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OE2022_Relatorio

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as regiões com rendimentos menos elevados. Deste modo, são fundamentais os<br />

apoios/incentivos ao investimento, quer nos setores onde as regiões tradicionalmente<br />

se especializaram quer em novos setores que permitam a diversificação da base<br />

económica;<br />

f) A baixa produtividade per capita em determinados setores e a elevada percentagem<br />

desses setores nas regiões menos desenvolvidas. Neste contexto, há que criar<br />

incentivos que conduzam ao aumento da produtividade e competitividade das<br />

indústrias tradicionais, através de apoios às atividades de investigação e<br />

desenvolvimento tecnológico (IDT), de apoios à integração de trabalhadores<br />

qualificados e à criação de envolventes dinâmicas que facilitem os processos de<br />

inovação. Por outro lado, há que diversificar a base da atividade económica das regiões,<br />

criando incentivos que permitam o desenvolvimento e a atração de novas atividades<br />

económicas, mais produtivas, mais utilizadoras de trabalho qualificado e de atividades<br />

de IDT;<br />

g) A falta de trabalhadores qualificados e com experiência. Deste modo, é fundamental<br />

fixar e atrair pessoas qualificadas nos territórios, nas instituições de ensino superior,<br />

nas entidades de interface, nas empresas, nos municípios, no terceiro setor, na<br />

comunidade. Para além de uma grande aposta no ensino de proximidade, que envolva<br />

as empresas, é fundamental garantir a formação ao longo da vida. Também é<br />

importante que as organizações desenvolvam atividades inovadoras, de alto valor<br />

acrescentado, condição essencial para que possam contratar trabalhadores<br />

qualificados e proporcionar-lhes carreiras aliciantes e trabalho digno, bem remunerado.<br />

Por outro lado, serão as pessoas qualificadas que contribuirão para a sustentabilidade<br />

das organizações a longo prazo. São por isso determinantes os apoios no domínio da<br />

formação de proximidade, na contratação de pessoas qualificadas pelas empresas e<br />

entidades do terceiro setor e na realização de investimentos inovadores que<br />

contribuam para aumentar a contratação de trabalhadores qualificados, mas que<br />

permitam às empresas novas formas de organização do trabalho, investimentos em<br />

processos e aquisição de novas competências em áreas que hoje são fundamentais,<br />

como no domínio do marketing, da digitalização, energético, da qualidade e na área<br />

ambiental;<br />

h) A disponibilidade de recursos. Tão importante como a disponibilidade de recursos é o<br />

seu uso eficiente e eficaz. Nalgumas regiões e países, a tecnologia, a ciência e a evolução<br />

tecnológica, bem como populações com elevados níveis de instrução e qualificação,<br />

têm mais do que compensado a falta de disponibilidade de recursos e têm permitido<br />

níveis de desenvolvimento socioeconómico elevados;<br />

i) A dimensão do mercado é muitas vezes considerada um fator penalizador para a<br />

realização de investimentos nas regiões com baixos níveis de rendimento. Hoje em dia,<br />

com as cadeias globais, com a digitalização das empresas, que lhes permite estar no<br />

mercado global, este fator pode ser atenuado com apoios à internacionalização dos<br />

territórios, potenciando o turismo, mas também a presença dos territórios e seus atores<br />

num mundo que a tecnologia permite que seja global. Aliás, a pandemia de COVID-19<br />

ensinou-nos que não necessitamos de décadas para fazer os investimentos necessários<br />

para até as empresas familiares de comércio e serviços entrarem nos mercados<br />

RELATÓRIO<br />

PROGRAMAS ORÇAMENTAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS SETORIAIS<br />

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