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OE2022_Relatorio

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desafio, averiguando as condições locais para acolhimento de refugiados e articulando-se com<br />

entidades locais, privadas e públicas, e apelado ao apoio da sociedade civil.<br />

Manter-se-á a aposta no contínuo aperfeiçoamento de um modelo que equilibre e incentive a<br />

participação da Administração Local, em coordenação com administração Central, no<br />

desenvolvimento da rede física de serviços públicos, incluindo a transferência da gestão das lojas de<br />

cidadão para os municípios<br />

Ainda em matéria de Administração Local, em 2022, prosseguir-se-á com o reforço da participação<br />

das autarquias locais na gestão das receitas públicas, mantendo a tendência de convergência para o<br />

nível médio de participação das autarquias locais na gestão das receitas públicas dos países da União<br />

Europeia. Este objetivo será alcançado através das verbas que acompanham a transferência de<br />

competências no quadro da descentralização, bem como através da participação dos municípios nas<br />

receitas fiscais. Relativamente às transferências para as autarquias locais, no ano de 2022, e apesar<br />

de a receita fiscal ter registado uma redução muito significativa, na ordem dos 7%, os montantes da<br />

participação das autarquias locais nos impostos do Estado apenas registam uma quebra global de<br />

1,4%. Com efeito, apesar de o valor do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF) refletir uma redução<br />

proporcional à diminuição na receita fiscal líquida, o valor global das transferências para os<br />

municípios registou uma redução bastante menos significativa, em resultado do aumento muito<br />

significativo na subvenção específica destinada ao Fundo Social Municipal (FSM), superior a 25%,<br />

bem como da participação variável no IRS. O valor das transferências para as freguesias reflete um<br />

crescimento de 16,6% face ao ano anterior, em resultado do aumento da taxa de participação.<br />

Assim, no cômputo geral, e apesar da redução da receita fiscal em 2020 devido à pandemia e aos<br />

seus impactos na arrecadação de receita, verifica-se que, em relação a 2020, as transferências para<br />

as autarquias locais aumentarão 178 milhões de euros no próximo ano (+7,3%). Face a 2021, há uma<br />

quebra de apenas 1,5% destas transferências (cerca de 50 milhões de euros), fruto do aumento<br />

significativo do FSM, o qual vem ao encontro do papel insubstituível que as autarquias locais<br />

desempenharam e continuam a desempenhar no contexto do combate à pandemia de COVID-19 e<br />

às suas consequências sociais e económicas, suportando encargos e concedendo apoios e isenções<br />

às famílias e empresas mais afetadas.<br />

Além disso, a execução do PRR muito dependerá da capacidade financeira dos municípios para<br />

desenvolverem os respetivos projetos de investimento. Assim, tendo em conta o contexto<br />

pandémico e as suas consequências, bem como o fim do período transitório previsto no regime das<br />

autarquias locais e o consequente impacto negativo ao nível das transferências do Orçamento do<br />

Estado para as autarquias, procurou-se garantir liquidez aos municípios através da criação de um<br />

mecanismo de empréstimo bonificado a conceder pelo Fundo de Apoio Municipal (FAM) em<br />

determinadas situações.<br />

Finalmente, estão também criadas as condições para que todas as juntas de freguesia possam contar<br />

com, pelo menos, um membro eleito a meio tempo. Esta despesa é suportada pelo Orçamento do<br />

Estado, o que se traduz numa transferência para as freguesias no valor de cerca de 29 milhões de<br />

euros, ou seja, um aumento de mais de 250% face ao valor atualmente transferido para esse efeito.<br />

Procura-se assim robustecer as freguesias e criar condições para a assunção de competências por<br />

parte destas.<br />

RELATÓRIO<br />

PROGRAMAS ORÇAMENTAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS SETORIAIS<br />

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