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OE2022_Relatorio

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aumento dos juros da dívida direta do Estado, em 2022, de 70 milhões de euros em contas públicas<br />

e de 188 milhões de euros em contas nacionais (cerca de 0,03% e 0,08% do PIB, respetivamente).<br />

Quadro 6.6. Impacto de um aumento imediato e permanente das taxas de juro de mercado em 1 pp<br />

sobre os juros da dívida direta do Estado em 2022<br />

Nota: Esta análise considera que um aumento da taxa de juro do Estado de 1 pp seria acompanhado por um aumento de 0,08 pp<br />

no custo médio dos empréstimos de taxa de variável do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, não sendo considerada a<br />

correlação entre as taxas de juro e outras variáveis, orçamentais ou macroeconómicas.<br />

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, E.P.E.<br />

Risco de taxa de câmbio<br />

O risco de taxa de câmbio está relacionado com o efeito que as flutuações cambiais, associadas aos<br />

instrumentos da carteira de dívida denominados em moeda não euro, poderão ter sobre o montante<br />

total de dívida quando convertida em euros.<br />

A monitorização regular do risco de taxa de câmbio tem como base os limites máximos estabelecidos<br />

nas Normas Orientadoras para a Gestão da Dívida Pública e na Lei do Orçamento do Estado em vigor.<br />

Estas normas impõem um limite máximo de 20% para a exposição cambial primária (não incluindo<br />

operações de cobertura de risco cambial) e de 15% no caso da exposição cambial líquida, ou seja,<br />

após a inclusão de derivados financeiros de cobertura de risco de taxa de câmbio.<br />

Em resultado de obrigações emitidas ao abrigo do programa MTN (Medium-Term Notes) e da<br />

obrigação emitida em moeda chinesa (obrigação Panda), no final de dezembro de 2021, a exposição<br />

cambial primária representava cerca de 1,36% do total da carteira de dívida ajustada. À mesma data,<br />

o risco cambial dos títulos emitidos em moeda estrangeira estava totalmente coberto por derivados,<br />

pelo que a exposição cambial líquida apresentava um valor nulo, cumprindo o limite de 15%<br />

estabelecido no Orçamento do Estado em vigor.<br />

De acordo com as regras do Sistema Europeu de Contas (SEC2010), em vigor desde setembro de<br />

2014, os fluxos financeiros associados a operações de derivados deixaram de ser considerados para<br />

apuramento dos juros em contas nacionais. Assim, um movimento de depreciação (apreciação) do<br />

euro terá um impacto desfavorável (favorável) no saldo orçamental. A título de exemplo, uma<br />

depreciação do euro face ao dólar de 10% conduziria a um aumento dos juros em contas nacionais<br />

em cerca de 11 milhões de euros, tendo em consideração o saldo vivo do empréstimo do MTN<br />

denominado em USD. Por seu turno, em contas públicas o impacto seria nulo, pela compensação<br />

dos fluxos financeiros de derivados.<br />

Risco de crédito<br />

Contas Públicas<br />

Contas Nacionais<br />

Milhões de euros 70 188<br />

Em percentagem do PIB 0,03% 0,08%<br />

O risco de crédito é assumido pela contratação de operações com instrumentos derivados, repos<br />

(acordos de recompra) e aplicações no mercado monetário. A diversificação dos riscos e a atribuição<br />

de limites de exposição a cada contraparte em função da sua qualidade creditícia são estabelecidas<br />

pelas Normas Orientadoras em vigor.<br />

O risco de crédito dos contratos de derivados com a República Portuguesa é apurado adicionandose<br />

ao valor de mercado atual, que representa o valor de substituição da transação, uma exposição<br />

352<br />

RELATÓRIO<br />

RISCOS ORÇAMENTAIS E ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE

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