13.04.2022 Views

OE2022_Relatorio

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

partilhar com o concedente, a partir de 2023, uma percentagem, contratualmente definida, da<br />

respetiva remuneração. Assim, os fluxos financeiros futuros respeitam apenas a receitas, não<br />

estando contratualmente previstos quaisquer encargos para o setor público.<br />

Adicionalmente, é de referir que o Governo avançou para a realização de um processo de Avaliação<br />

Ambiental Estratégica no âmbito do qual serão ponderadas outras soluções de expansão da<br />

capacidade aeroportuária da região de Lisboa, o que conduziu ao esgotamento do objeto da<br />

Comissão de Negociação anteriormente constituída.<br />

No que respeita aos fluxos plurianuais, salienta-se um aumento das receitas previsionais, quando<br />

comparado com o orçamento anterior. Numa primeira fase da projeção, regista-se uma diminuição<br />

das receitas em resultado da ocorrência da pandemia de COVID-19 e do forte impacto internacional<br />

resultante da contração da utilização do transporte aéreo. No entanto, é de referir uma expetativa<br />

de retoma mais célere da atividade aeroportuária e dos serviços relacionados.<br />

Oceanário<br />

Nos termos do contrato de concessão atualmente em vigor, a remuneração da concessionária do<br />

Oceanário assenta unicamente na receita de bilhética e receitas auferidas decorrentes da exploração<br />

comercial das atividades concessionadas, não estando assim contratualmente previstos quaisquer<br />

encargos para o setor público com esta parceria.<br />

Os únicos fluxos financeiros previstos correspondem aos pagamentos efetuados pela concessionária,<br />

os quais se decompõem (i) numa componente fixa, paga mensalmente e dividida em prestações<br />

iguais, e (ii) numa componente variável, incidindo esta sobre as receitas da concessão decorrentes<br />

da atividade de exploração da concessionária.<br />

4.6. Ativos e Passivos do Estado<br />

Dívida Direta do Estado<br />

Em 2021, as políticas económica e orçamental seguidas, a par do cariz acomodatício da política<br />

monetária na área do Euro, continuaram a ser determinantes para a contenção do impacto<br />

financeiro da resposta necessária ao choque pandémico.<br />

Atentos os desafios adicionais da pandemia de COVID-19, aqueles fatores continuaram a ser<br />

fundamentais para que, em 2021, os princípios orientadores da gestão da dívida pública fossem<br />

reforçados: minimizar o custo direto e indireto da dívida pública; prevenir a concentração excessiva<br />

de amortizações num determinado período, reduzindo assim o risco de refinanciamento em<br />

períodos de maior volatilidade; e promover liquidez ao mercado, capitalizando a procura crescente<br />

dos investidores pela dívida pública portuguesa e facilitando a execução dos programas de compras<br />

de ativos do Eurosistema para Portugal (PSPP e PEPP).<br />

Esta dinâmica foi muito positiva para a credibilidade do País e para a estabilidade financeira das<br />

famílias e das empresas, reforçando a confiança na trajetória orçamental e na gestão financeira<br />

rigorosa e credível que o Estado tem vindo a seguir:<br />

130<br />

RELATÓRIO<br />

SITUAÇÃO FINANCEIRA DAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS — CONT. PÚBLICA

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!