13.04.2022 Views

OE2022_Relatorio

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

que, fruto da pandemia de COVID-19, se viram obrigados a trabalhar ou a estudar a partir de casa.<br />

Para este desígnio, muito contribuirá a recentemente criada Rede Nacional de Espaços de<br />

Coworking/ Teletrabalho no interior, que conta já com espaços em 89 municípios à disposição de<br />

todos os cidadãos que estejam a trabalhar em regime de teletrabalho, qualquer que seja a sua<br />

entidade patronal (incluindo os trabalhadores com vínculo de emprego público, para quem está<br />

assegurado que a frequência dos espaços seja gratuita).<br />

Ao mesmo tempo, o Governo decidiu apoiar diretamente a produção de base local, por micro e<br />

pequenas empresas, através do Programa de Apoio à Produção Nacional (PAPN), destinado ao apoio<br />

direto ao investimento empresarial produtivo, dirigido essencialmente ao setor industrial. A<br />

existência de um tecido empresarial mais forte e diversificado visa contribuir para o incremento da<br />

competitividade dos territórios do interior, para além de reduzir a dependência do País face ao<br />

exterior. Por outro lado, possibilita o surgimento de um mercado de trabalho mais dinâmico e<br />

competitivo, mais atrativo para a retenção dos trabalhadores existentes e para a captação e fixação<br />

de novos trabalhadores.<br />

É por ter presente essa aposta no futuro e no emprego qualificado que se apoia o investimento na<br />

ciência:<br />

Nas universidades, institutos politécnicos, unidades de investigação & desenvolvimento,<br />

laboratórios associados, laboratórios colaborativos e centros de interface tecnológica, que<br />

já existem por todo o interior e que são fundamentais para a educação e qualificações dos<br />

portugueses;<br />

Porque trabalhadores mais qualificados conseguem criar melhores produtos e serviços, de<br />

forma mais eficiente, incorporando mais tecnologia e conhecimento;<br />

O produto desse trabalho diferencia-se do que já existe por ser mais valioso; é mais<br />

facilmente exportável, chega a mais e maiores mercados e devolve mais riqueza à empresa<br />

que o cria; e essa empresa, mais próspera e resiliente, consegue investir mais no seu<br />

território, pagar melhores salários, contratar mais trabalhadores.<br />

Esses investimentos são concretizados considerando aquilo que os territórios já têm de melhor:<br />

As atividades tradicionais — sejam elas o artesanato, a agricultura, a floresta ou até o<br />

turismo —, que se pretende valorizar, modernizar e tornar mais sustentáveis, com<br />

conhecimento, tecnologia e inovação;<br />

Os recursos endógenos destes territórios, que têm de ser valorizados com conhecimento e<br />

tecnologia, de modo a que as empresas locais se apropriem de uma maior parte do valor<br />

desses produtos, gerando mais riqueza para o território e aumentando o seu potencial de<br />

exportação/substituição de importações;<br />

A cultura, as tradições, a história e o património locais, que servem de cola aglutinadora<br />

para a vida em comunidade, fundamental para o bem-estar das populações que se fixam no<br />

interior.<br />

Para a região do Pinhal Interior, em concretização do Programa de Revitalização do Pinhal Interior,<br />

o Ministério da Coesão Territorial desenvolveu com as cinco comunidades intermunicipais da região,<br />

um modelo de governação que reforça o papel de coordenação e acompanhamento da Comissão de<br />

Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, em particular enquanto entidade gestora do<br />

RELATÓRIO<br />

PROGRAMAS ORÇAMENTAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS SETORIAIS<br />

175

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!