time-lapse com uma
aplicação de edição de vídeo para
observar como a árvore
muda desde o início ao
fim.
Clica 2 vezes
para interagir!
Extrair as cores outonais
Nesta atividade, vais poder brincar com os pigmentos das plantas.
Apanha folhas verdes, amarelas e vermelhas. Cerca de cinco a 10 folhas
de cada tonalidade devem chegar. As folhas podem ser de um só tipo de
árvore, ou de várias.
Actividade
TAMBÉM VAIS PRECISAR DE:
Frascos ou recipientes pequenos
- Tesoura
- Garfo
- Acetona
Acetona
– Filtros de café ou guardanapos absorventes.
COMO FAZER:
1. Separa as folhas por cores. De cada pilha de folhas, escolhe e corta três a cinco folhas
em pequenos pedaços; quanto mais pequenos, melhor.
2. Coloca cada pilha de folhas cortadas num frasco e adiciona cerca de uma a duas colheres
de sopa de álcool isopropílico.
3. Esmaga bem a mistura de folhas com a ajuda de um garfo. Repete este procedimento com
as outras folhas em recipientes separados.
4. Coloca tiras de filtro ou papel absorvente em cada recipiente até que toquem na mistura
de folhas.
5. Observa o que acontece! Passados 30 a 60 minutos, retira o papel e deixa secar sobre
um guardanapo ou papel de jornal.
Atenção!! Cuidado com possíveis salpicos para os olhos e com a roupa que usas, uma vez que esta experiência
tem álcool que arde nos olhos e os pigmentos podem manchar a roupa!
Na natureza, à medida que a clorofila é quebrada e reabsorvida, tornam-se visíveis os pigmentos
amarelos que estavam lá o tempo todo, e os pigmentos vermelhos são produzidos. Como deves ter
notado, as folhas de diferentes espécies mudam de cor devido às quantidades variáveis de resíduos
de clorofila e outros pigmentos. Mas o clima também afeta a mudança de cor:
Clorofila
Dá a cor verde às folhas. Com a
diminuição da temperatura deixa de ser
prouzida.
Flavonoides
Está sempre presente nas folhas, mas
mascarada pela presença de clorofila.
No Outono, este pigmento torna-se
visível aquando da diminuição da
clorofila, que deixa de ser produzida.
Carotenoides
Degrada-se a uma taxa mais lenta
que a clorofila, e é responsável por
dar a cor laranja
às folhas.
Antocianinas
Dá às folhas a cor vermelha, à
medida que aumenta a produção de
açúcar durante o tempo mais frio e
com menos sol. Este pigmento não está
presente em todas as folhas.
Árvores de Outono
O
Castanheiro
Considerada como a “árvore-do-pão” nas regiões a norte do Tejo, o castanheiro foi
a base da alimentação antes da chegada da batata e a principal fonte de hidratos de
carbono no norte da Península Ibérica. Esta árvore de folha caduca consegue
crescer até aos 30 a 35 metros de altura e atingir diâmetros de até 12 metros,
embora o tronco se torne oco à medida que a árvore envelhece. De grande
longevidade, pode viver mais de mil anos, já dizia o velho ditado popular, "um
castanheiro leva 300 anos a crescer, 300 anos a viver e 300 a morrer".
O castanheiro europeu (Castanea sativa) pertence ao género Castanea e à família
das Fagáceas, a mesma que integram os sobreiros e os carvalhos em geral. O
género inclui 12 a 13 espécies, sendo o castanheiro comum a única espécie natural da
Europa. Esta é uma árvore que conseguiu sobreviver, em alguns locais da Europa
central e mediterrânica, ao último período glacial e que se encontra atualmente
distribuída um pouco por todo o globo, incluindo nas Américas – do Norte e do Sul
– e Austrália.
A importância histórico-cultural do castanheiro é
bem visível, não só pela comemoração do Dia de S.
Martinho, mas também pelas muitas feiras e
festas dedicadas a este fruto, e pelos cerca de
820 nomes de localidades derivados de castanha,
souto e castinçal, especialmente a norte do Tejo.
Todos os anos, entre junho e
julho, os castanheiros ficam
floridos e a estas flores
sucedem-se os ouriços – onde se
“escondem” as castanhas – que
começam a cair no início do
outono, em setembro e outubro.
Nem só a madeira e o fruto do castanheiro são
valorizados. À casca e às folhas foram
reconhecidas propriedades medicinais:
recomendaram-se como tratamento para a
disenteria e a diarreia, e as suas folhas, depois
de cozidas, utilizaram-se também para o
tratamento da tosse e das inflamações da
garganta. As suas flores são ricas em pólen e
néctar e, por isso, apreciadas pelos apicultores.
O Castanheiro de Vales, com cerca de mil
anos, foi o vencedor do concurso Árvore
Portuguesa do Ano 2020. Como este, outros
castanheiros notáveis estão classificados,
como acontece com o castanheiro da Quinta
do Castanheiro, em Sintra (tem cerca de
800 anos), o castanheiro de Lagarelhos, em
Vinhais, e o Castanheiro gigante de
Guilhafonso, na Guarda.
Na Sicília (Itália) encontra-se aquele que poderá
ser o mais velho castanheiro de pé, com cerca de
3000 anos. Chamam-lhe “Castanheiro dos Cem
Cavalos”, porque teria abrigado 100 cavalos do
séquito da rainha de Aragão. Tem 58 metros de
diâmetro e está registado no Guinness Book of
World Records por ter o maior diâmetro de
tronco.
Castanhas,
Quentes
e boas!
Com a queda das primeiras folhas de outono, chegam as primeiras
castanhas!
Em Portugal, o outono e a chegada efetiva do tempo frio são comemorados no dia 11 de Novembro,
Dia de São Martinho. A tradição sugere que, de norte a sul, se comam neste dia castanhas assadas,
se beba vinho novo e água pé. Quando nasce no castanheiro, a castanha está protegida por um
revestimento de picos - o chamado ouriço da castanha. Quando chega o outono, o ouriço abre-se e
a castanha cai para ser apanhada, podendo ser esta uma das razões pelas quais o fruto sempre
esteve associado à celebração desse dia.
O dia de São Martinho também é comemorado devido a um gesto gentil; conta a lenda que, certo dia,
o soldado romano de nome Martinho, estava a caminho da sua terra natal. O tempo estava muito
frio e Martinho encontrou um mendigo cheio de frio que lhe pediu esmola. Martinho rasgou a sua
capa em duas metades e deu uma ao mendigo. De repente o frio parou e o sol quentinho apareceu.
Acredita-se que esta mudança no estado do tempo tenha sido a recompensa por Martinho ter sido
generoso para com o mendigo.
Assim, quase sempre na véspera e no Dia de São Martinho o tempo melhora e o sol aparece, tal
como sucedeu com São Martinho. Este acontecimento é conhecido como o “verão de São Martinho”.
Antigamente, e como ainda é possível verificar-se nalgumas localidades
mais pequenas, grupos de amigos e famílias juntam-se à volta de uma
fogueira onde as castanhas estarão a assar, para também beberem a
jeropiga, ginjinha ou água-pé.
Em família, experimenta fazer
esta receita de queques de
castanha!
Receitas naturais!
Clica 2 vezes para interagir!
Os cogumelos
O outono é a época certa para procurar cogumelos, pequenos tesouros de
florestas e jardins. Em Portugal, há cerca de 3000 espécies registadas!
Os cogumelos são muito importantes porque ajudam a decompor a manta
morta (restos de seres vivos que se depositam sobre o solo, como, por
exemplo, as folhas que caem das árvores), e disponibilizam alimento às
plantas, ajudando-as a sobreviver.
Procura-os em dias de chuva ou de elevada humidade e temperaturas
amenas!
Brancos, amarelos, esverdeados, vermelhos, com pintinhas brancas e muitas outras cores,
muitos nascem da terra, outros por cima de pinhas, ou directamente em troncos de árvores!
Pouco depois das primeiras chuvas de Outono, os cogumelos invadem o solo das florestas e
dos jardins urbanos. Tenta descobrir alguns deles:
Frade (Macrolepiota procera)
Este cogumelo é conhecido por frade, roca, fuso ou
chapeuzinho. Tem um anel que se move e muitas
escamas no chapéu bege, que é muito grande e chega a
ter o tamanho de um prato. O pé tem também muitas
escamas. Nasce sempre aos pares e encontra-se muito
facilmente, normalmente ao pé de pinheiros, em
terrenos férteis.
Boleto (Boletus edulis)
São cogumelos grandes, que chegam a pesar um quilo, e comestíveis,
aproveitando-se tudo. Normalmente ocorrem nas raízes de carvalhos,
castanheiros, sobreiros e coníferas. Este é outro cogumelo muito
conhecido em Portugal. Tem um pé muito gordo e com chapéu grande
e de cor clara, mas acastanhado nas margens.
Cantarelos (Cantharellus cibarius)
Também apelidados de rapazinhos, estes cogumelos
frutificam tanto no Outono como na Primavera,
normalmente por baixo de carvalhos, mas também ao
pé de pinheiros.
São amarelos ou alaranjados e pequeninos, com um
cheiro doce, apresentando pregas em vez de lâminas
por baixo do chapéu. Sendo comestíveis, há quem os
cozinhe para compota.
Amanita mata-moscas (Amanita muscaria)
De chapéu vermelho e com pintinhas brancas, é a espécie que
inspira as ilustrações os livros infantis em que se fala de
cogumelos.
Também conhecido por rebenta-boi, o Amanita mata-moscas
pode causar alucinações a quem o ingere. Provoca também
distúrbios alimentares muito abundantes. Encontra-se tanto
em pinhais como em bosques de carvalhos.
Sanchas (Lactatus deliciosus)
Podem observar-se no Outono. Estes cogumelos são
muito
conhecidos em Trás-os-Montes e muito apreciados. A
margem do chapéu, que pode medir de 5 a 15 cm de
diâmetro, é enrolada para baixo. São alaranjados, com
algumas zonas mais vermelhas.
Encontram-se por baixo ou ao pé de pinheiros e
aparecem sempre em grupos. Oxidam muito facilmente.
Se se cortar o pé para cozinhar e deitarem um latex
branco ou amarelo, devem-se rejeitar. Se o latex for
laranja ou vermelho, são Lactatus sanguinophorus,
igualmente comestíveis e muito apreciados.
Língua de vaca (Fistulina hepatica)
Este cogumelo é curioso: parece realmente uma língua de vaca,
tal como o nome comum indica, podendo confundir-se também
com um fígado. Observa-se nos troncos de castanheiros e
carvalhos, em soutos mais antigos, e o chapéu é gelatinoso e
pode atingir até 25 centímetros de diâmetro. Não tem pé.
Na zona inferior do baixo do chapéu, este cogumelo tem uma esponja
que se retira quando se pretende cozinhar. Pode ainda ser consumido
crú, cortado em pequenas fatias.
Descobre que vida selvagem procurar no Outono!
Esta pequena ave que
pesa 12g atravessa o
Sahara, maior deserto
quente do mundo, sem
descansar!
Papa-moscas-preto (Ficedula hypoleuca):
O papa-moscas pode ser observado em Portugal durante as épocas de migração,
quando a espécie faz uma pausa prolongada, na viagem de regressa aos territórios
de invernação na Costa do Marfim e Guiné. Desde o final do Verão e o início do
Outono, este migrador de passagem é uma das aves mais comuns no nosso
território.
Abibe (Vanellus vanellus):
Esta ave invernante, especialmente comum na metade Sul de Portugal, pode ser
observada em zonas abertas, como pastagens, pousios e terrenos incultos. Esta
linda ave escolhe, por exemplo, a lezíria do Tejo e as planícies alentejanas como a
sua casa de Inverno. Segundo o “Aves de Portugal”, esta é a espécie limícola mais
numerosa das que ocorrem no país. É em Novembro que se regista o maior número
destas aves. A sua partida faz-se no final de Janeiro e Fevereiro.
Borboleta (Cymbalophora pudica):
Esta borboleta é um sinal do Outono. É uma borboleta nocturna que pode ser
observada junto a luzes e que por vezes produz som durante o voo!
Esta espécie ocorre no Sul da Europa, desde a Península Ibérica à Grécia, e no
Norte de África. A envergadura de asa pode chegar aos 42 milímetros. As asas
são de tons branco amarelado ou rosa com padrões triangulares pretos.
Estas são algumas das espécies
que podemos observar durante o
Outono. Vamos procurar estas e
outras espécies e anotá-las no
Caderno de Campo.
Clica 2 vezes para interagir!
Cocheiro-do-diabo (Ocypus olens):
Esta espécie pode ser observada no solo, por vezes debaixo de pedras. O seu nome
científico é Ocypus olens e a tradução do seu nome comum em inglês é cocheiro-dodiabo,
embora também possa ser chamado de “alacroa”, provavelmente pelo hábito
que tem de levantar o abdómen quando se sente ameaçado, que o faz parecer um
escorpião. Embora não pique, nem tenha veneno, parece que pode dar dolorosas
dentadas com as suas grandes mandíbulas.
.
Esquilo-vermelho (Sciurus vulgaris):
Procura observar ninhos de esquilo-vermelho em árvores, pois são mais fáceis de
detectar quando as árvores caducifólias perdem a folha. Os esquilos vermelhos
são a única espécie de esquilos presente em Portugal. São facilmente identificados
pela sua cauda felpuda e pelos tufos de pêlos das orelhas. O esquilo vermelho
encontra-se em todo o norte e centro do país. As pinhas são o alimento preferido
destes animais. Quando não são consumidas no momento em que são encontradas,
podem ficar armazenadas em buracos ou no solo, para serem comidas mais tarde.
No entanto, o que acontece muitas vezes é que ficam esquecidas. O esquilo tornase
assim num importante dispersor de sementes!
.
Brama dos veados
Onde ver: Serra de Monchique (é a população
mais a Sul em Portugal e hoje terá cerca de 300
animais), Parque da Natureza de Noudar, Serra de São
Mamede, Serra da Lousã (com cerca de 1000 veados) e
Serras da Nogueira e de Montesinho.
.
Cuidados a ter: Nesta altura ano, os veados estão mais
exaltados e aconselha a quem quiser observá-los a ir com um
guia e a não se aproximar demasiado
AS Aranhas
Para algumas pessoas, o menor vislumbre de
uma aranha é suficiente para inspirar gritos de
medo. O medo de aranhas geralmente vem da
preocupação de ser mordido, alimentado por
lendas urbanas e mitos exagerados. Na
realidade, muito poucas aranhas em Portugal
são capazes de morder uma pessoa, e o
pequeno número raramente consegue. Então, da
próxima vez que vires uma aranha no canto de
uma sala, acena e diz: Continua o bom
trabalho!
A verdade é que as aranhas vivem ao nosso lado durante todo o ano e
isso é algo para comemorar, não para temer. Esses animais incríveis são
uma parte vital de nossos ecossistemas, alimentando-se de um número
impressionante de insetos. Estima-se que em todo o mundo, as aranhas
comam entre 400 e 800 milhões de toneladas de insetos e outros
invertebrados por ano. Muitos dos insetos que eles comem são
considerados pragas de culturas alimentares, plantas de jardim e até
mesmo para as pessoas, portanto, ter aranhas por perto é uma ótima
alternativa natural aos pesticidas.
Adoro comer
insectos!
Algumas
aranhas
encontraram o seu lar
perfeito nas nossas casas. Em
segurança, escondem-se atrás
de móveis e caçam outros
invertebrados que também
encontram o caminho para
dentro de casa, como moscas,
vespas e mosquitos!
Cientista de lupa na mão!
O outono é uma boa época para procurar aranhas em jardins, ao longo de sebes e até em tua
casa! Fica atento(a) à enorme variedade de aranhas e suas teias, principalmente nas manhãs mais
frias, quando as teias brilham com o orvalho!
Aranha-de-casa (Tegenaria sp.)
São aranhas comuns em casas e inofensivas.
Ainda são descritas espécies novas para a Ciência deste grupo para Portugal.
É um habitante comum das casas portuguesas. Estas aranhas constroem uma
teia em funil e comem os insectos que nos podem transmitir doenças ou
contaminam a nossa comida.
Esta espécie que possivelmente viveria originalmente em cavidades nas rochas,
ou mesmo em entradas de cavernas, acham as nossas casas um bom substituto
ao habitat natural que nós lhes tiramos. Embora muito mais seco. É por isso
que, normalmente, se encontram ou nas casas de banho ou nas cozinhas.
Porque têm sede!Os pequenos animais tentam beber as gotas que deixamos na
banheira ou no lava-loiça e, uma vez lá dentro, não conseguem sair.
O melhor para evitar encontros e salvar a vida a muitas destas criaturas
será deixar uma toalha ou um pano nessas superfícies escorregadias. A aranha
usa-a como escada para subir e volta à sua/nossa casa com a sede saciada e
pronta a defender-nos por mais um dia.
Aranhiço (Pholcus phalangioides)
Estas aranhas finas e desengonçadas também nos são
familiares. Também conhecidas como aranhas de
pernas longas, elas costumam fazer teias nos cantos
onde as paredes encontram o teto. Elas passam a
maior parte do dia muito quietas, mas se perturbados
têm duas reações muito diferentes. Algumas enrolam-se
numa bola e tentam ser invisíveis, outras vibram
loucamente na tentativa de te assustar. Elas são
excelentes predadoras e comem outras aranhas,
incluindo os seus irmãos!
Aranha-lobo (Hogna radiata)
A aranha-lobo, ocorre no Sul da Europa, Norte de África e
Ásia Central. São das maiores espécies da nossa fauna e
são, na realidade, as “tarântulas originais” (juntamente com
as Lycosa sp.). Caça pequenos insectos e pode viver em
florestas, parques e zonas de vegetação.
Na época de acasalamento os machos dançam para a atrair
as fêmeas e estas saem para os ver dançar e escolher o
seu futuro parceiro.
Apesar de poder "morder" a sua mordedura é na realidade
incrivelmente rara e sem grande impacto no ser humano.
O Halloween
Esta é uma prática que ganhou maior dimensão nos últimos anos. Popularizado pelos
Estados Unidos, este é, segundo os historiadores, um costume que teve origem numa
tradição celta, o Samhain ("fim do verão"). A festa começava no dia 31 de outubro e durava
três dias. Nesse dia o povo acreditava que havia maior proximidade entre mortos e vivos.
Os espíritos voltavam a casa para pedir comida, pelo que os familiares deixavam alimentos
à porta.
Em 1845, a tradição viajou da Irlanda para a América do Norte, na sequência de uma
migração em massa. Nessa altura terá surgido a tradição moderna de trick-or-treat (doce
ou travessura), que depois foi exportada para vários países. Em Portugal já existia há
vários séculos o "pedido de pão por Deus", que ainda resiste em algumas zonas mais
rurais. Grupos de crianças saem à rua no dia 1 de novembro e vão bater às portas e pedir
bolos e dinheiro. Um costume que está relacionado com a tradição popular portuguesa de
dar bolos secos a quem ajudou nas colheitas.
Atualmente o Halloween pode ser um ótimo momento para diversão
familiar, mas, infelizmente, muitas vezes está cheio de plástico.
Desde as fantasias e máscaras de Halloween, a grandes quantidades
de guloseimas embrulhadas em plástico, são muitos os
produtos disponíveis nesta data com presença de plástico na sua
constituição!
Clica 2 vezes para interagir!
Um ponto de cada vez
Feito
à mão
Com os dias a ficarem mais frios, aqui fica uma
sugestão para te aquecer durante as tuas
explorações naturais!
Podes usar restos de tecido polar, (fleece), ou
outro tecido quentinho, tirado de camisolas velhas
ou que já não te sirvam! Se tiveres vários restos
de tecidos, podes fazer um cachecol com várias
cores, que representam a diversidade da vida!
Vê o video, em baixo, para teres uma ideia de
como se faz!
Um cachecol quentinho e
feito por ti, para
explorares a natureza!
Clica 2 vezes para interagir!
Brincar no Outono!
O outono tem um encanto especial com dias de sol para aproveitar a vida ao
ar livre e também dias de chuva e frio, onde já sabe bem fazer uma atividade
em casa. Aqui ficam algumas sugestões para comemorar o outono em
família!
BRINCAR E SALTAR NUM MONTE DE
FOLHAS SECAS
COMEÇAR A LER UM LIVRO
PREPARA UM TERMOS COM
CHOCOLATE QUENTE, VÁRIAS
MANTAS E VAI VER AS ESTRELAS A
PARTIR DE UM PONTO ALTO
FAZER QUEQUES DE CASTANHAS
ORGANIZAR UM PIQUENIQUE DE
OUTONO
CRIAR UM DIÁRIO DA NATUREZA E
LEVÁ-LO DURANTE AS CAMINHADAS
PARA REGISTAR AQUILO QUE VÃO
ENCONTRANDO
PASSEAR NUMA FEIRA DE RUA
FAZER VOAR UM PAPAGAIO DE
PAPEL
CALÇAR GALOCHAS, VESTIR UM
CASACO, LEVAR CHAPÉUS-DE-
CHUVA E IR SALTAR NAS POÇAS
FAZER UM FORTE DENTRO DE CASA
NUMA TARDE DE CHUVA
VISITAR UM MUSEU… OU DOIS
EXPLORAR UM CAMPO OU FLORESTA
LOCAL
Brincadeiras no Outono
Reune o material necessário: - Cana com 50 cm;
- Uma cana com 60 cm;
- Papel de seda ou papel de
embrulho ou de revista;
- 1,5m de corda de algodão;
- 100 m de fio de "nylon";
- Fita adesiva de papel.
Brincar
COM O
Vento!
Faz uma pequena ranhura nas
extremidades de ambas as
canas.
Põe uma cana em cima da outra
formando uma cruz e ata-as
fortemente com uma corda de
algodão.
Passa a corda
de algodão pelas
extremidades das canas
para formares a armação
do teu papagaio de papel.
Com o papel
debaixo da
armação do
papagaio, desenha
a forma da
armação,
deixando um
espaço extra de
1,5cm.
Dobra as
extremidades do papel
sobre a corda e cola
com a fita adesiva de
papel.
Reforça as
extremidades do
papagaio com fita
adesiva, deixando
um orifício.
Ata uma corda em ambas as
extremidades da cana maior e
amarra com força a corda de voo
mais ou menos a meio dessa
corda.
Ata a corda de "nylon" na
extremidade do teu papagaio e
coloca fitas coloridas para
fazeres a cauda do teu papagaio.
Brinca com o
vento e
diverte-te!
Brincar
Lama!
COM
Brincar na lama, sentir a água e a
terra é uma experiência muito
divertida! Vê como podes
construir uma cozinha de
lama no teu jardim ou na tua
escola!
Com o outono, chega também a chuva, e com ela brincadeiras que
te permitem explorar este elemento, tão essencial para muitos
ecossistemas e para a vida!
A lama é um elemento que pode ter diferentes texturas e
consistências, proporcionando várias formas de brincar. O fato de
ser moldável permite explorar a imaginação e criar o que quiseres!
Podes construir algo concreto como um castelo ou simplesmente
passar a lama pelo corpo! Ao brincares com água, areia, lama e
argila, podes também perceber como funciona a mutação entre
estes elementos naturais e descobrir como essa matéria, fruto da
junção de água e terra, se comportam!
Clica 2 vezes para interagir!
Para
explorar
lá fora!
As folhas do Outono
Faia Freixo Carvalho
Castanheiro
Medronheiro
Aveleira Bétula Bordo
Pilriteiro Sabugueiro
Seres do bosque no Outono
Ouriços castanha Gaio Esquilo Fruto da Faia Trepadeira-azul
Típula Amanita muscaria Rato-do-campo Bolota Peido-de-lobo
Pronto para detetar?
Mantém os olhos abertos para sinais de
outono!
Tenta ficar super quieto e mantém-te assim
por um tempo - o que consegues observar?
Borboletas noturnas
Algumas borboletas noturnas
como a Cymbalophora pudica
continuam a voar no Outono!
Cogumelos
Quantos tipos diferentes
de cogumelos consegues
encontrar?
Galhas
As galhas são uma reação da
Hera
árvore à picada de alguns
As flores da hera
insetos.
fornecem néctar tardio
para borboletas e abelhas
na época e Outono.
Teias
Mantém os olhos
abertos para as teias
de aranha que cintilam
com o orvalho matinal
ou geada.
Esqueletos
Detetas algum esqueleto
de folha no chão da
floresta?
Opilião
Observa estes aracnídeos
na casca de um carvalho
(e às vezes em tua casa!).
Outono
incrível
Aves
Encontra-as reunidas
em torno de árvores
carregadas de bagas e
a deliciarem-se com a
fruta.
Esquilos
Durante o outono, os
esquilos estão ocupados a
recolher (ou armazenar)
nozes e sementes, como
bolotas.
Corujas
Consegues ouvir as
corujas-do-mato a
chamar 'twit twoo' umas
às outras durante as
noites?
Texugos
Mantém os olhos abertos
e no chão para veres
pegadas e vestígios de
texugo.
Sê um verdadeiro detetive da natureza
Quantas bagas e sementes consegues
identificar!
Bagas e sementes
Peça inferior
iDeal
Castanhas
Castanheiro
Amoras de
silva
Bolotas de
carvalho
Amentos
de bétula
Sementes
de freixo
Bagas de
pilriteiro
Amentos
de amieiro
Abrunhos de
abrunheiro
Bagas de
sabugueiro
Botões de
roseira-brava
Bagas de
tramazeira
Sementes de
bordo
Corta ao redor do
tracejado. Coloca a parte superior
sobre a parte inferior e junta-os com
um atache.
Sê um verdadeiro detetive da natureza
Quantas bagas e sementes consegues
identificar!
Bagas e sementes
Peça superior
iDeal
Este iDeal
pertence a:
Detetive da Natureza
Dica para os observadores!
As amoras maduras podem ser
colhidas para fazer um milkshake
super delicioso!
Mmmm!
Factos incríveis
Quando as sementes de freixo caem no chão, elas
giram como uma lâmina de helicóptero!
Muitos animais e pássaros comem abrunhos incluindo o
bico-grossudo (Coccothraustes coccothraustes),
fuinhas, texugos e raposas!
Corta ao redor do
tracejado. Coloca a parte superior
sobre a parte inferior e junta-os com
um atache.
Olá! Espero que tenhas
gostado desta revista!
Desejo boas descobertas e observações neste
outono!
Vêmo-nos na próxima estação, com novas
atividades para te ajudar a explorar o mundo
natural.
Está atento ao teu e-mail de contato pois
irás receber todos os meses dicas e
sugestões de atividades!
O PENAS nas 4 estações do ano!
Contacta-nos!
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Um projecto
Bibliografia:
https://www.wilder.pt/
Um ano inteiro - Almanaque da natureza /. www.wildlifewatch.org.uk/