Monografia Sertões: Travessias
Monografia apresentada ao curso de Pós-graduação em Moda & Criação da Faculdade Santa Marcelina, para obtenção do título de Especialista em Moda e Criação (Ago/2021).
O Trabalho de Conclusão de Curso Sertões: travessias apresenta uma pesquisa e o desenvolvimento de uma coleção de moda feminina inspirada nos sertões do imaginário brasileiro oriundos da poética da literatura sertanista, em especial das obras de Grande sertão: veredas, Vidas secas e Morte e vida severina. Direcionada para mulheres com 40, 50, 60 anos ou mais, visa propor a reflexão sobre o envelhecimento feminino e a liberdade das mulheres contemporâneas em ser o que desejam.
As pesquisas e metodologias realizadas estão detalhadas na presente monografia, igualmente a criação e desenvolvimento da coleção, com estudos, croquis e looks confeccionados, que objetivam através da moda, resgatar e valorizar a cultura nacional, bem como o livre envelhecimento feminino.
Monografia apresentada ao curso de Pós-graduação em Moda & Criação da Faculdade Santa Marcelina, para obtenção do título de Especialista em Moda e Criação (Ago/2021).
O Trabalho de Conclusão de Curso Sertões: travessias apresenta uma pesquisa e o desenvolvimento de uma coleção de moda feminina inspirada nos sertões do imaginário brasileiro oriundos da poética da literatura sertanista, em especial das obras de Grande sertão: veredas, Vidas secas e Morte e vida severina. Direcionada para mulheres com 40, 50, 60 anos ou mais, visa propor a reflexão sobre o envelhecimento feminino e a liberdade das mulheres contemporâneas em ser o que desejam.
As pesquisas e metodologias realizadas estão detalhadas na presente monografia, igualmente a criação e desenvolvimento da coleção, com estudos, croquis e looks confeccionados, que objetivam através da moda, resgatar e valorizar a cultura nacional, bem como o livre envelhecimento feminino.
FACULDADE SANTA MARCELINAMARIANA DE LIMA MACIELSÃO PAULO2021
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FACULDADE SANTA MARCELINA
MARIANA DE LIMA MACIEL
SÃO PAULO
2021
MARIANA DE LIMA MACIEL
Sertões:
travessias
Monografia apresentada ao
Curso de Pós-graduação em
Moda & Criação da Faculdade
Santa Marcelina, como requisito
parcial para obtenção do tulo de
Especialista em Moda & Criação.
Orientadoras:
Prof.ª Dr.a Maíra Zimmermann
Prof.ª Ma. Monayna Pinheiro
SÃO PAULO
2021
À força maior que chamo Deus,
razão de tudo. Aos meus pais,
amores incondicionais; aos meus
irmãos, companheiros de
jornada; e às mulheres de minha
família as quais inspiraram este
projeto e me movam na
travessia da vida.
AGRADECIMENTOS
A realização desta monografia e a conclusão de
mais uma etapa acadêmica, teve o apoio e incenvo de
diversas pessoas ao meu redor, às quais serei sempre
grata.
Agradeço, primeiramente, à Deus que entre
tantas situações me permiu chegar até aqui.
Especialmente, aos meus pais Sergio e Susi, que
me acolhem e amam incondicionalmente, tudo que
sou devo a eles. Aos meus irmãos, Matheus e Marília,
com os quais conto e parlho a alegria de viver,
estendendo à Beatriz minha cunhada e nova irmã.
Aos meus avós Ana, Marina, José Dionísio e
Paraízo, Flávio (in memoriam) aos quais inspiraram
este projeto e me inspiram com seus exemplos de vida.
Meus agradecimentos à minha madrinha Solange, que
me ouve, acalma e incenva.
As todas as mulheres que dedicaram parte de
seu tempo respondendo as pesquisas, em especial à
Camila, Ester, Fáma, Maria de Fáma, D. Marina,
Silene, Solange e Susi, que se disponibilizaram para as
entrevistas; suas parcipações foram encorajadoras e
essenciais para o embasamento da monografia.
Agradeço a todos os professores da
pós-graduação, que com entrega parlham
conhecimento, mas em especial as professoras
orientadoras Maíra e Monaya, estendendo às
professoras Renata, Simone e Liza, que em período de
pandemia, se reinventaram nas aulas online e se
dedicaram o dobro para manter a qualidade do ensino
e dos projetos finais.
Aos meus familiares já citados e também aos
amigos Sr. Luiz, Fernanda Freitas, Gabi Risso, Cecília,
Cinthia e Nazaré que desde emprésmos de
uniformes, manequim à máquina de costura, ajuda
com fotos, diagramação e confecção de peças, não
mediram esforços para me ajudar a concluir os
trabalhos.
A empresa Helvea, na pessoa do Kene, que
cedeu e fabricou as equetas personalizadas; a Talita
(Innovav) e Jonas (RVB), que facilitaram as compras
de tecidos orgânicos ou cerficados, agradeço o apoio.
E por fim, a todos os meus companheiros de
sala de aula, amigos que ficarão para a vida e os quais
já sinto imensa saudades! Parcularmente à Camila,
Ana, Karen, Dalila, Diego, Ângela e Daniela, vocês
trouxeram leveza para esta desafiadora travessia final.
“O real não está na saída nem na
chegada: ele se dispõe para a
gente é no meio da travessia.”
João Guimarães Rosa, Grande
sertão: veredas, 2001.
MACIEL, Mariana de Lima. Sertões: travessias. 2021. 165 f.. Trabalho de Conclusão de Curso
(Pós-Graduação em Moda & Criação) – Faculdade Santa Marcelina, São Paulo, 2021.
RESUMO
O Trabalho de Conclusão de Curso Sertões: travessias
apresenta uma pesquisa e o desenvolvimento de uma
coleção de moda feminina inspirada nos sertões do
imaginário brasileiro oriundos da poéca da literatura
sertanista, em especial das obras de Grande sertão:
veredas, Vidas secas e Morte e vida severina.
Direcionada para mulheres com 40, 50, 60 anos ou
mais, visa propor a reflexão sobre o envelhecimento
feminino e a liberdade das mulheres contemporâneas
em ser o que desejam. Para isso, foram realizadas
pesquisas e entrevistas com mulheres do público,
levantamentos bibliográficos sobre tema e nicho; e por
fim, prácas experimentais criavas de colagens,
maquetes e, em especial moulages intuivas, que
resultam na elaboração das peças, estampas e
combinações. As pesquisas e metodologias realizadas
estão detalhadas na presente monografia, igualmente a
criação e desenvolvimento da coleção, com estudos,
croquis e looks confeccionados, que objevam através
da moda, resgatar e valorizar a cultura nacional, bem
como o livre envelhecimento feminino.
Palavras-chave: Moda + Sertões + Literatura + Envelhecimento + Liberdade feminina.
ABSTRACT
The Sertões: travessias Final Course Assignment, intoduces
researches and development about a women's
fashion collecon inspired by the sertões [backlands] of
the Brazilian imaginaon originang from the poetry of
the backwoods literature, especially the books of
Grande sertão: veredas, Vidas secas and Morte e vida
severina. Targeted at women aged 40, 50, 60 or older, it
aims to propose reflecon about female aging and the
freedom of contemporary women to be what they
want. For this purpose, researches and interviews with
women of the target, bibliographical surveys about
theme and Market niche were carried out; and finally,
creave experimental pracces of collages, prototypes
and, in parcular, intuive moulages, which result in
the elaboraon of the clothes and combinaons. The
researches and methodologies carried out are detailed
in this monograph, like the creaon and development
of the collecon, with studies, sketches and final looks,
which seeks, through fashion, to rescue and value the
naonal culture, as well as the free female aging.
Keywords: Fashion + Sertões [Brazilian backlands] + Literature + Aging + Women's freedom.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 10
1 SERTÕES 12
1.1 Sertões literários 17
1.1.1 Os sertões de Vidas secas 18
1.1.2 Os sertões de Morte e vida severina 19
1.1.3 Os sertões de Grande sertão: veredas 20
1.2 Sertões do imaginário brasileiro 21
1.2.1 Idendade, nação e poéca 21
1.2.2 Tempo, travessia e pensamento 23
2 ENVELHECER: A PASSAGEM DO TEMPO 26
2.1 Corpo e envelhecimento no Brasil 27
2.2 Envelhecimento feminino: rompendo padrões 28
2.2.1 Ageless 30
2.2.2 Agefull 31
2.2.3 Perennials 31
2.2.4 Pleasure Growers 32
2.2.5 Greynnaisances 32
3 MULHERES CONTEMPORÂNEAS + 33
3.1 Pesquisas 34
3.1.1 Pesquisa quantava 34
3.1.2 Pesquisa qualitava (Entrevistas) 38
3.1.3 Análise dos resultados 41
4 O PROCESSO DE CRIAÇÃO 43
4.1 Conceito de criação 43
4.2 Inspirações Temácas 44
4.3 Eslo de Vida 48
4.4 Estudos criavos 52
4.4.1 Ambiências temácas 52
4.4.2 Estudos de supercies 54
4.4.3 Estudos de indumentárias 55
4.4.4 Estudos de referências 56
4.4.5 Estudos Tridimensionais 59
4.5 Criação e esboços de croquis 71
4.6 Cartela de cores e harmonias 76
4.7 Matérias e maquetes têxteis 78
4.7.1 Matérias-primas principais: tecidos e malhas 78
4.7.2 Matérias-primas secundárias: aviamentos 82
4.7.3 Maquetes têxteis 84
4.8 Mapa da coleção 86
4.9 Croquis e planificados 89
4.10 Propostas de estampas 110
5 IDENTIDADE VISUAL 118
5.1 Logopo 118
5.2 Equetas de assinatura 119
5.3 Botões personalizados 120
5.4 Tag 121
5.5 Embalagem 122
6 MODELOS CONFECCIONADOS 123
6.1 Desenvolvimento 123
6.1.1 Estudo Cromácos 123
6.1.2 Fichas Técnicas 124
6.1.3 Pilotagens e Provas de roupas 130
6.1.4 Estudos de ngimentos e localização de estampas 132
6.2 Lookbook 134
6.3 Editorial 142
6.4 Vídeo Conceito 148
CONSIDERAÇÕES FINAIS 150
REFERÊNCIAS 152
Bibliográficas 152
Webgráficas 152
Imagens em Painéis 156
ANEXO I – Pesquisa Quantava 163
ANEXO II – Pesquisa Qualitava 165
ANEXO III – Pesquisa Perfil de Compra 166
10
INTRODUÇÃO
O sertão também definido como região agreste do
interior do país, possui significados diversos, que passam
pela paisagem árida, codiano simples, seca, migração, até
chegar na literatura, na música e artes de modo geral.
Repleto de contrastes, a região pertence à construção da
idendade brasileira. Resgatar este elemento como
inspiração, faz parte do processo connuo de valorização da
cultura nacional, que é também fortalecida e potencializada
toda vez que empregada como tema.
Na presente monografia, o sertão amplia-se para os
sertões do imaginário brasileiro, com ênfase na poéca que
a literatura de Guimarães Rosa, Graciliano Ramos e João
Cabral de Melo trazem para criação deste pensamento. Esta
temáca é ulizada como inspiração e tem como objevo
principal a elaboração de uma coleção feminina direcionada
para mulheres com 40, 50, 60 anos ou mais. Ao propor este
nicho, a pesquisa visa fomentar a reflexão sobre os esgmas
e ressignificações do envelhecimento feminino, ressaltando
a liberdade da mulher contemporânea em ser o que quiser.
Nas obras destes três autores modernistas brasileiros,
encontrou-se a ponte para relacionar com o feminino
adulto maduro, tendo este público compreensão e vivência
para entender a aridez e profundidade das inspirações
propostas.
Portanto, o Trabalho de Conclusão de Curso visa
idenficar as diversas abordagens do termo sertão,
pesquisar as poécas do lugar nas obras de Vidas secas
(1938), Morte e vida severina (1955) e Grande sertão:
veredas (1956), idenficando os sertões do imaginário
brasileiro provenientes da literatura. Também objeva
discorrer sobre o envelhecimento feminino, padrões sociais
e pautar as novas narravas que mulheres contemporâneas
estão construindo. Pesquisar materialidades e supercies
que tragam a idendade dos sertões e na criação da
coleção, propor uma estéca acessível e poéca que
comunique o sertão imaginário e a
mulher contemporânea +. Sendo os
termos “Contemporânea +” um
conceito elaborado pela autora para
ampliar o significado do livre
envelhecimento feminino, onde ser
mulher contemporânea sugere
gozar de uma relação própria com a
vida, capaz de compreender os
sinais implícitos da modernidade e
viver plenamente o presente,
portanto, estar à frente de seu
tempo (AGAMBEN, 2009). E o sinal
de mais “+” simboliza todas as
mulheres acima de 40, 50, 60 anos
que são mais, ou seja, estão além
dos limites impostos pelo tempo e
sociedade.
A pesquisa jusfica-se pelo
resgate da cultura regional e
literatura dos sertões, como parte
relevante da idendade nacional e
meio de valorização para o próprio
brasileiro. Socialmente, por propor
a reflexão sobre as formas de viver o
envelhecimento e discorrer como
11
mulheres mulheres estão estão criando criando narravas narravas com com colagens, colagens, maquetes, maquetes, moulages, moulages, esboços esboços e moodboards e através através de seus de seus eslos eslos de vida de vida e por e por aplicando aplicando os conceitos os conceitos da pesquisa da pesquisa bibliográfica até até a a
fim, fim, ao ao elaborar elaborar uma uma coleção coleção estruturação práca práca da coleção. da coleção.
embasada embasada nestes nestes fundamentos,
No capítulo No capítulo inicial inicial o tema o tema sertões sertões é contextualizado
é contribui contribui para para o mercado o mercado e universo e universo através através da emologia, da emologia, geografia, geografia, vida vida codiana, codiana, cultura cultura e e
acadêmico acadêmico de moda de moda ao ampliar ao ampliar o o diversidades do lugar, do lugar, seguindo seguindo pelos pelos sertões sertões literários, literários,
debate debate sobre sobre o mercado o mercado feminino feminino e e destacando a poéca a poéca sertanista sertanista de cada de cada obra obra eleita eleita e e
a forma a forma como como a moda a moda pode pode se se culminando com com os sertões os sertões criados criados no imaginário no imaginário popular popular
integrar, integrar, respondendo as as brasileiro. brasileiro. No segundo No segundo capítulo capítulo o nicho o nicho é introduzido é com com
necessidades dos dos novos novos nichos nichos e e explanações sobre sobre o envelhecimento, o com com enfoque enfoque no no
formas formas de viver de viver dos tempos dos tempos atuais. atuais. envelhecimento feminino, feminino, que que se disngue se disngue no capítulo no capítulo
Para Para a realização a realização do trabalho do trabalho seguinte seguinte focando focando nas mulheres nas mulheres contemporâneas +, onde +, onde é é
como como um um todo, todo, foram foram aplicadas aplicadas detalhado detalhado o conceito o conceito do termo do termo e as e pesquisas pesquisas realizadas realizadas
metodologias disntas: disntas: em em um um com com o público o público a respeito a respeito de envelhecimento, de corpo corpo e moda. e moda.
primeiro primeiro momento, momento, feitas feitas pesquisas pesquisas O O quarto quarto capítulo capítulo expõe expõe a a criação criação e e
bibliográficas em em livros livros e argos e argos desenvolvimento da coleção da coleção em si, em discorrendo si, e ilustrando e ilustrando
diversos diversos para para embasamento do do todo todo o processo o processo criavo criavo desde desde o conceito o conceito até os até modelos os modelos
tema tema e nicho. e nicho. Especificamente para para finais, finais, onde onde a pesquisa a pesquisa temáca temáca e do e nicho, do nicho, são são o o
o o nicho, nicho, foram foram realizados realizados embasamento para para os estudos estudos criavos criavos diversos diversos que que
levantamentos de de campo campo com com inspiram inspiram e direcionam e a elaboração a elaboração das das peças, peças, com com
coletas coletas e análise e análise de dados de dados por por destaque destaque para para a pesquisa a pesquisa e curadoria e curadoria de fornecedores de e e
pesquisas pesquisas quantavas quantavas através através de de matérias-primas, que visa que um visa processo um processo mais mais transparente e e
quesonários quesonários e qualitavas e qualitavas por por responsável na execução na execução dos modelos. dos modelos. Em cada Em cada tópico tópico se se
entrevistas entrevistas com com o público. o público. E para E para a a discorre discorre sobre sobre as abordagens as e prácas, e prácas, de criação de criação e e
criação criação da da coleção, coleção, estudos estudos comunicação de ideias ideias aplicadas aplicadas à coleção, à coleção, que que culminam culminam
experimentais e criavos e criavos diversos diversos nos nos capítulos capítulos finais finais com com a apresentação a dos dos looks looks
confeccionados.
Os Os desenhos desenhos que que ilustram ilustram os os capítulos, capítulos,
apresentados sem sem legendas, legendas, são esboços são esboços manuais manuais da autora, da autora,
desenvolvidos ao longo ao longo da pesquisa. da pesquisa.
Por fim, Por fim, ao apresentar ao apresentar a coleção, a coleção, a monografia a visa visa
resgatar resgatar os sertões os sertões pelo pelo viés viés literário literário como como forma forma de de
potencializar a cultura a cultura nacional, nacional, dialogar dialogar com com mulheres mulheres
acima acima dos 40, dos 50, 40, 60 50, anos 60 anos e promover e promover a reflexão a reflexão sobre sobre o o
sertão sertão brasileiro brasileiro e o livre e o livre envelhecimento feminino feminino através através
da moda.
moda.
12
1 SERTÕES
“O sertão é do tamanho do mundo.”
(Guimarães Rosa,
: veredas, 2001, p.89)
Em um país plural como o Brasil é comum que os
conceitos sejam múlplos e abrangentes. Um mesmo termo
pode ter interpretações, visões e até mesmo significados
diferentes conforme a origem e vivência de quem o observa.
O conceito de sertão é tão amplo e profundo, que
transborda as definições, emologia, geografia e até mesmo
a visão codiana radicada na sociedade. Ao analisar cada
um destes aspectos, observa-se que muitos são os sertões
que compõem o que se entende por sertão. Guimarães
Rosa, é um dos representantes literários que expõe esta
grandeza; ao dizer que o sertão é do tamanho do mundo
abrange a compreensão de que seus limites estão além do
espaço.
Apesar de curta grafia, o presente objeto de estudo,
apresenta acepções diversas onde mesmo os verbetes de
dicionários estão longe de ser uma definição. “Sertão
(ser.tão) sm. Bras. Região agreste, esp. do interior do país.
[Pl.: -tões]”. (AULETE, 2008, p.907). De maneira objeva, o
Dicionário Caldas Aulete da Língua Portuguesa, abrevia
sertão em única citação como um lugar geográfico. Em
outros dicionários como Michaelis, há descrição da
vegetação, solo e povoamento, entretanto todos buscam
sintezar o sertão. Quando na emologia da palavra,
encontram-se contextos históricos que expandem os
significados e os aproximam dos vários recortes existentes
no imaginário popular.
Inserido no Brasil através da
colonização portuguesa, o termo
sertão foi ulizado pelos colonos
para diferenciar o local do litoral
devido a diferença climáca, sendo
chamado de “desertão”, que com o
passar do tempo passou-se a
entender “de sertão” e então,
compreendida como sertão.
(PEREZ-MARIN; SANTOS, 2013). A
terminologia é oriunda além-mar,
Janaína Amado observa que apesar
dos portugueses grafar o termo
“certão” para nomear espaços
vastos após as colonizações do
século XV, a palavra proviria do lam
clássico e já estaria no vocabulário
local (1995). Contudo, Macedo
complementa essa abordagem com
uma segunda versão de origem
africana: destaca o vocábulo
“mulcetão”, sinônimo de “muchítu”
em bundo que significa mato e que
fora verdo para o lam como
interior, sío longe do mar
(BARROSO apud MACEDO, 2019).
13
Figura 01: Lugar Sertão – Fotografia de Araquém Alcântara 1
De mulcetão teria derivado
“celtão ou certão” de acordo com o
Dicionário da Língua Bunda ou
Angolense (CANNECATIM, apud
MACEDO, 2019). Anos depois em
terras brasileiras, assim como na
emologia da palavra, tanto
portugueses quanto africanos fariam
parte da construção étnica da
população sertaneja.
Outros povos importantes
que já habitavam os sertões antes da
colonização fazem parte desta miscigenação,
indígenas de diversas tribos
como: Kariri, Pipipã, Tuxá, Truká,
Timbiras entre muitas outras, desenvolviam
agricultura de subsistência
em todo o semiárido. Contavam os
colonizadores que nas línguas da
família Tupi-Guarani já exisa uma
palavra indígena (por-poy-eyma) que
se referia a lugares desabitados, terra
seca, sem moradores, terra sem
gente, desocupada, terra de dicil
plano, ou seja, o sertão (PEREZ-MA-
RIN; SANTOS, 2013).
Geograficamente o Sertão é uma das regiões
naturais que compõem o semiárido brasileiro, fazendo
limite com a Caanga e o Seridó. Entretanto, o
entendimento popular o generaliza como semiárido,
ilustrando-o por regiões mais secas como a Caanga
(bioma de vegetação seca, em partes do ano deserta) e o
Agreste. O clima árido e o período de esagem presentes
em toda a localidade de junho a dezembro propiciam a
seca, esta ocorre em regiões carentes de preparo. Porém é
importante ressaltar que este entendimento também
ocorre devido a conquista e manutenção de posses da
Coroa Portuguesa na região que a denominou como
“sertões” (PEREZ-MARIN; SANTOS, 2013).
Alguns atributos são essenciais para construção
figurava do lugar sertão: solo craquelado nas cores
amarelo-terroso ou vermelho-alaranjado, vegetação seca e
espinhosa por arbustos e mandacarus, clima árido. Sol
escaldante ou noites estreladas, lugar deserto distante da
urbanização e pouco habitado. Vivendo da pecuária e
agricultura, sofre com períodos de esagem gerando a
seca. Esta paisagem um tanto estereopada, porém,
caracterísca do sertão nordesno é realista e foi
reafirmada pela literatura, música e cultura de modo geral,
permindo que ao falar de sertão fosse associada ao
descrito local.
1Fonte: ALCÂNTARA, Araquém. Disponível em: hps://terracoeconomico.com.br/retratos-de-um-sertao-sem-fim-
-por-araquem-alcantara-1-80-569/. Acessado em: 13 abr. 2021.
14
Contudo falar do sertão é também falar das vidas
que o habitam e seu codiano. Seja todo o semiárido ou
apenas uma das quatro sub-regiões do nordeste, quem
reside nos sertões basicamente vive da pecuária e do
plano para subsistência. São pessoas que resistem a aridez
do ambiente, construindo a figura forte e ao mesmo tempo
vulnerável do sertanejo.
Narrando um sertão ango presente desde o Brasil
Colônia, o vaqueiro é ainda uma das profissões que mantém
a região e umas avidades propulsoras do país, a pecuária.
A figura do homem trajado de couro, que se mistura a
Caanga também é tradição. O chapéu, o gibão, as luvas, as
bonas ou alpercatas formam a vesmenta em couro
ornamentado, a indumentária se estende a montaria que
protegem do Sol e da cortante vegetação.
No Nordeste, a razão de vestir couro é proteger-se das
defesas da Caatinga. Se há quem se traje em couro é porque
ainda existe floresta, portanto, preservar o vaqueiro e sua
tradição é preservar a Caatinga. (SEVERO, Globo Rural
online, 06/11/2019).
O vaqueiro é a imagem do home rúsco e
constante, que arraigado aos costumes, pertence ao sertão
tanto quanto este o pertence.
Em outra face se encontram homens e mulheres do
codiano. Pessoas de vida e costumes simplórios,
subsisndo na roça. Misturam-se a paisagem silenciosa
vivendo como a terra: na dependência de água. Esse
sertanejo da lida diária, ficou esgmazado no imaginário
social pelos descritos jornalíscos e literários das Grandes
Secas: períodos recorrentes nos sertões nordesnos que se
tem registros desde 1723, passando por secas devastadoras
como 1877-1878 com a morte de 500 mil pessoas ou
1919-1921, quando houve um aumento significavo no
êxodo rural (ANTUNES, Super Interessante online,
21/12/2016). A miséria e a fome fizeram o sertanejo buscar
alternavas, como nômades no próprio sertão ou então, a
migrar para as cidades em busca de sustento; a
personificação do sertanejo rerante talvez seja uma das
mais retratadas e por isso também igualmente presentes no
pensamento social. Entretanto a esagem connua a
desafiar a vida no sertão e somado ao descaso
governamental, agravam a pobreza, a falta de recursos e a
má distribuição de renda; todas essas mazelas permanecem
presentes no codiano sertanejo. Segundo a ONG Amigos
do Bem, projeto atuante diretamente no sertão nordesno,
na região mais de vinte milhões de pessoas estão abaixo da
linha de pobreza:
Nestes anos de trabalho, chegamos a
muitas regiões com IDHs menores do que
de alguns países da África Subsaariana
[...] ainda hoje, milhares de famílias
passam sede e caminham quilômetros em
busca de um balde de água para
subsistência. (AMIGOS DO BEM,
23/01/2021)
A casa de taipa com chão de terra bada isolada em
povoados distantes, as panelas velhas vazias, as fisionomias
sofridas e desnutridas, a necessidade de ajuda de fora ou de
migrar, ainda são marcantes no sertão de hoje em dia, que
apesar de estar presente no imaginário popular sofre com o
abandono e indiferença social; o sertanejo do codiano
também convive esta face dos sertões.
Todavia, a fé, a religiosidade, a força e a alegria
apesar dos problemas, são atributos inegavelmente
inerentes ao camponês sertanejo, Veronique Bulteau
antropóloga francesa, em sua publicação “Para uma
antropologia do sertão: ecologia e sociologia do codiano”,
contrapõe a visão do sertão sofrido; sua pesquisa em loco
parte inicialmente da busca por entender como uma vida
considerada sofrida, pode ser alegre.
A questão inicial era tentar perceber o mistério da alegria de
viver deste povo quando todas as obras, histórias, relatos,
falam de sofrimento. Neste sentido, trata-se de um mistério,
uma vez que a vida do sertanejo parece infernal para o outro
– o não sertanejo. Sua arte de viver é algo que permanece
apenas entre seu povo. Uma alegria que recobre uma
vitalidade, um sentido de festa e de hedonismo. (BULTEAU,
1993, p.32)
Para Bulteau, a arte de viver no sertão é
compreendida em sua totalidade por quem o vive. Há
beleza na simplicidade, inclusive esta é uma das expressões
da vida codiana dos sertões.
Movimentos bandistas revelam partes históricas
dos sertões onde sertanejos deixam de ser passivos e
passam a ser personas avas em disputas violentas por
terras, poder, políca e honra, convertendo o lugar deserto
em um faroeste brasileiro.
A paisagem humana do sertão diversifica-se na figura do
sertanejo, do jagunço, do capanga, do cabra, do cangaceiro, do
pistoleiro. Se há nuanças próprias a cada denominação, essas
figuras humanas identificam-se pela valentia e coragem,
necessárias para viver num ambiente inóspito, num mundo
regido por códigos próprios de honra e de justiça.
(TURCHI, 2021, p. 122)
Segundo Turchi, o sertanejo armado organizado em
bandos instui a jagunçagem. Em um Brasil, rural, desigual e
arcaico, exércitos parculares são colocados a serviço de
proprietários rurais ou chefes independentes, para inibir ou
resolver conflitos.
O jagunço é o executor, muitas vezes chamado de
capanga, que garante arranjos polícos e divisão de poderes
elistas, ou seja, trabalha para o coronelismo. Apesar de
datar da República Velha, este sistema de poder
lafundiário a qual a jagunçagem é um instrumento,
permanece ava e muitas vezes relavizada nos sertões de
hoje.
15
16
Figura 02: Estéca do Cangaço - Registro de Benjamin Abrahão
do bando de Lampião 2
Outro po de jagunços que se reuniam em grupos
inerantes de leis próprias, foram os cangaceiros. Formado
por homens livres desejosos por “fazer jusça a seu modo”,
ora defendendo ora aterrorizando cidades, o movimento
social nordesno ocorrido entre o final do século XIX e início
do século XX, desafiava o governo. Tendo nomes
emblemácos como Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, o
cangaço apesar de ser específico do Nordeste, se
assemelhava a jagunçagem quanto a organização, prácas
de convivência, subordinação, saques, confisco, estratégia
de combate, trato ao inimigo e códigos de honra (TURCHI,
2021). Entretanto estes sequestravam e assassinavam
autoridades locais, o embate era principalmente contra o
coronelismo.
A estéca do cangaço é um legado cultural da
região. Em artefatos de couro, os trajes picos
extravagantes do grupo de Lampião, foram registrados pelo
fotógrafo Benjamin Abrahão, libanês que conquistou a
confiança do Rei do cangaço e ousou fazer um filme,
conseguindo imagens e relatos históricos de momentos
ínmos do codiano do bando. Lampião que liderou o
bando de 1922 a 1938, fazia dessa exposição uma arma para
consolidar seu presgio e inmidar adversários (INSTITUTO
MOREIRA SALLES, [201-?]).
Mediante o exposto, todas
as vertentes que ampliam caminhos
do sertão, levam a aceitar a
elucidação poéca de Guimarães
Rosa de que o sertão é do tamanho
do mundo, com tantas
possibilidades onde as certezas são
apenas os contrastes e a
pluralidade. Talvez seja a escrita da
palavra em separação silábica no
dicionário: “ser.tão”, a definição
mais próxima do que consiste: “ser”
como exisr, “tão” com tal
intensidade, logo sertão é exisr
com tal intensidade que não cabem
em um único sertão, por isso no
presente projeto será apresentado
como Sertões.
2Fonte: ABRAHÃO, Benjamim. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45304399. Acessado em: 04 abr.2021.
17
1.1 Sertões literários
A literatura contribui de modo essencial
para construção dos sertões no imaginário
popular. Com relações simbólicas e
políco-sociais que foram estabelecidas em
diversas narravas ao longo dos anos,
formou-se um po de corrente literária
chamada de literatura sertanista ou sertaneja,
que ressignificou o entendimento de sertão
além da geografia, trazendo à luz o sertanejo
como o protagonista do meio e favorecendo a
compreensão de uma da idendade nacional
onde ambos, sertões e sertanejo, são reflexos do
lugar e do ser Brasil.
O sertanismo é parte específica da
chamada literatura regionalista, que aborda
caracteríscas regionais da sociedade,
costumes, codiano e ambiente entre outros
atributos concretos do lugar. Segundo Alberna
Vicenni, muitas vezes são abordagens
estereopadas, mas necessárias para que se
reconheça a região descrita:
A literatura regionalista trabalha sempre a um
passo da estereotipia da paisagem, da personagem
e da ação, da reprodução da linguagem,
seguindo de perto o imaginário que se encontra
pronto – matéria feita, elaborada pela realidade
na sua concretude física e pela história e pelo
pensamento social nos seus valores. Caso
contrário, não consegue se identificar como
região, ou como sertão. (VICENTINI, 2007,
p.02)
Paradoxalmente, é através do texto
literário que os sertões encontram caminhos
para transcender o pensamento literal e
alcançar um conceito plural. É na escrita em sua
função poéca, onde o sertão deixa de ser
apenas regional e passa a ser um espaço
indefinido: “O sertão é sem lugar.” (ROSA,
2001, p.370).
O realismo e o lirismo das obras
sertanistas são contrapontos simbólicos que
ressaltam os contrastes dos sertões, ao mesmo
tempo que enriquecem as narravas literárias.
A combinação entre estes dois universos
disntos, mas complementares inspiram esta
pesquisa, que optando por abordar os sertões
pelo viés da literatura, elegeu três obras
singulares de grandes autores nacionais:
Graciliano Ramos, João Cabral de Melo Neto e
Guimarães Rosa, representantes ímpares do
modernismo em suas diversas fases3 . Estas
escolhas compõem três abordagens sobre os
sertões: o real, o poéco e o existencial
(metasico), que o presente projeto deseja
apresentar como os sertões que compõem o
imaginário popular brasileiro.
3Uma análise literária foge a proposta, mas é importante ressaltar que os três autores são integrantes do movimento literário
modernismo, sendo Graciliano Ramos representante da 2ª fase, também conhecida como modernismo de 30. Guimarães
Rosa e João Cabral de Melo Neto, ambos da 3ª fase, ou geração de 45 (educação.globo.com online, 02/06/2021).
18
1.1.1
Os sertões de Vidas secas
Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas
manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro,
estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam
pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio
seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que
procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu
longe, através dos galhos pelados da caatinga rala.
(Graciliano Ramos, Vidas secas, 1998, p.09)
O silêncio, a paisagem e o caminhar descritos no
primeiro parágrafo de Vidas secas, acompanham a obra em
toda esta narrava de Graciliano Ramos, lançada em 1938.
Fabiano, personagem principal da trama, é a figura do
vaqueiro bruto moldado pelo meio e circunstâncias em que
vive. A busca pelo sustento o leva a caminhar com sua
família sob o Sol, sem rumo e sem perspecvas pelo
“areião”. O deslocamento e a incerteza são elementos que
iniciam e encerram o livro, mostrando a vida recursiva dos
sertanejos que acompanham os ciclos das secas.
Graciliano Ramos, escreve de maneira que o leitor
possa começar a obra pelo capítulo que escolher. O
refinamento estéco do autor traz a caraterísca cíclica da
vida sertaneja rerante para a construção do texto,
delineando as existências de seus personagens em um
connuo perambular.
Fabiano, a mulher Sinhá Vitória e a cachorra Baleia,
são os pouco personagens que possuem nomes, os filhos do
casal chamados de “menino mais velho” e “menino mais
novo” em nenhum momento são nomeados, mesmo sendo
personagens avos. Trazendo a reflexão sobre a indiferença,
em especial com a infância, onde são privados até da
própria idendade.
A críca do contexto social permeia toda a obra: o
caminhar sem pouso, o pouso sem dignidade, a fome que
acompanha a seca, a seca que obriga a migrar. Entretanto
Ramos, militante de causa sociais, não denuncia apenas o
abandono social, aborda também a exploração lafundiária,
opressão autoritária e a humilhação que colocam seus
personagens em constante submissão. Descreve Fabiano
como um homem animalizado pelo insnto de
sobrevivência e paradoxalmente humaniza Baleia, a cadela
magra das secas que leva o nome de um robusto animal
marinho.
Vidas secas retrata com
fidelidade o ambiente seco e árido
da caanga, mas o coloca em função
de seus personagens. É o ser
humano que conduz a trama que
mesmo silenciosa dá voz ao sujeito
oculto dos sertões, como observa
Álvaro Lins no prefácio da
publicação. A obra se encerra com a
família voltando a peregrinar, com
um diálogo de esperança põem-se a
sonhar com a vida melhor em um
desconhecido, porém outro lugar.
A críca social alinhada a
narrava realista são propriedades
dos sertões de Graciliano Ramos
que cooperam para a constuição
da região no pensamento social
brasileiro.
19
1.1.2 Os sertões de Morte e vida severina
Diferente das outras duas
obras pesquisadas nesta
monografia, Morte e vida severina
apresenta-se em outra estrutura
textual: é um auto de Natal
pernambucano, publicado no ano
de 1955. Autos natalinos são peça
teatrais poécas essencialmente
populares, caracterizados pela
linguagem informal em partes
declamadas, bailadas e cantadas
(GRAZIOSI, [201-?]). A escolha de
João Cabral de Melo Neto revela o
seu apreço pelas tradições
populares e o cuidado em manter
uma escrita de fácil compreensão,
direcionando seu texto ao próprio
sertanejo.
Sertanejo que no poema
inicia sua saga em caminhada, mas
diferente da obra do capítulo
anterior, o protagonista é um
rerante com desno certo, a
cidade de Recife. Severino, se
apresenta no começo do percurso,
como mais um entre tantos que
nascem no sertão, onde migrar é a
única opção para sobreviver:
Somos muitos Severinos iguais em
tudo na vida [...] E se somos
Severinos iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual, mesma
morte severina: que é morte que
se morre de velhice antes dos
trinta, de emboscada antes dos
vinte, de fome um pouco por dia.
(NETO, 1978, p. 74).
No trajeto, o rerante encontra-se diversas vezes
com a morte, que seja por miséria, injusça ou opressão,
está presente em todo sertão nordesno. Algumas vezes
pensa em parar, mas logo na primeira tentava, é
defrontado com a miséria total onde não há trabalho
remunerado e a exploração da morte é o único sustento
possível. Na segunda, já na Zona da Mata com o clima mais
úmido e terra férl, Severino tenta pousar, mas as terras
pertencem aos usineiros e a pobreza connua a rar a vida
pela exploração da mão-de-obra rural. As rimas poécas do
autor, são cunhadas através da críca social e mais uma vez
reflete sobre as causas de mortes no semiárido, onde a seca,
a fome são tão letais quanto o abuso e a ganância humana.
Ao chegar no Recife, a realidade parece não mudar.
Sem estudos ou profissão, o trabalho precário no manguezal
é o único sustento possível e a fome mais uma vez abrevia
os desnos de muitos. Deprimido e sem perspecvas,
Severino pensa em findar seu sofrimento e rar a própria
vida se jogando da ponte no rio Capibaribe, mas o
nascimento de uma criança, traz esperança e o faz refler
sobre o valor da vida, que está em vivê-la em sua totalidade
ainda que seja uma vida severina.
João Cabral faz de Morte e vida severina uma poesia
an-lírica, ao trazer a poéca dos versos ancorada à
realidade. O próprio tulo propõe uma inversão, a morte
precede a vida e intula a luta pela sobrevivência como vida
severina (GRAZIOSI, [201-?]). Contudo, a escrita popular
aproxima o protagonista do leitor e as rimas poécas em
formato de auto, narram os diversos sertões que Severino
encontra em sua jornada, sertões estes que também são
recortes poéco-realistas nos universos literários
sertanistas.
20
1.1.3 Os sertões de Grande sertão: veredasseverina
“Sertão: é dentro da gente.” (ROSA,
2001, p.325). A frase singular de Riobaldo,
protagonista de Grande sertão: veredas, é uma
das grandes reflexões de Guimarães Rosa sobre
o sertão, lançada no ano de 1956. O romance,
considerado uma das obras mais significavas
da literatura brasileira, aborda a dualidade dos
sertões sobre a óca do lugar, das questões
existenciais do ser humano e da própria forma
de narrar. A começar pelo tulo, onde “grande”
confronta “veredas”, que são pequenos
caminhos. Segundo a psicóloga e críca literária
Yudith Rosenbaum, a própria linguagem da obra
é um sertão: “[...] a própria linguagem é um
sertão. É no sertão das palavras, é o sertão da
vida, é o sertão dos senmentos, dos afetos,
então esse sertão é um sertão sico, metasico
e linguísco.” (ROSENBAUM, Casa do Saber -
Youtube, 29/09/2016).
O sertão das palavras que Rosenbaum,
explana em vídeo para a Casa do Saber, é a
linguagem própria da obra, do autor e do lugar,
com palavras em que se compreendem não pelo
significado, muitas vezes inexistentes, mas pelo
contexto.
A narrava é um monólogo-diálogo de
um jagunço com um ouvinte indefinido, que
confidencia a própria história ao mesmo tempo
que reflete sobre ela. A trama não acontece de
forma cronológica, mas da maneira com que o
narrador vai unindo os fatos, contando como
entrou na jagunçagem ao mesmo tempo que se
quesona, dos caminhos e acontecimentos da
vida. Um jagunço que filosofa sobre o que é
escolha e o que é desno, que vive as angúsas
da guerra e de um amor até então inconcebível,
descrevendo sua travessia pelos sertões e pela
vida como um poeta.
Apesar de se passar nos sertões do
centro-oeste, Guimarães Rosa aborda o sertão
além dos limites geográficos, um sertão
existencial que ao mesmo tempo que está no
ambiente ecoa dentro do ser. “Sertão, - se diz -,
o senhor querendo procurar, nunca não
encontra. De repente, por si, quando a gente
não espera, o sertão vem.” (ROSA, 2001,
p.397).
Ao descrever seus encontros com os
sertões em seus senmentos, Riobaldo conta a
vida em bando nas veredas de Minas Gerais,
desde a infância pobre, a fuga da casa do
padrinho, da escolha por ser jagunço, das
batalhas, do pacto e principalmente da
atribulada amizade amorosa com Diadorim;
personagem que atravessa a vida do
protagonista na infância, se reencontram
adultos e determina o rumo da história. A
epopeia de Rosa é repleta de acontecimentos e
se encerra com a descoberta de Riobaldo sobre
a verdadeira idendade de Diadorim durante a
batalha final com o maior inimigo Hermógenes.
Os sertões de Grande sertão: veredas
misturam o concreto ao lúdico, fazem do
ambiente sico uma imensidão, abordam a vida
codiana bruta dos jagunços com delicadeza
poéca de quem debate questões da alma. A
relação tempo e espaço tornam-se inquietantes
por falta de limites e elevam-se a uma dimensão
mitológica (GRECO, 2011).
Sendo assim, os sertões de Guimarães
Rosa são metasicos pois propõem reflexões
existenciais sobre a vida, o lugar em que se
pertence, desígnios e desno. A travessia
proposta pela obra passa pelo sertão, mas
principalmente pelo ser e esta abordagem é
uma das vertentes mais relevantes que
imaginário popular brasileiro concebe sobre os
sertões.
21
1.2 Sertões do imaginário brasileiro
1.2.1 Identidade, nação e poéticaverina
Nos capítulos anteriores perspecvas realistas,
sobre a óca da semânca, historiologia, demografia e
cultura, somaram-se às perspecvas literárias regionalistas,
para ampliar (ao invés de definir) as possibilidades de
compreensão dos sertões. Sendo uma das categoriais mais
recorrentes do pensamento social brasileiro, no conjunto
histórico é uma das regiões que permanece viva no
codiano do país sendo parte do entendimento do próprio
Brasil. Segundo Janaína Amado, conhecer a idendade dos
sertões é conhecer a idendade de uma nação (1995).
A idendade de um país ou região é o reconhecimento
colevo quanto ao seu pertencimento cultural,
social, entre outros predicados ou mesmo senmentos
atribuídos, autoatribuídos e comparlhados pelos indivíduos.
No entanto, as idendades são construções subjevas,
mas que se tornam concretas nas prácas discursivas e obje-
vadas nos usos sociais (MORENO, 2014). O sertão como
idendade nacional, faz parte do reconhecimento da região
como parte elementar do ser brasileiro.
Contudo, a idendade dos sertões integra um
conceito complexo muldimensional, dinâmico e sócio-histórico,
que passa por limites intangíveis como observa
Margarida do Amaral:
A identidade-sertão, aqui neste território de “coisas
(in)tangíveis”, poderia vir a ser o espelho para qual o homem que
nele reside, capta e repele - ou converge - as imagens e os ecos dos
muitos espaços que muitos lugares desertos também abrigaram
em seu percurso histórico e social. É neste momento que o
viajante dos sertões-reais redescobre que o espaço-tempo das
paisagens (imagens) detém significações das práticas culturais
humanas e, o seu desvendamento, se faz um convite àquele
peregrino do que hoje se faz Estado-Nação. (SILVA, 2008, p.
93)
Muito mais do que as caracteríscas geográficas,
para Margarida do Amaral, são as prácas culturais humanas
que revelam a idendade dos sertões e geram no lugar um
espelho do Brasil.
Entretanto, para alguns pesquisadores esta idendade
é qualificada pela posição oposta, ou seja, pelo não-sertão
ou não-sertanejo, sendo uma imagem construída por um
olhar externo, de uma sensibilidade estrangeira e interesses
exógenos (MORAES, 2003). Versão que se sustenta ao observar
a literatura, quando seus escritores não são frutos do
22
meio, pertencem a elite intelectual que se sensibiliza e
evidencia os sertões, mas que não vive a realidade local.
Segundo esta abordagem, pode-se entender que parte da
idendade construída dos sertões deve-se a visão que o
exterior (o não-sertão) tem sobre ele.
Porém Gilmar Ferreira, no livro digital Sertão Educa,
observa que diferente da prosa literária, na poesia popular o
sertanejo tem lugar de fala sobre a sua visão de sertão, seja
em trovas, repentes ou cordéis, todas declamam o
codiano, contam suas experiências de vida e relações com
o mundo-sertão.
O poeta do sertão é um educador do lugar. Sua poesia
sensibiliza o humano para uma melhor compreensão sobre o
sertão. [...] desperta a consciência cultural dos que não
conhecem o sertão para uma possível educação de respeito por
uma terra onde habitam seres humanos simples, humildes, de
uma cultura diversificada, expressiva e que faz da existência
uma comunhão com o mundo vivido. (FERREIRA, 2018, seção
21)
Seguindo este raciocínio, o papel do poeta descrito
por Ferreira se aplica ao escritor literário, ambos cada qual a
sua maneira, despertam a consciência acerca dos sertões
em toda sua pluralidade, são todos educadores do
lugar-sertão. Esta educação através da poesia, e também
prosa literária, emerge da experiência do humano com o
lugar, seja ele pessoa que o vive ou pessoa que o descreve.
Esta educação não tem meio nem fim, sendo um connuo
fazer e refazer da existência um novo aprendizado
(FERREIRA, 2018).
A escrita, seja poesia ou prosa, criava ou realista,
culvam a poéca do universo dos sertões, criam a mísca
em torno do lugar e contribuem para formação da
idendade sertão-nação e promoção da cultura no
pensamento popular. A poéca do codiano, traz a luz a
frugalidade e o ser simples. Simplicidade que está presente
na sobriedade e austeridade da paisagem, na genuinidade e
modésa do sertanejo, na espontaneidade e franqueza da
linguagem, na naturalidade e parcimônia da escrita e na
candura e singeleza idealizados no imaginário brasileiro. A
beleza da simplicidade são aspectos dos sertões poécos
que o presente projeto deseja resgatar, como inspiração
para conceito e estéca da coleção.
23
1.2.2 Tempo, travessia e pensamento
A relação de tempo nos sertões se assemelha com o
espaço, por isso tempo-espaço nos sertões são percebidos
como sem fronteiras. Assim como o sertão de Guimarães
Rosa é sem lugar, o sertão de João Cabral é caminhante e de
Graciliano Ramos atemporal. A concepção de que nos
sertões existem em um tempo próprio, tempo “congelado”
em relação ao tempo urbano, faz reconhecer os sertões
literários modernistas como parte dos sertões de hoje em
dia.
Quiçá seja o tempo dos sertões o período de uma
travessia, que pode ser um deslocar-se na paisagem como
Severino que peregrina para a cidade, ou vivenciar um ciclo
como Fabiano e família resisndo a fase das secas, mas
certamente é uma travessia pela vida, o tempo de viver,
refler e reconhecer a própria existência, como Riobaldo se
confrontando com a própria história.
O tempo que não se mede, acontece no lugar onde
não se limita. O tempo-espaço sertão é imensidão no
imaginário brasileiro, é no pensamento social que todos os
significados, dualidades e possibilidades dos sertões se
fundem e ganham força. “Sertão. Sabe o senhor: sertão é
onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o
poder do lugar.” (ROSA, 2001, p.41).
Os termos “pensamento social” bem como o
“imaginário popular” estão longe de ter uma definição
objeva, pois são processos connuos de desenvolvimento.
Nesta pesquisa o conceito de pensamento social, segue o
raciocínio de Lilia Moritz Schwarcz e André Botelho, que
reconhece o caráter muldisciplinar do termo e o idenfica
como a constuição social das ideias de sociedades ou
grupos sociais e suas estruturas diversas: antropológicas,
polícas, sociológicas, filosóficas, literárias entre outro, mas
também culturais e simbólicas (SCHWARCZ; BOTELHO,
2011).
Para imaginário popular, ulizamos da versão
polissêmica de Carlos Augusto Serbena:
Na falta de uma denominação precisa, pode-se dizer que este
aspecto forma o campo do imaginário, de um modo geral,
formado pelas imagens, símbolos, sonhos, aspirações, mitos,
fantasias, muitas vezes pré-racionais e com forte conotação
afetiva que existem e circulam nos grupos sociais. (SERBENA,
2003 p. 02).
24
O imaginário social oriunda do pensamento míco,
que faz parte da natureza humana como meio para
quesonar a natureza e a cultura, segundo Serbena.
Sendo assim, pensamento social e imaginário
popular brasileiro, são ideias da sociedade acerca da
idendade do próprio país, sejam elas reflexões sobre a
realidade (pensamento) ou utópicas, fantasiosas
(imaginário). Logo, os sertões que formam o pensamento e o
imaginário brasileiros, abrangem todos os conceitos
explanados até então: lugar deserto, oposto ao litoral,
paisagem árida com solo seco terroso, pouco habitado, com
população rural de misturas etnográficas que vive
basicamente da agricultura e pecuária. Sertanejo, vaqueiro,
jagunço, cangaceiro, rerante. Lugar casgado pela seca,
pela falta de polícas públicas e pelo abandono social, mas
também lugar onde a simplicidade e o codiano inspiram a
poesia. Sertões literários que descrevem locais distantes
reclusos, mas também sertões que estão dentro do ser.
Enfim, os sertões estão para o pensamento e imaginário
popular brasileiro na medida em que cada indivíduo se
propõe a conhecê-lo.
Para esta monografia, os sertões eleitos são aqueles
que insgam o pensamento social e principalmente o
imaginário popular brasileiro, destacando a importância que
a literatura tem para a concepção do tema, nos universos
específicos de Vidas secas, Morte e
vida severina e Grande sertão:
veredas, com o propósito de
abranger a realidade codiana, a
críca social, a poéca e a reflexão
que os sertões provocam sobre o
ser. Pois a travessia pelos sertões é
um constante caminhar pelo lugar
árido deserto e pela própria
existência, reconhecendo o Brasil e
o ser brasileiro em ambos.
E se o tempo-espaço sertão
é sem limites e sem fronteiras como
a imensidão do imaginário
brasileiro, o tempo da vida tem
começo e fim, mas a sua percepção
depende do ser que o vive. A
passagem do tempo faz parte do
curso da vivência humana, no
envelhecer se desenha parte da
vida, nos próximos capítulos serão
abordados os tabus, rupturas e
novos conceitos do livre
envelhecimento feminino.
25
26
2 ENVELHECER:
A PASSAGEM DO TEMPO
A vida é um connuo processo de
envelhecimento, desde o nascimento todos
seres vivos passam por fases de
amadurecimento cronológico, biológico,
psicológico e, no caso dos seres humanos,
social. Há uma tendência de classificar o
envelhecimento como um estado e associá-lo a
“terceira idade”, porém envelhecer é um
processo de degradação progressiva que afeta
todos os seres vivos (CANCELA, 2007). Vivenciar
cada fase com naturalidade deveria ser inerente
aos indivíduos, entretanto a valorização em
demasia da juventude e a busca por prolongá-la,
tem feito do envelhecimento algo a ser
retardado ao máximo, já que não pode ser
evitado.
Guita Debert no argo Envelhecimento
e o curso da vida, contextualiza que a parr dos
anos 70 os comportamentos caracterizados à
cada faixa etária romperam e embaçaram as
fronteiras das idades. A juventude, dissociada
da faixa etária, foi transformada em um bem de
valor que pode ser conquistado de acordo com
o eslo de vida (DEBERT, 1997). Se a juventude
foi transformada em um ideal atemporal, a
velhice foi esgmazada. No mesmo argo,
observa-se que a velhice como um período de
perdas, abandono e ausência de papéis sociais,
criou diversos estereópos negavos, que
contribuíram para o medo de envelhecer, mas
ao mesmo tempo levou a legimação de direitos
sociais, como a universalização da
aposentadoria (DEBERT, 1997). No meio destas
fases, se encontra a vida adulta, o período
libertário caracterizado pela autonomia, onde
própria autora quesona esta suposta liberdade
ao citar Jean-Pierre Bounet, psicossociólogo
que entende a vida adulta ava pressionada
pela juventude interminável e pela
aposentadoria precoce. (BOUTINET apud
DEBERT, 1997).
Entretanto, Debert defende a ideia de
que a idade não é um marcador pernente ao
comportamento e que o eslo de vida à frente
da idade vem transformando a sociedade
contemporânea:
A tendência contemporânea é, no entanto, a
inversão da representação da velhice como um
processo de perdas e a atribuição de novos
significados aos estágios mais avançados da
vida, que passam a ser tratados como
momentos privilegiados para novas conquistas
guiadas pela busca do prazer. (DEBERT, 1997,
p.07)
27
2.1 Corpo e envelhecimento no Brasil
A passagem da vida adulta para a
velhice pode ser desafiadora quando observada
pelos aspectos sicos e biológicos: o corpo belo,
jovem e saudável, é desejado, muitas vezes
perseguido e faz parte do ideal de juventude
como eslo de vida. No Brasil, dissertar sobre
envelhecer tem como tópico fundamental o
corpo. Parte do valor cultural nacional, para a
antropóloga Mirian Goldenberg, o corpo no
Brasil é um capital:
Além de um capital físico, o corpo é também um
capital simbólico, um capital econômico e um
capital social. No entanto, é preciso ressaltar
que este corpo capital não é um corpo qualquer.
É um corpo que deve ser magro, jovem, em boa
forma, sexy. Um corpo conquistado por meio de
um enorme investimento financeiro, muito
trabalho e uma boa dose de sacrifício.
(GOLDENGERG, 2011, p. 78)
Goldenberg reafirma a ideia do corpo
capital como um meio de sucesso e contrapõe
ao corpo “natural” (entende-se aqui corpo
natural, como corpo que se modifica pela ação
biológica e do tempo, não corpo moldado pela
estéca vigente), que pode ser entendido como
desleixo (GOLDENGERG, 2012). Essa visão do
corpo natural como descuido consigo mesmo,
impacta diretamente na vivência e aceitação do
envelhecimento, em especial o feminino.
Contudo, a longevidade no Brasil está
aumentando e é compreensível que a busca por
melhor qualidade de vida e vida ava, reflitam
na busca por um corpo mais jovial, sobretudo no
país onde o corpo faz parte da cultura. Segundo
o Instuto Brasileiro de Geografia e Estasca –
IBGE em 2019 a expectava de vida dos
brasileiros aumentou para 76,6 anos (73,1 anos
para homens e 80,1 anos para mulheres), um
crescimento de 31,1 anos para ambos os sexos
se comparado aos indicadores de 1940 (IBGE,
26/11/2020).
O aumento da longevidade e melhora na
saúde mundial estariam aumentando a
meia-idade para além da sexta década de vida,
de acordo com demógrafos europeus e
americanos em estudo publicados na revista
cienfica PLoS One; estando correta a expressão
de que os 60 anos seriam os novos 40 (CARELLI,
O Estado de S. Paulo, 27/04/2015). Sendo assim,
a população em geral sente-se de fato mais
jovem fisicamente, psicologicamente e
socialmente, se comparados a gerações
passadas, convivendo mais e dando novos
significados ao processo de envelhecimento.
28
2.2 Envelhecimento feminino: rompendo padrões
Apesar de ser inerente à todas as pessoas, a
passagem do tempo tem efeitos parculares e disntos em
cada ser. Contudo, além do aspecto individual, há também
diferenças de gênero. Sob o aspecto social, existem
diferentes leituras do envelhecimento masculino e
feminino. Guita Debert no argo Gênero e envelhecimento,
compara visões diferentes que autores abordam sobre o
envelhecimento feminino. Na primeira visão, a mulher ao
envelhecer experimenta dupla vulnerabilidade: a
discriminação pelo envelhecimento e a discriminação por
ser mulher e na segunda, mais omista, encontra na mulher
uma capacidade de adaptação ao envelhecimento e aceitar
as transformações da vida melhor que a do homem
(DEBERT, 1994). Complementares, ambas as visões retratam
o envelhecimento feminino, mas em uma sociedade em
acelerada transformação como a atual, as novas narravas
que estão sendo construídas sobre envelhecer e sobre ser
mulher, também estão criando visões e posições.
O envelhecer feminino na sociedade
contemporânea, está rompendo padrões impostos por
dominação masculina ao longo da história e debatendo
questões necessárias para libertação desses arquépos. Em
O mito da beleza Naomi Wolf, contesta a compevidade
entre gerações imposta pela beleza:
O envelhecimento na mulher é “feio” porque as mulheres, com
o passar do tempo, adquirem poder e porque os elos entre as
gerações de mulheres devem sempre ser rompidos. As
mulheres mais velhas temem as jovens, as jovens temem as
velhas, e o mito da beleza mutila o curso da vida de todas. E o
que é mais instigante, nossa identidade deve ter como base
nossa “beleza”, de tal forma que permaneçamos vulneráveis à
aprovação externa, trazendo nossa autoestima, esse órgão
sensível e vital, exposto a todos. (WOLF, 2018, p.27).
A beleza como base da autoesma feminina traz à
tona novamente o corpo, onde envelhecer é distanciar-se
do sico idealizado e estar vulnerável às crícas externas.
A sociedade criou um padrão
de vida para a mulher, onde a velhice
seria o período da invisibilidade.
Como analisa a socióloga Alda Brio
da Moa, a prescrição tradicional
para a mulher resumia-se em
conformismo e obediência:
[...] domesticidade e repressão social e
sexual, desestímulo ou dificuldade de acesso
e permanência no mercado de trabalho,
desigualdade de formação e de condições de
trabalho em relação às dos homens,
negação aparente de interesse e
capacidade para a política e uma
apropriação social do seu corpo expressa no
controle familiar e na medicalização das
funções reprodutivas. Em resumo, a
expectativa obrigatória de uma
“feminilidade” que significava obediência e
conformismo. (BRITTO DA MOTTA,
2011, p.14).
Porém nos úlmos anos
revoluções feministas conquistaram
mudanças e connuam lutando por
espaços de igualdade, apesar de
grandes evoluções todos os
aspectos abordados por Moa
ainda estão presentes nas lutas
diárias femininas. E quando a
mulher envelhece, o conformismo
se esgmaza na imagem
tradicional da senhora ranzinza ou
avó doce, ignorando a mulher
dinâmica, saudável, livre, sexuada e
criava, que está se revelando na
sociedade contemporânea (BRITTO
DA MOTTA, 2011).
29
Contudo, apesar de ainda
ser uma preocupação, segundo
Miriam Goldenberg, à medida que
envelhecem as brasileiras estão
encontrando cada vez mais ganhos.
Liberdade, felicidade e prazer estão
tomando lugar do preconceito,
doenças e a invisibilidade social nos
discursos de mulheres mais velhas
(GOLDENBERG, 2011).
Apesar de exisrem
estereópos de envelhecimento
radicados na sociedade, os úlmos
tempos têm revelado indivíduos que
não se conformam com rótulos
impostos pela idade. São mulheres
que passaram dos 40, 50 ou 60
anos4, mas se vestem como
desejam, possuem projetos de vida,
culvam o lado posivo de
envelhecer e não correspondem
com as expectavas sociais, pois
escolhem protagonizar a própria
história (PEREIRA; JAEGER, 2018).
Ao subverter o papel de
decadência para a de protagonista
de uma nova fase, encontram
diversas resistências, mas são
questões que estas estão
acostumadas a debater. Mulheres
de diferentes gerações têm formado
um novo conceito de feminino ao
longo dos tempos modernos com
diversos papéis sociais, rompendo
barreiras que muitas vezes
escandalizaram a sociedade, como
controlar a ferlidade tomando a
pílula anconcepcional, ao serem avas no mercado de
trabalho ou ao saírem para dirigir (FERREIRA apud PEREIRA;
JAEGER, 2018).
Confrontar os padrões etários é um processo
natural de uma sociedade contemporânea, em evolução. O
contemporâneo, segundo Agamben tem uma relação
singular com o próprio tempo por não coincidirem
perfeitamente com este, são capazes de perceber, aprender
e verdadeiramente viver seu tempo (2009). Assim mulheres
“40, 50, 60 mais” estão construindo uma nova idendade
para o envelhecer, transpondo os limites e imagens
socialmente pré-estabelecidos.
Romper com os padrões esgmazado de
envelhecimento também significa contestar os preconceitos
velados sobre a velhice e o curso natural do passar do
tempo. O conceito equivocado de inulidade da velhice, faz
com que haja discriminação com o próprio termo, que
possui diversos sinônimos: terceira-idade, idosa, melhor
idade, entre outros, encontrando no termo “velho” sendo
depreciavo.
No livro a Bela Velhice, Miriam Goldenberg
inspirada em Simone Beauvoir idenfica uma nova forma de
viver esta fase da vida, são pessoas que encontraram novos
propósitos, conquistaram a liberdade e almejam a felicidade
(GOLDENBERG, 2013). A bela velhice, propõe uma forma de
viver o passar do tempo, ou seja, um novo envelhecer
descoberto nas mulheres contemporâneas de 40, 50 ou
mais de 60 anos.
Junto das novas perspecvas deste movimento
feminino contemporâneo, outras terminologias têm
surgido: Ageless, Agefull, Perennials, Pleasure Growers,
Greynnaisances, são denominações similares, algumas mais
abrangentes, mas todos referem-se às pessoas que não se
reconhecem com a faixa etária cronológica e se idenficam
pelo eslo de vida.
4Optou-se por indicar as idades 40, 50, 60 anos ou mais por uma proximidade comportamental quanto a liberdade de envelhecimento
(não etária) e por serem grupos que trouxeram à tona este debate. Contudo, o conceito de livre envelhecimento
abrange mulheres além dos 60 anos que estão presentes no termo “mais”.
30
2.2.1 Agelessrande sertão: veredasseverina
Ageless generation, também conhecida
como geração sem idade, é o termo ulizado
para designar a geração de pessoas que não se
idenficam com a idade cronológica e com o
perfil que a sociedade espera dessa faixa etária.
O conceito começou a ser estudado a princípio
pela gerontologia, área da medicina que estuda
o envelhecimento e a longevidade. E difundido
em 1986 por Sharon Kaufman, autora do livro
The Ageless Self: Sources of Meaning in Late Life;
a professora de medicina antropológica
reconheceu em pesquisas sobre a velhice,
pessoas que não se encaixavam nos grupos
etários da época e percebiam-se sem idade. A
parr dos anos 2000 passou a ser adotado pela
publicidade e moda com posição de tendência
(PINHEIRO; MONARCHA, 2019).
Inclassificáveis como são também
denominadas, as mulheres ageless não aceitam
rótulos, vivem, se vestem, se relacionam
conforme o eslo de vida que desejam. Miriam
Goldenberg, informa que esta é uma geração
que transformou comportamentos, tornou a
sexualidade mais livre e prazerosa, legimou
novas formas de relacionamentos amorosos,
conjugais e formas de vivenciar uma família.
Ampliou os significados de ser mãe, ser avó e
agora está transformando o envelhecimento
(GOLDENBERG, 2013). Porém por ser
inclassificável o termo foi além da geração que o
iniciou e se aplica a todas as mulheres que se
sentem livres e não se conformam em aceitar o
envelhecimento de maneira pejorava. Contudo
Goldenberg, esclarece ageless são pessoas que
não aceitam imposições e respeitam sua
singularidade, por isso também não estão
paralisados em busca da juventude eterna e nem
da própria versão mais jovem, buscam
envelhecer à sua maneira (CARDOSO, Gazeta do
povo online, 30/03/2015).
Entre os muitos exemplos de mulheres
ageless que encontramos na sociedade
contemporânea, vale destacar no Brasil a figura
de Fernanda Montenegro, com 91 anos, mantém
uma vida ava como mulher, mãe, avó, atriz
entre tantas versões que pode ter de si mesma.
Quando quesonada sobre idade, responde:
Penso todos os dias. O tempo todo. Não quero
ser jovem e não me acho jovem, claro que não.
Mas me sinto como um ser humano ativo. Esta
palavra, “velha”, bem, deveriam inventar outra
porque ela já vem contaminada de coisas como a
decadência, a finitude. Os velhos são
produtivos, apesar de terem uma sociedade que
só cultua o novo. Existem velhos que produzem
e muito. Uma pessoa de 80 anos dizer que se
sente jovem é mentira. Se você é velho, você
tem menos tempo de vida. (MOVIMENTO
AGELESS, 25/03/2015).
Nem jovem, nem velha, a fala de
Fernanda Montenegro corrobora a visão de que
sua vida ava a torna inclassificável.
31
2.2.2 Agefull
2.2.3
Muito próximo do conceito, mas
diferente na denominação, surge recentemente
de maneira informal, o termo agefull em
quesonamento ao ageless. Parte das pessoas
que se idenficam como sem equeta para a
faixa etária, também não concordam que são
“sem idade”, pelo contrário, enxergam sua
trajetória de vida repleta de todas as idades
vividas, ou seja, passaram pelos 20, 30, 40...
entre outras faixas etárias e chegam a atual
repletos de experiências. E por isso propõem o
termo agefull, cheio de idade, complementando
o conceito de envelhecer à sua maneira, mas
sem rejeitar qualquer idade.
Sem autoria definida, o termo tem
ganhado espaço nas falas de mulheres que se
idenficam com o conceito. Em entrevista ao
portal de nocias Terra sobre envelhecimento,
escritora e publicitária Cris Guerra (que também
se apresenta como mãe, palestrante,
influenciadora digital, tatuada e múlpla) optou
pelo termo ao falar de idade:
Tenho todas as características das idades em
mim. Às vezes, eu sou uma velhinha, às vezes,
eu sou uma criança. Outro dia ouvi um termo,
acho que do psicanalista Christian Dunker, que
o termo melhor não é ageless, mas agefull
(cheias de idade), porque nós não somos sem
idade, mas temos muitas idades. Isso significa
que a gente tem 40, 50, 12, 2. Todas essas
pessoas estão em nós. (ESPINOSSI, Terra
online, 19/08/2020).
Livre para envelhecer da maneira que
deseja, reconhecendo todas as experiências em
cada faixa etária e aceitando a idade atual por
completo, as mulheres agefull ainda se
idenficam como inclassificáveis e por isso
também não desejam negar a idade, propõem
apenas um ajuste ao termo.
Pesquisadores classificam as gerações de
acordo com o período de nascimento e a
influência histórica: acontecimentos,
comportamentos, padrões sociais entre outros
elementos para entender a influência de uma
geração. Temos relacionadas as seguintes: Baby
Boomers nascidos entre 1945 e 1964, Geração X
entre 1965 e 1981, Millennials de 1982 a 2000 e
Geração Z de 2000 a atual. No entanto, no ano de
2016 um novo termo surgiu seguindo o
movimento ageless já existente. A publicitária do
site The What, cunhou o termo perennials (que
significa perenes) para idenficar pessoas que
não possuem idade definida. (PARRA, Você S/A
online, 16/07/2020).
Perennials são mulheres acima dos 40
anos que não se classificam pela data de
nascimento, possuem uma mentalidade jovem
ao mesmo tempo que assumem o sico que
possuem. A faixa etária é o que menos importa,
o recorte etário é amplo pois o que as destacam
é o eslo de vida atemporal, que pode reunir de
diversas idades. A autora do termo explica: “São
pessoas movidas pela curiosidade, com a cabeça
aberta, que nunca param de aprender e
recomeçar, se for preciso. Elas não vêm a vida
como uma linha do tempo, mas como uma rede
de conexões e experiências”. (DI DOMENICO,
Vogue online, 14/11/2019).
A geração das perenes no Brasil foi aceita
principalmente por mulheres entre 40 e 50 anos.
Movimentos de adesão surgiram,
principalmente para debater o tema e trocar
experiências da mulher moderna madura.
32
2.2.4
2.2.5 Greynnaisanceseverina
Considerados idosos que buscam viver
experiências felizes, os Pleasure Growers são os
Baby boomers que procuram ter
comportamentos alinhados aos valores
modernos e não se aceitam como pessoas
tradicionais da terceira idade, de acordo com
Francesco Morace, autor do termo. Para Morace,
essa é uma geração que viveu a revolução sexual,
quebrando tabus e agora vem trazer vitalidade
rompendo com preconceitos da velhice também.
São pessoas com ideias claras do próprio futuro,
com mais tempo para se dedicarem si mesmos e
para o que sempre sonharam, mas muitas vezes
não veram tempo ou condições de realizar
(MORACE, 2012).
Denominados em uma publicação sobre
consumo, o autor direcionou os Pleasure
Growers como um potencial grupo de
consumidores, relatando comportamentos e
escolhas voltados mais à compra do que ao eslo
de vida em si. Contudo, Morace enxergou neste
grupo um diferencial que não se caracteriza pelo
perfil convencional de idosos compreendido pela
sociedade de modo geral.
Específico de um grupo, mas ainda
dentro do eslo de vida atemporal
greynnaisances são modelos, influenciadoras
com mais 50, 60 anos que estão sendo
recrutadas pela indústria da moda e publicidade
para se comunicar com sua geração e até
gerações mais novas.
Pesquisadores de tendências sinalizam
que este movimento começou em 2015, quando
Joan Didion foi convidada a estrelar a campanha
de verão da francesa Céline, com 80 anos na
época a escritora tornou-se o rosto da marca.
Este caso foi icônico, porém não isolado, outras
marcas de luxo como Lanvin, Calvin Klein e Saint
Laurent trouxeram greynnaisances para
protagonizar suas campanhas (MATOS, Vogue
Portugal online, 18/04/2018).
Estas são mulheres joviais, modernas,
vivem o presente, são ligadas a moda e a
estéca, mas assumem os cabelos brancos, as
rugas e marcas dos tempos com naturalidade e
leveza. Representam um mercado em ascensão,
mas ainda um grupo raro de modelos (Revista
Catarina, 13/01/2021).
Entre tantas terminologias há uma
tendência de a sociedade classificar e rotular um
grupo que busca ser livre de rótulos, mas
independente do tulo é possível delinear um
movimento de ressignificação do
envelhecimento, que passa avamente pelo
universo feminino e encontra novas formas de
viver o mundo contemporâneo bem como o
momento de vida em que se encontram.
Confirmando o conceito de Debert de que o
comportamento e eslo de vida estão à frente da
faixa etária (1997) e influenciando a moda,
publicidade e o consumo em geral a ofertarem
produtos e serviços que estejam alinhados com
os valores deste grupo. Assim como a sociedade
de modo geral compreender as novas narravas
que estão sendo propostas por estas mulheres
contemporâneas atemporais.
33
3 MULHERES
Ser mulher é ser plural. Apesar de idenficadas pelo sexo
feminino, ser mulher está muito além de uma designação biológica.
Diversas entre si, mulheres existem socialmente e incluem diversidades
de idades, crenças, constuições familiares, comunidades, classes
sociais, culturas, nações etc., entre tantos aspectos, mas muitos
moldados por regras sociais e costumes em consequência das
estruturas de poder (TILLY, 2007).
A idendade feminina é heterogênea e um connuo processo
de construção, constui uma visão sobre si mesma e o mundo, mas ao
mesmo tempo é resultante do olhar do outro, sendo composta pelo
discurso do seu interlocutor, ou seja, a idendade feminina também se
revela pelo reflexo de que a sociedade constrói sobre ela, muitas vezes
em decorrência do discurso masculino dominador ao longo da história
(VIEIRA, 2005). Mas as lutas feministas nesse ínterim, trazem espaço e
voz ao feminino, fazendo parte da composição da idendade da mulher
contemporânea.
Entretanto, o que é ser uma mulher contemporânea?
Contemporâneo no dicionário é definido como algo ou alguém do
tempo atual (AULETE, 2008), neste contexto ser contemporâneo, pode
ser entendido como alguém caracterísco do seu tempo, que vive os
preceitos e realidades do momento vigente. Todavia, para o filósofo
Giorgio Agamben, pertencem genuinamente ao seu tempo aqueles que
não coincidem plenamente com o tal, justamente por não se
adequarem as pretensões são mais capazes, em relação aos demais, de
captar e assimilar a época em que vivem. Na visão do autor, quem
corresponde perfeitamente a seu tempo não está apto para enxergá-lo
ou percebê-lo, só o compreende quem mantém um olhar fixo
sobre o tempo vigente e assim, observa o que está nas
entrelinhas, o que está velado e não exposto (AGAMBEN,
2009).
Neste projeto, ser uma mulher contemporânea
significa ter uma relação própria com a vida e
com o envelhecimento, que precisamente por destoar
dos padrões estabelecidos pela sociedade através
dos anos, são capazes de compreender os sinais
implícitos da modernidade, vivendo e atuando no tempo
presente com o olhar fixo em todas as possibilidades,
na liberdade de ser o que desejar.
E no intuito de abranger todas as mulheres de 40,
50, 60 anos ou mais, criou-se o termo Contemporâneas +.
Neste contexto, o sinal de mais “+” procura englobar as
mulheres que independentemente da faixa etária buscam
ser mais que os limites do tempo e da sociedade,
reafirmando a pluralidade e liberdade feminina.
34
3.1 Pesquisas
As mulheres contemporâneas 40, 50, 60
anos ou mais fazem parte de um grupo em
autodescobrimento e expansão, para melhor
entendimento de suas relações com
envelhecimento, corpo e a moda, foram
realizadas pesquisas as quais os resultados
serão ulizados para embasamento do projeto.
3.1.1 Pesquisa quantitativa
A primeira realizada, foi uma pesquisa
quantava direcionada para mulheres acima
dos 40 anos, com objevo de idenficar a
relação destas como a própria idade, corpo e o
vesr. Aplicadas à grupos de conversas no
Whatsapp e Facebook, o formulário online
obteve 144 respostas válidas no período de 15
de janeiro de 2021 à 01 de fevereiro de 2021,
sendo maioria residentes do estado de São
Paulo (85,5%).
A pesquisa abordou mulheres casadas
ou em união estável (67,8%), solteiras (13,8%),
divorciadas ou separadas judicialmente (11,8%)
e viúvas (6,6%). Em relação ao mercado de
trabalho a maioria se encontra atuante (63,9%),
sendo empregadas (33,6%), autônomas (25,7%)
e que trabalham informalmente (4,6%).
Seguidas por aposentadas (19,1%), donas de
casa (9,2%) e desempregadas (7,2%).
Quanto a filhos, a pesquisa divide-se
em mulheres que possuem filhos
independentes (43,4%) e filhos que necessitam
de cuidados parciais (27,6%) ou totais (13,2%),
seguidas de por mulheres que não possuem
filhos (15,8%). Sobre o nível escolar, a grande
maioria possui ensino superior completo
(65,1%), seguidas por ensino médio completo
(25%).
6. Em qual faixa etária você se encontra?
152 respostas
30,3%
42,8%
21,7%
Menos de 40 anos
Entre 40 e 49 anos
Entre 50 e 59 anos
60 anos ou mais.
7. Responda apenas se você tem entre 40 e 49 anos. Como você denomina a
sua faixa etária?
65 respostas
Jovem
52,3%
24,6%
7,7%
Adulta
Meia-idade
Madura
Idosa
Terceira-idade
Velhice
Melhor idade
7A. Responda apenas se você tem entre 50 e 59 anos. Como você denomina
a sua faixa etária?
46 respostas
Adulto maduro
45,7%
13%
10,9%
17,4%
1/2
Ageless
Agefull
Perennials
Pleasure Growers
Greynnaisance
7B. Responda apenas se você tem 60 anos ou mais. Como você denomina a
sua faixa etária?
33 respostas
Adulto maduro
27,3%
30,3%
2/2
Ageless
Agefull
Perennials
Pleasure Growers
Greynnaisance
2/2
18,2%
Figura 03: Gráficos de respostas do quesonário
quantavo - perguntas 6 a 7B.
35
Um dos objevos principais do
quesonário é verificar a forma como estas
mulheres idenficam suas faixas etárias e se
conhecem, ou se reconhecem, nos diversos
termos que existem para abordar mulheres
mais velhas. Quando quesonadas como
denominam suas faixas etárias, mulheres entre
40 e 49 anos (que correspondem à 42,8% das
entrevistadas) se idenficaram como mulheres
adultas. Entre 50 e 59 anos (30,3% das
entrevistadas) como mulheres maduras e com
60 anos ou mais (21,7% das entrevistadas)
como terceira-idade ou melhor idade, em
nenhuma das faixas etárias os termos ageless,
agefull, perennials, pleasure growers ou
greynnaisance foram eleitos com significância,
assim como termos como “meia-idade”,
“idosa” e “velhice” que permaneceram em
baixas ou nulas porcentagens; estes úlmos
corroboram a ideia de que terminologias
diretamente vinculadas à velhice não são
aceitas socialmente.
Quando indagadas sobre se idenficar
com a própria idade, a maior parte se sente
mais jovem (65,3%), seguidas por as que se
sentem com a idade que possuem (31,3%) e por
fim, poucas que se sentem mais velhas (3,5%),
estando alinhadas com o estudo publicado pela
revista cienfica PLoS One do aumento da
meia-idade para além da sexta década de vida,
de que os 60 anos seriam os novos 40 (CARELLI,
O Estado de S. Paulo, 27/04/2015).
8. Você se identifica com a sua idade?
144 respostas
é uma fase desafiadora e a mesma porcentagem
que o percebe de maneira posiva, sendo 25%
que consideram libertadora e 18,1% entendem
como fase de valorização, que torna a vida
melhor.
9. Como você se sente em relação a sua idade?
144 respostas
89,6%
Me sinto bem
Indiferente
Me sinto mal
31,3%
Não, me sinto mais jovem.
Sim, me sinto com a idade
que tenho.
Não, me sinto mais velha.
65,3%
10. Qual a sua relação com o envelhecimento?
144 respostas
9,7% 25%
Valorização, sinto que
torna a vida melhor.
Desafiadora, sinto que
traz limitações.
Figura 04: Gráfico de resposta do quesonário
quantavo – pergunta 8.
De todas as entrevistadas 89,6% se
sentem bem com a idade que possuem.
Entretanto sobre a relação com o
envelhecimento divide-se em 43,1% acham que
43,1%
18,1%
Indiferente, não sinto
diferença.
Libertadora, sinto que
posso viver como quero.
Depreciação, sinto que
é ruim.
Figura 05: Gráficos de respostas do quesonário
quantavo - perguntas 9 e 10.
36
Contudo ao quesonar diretamente
sobre os novos termos para o envelhecimento
(ageless, agefull, perennials, pleasure growers ou
greynnaisance) de 70,1% a 96,5% desconhecem.
De todos, o mais reconhecido e que se idenficam
é o termo ageless (18,1%), também o mais
difundido e o primeiro estabelecido.
12A. Você conhece o termo AGELESS? Caso conheça, se
identifica com esta denominação?
144 respostas
Sim, conheço o termo.
Mas não meidentifico.
70,1%
11,8%
Sim, conheço o termo
e me identifico.
Não conheço.
18,1%
12B. Você conhece o termo AGEFULL? Caso conheça, se
identifica com esta denominação?
144 respostas
Sim, conheço o termo.
Mas não meidentifico.
86,8%
8,3%
Sim, conheço o termo
e me identifico.
Não conheço.
12C. Você conhece o termo PERENNIALS? Caso conheça, se
identifica com esta denominação?
144 respostas
Sim, conheço o termo.
Mas não meidentifico.
12D. Você conhece o termo PLEASURE GROWERS ? Caso
conheça, se identifica com esta denominação?
144 respostas
Sim, conheço o termo.
Mas não meidentifico.
90,3%
Sim, conheço o termo
e me identifico.
Não conheço.
95,8%
Sim, conheço o termo
e me identifico.
Não conheço.
12E. Você conhece o termo GREYNNAISANCE ? Caso
conheça, se identifica com esta denominação?
144 respostas
96,5%
Sim, conheço o termo.
Mas não meidentifico.
Sim, conheço o termo
e me identifico.
Não conheço.
Figura 06: Gráficos de respostas do quesonário
quantavo - perguntas 12A a 12E.
37
Esta parte inicial da pesquisa rafica o
conceito de Debert de que a idade não é um
marcador pernente, mas que o eslo de vida e
o comportamento são mais determinantes
quanto ao envelhecimento na sociedade atual
(DEBERT, 1997). Na segunda parte as questões
indagam sobre corpo e moda, quando
perguntadas se senam livres para vesr o que
desejam 87,3% responderam sim, sendo que
51,6% sempre se senram livres para vesr o
que quiser, 23,8% se senram livres na fase
adulta, 11,5% na juventude, 6,6% na
maturidade e a mesma porcentagem na
adolescência. Das 15,3% entrevistadas que não
se sentem livres para se vesrem como
desejam, 36,4% encontram peças que gostam,
mas não acham adequadas à sua faixa etária,
seguidas por 31,8% que não encontram
modelagens ou peças com bom caimento. Esta
questão, em parcular, reafirma o perfil da
mulher contemporânea que é livre para ser (e
no caso vesr) o que quiser, entretanto vale a
pena observar que mesmo sendo uma minoria,
parte das entrevistadas encontram limites para
se vesrem.
13. Você sente que tem liberdade para se vestir como quer?
144 respostas
84,7%
15,3%
14. Se a sua resposta a pergunta 13 for SIM. Em qual momento da sua vida
você se descobriu livre para vestir-se como quiser?
122 respostas
11,15%
51,6%
23,8%
Sim
Não
Sempre me senti livre
para vestir o que quiser.
Na adolescência, me visto
como quero desde então.
Na juventude, me visto
como quero desde então.
Na fase adulta.
Na maturidade.
Na terceira-idade.
15. Se a sua resposta na pergunta 13 for NÃO. O que limita suas escolhas ao
se vestir?
22 respostas
Tamanhos: Não encontro produtos
dos tamanhos que desejo.
36,4%
13,6%
9,1%
Modelagens: Não encontro produtos
que tenham bom caimento.
Estilo: Não encontro peças que me
agradam
Faixa etária: Até encontro peças que
me agradam, mas acredito que não
sirvam para a minha faixa etária.
31,8%
Social: Me preocupe se estou me
vestindo adequadamente.
Nenhuma das opções das
anteriores.
Figura 07: Gráficos de respostas do quesonário
quantavo - perguntas 13 a 15.
Mas quando perguntadas sobre a
relação com o próprio corpo, 53,5% classificou
como média (ora se sente bem, ora não), 24,3%
como boa, seguidas por 13,2% como ruim e 9%
indiferente, indicando que o corpo é um ponto
importante na sociedade brasileira, no tema
envelhecimento feminino.
O quesonário encerra indagando como
a pessoa se senu ao responder a pesquisa,
onde 84% se senram interessadas em debater
mais sobre padrões sociais, envelhecimento e
moda, contra 16% que não encontrou relevância
no tema, confirmando a importância de
pesquisa deste nicho para o próprio público. A
pesquisa completa, assim como os resultados
estão disponíveis no Anexo I desta monografia.
38
3.1.2
Pesquisa qualitativa (Entrevistas)
Connuando os estudos e
aprofundando o contato com o nicho, foram
realizadas entrevistas mantendo o objevo
principal de entender como mulheres acima
dos 40 anos se reconhecem na sociedade
contemporânea, como lidam com o
envelhecimento, corpo e moda. Na pesquisa
anterior cerca de 52% das parcipantes se
mostraram interessadas em connuar
parcipando dos estudos, destas foram
entrevistadas 10%, um total de 08 mulheres
proporcionais as faixas etárias estudadas,
sendo 03 entre 40 e 49 anos, 02 entre 50 e 59
anos, por fim 03 de 60 anos ou mais.
As pesquisas foram desenvolvidas no
período de pandemia em decorrência do
Covid-19, sendo assim para manter os
protocolos de saúde, optou-se por realizar
entrevistas individuais online gravadas; todas
foram autorizadas, bem como os materiais
cedidos pelas parcipantes. Ao todo, foram 22
perguntas e mais 02 solicitações, que
decorreram em uma conversa informal sobre as
vivências e opiniões de cada entrevistada.
As entrevistas iniciaram solicitando a
apresentação pessoal e livre de cada
parcipante. No geral, o grupo é heterogêneo,
dividido entre mulheres casadas (50%) e
mulheres solteiras, divorciadas ou viúvas (50%),
do total 07 são mães. Todas se apresentaram
contando um pouco de sua história e a maioria
(06) é atuante no mercado de trabalho. O que
possuem em comum: são mulheres
independentes, com vidas avas e projetos de
vida em andamento ou em planos futuros.
Projetos de vida, segundo Simone Beauvoir são
caminhos para o que a escritora chamou de
“bela velhice” e o que a autora Mirian
Goldengerb constatou como fundamental na
geração ageless (GOLDENBERG, 2013).
A primeira fase das perguntas aborda
sobre a relação pessoal das entrevistadas com
envelhecimento e a sociedade. Em relação a
idade, todas se percebem bem com a fase em
que vivem, a maioria não nomeia a própria faixa
etária e se sentem mais jovens ou melhores
com as idades que possuem:
Eu prefiro não nomear [...] eu hoje com 40/ 41
(anos) me enxergo madura a ponto de ver que
foi uma besteira aquilo que vivi (dificuldade de
aceitação das mudanças do corpo após a
gravidez na juventude) e que eu gostaria de
ter essa cabeça há 20 anos atrás. Eu não
gosto de ter uma nomenclatura para isso (faixa
etária), só penso que hoje estou pronta para
viver uma fase gostosa. Gosto de viver essa
fase da minha vida e quero vivê-la por um bom
tempo. (Camila Baltazar Bragatto, mãe,
casada, estilista e empreendedora, 42 anos).
Para falar verdade não penso nisso (faixa
etária) [...] eu me sinto bem, porque não me
sinto com 60 (anos), acho estranho quando falo
com as pessoas sobre a minha idade, parece até
que estou falando de outra pessoa (risos).
(Fátima Regina dos Santos, aposentada e
professora, solteira, 60 anos).
Quando quesonadas sobre o
envelhecimento e o impacto em suas vidas,
todas ressaltaram não se incomodar com o fator
etário. Algumas evidenciaram os benecios do
amadurecimento e a maioria demonstrou que a
preocupação maior é quanto à saúde e
limitações sicas inerentes ao passar do tempo:
Eu não penso muito nele (envelhecimento) [...]
toda vez que eu paro para pensar, uma coisa
que eu busco e tenho buscado um pouco mais
agora, é esta questão da saúde. A colheita é
obrigatória, não tem jeito... (risos). (Silene
Gomes de Lima, mãe, casada, empresária do
ramo de iluminação, 49 anos).
Ao falar sobre as mudanças de vida em
relação há 10 anos e se projetarem daqui 10
anos, a maioria relatou situações de vidas no
passado que foram desafiadoras e por isso se
enxergam melhores na atualidade, todas
enfazaram mudanças corporais e diminuição
da disposição sica, mas ao se projetarem para
o futuro foram unânimes em desejar manter o
que possuem hoje e ter maior aceitação e amor
consigo mesmas, independente da opinião
alheia.
39
[...] (daqui 10 anos) mais independente
fisicamente, de olhar para mim e gostar do que
ver e ficar feliz com o que está [...]
esteticamente mais independente. (Solange
Gomes de Lima, aposentada e autônoma do
ramo de iluminação, solteira, 60 anos).
Entrando no tema de gerações, quando
comparadas às gerações de suas mães todas
percebem a evolução da sociedade quanto aos
direitos e conquistas femininas, mesmo sendo
de gerações diferentes sentem que as suas
estão mais autônomas das próprias escolhas,
são mais livres em ser o que desejam e
abordam o vesr, nessa liberdade:
(o que mudou) Tudo! ... minha mãe era velha
aos 44 anos, tinha uma vestimenta mais dura,
mas fria, mais composta. Os corpos eram muito
bonitos, porque ela era de uma geração que a
alimentação era diferente da nossa [...] minha
mãe era muito bonita. Mas naquela época tinha
muito padrão: você é casada, você tem que
seguir um padrão estético, você é mãe, você
tem que seguir um padrão estético, hoje a
mulher tem todas estas questões, mas você
consegue ser o que você é [...] você tem mais
possibilidades, não que o mercado enxergue que
essas possibilidades são para uma mulher de
44 anos [...] o mercado não faz roupa para
mulher de 44, ele faz roupa para a mulher de
34 e a mulher de 44 hoje tem uma
mentalidade, que ela consegue ir lá e pegar a
roupa dessa cidadã de 34/ 24 e transformar
naquilo que ela conseguiria se sentir bem.
(Ester Eloir Diniz de Souza, mãe, estilista,
solteira, 44 anos).
Finalizando a primeira fase de
perguntas, as entrevistadas são quesonadas
sobre a sociedade atual e como sentem que
suas gerações estão transformando a
sociedade. As respostas mostram que a cada
época padrões são rompidos, apesar da
sociedade ainda criar padrões, todas enxergam
nas mulheres de suas gerações protagonistas de
novas formas de vida e reconhecem nas
gerações futuras o crescimento da busca por
esta autonomia:
Nós somos uma geração de ruptura [...] a gente
conseguiu fazer uma universidade, conseguimos
uma independência financeira, eu acho isso
muito importante [...] quando você tem uma
independência financeira, isso te traz uma
liberdade e autonomia muito grande. Eu
acredito que o diferencial realmente foi este, de
sermos donas das nossas vidas e das nossas
escolhas (Maria de Fátima da Silva, mãe,
professora de yoga, divorciada, 59 anos).
A sociedade ainda espera enxergar padrões...
ah! eu tenho muitas tatuagens [...] o estilo de
me vestir é o mesmo, eu tenho uma alma jovem
[...] é o mesmo padrão de roupas que eu usava
com 30 [...] Não sei porque as pessoas criam
esse estereótipo de que a mulher de terninho é
a mulher de 40, isso eu sinto se eu participo de
uma reunião no meio corporativo [...] a
sociedade julga muito pelo estilo de roupa.
[...] Vejo que a minha geração ainda se apoia
muito na geração que veio depois de nós, que
está fazendo essa revolução muito forte,
maravilhosa, pondo o feminismo à tona [...] de
que somos iguais, acabar com a diferença
salarial [...] eu vejo que a minha geração
revolucionou, mas acredito que a geração que
veio depois fez uma revolução muito mais forte
e que a minha geração se apoia nela. (Camila
Baltazar Bragatto, 42 anos).
Na segunda fase, a entrevista conduz as
questões para a moda, analisando a afinidade
de cada uma com o vesr, dificuldades e
prioridades de consumo.
Na pergunta sobre suas relações com a
moda, apesar das respostas serem pessoais,
houve uma diferença importante entre a faixa
etária de 40 a 49 anos com as demais.
A maioria relacionou a moda com o
eslo pessoal, entretanto as entrevistadas entre
40 e 49 anos além de relacionaram com o
entendimento pessoal, destacaram também
questões de mercado, indústria e consumo.
[...] (moda) é autoestima, ela é bem estar, ela
é conforto, ela é diversão também [...] moda
influencia o tempo, conversa bastante com o
design [...] está relacionada também às
questões políticas e sociais de cada época [...]
ouve-se dizer de mão-de-obra escrava (cita
40
marcas); a questão da importação em massa
que complicou bastante, das costureiras de mão
cheia que cada vez é mais difícil encontrar, que
não são valorizadas e que cobram pouco pelo
trabalho, e pelo tanto que trabalham não tem
seu sustento correspondente [...] acho
complicada essa relação da moda [...] na minha
relação com moda/ vestir eu tenho buscado cada
vez mais comprar menos peças e de melhor
qualidade. (Silene Gomes de Lima, 49 anos)
Sobre as dificuldades que encontram ao
se vesrem, a maior parte citou a dificuldade em
achar peças que se adequem ao corpo atual,
citando quesitos como tamanhos, modelagens,
bom caimento. A entrevistada Ester chegou a
relacionar a dificuldade de modelagens para sua
faixa etária, citando pontos principais como
ombros, bustos e quadris maiores, a busca por
uma cintura mais marcada. Estas observações
destacam a necessidade de estudos de
ergonomia direcionados ao nicho.
Ao equiparar o modo de vesr atual com
10 anos atrás, as respostas foram diversas desde
mudanças de tamanho, eslo e busca por
consumo mais consciente, até nenhuma
mudança observada. E sobre a relevância da
idade na escolha de uma peça de roupa, a
maioria acreditar não ter importância, mas sim
o que se adequa ao eslo e gosto pessoal.
Quando quesonadas sobre o que
buscam ao se vesr, foram unânimes em eleger
o conforto, seguido da estéca. E sobre o que
priorizam na compra, o conforto e a estéca se
manveram como prioritários, mas quesitos
como durabilidade, qualidade, pracidade, ser
combinável e se adequar ao momento de vida,
também foram citados. Preço foi mencionado,
mas como custo benecio, não como quesito
principal:
“(sobre a peça de roupa) que seja confortável e
que eu goste, que seja bonita também. O preço
às vezes não tem tanta importância.” (Marina
Gomes do Egito Minelli, mãe, viúva, aposentada,
81 anos).
Finalizando as questões sobre moda, foi
perguntado se a pandemia poderia impactar na
forma de vesr atual e se sim, como. As
respostas na maioria confirmaram mudanças,
enfazaram o conforto aliado à estéca (estar
confortável e apresentável para o home office),
o aumento do consumo online, o consumo mais
consciente: reduzindo o volume, comprando
menos e peças mais duráveis, além da busca
pela simplicidade.
No meu modo de ver, acho que a pandemia vai
simplificar, vai trazer uma consciência de que eu
não preciso de tanto. Acho que vai dar uma
enxugada nos guarda-roupas, que serão peças
mais coringas. Acho que a pandemia trouxe isso,
uma responsabilidade de planeta. Porque a
gente começa a observar quanto lixo a gente
junta, quanta coisa que a gente tem e não usa,
quanta coisa a gente compra por impulso.
(Solange Gomes de Lima, 60 anos).
O úlmo bloco da entrevista, abordou
sobre durabilidade e descarte de peças de
roupas. A durabilidade média ficou entre 5 anos
da compra ao descarte, das peças que duram
mais, o tempo variou entre mais de 10, 20 e até
mais 30 anos dependendo da entrevistada. A
maioria indicou peças de inverno como mais
duráveis por optarem por modelos mais
combináveis, de melhor qualidade e se exporem
a menos tempo de uso comparado às outras
estações, o casaco foi o modelo indicado como
mais duradouro.
Eu tenho um casaco de lã ... um blazer, que eu
tenho desde que tinha 25 anos. Mas ele é um
blazer italiano [...] sabe aquela lã boa? Então,
esse eu não me desfiz, ele é preto, ele é clássico,
não vai sair de moda. (Maria de Fátima da Silva,
59 anos).
41
Infelizmente nesse momento não, mas eu vejo
que é um processo natural. Eu vou começar sim,
por uma questão de planeta mesmo [...] eu estou
em atenção com relação como é feita, quanto isso
gera de lixo para o planeta, quanto que gera de
produto químico [...] se uma roupa rasgou, ela
vira um pano de chão, ela vai para o lixo, mas se
ela é de um material complicado não vai se
dissolver nunca, muita calma nessa hora.
Não faço ideia por onde começar a entender quem
trabalha com mão-de-obra escrava, com quem
mexe com tintura com química [...] os materiais
que são utilizados como são produzidos, isso tem
começado a me incomodar. (Solange Gomes de
Lima, 60 anos).
Eu tenho me preocupado ... quando a roupa não
tem condições de ser doada e jogar onde? Isso é
o mais difícil para mim. (Marina Gomes do Egito
Minelli, 81 anos).
Ao perguntar se uma peça com mais
opção de uso teria uma vida úl mais longa, a
maioria entende que não, pois acreditam não
impactar no descarte dessa peça. E quando
quesonadas se uma peça com mais de uma
opção de uso seria um diferencial para a
compra, a maior parte acredita ser indiferente.
Porém das mulheres entre 40 e 49 anos, duas
(de três) destacaram ser essencial para a
decisão de compra:
Para mim é muito importante se ela (a peça)
tem mais de uma opção de uso. Eu gosto muito
disso porque você consegue reinventar muitos
looks, para uma viagem é uma peça que você
pode levar com certeza. [...] com certeza é uma
decisão na hora da compra. (Camila Baltazar
Bragatto, 42 anos).
Quando quesonadas sobre o descarte,
foram unânimes em indicar a doação ao se
desfazerem da peça. Contudo ao serem
quesonadas se a procedência e forma de
descarte eram importantes para a decisão de
compra, todas citam a importância destas
informações, mas a maioria (07 de 08
entrevistadas) reconhecem que não é um fator
determinante na compra, pois não sabem onde
buscar tais orientações. Todas demonstram
preocupações com questões écas e
ambientais, mas ressaltam a dificuldade de ter
acesso a informações com transparência e
confiabilidade.
As entrevistas encerraram solicitando às
parcipantes fotos de looks em que gostam de si
mesmas, estas imagens auxiliarão nos estudos
ergonômicos e de silhuetas, para a elaboração
de produtos. As perguntas estão disponíveis no
Anexo II.
3.1.3 Análise dos resultados
Ao alinhar os estudos bibliográficos, com
a pesquisa quantava e à pesquisa qualitava
(entrevistas), é possível observar que existe uma
mudança de comportamento em relação ao
envelhecimento, em especial o feminino foco
deste projeto. Que de forma geral, o eslo de
vida sobrepõe à faixa etária e que apesar de
exisr uma preocupação com a saúde e as
limitações que o passar do tempo trazem,
formas de viver mais libertas estão
redesenhando os caminhos para a velhice. A
pesquisa confirmou que as mulheres se sentem
mais jovens: o grupo feminino entre 40 e 49 anos
não se enquadra mais como meia-idade, assim
como mulheres com 60 anos ou mais estão
avas, com projetos de vida.
Importante destacar que apesar de
exisr termos para idenficar estes novos grupos
(ageless, agefull, perennials, pleasure growers
ou greynnaisance) poucas conhecem e se
idenficam com algum destes. Nas entrevistas, a
maioria preferiu não nomear a própria faixa
etária, pois não se sentem com elas.
42
As entrevistadas ainda, observaram
mudanças na sociedade, todas de alguma forma
reconhecem os esforços de suas gerações para a
liberdade feminina e sentem-se mais libertas
que gerações passadas. Apesar de senrem-se
mais livres para ser e vesr o que desejam,
destacam a falta do olhar do mercado para suas
vidas e seus corpos, pois ainda que busquem
aceitação e amor-próprio, desejam senrem-se
bonitas e joviais com o que vestem. Contudo, ser
jovial não significa querer ser jovem, significa
que desejam viver com plenitude a fase de vida
que se encontram, mas da forma como desejam
e não mais como os padrões determinados e
esperam que a moda possa acompanhar estas
mudanças.
As mulheres contemporâneas de 40, 50,
60 anos ou mais, estão à frente do senso comum
pois buscam fazer parte dos novos tempos,
sendo avas na vida e na sociedade e assim
propõem novos sendos ao envelhecimento,
que sempre foi esgmazado como um período
de esquecimento ou distanciamento social.
Sendo assim, mulheres contemporâneas 40, 50,
60 mais, são livres para ser, viver e se vesrem
como desejam e esperam encontrar na moda
novas propostas de roupas que entendam seus
corpos e suas formas de vida.
Movida pelo eslo de vida desprendido
destas mulheres Contemporâneas +, nos
próximos capítulos será apresentado a criação e
desenvolvimento de uma coleção de moda
feminina que inspirada nos sertões do
imaginário brasileiro busca oferecer opções para
o vesr deste público.
43
4 PROCESSO DE CRIAÇÃO
4.1 Conceito de Criação
A coleção Sertões: travessias surge do intuito
de fomentar a cultura nacional, em especial do
sertão. O resgate deste tema, traz como
foco os sertões criados no imaginário
brasileiro advindos da literatura, em
especial das obras de Vidas secas
de Graciliano Ramos, Morte e vida
severina de João Cabral de Melo
Neto e Grande sertão: veredas de
Guimarães Rosa, que foram escolhidas por
retratarem as diversidades dos sertões codianos,
mas principalmente por ampliar seus significados fazendo
do lugar sertão mais do que a geografia, também um
senmento, um pensamento, mesclando o real com o
abstrato, próprios do imaginário.
O sertão deste projeto, através da escrita, passa por
lugares disntos: sertão de Pernambuco, sertão de Alagoas,
sertão da Bahia, sertão de Minas Gerais e por isso
denomina-se sertões.
Entretanto, a travessia proposta é pelos sertões do
“ser”, o caminhar pela experiência humana que nos faz
confrontar os sertões que existem dentro da gente, como
dizia Guimarães Rosa (ROSA, 2001).
Neste ponto o tema converge para o nicho: a coleção
é direcionada a mulheres contemporâneas +, ou seja,
mulheres com 40, 50, 60 anos ou mais, que quesonando os
padrões da sociedade buscam envelhecer com a liberdade
de ser o que desejam. Mulheres que atravessam seus
sertões internos para encontrarem novos caminhos e assim
viver o tempo presente. Essa busca, as fazem ver o que está
à frente e assim viver plenamente esse tempo, o que
Agamben chama de contemporâneo (2009).
Sendo assim, o desenvolvimento da coleção propõe
a reflexão sobre o envelhecimento e liberdade feminina. E
através da inspiração nos sertões do imaginário brasileiro,
criar caminhos estécos para expressão da cultura e mulher
contemporânea brasileira.
Mediante isso, nos próximos itens serão detalhados
o processo criavo da coleção e sua relação com a pesquisa
dos capítulos anteriores, culminando com o projeto final.
MINAS GERAIS
BAHIA
GRANDE
SERTÃO: VEREDAS
VIDAS SECAS
MORTE E VIDA
SEVERINA
PERNAMBUCO
Figura 08: Mapas dos Sertões Literários,
elaborado pela autora.
SEMIÁRIDO BRASILEIRO
SERTÃO NORDESTINO
SERTÃO MG
(MESORREGIÃO NORTE)
SERTÃO EXTENDIDO MG
(MESORREGIÃO NOROESTE)
OBRAS
LITERÁRIAS
SERTÕES
DO PROJETO
44
4.2 Inspirações Temáticas
Para representar o tema em
imagens, foi elaborado um Painel
Semânco (moodboard), oriundo da
criação de um Mapa Mental, com base
na metodologia de Tony Buzan. O Mapa
Mental surge a parr de uma chuva de
ideias sobre o tema Sertões
(brainstorming), considerando todas as
possibilidades das mais objevas até as
mais aleatórias e organizando-as em
quatro nichos: Ser-tão, Real, Literatura,
Imaginário.
Leveza
Dureza
Fácil
Difícil
Fraternidade
Liberdade
Livre
Medo
Coragem
Fé
Constância
Simplicidade
Bruto
Simples
Religiosidade
Sobrevivência
Vivência
Experiência
Roupa
Trouxa
Balde
Mãe
Crianças
Escolher
Sonhador
Trabalhador
Santos
Camisa
Assistência
Caridade
Independência
Lida
Rústico
Fome
Morte
Vida
Resistência
Luta
Permanência
Avental
Corda
Trançar
Lavar
Rendar
Cantar
Impermanência
Ajudar
Depender
Olhar
p/fora
Migrantes
Migrar
Sair
Fugir
Dia a dia
Caatinga
Veredas
Rio barrento
Rio São Francisco
Casa
Serviço
Bordar
Forró
Luiz
Gonzaga
Asa Branca
Separar
Associar
Pensar
Refletir
Espelhar
Reflexo
Olhar
p/dentro
Forte
Retirantes
Cactos
Mandacaru
For all
Cotidiano
Lugar
Real
Tão
Ser
Terra seca Árido Molhado
Falta d’água
Seca
Sol escaldante Céu azul Noite estrelada
Calor
Nordeste
Para todos
Para todos?
Pequeno
Grande
Muito
Tanto
Barro Pouco Nada Vazio
Muito
Pau a pique
Cheio
Chão
Panelas
Servir
Servir-se
Escolher
Cansar
Insistir
Resistir
Existir
Ocupar
Fazer
parte
Pertencer
Sertanejo
Gente
Mapa
Muito do nada
Figura 09: Mapa da Mental – Sertões,
elaborado pela autora.5
Ser-tão
Ser
Sou
Gotejar
Pingar
Minguar
Como
Tão
Pobreza Miséria Estigma
Todos
Ninguém
Alguém
Quem
A Grande Seca
Suor Pó Poeira
Gota
Grão
Granulado
Crespo
Emaranhado
Rendado
Pão
Velho
Envelhecido
Tempo
Passar
Continuar
Ser.tão
Água
Livro
Literário
Literal
Igual
Ser-tão
Literatura
Literário
Dentro
Interior
Interno
Escrita
Palavra
Imaginário
Diferente
Fora
Externo
Centro
Litoral
Dos mundos
Dos sertões
Das secas
Imaginado
Criado
Real
Identidade Cultural
Brasileiro
Memória
Caatinga
Grande Sertão:
Veredas
Morte e Vida
Severina
Vidas secas
Cantinga
Pensamento Sonhos Inspirar Expirar Respirar
Social Sociedade
Purista Puritano Sofrido Exagero
Pecuária
Areião
Sonhado
Queimadas
Agricultura
Certo-errado
Angústia
Esperança
Poética Lírica Rima
Pensar
Criado
Cultura
Lembranças
Afeto
Significado
Identidade Sentimento Pertencimento
Abstrato Não palpável Entrelinhas
Vaqueiro
Grafia
Transcender
Transcrever
Escrever
Ouvir
Representado
Ignorado Valorizado Lembrado
Exclusão
Pensar
Filosofar
Caminhar
Significar
Dar sentido
Fazer sentido
Feito
Originado
Maculado Liberto Julgado Esquecido
Subsistência
Dão Dar Receber
Mistério
Deus
Bem
Segredo
Guimarães Rosa Riobaldo Diadorim
Esquecido
Couro Seleiro Algodão Algo
Graciliano
Ramos
Severino
Fabiano
Retirar
Esperar
Repente
Diabo
Mal
Baleia
Cadela
5Metodologia Tony Buzan - IORIO, Filipe. Como Fazer um Mapa Mental (passo a passo). Mapamental.org.10 ago. 2020. Disponível
em: https://www.mapamental.org/mapas-mentais/como-fazer-um-mapa-mental-passo-passo/Acessado em: 14mar. 21
45
1. Cactos
2. Mandacaru
3. Barro
4. Pau a pique
5. Chão
6. Panelas
Suor
Pó
7. Poeira
8. Gota
9. Grão
10. Granulado
11. Crespo
12. Emaranhado
13. Rendado
14. Roupa
15. Camisa
16. Trouxa
17. Balde
18. Avental
19. Corda
20. Pão
21. Livro
22. Couro
Seleiro
23. Algodão
Algo
24. Santos
25. Mapa
26. Água
Serviço
Forró
27. Palavra
Grafia
Palavras:
1. Mandacaru
2. Barro
3. Algodão
4. Água
5. Palavra
6. Sertanejo
7. Gente
8. Retirantes
9. Baleia
10. Vaqueiro
11. Ser
12. Resistir
28. Mãe
29. Crianças
30. Luiz Gonzaga
Ser
Todos
Ninguém
Alguém
Quem
31. Sertanejo
32. Gente
33. Retirantes
34. Migrantes
35. Sonhador
36. Trabalhador
37. Velho
38. Guimarães Rosa
39. Graciliano Ramos
40. Severino
41. Fabiano
42. Baleia
43. Cadela
44. Riobaldo
45. Diadorim
46. Brasileiro
47. Vaqueiro
48. Ignorado
49. Valorizado
50. Lembrado
51. Esquecido
52. Asa Branca
13. Existir
14. Caminhar
15. Significar
16. Seca
17. Literatura
18. Imaginário
19. Interno
20. Cotidiano
21. Ser-tão
22. Simples
23. Permanência
24. Tempo
25. Poética
53. Ser
54. Servir
55. Servir-se
56. Bordar
57. Trançar
58. Lavar
59. Rendar
60. Cantar
61. Ajudar
Separar
62. Associar
63. Pensar
64. Refletir
65. Espelhar
66. Escolher
67. Cansar
68. Insistir
69. Resistir
70. Existir
71. Ocupar
72. Fazer parte
73. Pertencer
74. Depender
75. Escolher
76. Olhar para dentro
77. Olhar para fora
78. Migrar
79. Sair
Fugir
Gotejar
80. Pingar
81. Minguar
82. Passar
83. Continuar
84. Transcender
85. Transcrever
86. Escrever
87. Ouvir
88. Filosofar
89. Caminhar
90. Retirar
91. Esperar
92. Inspirar
93. Expirar
94. Respirar
Dão
95. Dar
96. Receber
97. Feito
98. Criado
99. Originado
100. Representado
101. Significar
102. Dar sentido
103. Fazer sentido
104. Sou
105. Reflexo
Figura 10: Classificação Mapa da Mental – Sertões,
elaborado pela autora.
104. Caatinga
105. Veredas
106. Rio barrento
107. Rio São Francisco
Lugar
108. Terra seca
109. Árido
Molhado
110. Seca
111. Sol escaldante
112. Nordeste
113. Céu azul
114. Noite estrelada
115. Fora
116. Externo
117. Centro
Litoral
Dos mundos
Dos sertões
Das secas
118. Grande Sertão:
Veredas
119. Vidas Secas
120. Morte e Vida
Severina
121. Literatura
122. Imaginário
123. Pensamento
124. Sociedade
125. Areião
126. Queimadas
127. Pecuária
128. Agricultura
129. Interior
130. Interno
131. Dentro
132. Casa
133. Cotidiano
134. Dia a dia
135. Lida
136. Real
137. Escrita
138. Ser-tão
Fraternidade
139. Liberdade
Livre
140. Assistência
141. Caridade
Independência
Para todos (For all)
142. Para todos?
143. Pequeno
144. Grande
145. Muito
146. Tanto
147. Tão
Como
148. Simplicidade
149. Leveza
150. Dureza
151. Fácil
152. Difícil
153. Lida
154. Bruto
155. Simples
156. Medo
157. Coragem
158. Fé
159. Religiosidade
160. Rústico
161. Forte
163. Morte
162. Fome
164. Vida
165. Resistência
166. Constância
167. Permanência
168. Sobrevivência
169. Vivência
170. Experiência
171. Luta
172. Impermanência
173. Falta d’água
174. Calor
175. Pouco
176. Nada
177. Vazio
178. Cheio
179. Muito do nada
180. Pobreza
181. Miséria
182. Estigma
183. A Grande Seca
184. Envelhecido
185. Tempo
186. Literário
187. Literal
188. Igual
189. Literário
190. Imaginado
191. Criado
192. Sonhado
193. Real
194. Poética
195. Lírica
196. Rima
197. Repente
198. Certo-errado
199. Angústia
200. Deus
201. Bem
202. Diabo
203. Mal
204. Mistério
205. Segredo
206. Esperança
207. Identidade Cultural
208. Cultura
209. Memória
210. Lembranças
211. Afeto
212. Identidade
213. Sentimento
214. Pertencimento
215. Exclusão
216. Abstrato
217. Não palpável
218. Entrelinhas
219. Sonhos
220. Social
Purista
Puritano
221. Sofrido
222. Exagero
223. Maculado
224. Liberto
225. Julgado
226. Esquecido
227. Subsistência
228. Significado
229. Diferente
230. Angústia
Todas as palavras são filtradas e
classificadas em objetos, seres vivos,
ações, lugares e senmentos, segundo
a visão da autora. Das quais cinco de
cada categoria, serão a base para a
montagem do Painel. Nota-se que a
quandade de palavras classificadas
como senmentos se destacam em
relação as demais categorias, alinhado
com a abordagem proposta do tema,
de um sertão abstrato, procedente do
imaginário.
46
Figura 11: Painel Semântico – Sertões: Travessias, elaborado
pela autora.6
6Fontes das imagens em Referências – Imagens em Painéis.
47
O Painel Semânco
ilustra a inspiração temáca da
coleção, constuído por
elementos dos sertões que a
literatura fomenta no
imaginário brasileiro. As
materialidades representadas
pelas treliças de cestarias,
trançados de cordas, galhos
secos, cactos e mandacarus dão
formas, tornando tangíveis
estes sertões abstratos. As fotos
retratam o codiano, as
pessoas, os trajes, o silêncio;
estão rasgadas, deterioradas
pois fazem parte do
esquecimento e da indiferença
social. A face de barro
representa o “ser” do sertão: o
indivíduo que possui uma
relação tão ínma com a terra
(vive, trabalha, espera) que se
torna parte dela; o rosto está
rachado pois assim como a
terra, o sertanejo também sofre
com as dores da seca, a imagem
se relaciona com uma nuvem de
algodão acima, que representa
o culvo agrário e por estar
sobre a cabeça simboliza o
imaginário. A literatura, está
presente no desenho e
manuscrito da Baleia de Vidas
secas, e na capa da edição de
aniversário de Grande sertão:
veredas (inspirado nos bordados
do Bispo do Rosário). A obra de Cândido
Pornari, Os Rerantes - 1944, denuncia e
ilustra o sertão dos migrantes presentes
também nas obras literárias. As erosões
do solo árido, caracterizam a paisagem e o
chão rachado permeia toda a imagem, se
misturando com a aguadas de aquarela,
que como a água trazem cor e vida para o
ambiente. E por fim, a água no canto
esquerdo aparece nebulosa, formando
um redemoinho como poeira ao vento,
pois mesmo sendo encoberta e muitas
vezes ilusória, ainda é a esperança que
nutre a travessia da vida pelos sertões.
48
4.3
Estilo de Vida
Com o foco no nicho da presente
monografia: Mulheres contemporâneas 40, 50, 60
anos ou mais, foi elaborada uma projeção prévia do
Perfil de Público-alvo, delimitando as escolhas e
modos de vida, baseado nas pesquisas abordadas
no capítulo 3 e uma pesquisa qualitava de perfil
de compra disponível no Anexo III.
PERFIL PÚBLICO-ALVO
• Faixa etária: 40, 50, 60 ou mais.
• Nível escolar: Superior completo.
• Local onde vive: São Paulo -SP.
• Tamanho da cidade: Capital – grande.
• Tamanho da família: Média a pequena.
• Poder aquisitivo: Classe Média .
Atividades:
• Profissões: designers, professoras, estilistas,
autônomas e profissionais liberais, psicólogas,
terapeutas, publicitárias, advogadas, recursos
humanos, donas de casa e aposentadas...
• Lazer: viagens, Yoga, meditação, praia, campo,
curtir a casa, cinemas, parques, livrarias...
• Compras: feiras alternativas, negócios locais,
pequenos empreendedores.
• Esportes: Yoga, caminhada, pilates.
• O que assiste: Séries (The Handmaid's Tale/
Supermães/Grace and Frankie/ Sexy and City/
Friends/Orange is The New Black/ How to Get Away
With Murder/Big Little Lies/Anne With an E/ Coisa
Mais Linda/ Dowton Abbey) , TV Cultura, TVT, GNT,
Filmes (“Comer, Rezar e Amar”/ A sociedade
literária e a torta de casaca de batata/ Um linda
mulher/ Mama Mia/ O Auto da compadecida).
consumo consciente, vizinhos e comunidade
local.
• Música: MPB (Elis, Belchior,Chico Buarque,
Maria Bethânia, Marisa Monte, Rita Lee,
Caetano Veloso...), Brasilidades (Novos
Baianos, Baby Consuelo, Nando Reis, Tiê,
Céu, Silva...) , Pop Internacional antigas
(Sting, Elton John, Rod Stewart...).
• Eventos sociais: Encontros familiares, de
amigos, de grupos.
• Opiniões: se interessam por questões
políticias, sociais e humanitárias. Por cultura,
arte e educação. Autoconhecimento,
autocuidado e espiritualidade.
Para aproximar as criações aos eslos
de vida das Mulheres Contemporâneas +, foi
realizado o Mapa da empaa – Metodologia
Canvas, ferramenta que permite ao
pesquisador se colocar no lugar do
consumidor, projetando suas escolhas e de
maneira visual compreender melhor sua
percepção de mundo.
Interesses:
• Tipo de roupa: confortáveis, casuais.
• Alimentação: comidas naturais, frutas e verduras,
vegetais, grão, caseira, simpatizam com veganismo
e vegetarianismo mas muitas não são, buscam
reduzir a carne.
• Família: Casadas com filhos, solteiras,
divorciadas.
• Grupos sociais e comunidade: Amigos diversos
dos trabalhos, facebook, grupo de mães, grupos de
movimentos sociais, grupos sobre alimentação e
49
A realização do Mapa da empaa
resultou na criação de uma Persona,
personagem ficcio que resume caracteríscas
do público em estudo, desenhando seu eslo de
vida e consumo direcionados. Esta ferramenta
tem o objevo de personificar o consumidor,
tornando-o mais real na mente dos designers.
Para o desenvolvimento desta coleção, foi
elaborado o seguinte perfil de Persona:
PERSONA
Nome: Márcia.
Idade: 55 anos.
Márcia é paulistana, casada pela segunda vez e
mãe de 01 filho. É terapeuta autônoma,
formada em psicologia, atende em consultório
particular e voluntariamente em ONGs.
Seu estilo de vida é corrido pois cuida do filho de
12 anos, trabalha, divide as atividades
domésticas, acompanhamento escolar e social
do filho com o marido, além do cuidado com os
pais idosos. Pratica meditação para controlar a
ansiedade, assim como caminhada à noite com o
marido. Quando consegue, se junta ao grupo de
yoga no parque.
Gosta de viajar de qualquer jeito: sozinha, com a
família ou amigos. Tenta equilibrar sua vida
pessoal, com o trabalho e vida social, apesar
desta última ficar mais prejudicada, sempre
mantém contato com amigas e colegas, ainda
que em grupos do facebook, conversas por
whatsapp e quando possível em um almoço.
Sente que o pique não é o mesmo e por isso não
abre mão de uma alimentação mais equilibrada
e cuidado com a saúde. Prioriza o bem estar e o
conforto, mas mantém o autocuidado estético,
gosta de se sentir bonita. Prefere tudo que é
natural e busca as mudanças corporais e
envelhecimento natural, mas não abre mão de
cremes, massagens e maquiagem. Não faz
procedimentos mais invasivos, mas considera a
possibilidade no futuro.
Gosta de estar em família, descansar em casa,
assistir séries ou filmes no final de semana.
Cozinhar um prato diferente, cuidar de sua horta
e seu jardim, mesmo que seja uma vez no mês.
Está buscando um consumo mais cosciente, por
isso prefere produtores e comércio local.
Frequenta feiras alternativas como jardim
secreto, para passear com a família, socializar e
consumir. Evita os shoppings, mas vai para
cinema enquanto seu filho e amigos passeiam.
Busca com frequência o auto-conhecimento e
espiritualidade, se preocupa com causas sociais,
situação política e social do país. Tenta manter
uma atitude positiva, apesar dos problemas.
Figura 12: Mapa da Empatia – Mulheres
Contemporâneas +, elaborado pela
autora.7
Palavras-chave:
• Mulheres
40, 50, 60 mais
• São Paulo -SP
• Causas sociais
• Espiritualidade
• Yoga/ Meditação
• Alimentação equilibrada
• Envelhecimento natural
•Consumo
consciente
• Feiras alternativas
• Séries e filmes
• MPB
• Liberdade
• Autonomia
• Aceitação
7 Metodologia Canvas - Disponível em: https://analistamodelosdenegocios.com.br/mapa-de-empatia-o-que-e/. Acessado
em: 15 mar. 21
50
Figura 13: Painel de Estilo de Vida – Mulheres
Contemporâneas +, elaborado pela autora. 8
8 Fontes das imagens em Referências – Imagens em Painéis.
Com base nos
estudos de Perfil de
público-alvo, Mapa da
empaa e criação de
Persona foi elaborado um
painel de Eslo de Vida das
Mulheres Contemporâneas+,
que resume em imagens o
nicho para o qual a coleção
será desenvolvida.
51
52
4.4
Estudos criativoss
Criação envolve misturar
elementos conhecidos de maneiras
novas e estimulantes, com o
objetivo de propor produtos
originais. Também requer explorar
ao máximo o potencial de
detalhamento da pesquisa e
traduzi-la com sucesso.
(SEIVENWRIGHT, p. 117, 2009).
A pesquisa é a ferramenta essencial para
esmular a criavidade, sua produção de
conhecimento é a base para inspirar o indivíduo
criavo em uma jornada pessoal onde cada um
encontra meios de aplicá-la, contudo Simon
Seivenwright (2009) indica que explorá-la ao
máximo e traduzi-la com sucesso, faz parte da
criação. Neste sendo, foram realizados diversos
estudos criavos para extrair o maior potencial do
tema e nicho propostos: colagens, moulages,
estudos de supercies e formas entre outros, com
o objevo de realizar uma metodologia de criação
que esmule o design autoral com embasamento
teórico e invesgavo.
Como o processo de criação não é
necessariamente linear, os estudos criavos
foram realizados ora no decorrer da pesquisa
bibliográfica ora após, mas todos precedem à
compilação no moodboard. Preferiu-se
apresentá-los primeiro, para melhor
contextualização do tema.
4.4.1 Ambiências temáticas
Com o objevo de encontrar
uma linguagem autoral que idenfique
o viés temáco proposto,
optou-se por realizar algumas
colagens digitais como exercícios
criavos. Ambiências, inspiradas nos
sertões do imaginário brasileiro,
foram realizadas ulizando técnicas
de colagem, justaposição, desconstrução
e referências cruzadas, como
forma invenva de compilar e
ilustrar a pesquisa do tema
(SEIVENWRIGHT,2009).
Figura 14: Ambiência Sertão dos sonhos, colagem criada pela autora.9
9 Fontes das imagens em Referências – Imagens em Painéis.
53
As ambiências mesclam
imagens do cotidiano, elementos
característicos e outros
inspiracionais, com o objetivo de
trazer cor e vida para os sertões
realista, mas com a poética da
literatura.
Figura 15: Ambiência Sertão de belezas ocultas, colagem criada pela
autora.10
Figura 16: Ambiência Sertão que pede , colagem criada pela autora.11
Figura 17: Ambiência Sertão: confusão no sossego
- colagem criada pela autora.12
Figura 18: Ambiência Sertão da travessia, colagem criada pela autora.13
Figura 19: Ambiência Sertão: confusão no sossego
- colagem criada pela autora.14
10 11 12 12 14 Fontes das imagens em Referências
– Imagens em Painéis.
54
Figura 20: Estudos de superfícies dos sertões, coleta
realizada pela autora.15
Figura 21: Estudos de superfícies: erosões do solo, coleta
realizada pela autora.16
4.4.2 Estudos de superfícies
O solo árido, a natureza seca, as
tramas, trançados e cestarias, são supercies
facilmente associadas a imagem dos sertões.
A literatura discorre sobre estas matérias no
codiano dos personagens e reforçam os
símbolos no pensamento social brasileiro.
Para aprofundar a pesquisa visual das
materialidades sertanistas foram realizadas
coletas de imagens, em um primeiro
momento generalistas das quais são
associadas aos sertões. E na sequência
aprofundando e cruzando com outras
referências do mesmo universo, como:
erosões do solo, cestarias, rendas, cordas,
tramas entre outros.
Figura 22: Estudos de superfícies: cestarias, coleta
realizada pela autora.17
Figura 23: Estudos de superfícies: cordas e têxteis, coleta
realizada pela autora.18
Figura 24: Estudos de superfícies: tramas e diversos,
coleta realizada pela autora.19
15 16 17 18 19 20 Fontes das imagens em Referências
– Imagens em Painéis.
Figura 25: Estudos de superfícies: rendas, coleta realizada
pela autora.20
55
4.4.3 Estudos de indumentárias
Relacionando os sertões realistas com
as obras literárias, foram realizadas pesquisas
de imagens de três núcleos que permeiam o
universo sertanista: trajes de vaqueiros, do
codiano e do cangaço. Após o levantamento
das imagens, foram realizadas as extrações de
linhas de força, ou seja, linhas presentes na
imagem que direcionam o olhar. Que serão
ulizadas posteriormente para o estudo de
formas.
Figura 26: Estudos de Indumentária - trajes de vaqueiro,
compilação feita pela autora.21
Figura 27: Extração de linhas de força - trajes de vaqueiro,
esboços da autora.
Figura 28: Estudos de Indumentária - trajes do cotidiano,
compilação feita pela autora.22
Figura 29: Extração de linhas de força - trajes de vaqueiro,
esboços da autora.
Figura 30: Estudos de Indumentária - trajes do cangaço,
compilação feita pela autora.23
21 22 23 Fontes das imagens em Referências – Imagens em Painéis.
Figura 31: Extração de linhas de força - trajes do cangaço,
esboços da autora.
56
4.4.4 Estudos de referências
Ao combinar o tema e o nicho estudados,
foram selecionadas 04 peças principais que
comunicam ambos. Focando no tema, foram
eleitas: o avental, por ser uma peça ulitária
que remete ao trabalho simples roneiro e a
capa (que se estendeu a ponchos, pelerines,
coletes...) simbolizando o gibão do vaqueiro.
Figura 32: Referências de aventais, compilação feita
pela autora. 24
Figura 33: Representação dos aventais, esboços da
autora.
Figura 35: Referências de capas, compilação feita
pela autora.25
Figura 36: Representação de capas, esboços da autora.
24 25 26 Fontes das imagens em Referências – Imagens em Painéis.
Figura 37: Extração de Fragmentos das capas, esboços da autora.
57
Indicando Indicando a mulher a mulher contemporânea +, o vesdo +, o vesdo
(como (como peça peça única) única) e a calça. e a calça. E por E fim, por a fim, camisa, a camisa,
que está que está presente presente nos trajes nos trajes do sertão do sertão codiano codiano
e ao e mesmo ao mesmo tempo tempo comunica comunica o público. o público. Foram Foram
realizadas realizadas coletas coletas de referências, de observadas as as
construções por desenhos por desenhos e extraídos e extraídos fragmentos
das tos peças, das peças, formando formando um arquivo um arquivo de deta-
deta-
fragmenlhelhes
para para possíveis possíveis aplicações aplicações na coleção. na coleção.
Figura 38: Referências de calças, compilação feita
pela autora. 26
Figura 34: Extração de Fragmentos dos aventais,
esboços da autora.
Figura 39: Representação de calças, esboços da
autora.
Figura 40: Extração de Fragmentos dos aventais,
esboços da autora.
58
Figura 41: Referências de camisas,compilação feita
pela autora.27
Figura 42: Extração de Fragmentos de camisas, esboços da autora.
Figura 43: Representação de camisas, esboços da autora.
Figura 44: Referências de vestidos,compilação
feita pela autora.28
Figura 45: Representação de vestidos, esboços da autora.
27 28 Fontes das imagens em Referências – Imagens em Painéis.
Figura 46: Extração de Fragmentos de vestidos, esboços da autora.
59
Figura 47: Camisas utilizadas nos estudos de moulages, imagens feitas pela autora.
4.4.5 Estudos Tridimensionais
Seguindo a mesma linha de
raciocínio das peças de referências,
foram escolhidas vestes ordinárias
para estudos de moulages criavas,
onde as peças são a base para
elaboração de novas formas, com a
manipulação sobre o manequim.
Foram realizados estudos diversos
com camisas, aventais, camisetas,
saias, uniformes profissionais e peças
sociais, mantendo o conceito de
vestuário do codiano que
permeiam os sertões e a mulher
contemporânea +. Em um segundo
momento, exercícios de
espelhamentos com os registros
fotográficos das moulages foram
feitos para experimentar novas
proporções, criando simetrias e
explorando o potencial de um
mesmo estudo.
Figura 48: Estudos de moulages com camisas e espelhamentos fotográficos,
elaborados pela autora.
60
Figura 49: Estudos de moulages com camisas e espelhamentos fotográficos,
elaborados pela autora.
Figura 50 Estudos de moulages com
camisas e espelhamentos fotográficos,
elaborados pela autora.
Figura 51: Estudos de moulages com camisas e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.
Figura 52: Estudos de moulages com camisas e espelhamentos fotográficos,
elaborados pela autora.
61
62
Figura 53: Aventais utilizados nos estudos de moulages, imagens feitas pela autora.
Figura 54: Estudos de moulages com aventais e espelhamentos fotográficos,
elaborados pela autora.
63
Figura 55: Estudos de moulages com aventais e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.
Figura 56: Estudos de moulages com aventais e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.
64
Figura 57: Modelo de camiseta
utilizada nos estudos de
moulages, imagem feita pela
autora.
Figura 58: Estudos de moulages com camisetas e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.
Figura 59: Estudos de moulages com camisetas e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.
Figura 60: Estudos de moulages com camisetas e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.
65
Figura 61: Estudos de moulages com camisetas e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.
Figura 62: Estudos de moulages com camisetas e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.
66
Figura 63: Saias utilizadas nos estudos de moulages,
imagens feitas pela autora.
Figura 64: Estudos de moulages com saias e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.
Figura 65: Estudos de moulages com saias e espelhamentos fotográficos,
elaborados pela autora.
67
Figura 66: Estudos de moulages com saias e espelhamentos fotográficos, elaborados
pela autora.
Figura 67: Estudos de moulages com saias e espelhamentos fotográficos,
elaborados pela autora.
68
Figura 68: Uniformes utilizados nos estudos de moulages, imagens feitas pela
autora.
Figura 69: Estudos de moulages com uniformes e espelhamentos fotográficos,
elaborados pela autora.
Figura 70: Estudos de moulages com uniformes e espelhamentos fotográficos,
elaborados pela autora.
69
Figura 71: Estudos de moulages com uniformes e espelhamentos fotográficos, elaborados pela autora.
Figura 72: Estudos de moulages com uniformes e espelhamentos fotográficos, elaborados
pela autora.
70
Figura 73: Peças sociais utilizadas nos estudos de moulages, imagens feitas pela autora.
Figura 74: Estudos de moulages com peças sociais e espelhamentos fotográficos, elaborados
pela autora.
Figura 75: Estudos de moulages com peças sociais e espelhamentos fotográficos,
elaborados pela autora.
71
4.5 Criação e esboços de croquis
Para a elaboração dos looks,
foram realizadas compilações de ideias
dos diversos estudos, com
fotomontagens e esboços, na sequência
serão apresentados os esboços dos
estudos de formas e croquis que irão
compor a coleção.
Figura 76: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.
72
Figura 77: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.
Figura 78: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.
73
Figura 79: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.
Figura 80: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.
74
Figura 81: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.
Figura 82: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.
75
Figura 83: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.
Figura 84: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.
76
Figura 85: Compilação de ideias e esboços de croquis, elaborado pela autora.
4.6 Cartela de cores e harmonias
As cores que compões a coleção são o
resultado de diferentes estudos que têm como
fonte principal as materialidades e paisagens
dos sertões reais. Contudo além dos tons
terrosos caracteríscos, optou-se por incluir
cores que foram experimentadas nas
ambiências, com intuito de resgatar o lúdico
dos sertões imaginários e poécos, além de
trazer uma linguagem moderna aos sertões
que dialogam com a mulher contemporânea +.
Figura 86: Extração de cartela de cores, imagem
manipulada pela autora. 29
29Fonte: ALCÂNTARA, Araquém. Disponível em: hps://terracoeconomico.com.br/retratos-de-um-sertao-sem-fim-
-por-araquem-alcantara-1-80-569/. Acessado em: 13 abr. 2021.
77
A cartela se divide em três cores
de base, que predominam na
composição dos looks, nas cores dos
tecidos ou ngimentos principais.
Outras quatro cores complementares,
que entraram em estampas, lavagens ou
outras intervenções como detalhes. As
cores de base originaram do que
constui a base dos sertões: a terra
(Terra Resistência), as matérias (Areia
Existência) e sua gente (Off
Simplicidade).
As cores
complementares,
representam o
equilíbrio entre o
abstrato e o real,
que a literatura
reproduz no
Branco
Cotidiano
Pantone:
11-0608 TCX/ White C
pensamento social:
Branco Codiano, o Azul Imaginário,
Rosa Poéco e Vermelho Permanência.
Off (white)
Simplicidade
Pantone:
11-0106 TCX/ 7506C
Azul
Imaginário
Pantone:
13-4908 TCX/ 317C
Areia
Existência
Pantone:
15-1225 TCX/ 728C
Rosa
Poético
Pantone:
17-1456 TCX/ 2027C
Terra
Resistência
Pantone:
18-1350 TCX/ 7593C
Figura 87: Cartela de cores, elaborada pela autora
Vermelho
Permanência
Pantone:
19-1758 TCX/ 7622C
Figura 88: Harmonia de cores, elaborada pela autora.
O estudo de harmonias
possibilitou a escolha por uma cartela
reduzida, para manter a unidade da
coleção. As combinações foram
experimentadas em estudos prévios
nas estampas e nos looks, para chegar à
composição de cor final
acompanhando a evolução da coleção.
78
4.7 Matérias e maquetes têxteis
4.7.1 Matérias-primas principais:
Tecidos e Malhas
“Os materiais exercem papel de suma
importância na agenda local: vinculam
tangivelmente um produto a uma região [...] e
começam, pouco a pouco, a contrariar o “fluxo
de produtos” abstrato que domina os sistemas
de produção globalizados.” (FLETCHER; GROSE,
2011, p. 107). A transparência quanto a origem
e produção das matérias-primas são passos
essenciais para uma produção mais
responsável. Parndo deste princípio, a coleção
foi desenvolvida seguindo alguns parâmetros
quanto a escolha dos materiais:
1º Produção nacional, visando fomentar a
indústria local.
2º Priorizar tecelagens que trabalham com a
agricultura familiar na produção de fibras
naturais, como meio de promover o pequeno
produtor.
3º Escolha de fibras naturais de produção
orgânica, como forma de reduzir o impacto
nocivo ao meio ambiente.
4º Escolha por matérias-primas que reciclem
fibras como algodão e poliéster.
5º Preferência por tecidos que possuam
cerficações.
Nos próximos tópicos, serão detalhados
os materiais ulizados e quais parâmetros
atendem para uma produção responsável.
Alinhando a escolha das
matérias-primas com o conceito da coleção,
optou-se por favorecer o uso de fibras naturais,
sendo ulizado em sua maioria o algodão
orgânico da agricultura familiar cru e colorido
naturalmente. Entretanto para os tecidos, que
não vessem esta origem foram escolhidos com
cerficações ou que garanssem processo de
reuso e reciclagem, sendo todos de origem
nacional. Na descrição de cada matéria-prima
serão indicados quais parâmetros atende.
Fibras naturais orgânicas: fibras
naturais são obdas da natureza, sua extração
através da agricultura convencional tem sido
causa de grandes impactos no meio ambiente e
na população. A produção orgânica, por sua vez,
é culvada através da agricultura biológica onde
não se ulizam pescidas, ferlizantes,
insecidas ou adivos químicos que
contaminam o solo e águas (MELO, 2009). Em
contraparda o tempo de produção é lento e o
volume reduzido, o que reflete no custo maior
se comparado a produção convencional.
Contudo, por serem fibras biodegradáveis o
culvo orgânico permite além de um processo
mais limpo, o descarte menos agressivo, sendo
estes ganhos a longo prazo para a natureza e
para o ser humano. Na coleção serão ulizadas
fibras orgânicas de algodão e cânhamo.
79
Algodão orgânico colorido
naturalmente: no culvo do algodão
colorido naturalmente a pluma nasce
colorida dispensando o ngimento
de tecidos ou fios, o que evita o uso
de corantes que geram resíduos
poluentes, reduz o consumo de água
e gás ulizados no processo de
ntório. (EMBRAPA, [201-?]). Mais de
45% da coleção uliza algodão
colorido naturalmente, que segundo
o fabricante economiza até 88% de
água se comparado ao algodão nto
natural. (INNOVATIV, 2017).
Agricultura familiar: É na
relação entre terra, trabalho e família
que se estabelece a agricultura
familiar. De suma importância para o
Brasil, a agricultura familiar no
campo têxl vem fortalecendo
cooperavas e associações de
pequenos produtores (ETNO
BOTANICA, 2002). No
desenvolvimento da coleção, as
fibras orgânicas são oriundas de
fabricantes que trabalham com
agricultura familiar do Nordeste
(algodão orgânico colorido da
Paraíba), e Cerrado, Amazônia e
Sertão (fibras orgânicas).
Reciclagem: Em menor quandade mais ainda
presentes na coleção, o algodão (não orgânico) e poliéster
ulizados, são respecvamente de reciclagem do algodão
desfibrado e do poliéster das garrafas PET.
Cerficações: para os demais argos têxteis que
não são de produção orgânica ou reciclagem, priorizou-se o
uso de tecidos com cerficações, sendo as seguintes:
• BCI – Better Cotton Initiative: Cerficação
do algodão que é culvado seguindo os padrões de
rastreabilidade e transparência nas relações trabalhistas e
responsabilidades socioambientais, visando melhorar a
produção sustentável do algodão.
• Oeko-Tex®100: sistema de cerficação
internacional que garante a não toxicidade dos tecidos em
contato com o corpo humano, analisando toda a cadeia
desde a matéria-prima até o acabamento final dos tecidos.
• Lenzing Modal®: Fibra Modal® produzida
de acordo com as normas de sustentabilidade da Lenzing
Fibers, que mantém o aspecto e valor agregado dos
tecidos, seguindo rigorosas diretrizes de qualidade e
cuidado na proteção ao meio ambiente.
• TENCEL Lyocell: Tencel extraído da
celulose de árvores de eucaliptos cerficados, produzidos
com pouca água. Criado e cerficado pela Lenzing, a
produção desta fibra é considerada de ciclo fechado, ou
seja, tudo é reciclado e reulizado, evitando desperdício.
(GAVALLONE, 2021)
80
Algodão Gazeado Listrado
Nome Fantasia: Bahamas
Fabricante: Innovav
Composição: 99% Algodão 01% Poliéster
Gramatura: 136 g/m², 190 g/ml
Largura: 1,40 m
Algodão orgânico colorido naturalmente
(96% Algodão Cru e 04% Algodão nto
naturalmente), agricultura familiar.
Algodão Gazeado
Nome Fantasia: Krishna
Fabricante: Innovav
Composição: 100% Algodão
Gramatura: 136 g/m², 190 g/ml
Largura: 1,40 m
Algodão orgânico colorido naturalmente
(96% Algodão Cru e 04% Algodão nto
naturalmente), agricultura familiar.
Tela de Algodão
Nome Fantasia: Ecolor
Fabricante: Innovav
Composição: 100% Algodão
Gramatura: 175 g/m², 238 g/ml
Largura: 1,40 m
Algodão orgânico colorido
naturalmente, agricultura
familiar.
Ribana 1x1 30/1
Nome fantasia: idem
Fabricante: Etno Botânica
Composição: 100% Algodão
Gramatura: 230 g/m²
Largura: 0,80 m tubular
Algodão orgânico,
agricultura familiar.
Jersey de Cânhamo
Nome fantasia: Jersey Hemp
Fabricante: Etno Botânica
Composição: 100% Cânhamo
Gramatura: 200 g/m²
Largura: 1,35m
Cânhamo orgânico, agricultura
familiar.
Algodão Nervuras Maquinetadas
Nome Fantasia: Ecolor 104
Fabricante: Innovav
Composição: 73% Algodão 13% Linho
08% Viscose 06% Poliéster
Gramatura: 294 g/ml
Largura: 1,40 m
Algodão orgânico colorido
naturalmente, agricultura familiar.
Algodão Misto Leve
Nome Fantasia: Innova natural
Fabricante: Innovav
Composição: 63% Algodão
37% Poliamida
Gramatura: 107 g/m², 161 g/ml
Largura: 1,50 m
Algodão orgânico colorido
naturalmente, agricultura familiar.
.
Moletom PET sem felpa
Nome Fantasia: Zion
Fabricante: RVB
Composição: 55% Poliéster
45% Algodão
Largura: 1,95m
Gramatura: 250 g/m²
Rendimento: 2,05 m/kg
Algodão BCI, Poliéster PET,
Cerficação Oeko-Tex®100.
Figura 89: Matérias-primas principais: Tecidos e Malhas, elaborado pela autora.
81
Voil Seda Mista
Nome fantasia: Lindíssima
Revenda: G.Vallone
Composição: 70% Liocel Eco Tencel®, 30% Seda
Gramatura: 66 g/m², 89 g/ml
Largura: 1,35 m
Misto de Lenzing Liocel (Eco Tencel®) e Seda.
(Nº Cerficação Lenzing 41918723).
Algodão Misto Leve
Nome Fantasia: Innova natural
Fabricante: Innovav
Composição: 63% Algodão 37% Poliamida
Gramatura: 107 g/m², 161 g/ml
Largura: 1,50 m
Algodão orgânico colorido naturalmente,
agricultura familiar.
Cetim de Modal Leve
Nome fantasia: Splendor
Revenda: G.Vallone
Composição: 100% Eco Modal®
Gramatura: 125 g/m², 169 g/ml
Largura: 1,35 m
Modal ecológico rastreável (Eco Modal®)
(Nº Cerficação Lenzing 41803509).
Algodão Maquinetado
Nome Fantasia: Malva
Fabricante: Innovav
Composição: 100% Algodão
Gramatura: 188 g/m², 273 g/ml
Largura: 1,45 m
Algodão orgânico colorido naturalmente,
agricultura familiar.
Tricoline de Algodão
Nome fantasia: Tricoline de Algodão
Orgânico
Fabricante: Etno Botânica
Composição: 100% Algodão
Gramatura: 125 g/m²
Largura: 1,60 m
Algodão orgânico, agricultura familiar.
Moletom Reciclado sem felpa
Nome Moletom Recycle BR
Fabricante: Texprima
Composição: 54% Algodão
46% Poliéster
Gramatura: 190 g/m², 418,41 g/m
Rendimento: 2,39 m/kg
Largura: 2,20 m
Algodão reciclado, Poliéster PET.
Jacquard de Algodão
Nome Fantasia: Magnolia
Fabricante: Innovav
Composição: 100% Algodão
Gramatura: 118g/m², 165 g/ml
Largura: 1,40 m
Algodão orgânico, agricultura
familiar.
82
4.7.2 Matérias-primas secundárias: Aviamentos
Para os aviamentos, também foi dada
preferência por fabricação nacional. Para os eláscos e
fitas em contato direto com a pele, foram ulizados
apenas materiais cerficados pela Oeko-Tex®100.
Botão Madrepérola 4 Furos
Fabricante: Erbele
Material: madrepérola
Mín. 1Grosa (144 unid.)
Tamanhos: 28” e 24”
Aplicação: Fechamento vista
Botão garra de pressão
Fabricante: Erbele
Material: Latão
Diâmetro: 9mm
Cor: Niquelado
Linha 120
Fabricante: Sea
Composição: 100% Poliéster
Fio
Título: 167 Dtex
Fabricante: Sea
Composição: 100% Poliéster
Fita de Cetim 4mm e 25mm
Fabricante: Zano
Composição: 100% Poliéster
Aplicação: alças internas para
pendurar peça e base para
botão extra.
Cerficação Oeko-Tex®100.
Colchete de encaixe
Fabricante: Erbele
Material: Latão
Diâmetro: 13mm
Cor: Niquelado
Figura 90: Matérias-primas secundárias: Aviamentos, elaborado pela autora.
83
Aviamentos personalizados como
equetas de assinatura e botões da
marca, serão apresentados no
capítulo sobre Idendade visual.
Zíper de Metal Fino
Fabricante: YKK
Descrição: Zíper de Metal Fino Fixo
com cursor e trava semiautomáca,
com abertura para puxador.
Banho: Niquelado
Tam.: 15cm – calças
65 a 70cm – macacão.
Cerficações ISO 9001 e ISO 14001
Elástico de Embutir
Nome fantasia: Jaraguá
Fabricante: Zano
Composição: 73% Poliéster
27% Elastodieno
Rolo: 25m
Tamanhos: 20mm, 40mm
e 50mm
Aplicação: interno cós,
decotes e barras
Cerficação
Oeko-Tex®100.
Zíper Invisível
Fabricante: YKK
Descrição: Zíper invisível
Tam.: 10cm – fechamento bata
Cerficações ISO 9001 e ISO 14001
Entretelas
Termocolantes e Planas
Gramaturas: variadas
Fabricante: GW Entretelas
84
4.7.3 Maquetes Têxteis
As maquetes têxteis fazem parte do
processo de estudos de supercies, que entram
como detalhes e acabamentos para
refinamento das peças. Segue a apresentação
das maquetes aplicadas às peças da coleção.
Pregas 1cm
em Voil de Seda Mista
Pregas 0,5cm
em Algodão Misto
Nervuras paralelas
em Algodão Misto
Nervuras desiguais
em Algodão Misto
Pregas macho paralelas vincadas no ferro em V
em Cem de Modal
Figura 91: Maquetes têxteis, elaborado pela autora .
85
Drapeado
em Cem de Modal
Drapeado
em Moletom
Pregas duplas 0,5cm paralelas
em Algodão Misto
Aplicação franzida
em Moletom ou Gazeado
Nervuras 0,5cm curvelíneas
em Algodão Misto
86
4.8 Mapa da coleção
A coleção Sertões:
travessias é composta por 18
peças apresentadas em 10
looks principais, contudo
bottons e tops são
coordenáveis entre si e
outras peças foram
apresentadas
em
composições com bottons,
mas podem ser ulizadas
como peças únicas
ampliando as opções de
combinações. A ordem de
exposição (line up) baseia-se
na evolução das cores
básicas de cartela e relação
das principais formas entre
modelos.
Figura 92: Line up coleção Sertões: travessias, elaborado pela autora.
87
E o mix de produtos
direcionado para a mulher
contemporânea +, propondo
para a estação primavera/
verão 2022 peças casuais e
urbanas, explorando
modelos de meia-estação.
MIX DE
PRODUTOS
TOP
40%
BÁSICO FASHION
30% 50%
1 Blusa 2 Batas
2 Camisas
longas
1 Blusa
ML
PROMOCIONAL
20%
1 Camisão
BOTTOM
45%
3 Calças
1 Saia
3 Calças
1 Shorts
PEÇA
ÚNICA
15%
2 Macacões
1 Vestido
Figura 93: Mix de produtos coleção
Sertões: travessias, elaborado pela autora
88
Ser + Sentir + Significar + Pertencer + Caminhar + Transcender + Inspirar + Refletir + Cultivar + Libertar
Ser + Sentir + Significar + Pertencer + Caminhar + Transcender + Inspirar + Refletir + Culti
Sertões: travessias
89
4.9 Croquis e planificados
A coleção, assim como os sertões,
propõe contrastes sus como a mistura de
matérias-primas com construções e gramaturas
disntas: moletons e malhas leves são
combinados com tecidos planos, gazeados de
algodão ou transparências de seda,
harmonizando o bruto com o delicado. As
modelagens amplas e soltas se alternam com
silhuetas retas e cinturas marcadas, priorizando o
movimento, conforto sem perder a feminilidade
das peças. Pregas, nervuras, babados e
drapeados, trabalham as supercies têxteis e
assim como as estampas resgatam a
materialidade do lugar. As cores, como visto,
realçam o rúsco do semiárido, equilibrando
com serigrafias, ngimentos e detalhes em tons
que propõem a leveza e poéca da literatura
sertanista. A literatura também se faz presente
em bordados manuais: frases das obras
inspiracionais são aplicadas no interno das peças,
onde apenas quem as vesr ou
observar o avesso irá encontra-las,
em uma relação ínma como
ocorre entre a literatura e o leitor.
Os looks foram
denominados com verbos
extraídos do mapa mental. Os
nomes relacionam-se com o tema
e com universo feminino do nicho
proposto.
1. Ser
2. Sentir
3. Significar
4. Pertencer
5. Caminhar
6. Transcender
7. Inspirar
8. Refletir
9. Cultivar
10. Libertar
90
SER
Figura 94: Look Ser - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.
91
Vestido Chemise
Vesdo Chemise com gola colarinho
inverda, ombros deslocados,
mangas 3/4 sino e corpo em
cem de Modal Eco®, recortes
laterais frente e costas com
pregas vercais em Voil misto de
Liocel Eco® e Seda, fechamento
lateral por abotoamento com
vista encoberta. Aberturas e
passantes discretos para opção
de ajuste na cintura com faixa.
Peça com ngimentos ombré
vercais e silks localizados;
bordado manual na vista interna
à 12cm da barra.
+ S E R T Ã O É D E N T R O D A G E N T E +
Calça Faixas
Sobrepostas
Calça reta com cós largo e faixas
sobrepostas, com pences e
bolsos faca laterais. Fechamento
lateral com zíper de metal e
puxador.
+ S E R T Ã O E S T Á E M T O D A P A R T E +
92
SENTIR
Figura 95: Look Sentir - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.
93
Macacão Mangas Godê
Macacão longo em Molenho
mescla PET reciclado sem felpa,
com gola colarinho ampla virada
com ngimento localizado.
Mangas amplas godê com
abertura nos ombros, corpo
frente e costas godê em Algodão
orgânico em tela gazeado. Abas
laterais da calça em molenho
frente e algodão gazeado costas,
rebado 1 agulha. Unidas com
godê do corpo frente. Corpo com
cós na altura da cintura,
fechamento frontal em zíper de
nylon e abotoamento lateral em
colchete de pressão. Tingimento
localizado frente/ lateral/ costas
esquerda em mancha vercal
com tamanho variável, estampa
Floreio sobreposta em Silk
localizado. Bordado manual nas
costas da lapela da manga direita
traseira.
+ A GENTE TEM DE SAIR DO SERTÃO! MAS SÓ SE SAI
DO SERTÃO É TOMANDO CONTA DELE A DENTRO +
94
SIGNIFICAR
Figura 96: Look Significar - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.
95
Bata ombro à ombro
Bata ombro à ombro, com
mangas amplas bufantes
franzidas por roletê na barra (ao
rerar viram mangas godê) e
pregas nos recortes dos ombros.
Fechamento frontal e abertura
centro costas com botões
artesanais. Gola godê
estruturada removível. Peça em
algodão orgânico misto colorido
naturalmente, com estampas
localizadas nas laterais frente,
costas e gola; bordado manual
interno no centro costas.
+ S E R T Ã O É Q U A N D O M E N O S S E E S P E R A +
Calça Cenoura
Calça cenoura com bolsos
frontais amplos eslo canguru,
frente com pregas sobrepondo
o cós, em algodão orgânico
listrado: perna direita na
horizontal e esquerda na
vercal (de quem veste). Cós,
espelho do bolso, costas e barra
virada em moletom eco botonê.
Bordado interno no forro do
bolso esquerdo e fechamento
lateral com zíper de metal.
+ S E R T Ã O É D O T A M A N H O D O M U N D O +
96
PERTENCER
Figura 97: Look Pertencer - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.
97
Camisão Longo Gola Ampla
Camisão longo em algodão orgânico
colorido naturalmente, com gola
ampla estruturada entretelada.
Mangas bufantes franzidas por roletê
do próprio tecido, sem cavas com
blusê drapeado na cintura por
franzido com elásco interno, saia
com leve godê. Peça com transpasse
frontal e fechamento por colchetes
de pressão na gola e colchetes
embudos na vista. Mancha
localizada frente/lateral direita indo
para o traseiro, por corante (na
vercal, tamanho variável), com
estampa Orgânico em silk na frente
direita. Bordado manual interno na
margem de costura da lateral
esquerda.
+ S E R T Ã O É O N D E O P E N S A M E N T O D A G E N T E S E
F O R M A M A I S F O R T E D O Q U E O P O D E R D O L U G A R +
Saia Lápis Midi
Saia lápis comprimento midi, com
fenda lateral e barra estruturada com
nervuras. Frente em algodão
orgânico colorido naturalmente
maquinetado, com listras na vercal
no lado direito e horizontal do lado
esquerdo, com bolsos amplos eslo
canguru sobrepondo ao cós. Costas e
cós anatômico em algodão orgânico
colorido naturalmente liso,
fechamento lateral com zíper de
metal. Peça fechada na overloque
com reforço e pespontos na reta 1
agulha. Bordado manual interno no
forro do bolso esquerdo.
+ S E R T Ã O : E S T E S S E U S V A Z I O S +
98
CAMINHAR
Figura 98: Look Caminhar - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.
99
Camisão Balonê
Camisa longa em algodão orgânico
colorido naturalmente, com gola
colarinho inverda, frente com leve
godê: lado esquerdo duplo com
nervuras vercais desiguais e lado
direito com silk Cordas localizado e
ajuste na cintura por faixa – que
passa por dentro da peça). Costas
com leve balonê feito por franzido na
barra e recorte costas, aberturas
laterais, mangas sino e palas com
nervuras em curvas. Fechamento por
colchetes de pressão nos ombros,
gola e vista encoberta. Bordado
manual no interno costas, paralelo
ao recorte à 2cm da barra.
+ D E U S É U R G E N T E S E M P R E S S A -
O S E R T Ã O É D E L E +
Calça Aladim
Calça modelo aladim, em algodão
misto com PET reciclado. Cós estreito
de 4cm com passantes alongados 5 x
1cm, pences e vista pespontada com
fechamento por zíper de nylon fino e
botão artesanal personalizado. Barra
com nervuras e fechamento lateral
com botões e azelhas – opção de
usar a barra aberta ou fechada
ampliando o volume bufante da
peça. Nervuras vercais na lateral
direita da peça. Bordado interno na
barra da perna direita.
+ S E R T Ã O É O S O Z I N H O +
100
TRANSCENDER
Figura 99: Look Transcender - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.
101
Bata Godê
Bata godê com corpo, gola
padre, recorte das mangas em
Jacquard de algodão leve orgânico.
Mangas godês amplos e
recortes centro costas em
malha puída flamê de cânhamo
orgânico. Centro corpo frente
com recortes pregas fêmeas
em “V”, estampa Palha sextavada
em silks localizados e fechamento
por zíper invisível. Peça
com acabamentos em corte a
fio nas mangas e rebado 1
agulha no corpo. Bordado
manual interno no recorte da
manga direita.
+ S E R T Ã O É G R A N D E O C U L T A D O D E M A I S +
Shorts com Babados
Shorts com barras arredondadas
e costuras laterais deslocadas
para a frente. Frente em Algodão
orgânico maquinetado e costas
lisa, peça fechada na overloque
com reforço na reta e rebados 1
agulha na largura do calcador.
Babados em algodão gazeado
orgânico com ngimento ombrê
em 02 tons, franzido e aplicado
sobre o cós na reta. Fechamento
frontal por zíper de nylon fino
fixo. Bordado manual interno na
lateral direita do shorts.
+ O S E R T Ã O É U M A E S P E R A E N O R M E +
102
INSPIRAR
Figura 100: Look Inspirar - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.
103
Vestido Túnica Assimétrica
Vesdo modelo túnica decote reto,
frente reta alongada e costas em
diagonal com leve godê, sobrepondo a
vesdo curto com elásco embudo na
cintura, em Cem de Modal Eco® e alças
em roletê de 0,7cm do próprio tecido.
Mangas longas bufantes em Voil de seda
mista Eco®, com punhos em cem
entretelado, com aberturas rebadas 1
agulha: manga direita com abertura no
ombro e manga esquerda com recorte
drapeado ajustado ao braço. Peça com
ngimento em duas fases e reserva de
cor, com silk Cestaria sobrepondo o
ngimento nas mangas, punhos e barras
da peça. Bordado manual interno nas
costas em revel aplicado na costura de
acabamento da abertura da túnica.
+ A G E N T E T E M D E S A I R D O S E R T Ã O !
M A S S Ó S E S A I D O S E R T Ã O É T O M A N D O
C O N T A D E L E A D E N T R O +
Calça Reta Oversize
Calça reta longa oversize com volume
nas barras, cós estreito de 3,5cm, pences
frente e costas, e bolsos embudos nas
costuras laterais. Peça em Cem de
Modal Eco®, fechada na overloque com
reforço na reta, 1 agulha, pespontos
rentes às costuras de união. Vista de 3cm
pespontada 1 agulha, fechamento por
zíper de nylon fino e botão artesanal
personalizado na posição losango.
Bordado manual no interno do cós
costas.
+ O S E R T Ã O N Ã O C H A M A N I N G U É M À S C L A R A S;
M A I S, P O R É M, S E E S C O N D E E A C E N A.
M A S O S E R T Ã O D E R E P E N T E S E E S T R E M E C E,
D E B A I X O D A G E N T E +
104
REFLETIR
Figura 101: Look Refletir - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.
105
Bata evasê com alças
Bata em Tricoline de algodão orgânico
com elastano. Modelo evasê frente e
costas transpassados; decote frente
reto, decote costas com lapelas com
dobras em V, alças em roletês do próprio
tecido com 0,7cm de largura, aplicadas
no recorte frente centro e decote costas.
Fechamento no centro costas por
colchetes de encaixe niquelados. Peça
fechada no overloque com costura de
reforço na reta, costuras embudas.
Pesponto 1 agulha aparente no recorte
centro e no transpasse frente superior.
Bordado manual interno à 1cm da lateral
direita de quem veste.
+ O S E R T Ã O É C O N F US Ã O E M G R A N D E
D E M A S I A D O S O S S E G O +
Calça Pantacourt
Calça Pantacourt com franzido na
costura do cós, em malha puída flamê de
cânhamo orgânico, com fendas laterais
até a altura do quadril, acabamento
corte a fio. Calça interna justa (eslo
legging), cós, palas dianteira e traseira,
recortes laterais em ribana 1x1 em
algodão orgânico. Bolsos embudos nas
costuras dos recortes laterais. Peça
fechada no overloque ponto cadeia,
barra da legging e elásco embudo no
cós, aplicado na galoneira 02 agulhas
rebado apenas na parte interna.
Bordado manual no interno do cós à
1cm da costura de união e 1cm da
lateral.
+ O S E R T Ã O É S E M L U G A R +
106
CULTIVAR
Figura 102: Look Cultivar - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.
107
Blusa Oversize Pala Dobrada
Blusa oversize em algodão gazeado
orgânico, com pala dobrada frente e
costas. Recorte do corpo do lado
esquerdo no avesso. Mangas soltas
com recorte alternados entre o direito e
avesso, ombro esquerdo a mostra, com
alça do próprio tecido de 1cm e punho
esquerdo em contraste. Recorte central
da manga esquerda com estampa
Trançado em silk e aplicação franzida
sobreposta. Peça fechada na overloque
e rebada 1 agulha na reta, barras na
galoneira 02 agulhas. Bordado manual
nas costas da pala virada.
+ O S E R T Ã O É C O N F U S Ã O E M G R A N D E
D E M A S I A D O S O S S E G O +
Calça Clochard
Calça modelo clochard em Moletom
botonê PET reciclado, sem felpa. Com
barras e cós virados no avesso do
tecido, elásco embudo no centro do
cós e abas aplicadas nas costuras
laterais. Peça fechada na overloque
com costuras rebadas a 1 pé de
máquina na reta. Bordado manual nas
costas do cós virado.
+ S E R T Ã O F O I F E I T O É P A R A S E R S E M P R E
A S S I M : A L E G R I A S ! +
108
LIBERTAR
Figura 103: Look Libertar - croquis e desenhos planificados, elaborados pela autora.
109
Macacão Assimétrico
Macacão decote reto drapeado com
elásco embudo; pernas amplas
godê com barras em diagonal, corpo
lado direito reto e lado esquerdo
com franzido por elásco embudo
na cintura, peça em Moletom
botonê PET reciclado, sem felpa.
Mangas ajustadas ao braço, ombro à
ombro, em moletom com balonê em
Voil de seda mista Eco® e punhos em
Tricoline de algodão orgânico com
abotoamento interno com colchetes
embudos. Babado em Voil de seda
mista Eco® com ngimento ombré
na parte superior, aplicado franzido
na reta e alças em roletê de tricoline
de 0,7cm. Tingimento vercal
localizado no punho e na perna
direita com sobreposição de
estampa Mancha em silk; corpo lado
esquerdo com silk Terra. Bordado
manual interno costas no revel
aplicado à costura lateral direita.
+ S E R T Ã O... Q U E R E N D O P R O C U R A R,
N U N C A N Ã O E N C O N T R A.
D E R E P E N T E, P O R S I, Q U A N D O A
G E N T E N Ã O E S P E R A, O S E R T Ã O V E M +
110
4.10 Propostas de estampas
Figura 104: Estudos de representações de palha sextavada, esboços da autora.
Figura 105: Estudos de representações de terra seca, esboços da autora.
111
Figura 106: Estudos de representações de trançados, esboços da autora.
Figura 107: Estudos de representações de cordas, esboços da autora.
112
As estampas foram extraídas
dos estudos de supercies das
materialidades dos sertões, a princípio
partem de esboços manuais das
principais texturas pesquisadas e
evoluem para formas orgânicas com
elementos dos sertões.
Figura 108: Estudos de formas orgânicas com texturas, esboços da autora.
113
ARTE:
RAPPORT:
16cm
16cm
COLORAÇÃO:
Pigmento - Pantone: 317 C
PROCESSOS:
Estampa Corrida em Quadros
Figura 109: Estampa corrida Cordas, elaborado pela autora.
ARTE:
TAMANHO:
Aprox.29cm
Aprox. 20cm
PROCESSOS:
Serigrafia: Silk a base d’água zero toque
com cobertura
COLORAÇÃO:
Pigmento - Pantone: 2027 C
Figura 110: Estampa serigráfica Palha sextavada, elaborado
pela autora.
E para as estampas finais foram
combinados dois processos disntos:
ngimentos que variam entre manchas
localizadas e ombré, com a sobreposição de
estampas serigráficas em quadros. Nesta
coleção os ngimentos são realizados por
corantes reavos e a serigrafia com pigmentos
a base de água, podendo evoluir em estudos
posteriores para ngimento e estamparia
natural, sendo necessários estudos específicos.
114
ARTE:
ARTE:
COLORAÇÃO:
COLORAÇÃO:
Pigmento - Pantone: 7603 C
Corante - Pantone: 18-1350 TCX
Pigmento - Pantone: White C
TAMANHOS:
TAMANHOS:
Aprox. 10cm
Larg. Manga
42 cm
Comprimento Pregas
Comprimento Frente
42 cm
13 cm
PROCESSOS:
Serigrafia: Silk a base d’água zero toque
com cobertura
Figura 111: Estampa serigráfica Solo seco,
elaborado pela autora.
PROCESSOS:
Aprox. 12cm
Pregas F/C
Aprox. 10cm
Corpo F/C
13 cm
Corpo
F/C
Bater 2x vercal
Tingimento ombré vercal: Frente, Costas e Pregas
Tingimento ombré horizontal: Manga direita (Manchas variáveis*Simulação)
Serigrafia: Silk a base d’água zero toque
com cobertura
Figura 112: Tingimentos localizados + Estampa serigráfica Solo seco,
elaborado pela autora.
115
ARTE:
TAMANHOS:
Aprox. 70cm
23cm
Aprox. 30cm
16,5cm
PROCESSOS:
COLORAÇÃO:
Mancha vercal: Tingimento localizado com
corante reavo. (Tamanho variável* Simulação)
Serigrafia Flor: Silk a base d’água zero toque
com cobertura
Corante - Pantone: 13-4908 TCX
Pigmento - Pantone: White C
Figura 113: Tingimento localizado + Estampa serigráfica Floreio, elaborado pela autora.
ARTE:
TAMANHOS:
Aprox. 70cm
45cm
PROCESSOS:
COLORAÇÃO:
Aprox. 40cm
Mancha vercal: Tingimento localizado com
corante reavo. (Tamanho variável* Simulação)
Serigrafia Flor: Silk a base d’água zero toque
com cobertura
Corante - Pantone: 13-4908 TCX
Pigmento - Pantone: White C
Figura 114: Tingimento localizado + Estampa serigráfica Orgânico, elaborado pela autora.
32cm
116
TAMANHOS:
ARTE:
Aprox. 45cm
PROCESSOS:
Tingimento em 2 etapas:
Tingimento da peça - corante reavo*
Reserva de cor:
Fundo/ cor do tecido*
Tingimento em 2 etapas:
Barrado ombré - corante reavo*
(Tamanhos variáveis* Simulações)
COLORAÇÃO:
Corante - Pantone: 18-1350 TCX
40 cm
Corante - Pantone: 17-1456 TCX
Pigmento - Pantone: 317 C
PROCESSOS:
55cm
Serigrafia Palha-sextavada:
Silk a base d’água zero toque com cobertura
Figura 115: Tingimento em 2 etapas + Estampa serigráfica Cestaria, elaborado pela autora.
ARTE:
COLORAÇÃO:
Pigmento - Pantone: 2027 C
TAMANHOS:
20 cm
PROCESSOS:
45 cm
Figura 116: Estampa serigráfica Trançados, elaborado pela autora.
Serigrafia: Silk a base d’água
zero toque com cobertura
117
ARTE:
ARTE:
COLORAÇÃO:
Corante - Pantone: 17-1456 TCX
COLORAÇÃO:
Corante - Pantone: 13-4908 TCX
Pigmento - Pantone: 317 C
Pigmento - Pantone: 2027 C
TAMANHOS:
TAMANHOS:
Aprox. 90 cm
40 cm
35cm
Aprox. 10 cm
55 cm
PROCESSOS:
Tingimento: Mancha localizada despigmentação
+ corante reavo (Tamanho variável* Simulação)
Serigrafia Mancha:
Silk a base d’água zero toque com cobertura
PROCESSOS:
50 cm
Tingimento: Barrado despigmentação
+ corante reavo (Tamanho variável*Simulação)
Serigrafia Terra seca:
Silk a base d’água zero toque com cobertura
Figura 117: Despigmentações + Tingimentos localizados + Estampas serigráficas Água e Terra,
elaborado pela autora
118
5 IDENTIDADE VISUAL
5.1 Logotipo
Parndo da pesquisa de nicho e do conceito
desenvolvido para o amadurecimento feminino, foi
elaborado o termo que deu origem ao logopo:
Contemporânea +, onde contemporânea significa ter uma
relação própria com a vida, com o envelhecimento e o sinal
de mais “+” compreende todas as mulheres que
independente da faixa etária buscam ser mais que os
limites do tempo e sociedade.
O logo, além de comunicar o público-alvo, conduz a
idendade visual aplicada à assinatura de aviamentos e
embalagens da coleção, caracterizando uma marca.
Para o logopo optou-se por
explorar a ideia do termo na
pografia, aplicando uma fonte em
letra bastão para a facilitar a leitura,
mas que tenha aspecto cursivo. O
vocábulo em caixa alta destaca a
palavra tempo, que assim como no
centro do logo, está no centro do
debate sobre a relação com o
envelhecimento. E o sinal de mais
“+”, além de parte da definição já
abordada, pode ser usado como
símbolo da marca.
Foram escolhidas as cores
preto (Pantone: Black C), por ser
uma cor neutra e constante. E o
vermelho (Pantone: 485C), como
detalhe forte e marcante.
conTEMPOrâanea +
TEMPO = Mulher que se relaciona bem
com a passagem do tempo.
COM TEMPO = Mulher que prioriza o
tempo para si mesma.
CONTEMPORÂNEA = Mulher que vive
plenamente o tempo presente e assim, se
torna referência e à frente deste tempo.
+ = Mulheres que são mais que os limites
do tempo e sociedade.
Impressão 2 cores:
Vermelho: Pantone 485C
Preto: Pantone Black C
Figura 118: Logopo, arte desenvolvida pela autora.
+ +
DOBRA
DOBRA
+ +
119
5.2 Etiquetas de assinatura
Para a idenficação da marca
nas peças optou-se pelo uso de
equetas de assinatura, mantendo os
parâmetros de escolha de
fornecedores nacionais: fabricante de
equetas bordadas em máquinas
jacquard - empresa cerficada pela
ABVTEX (programa que cerfica e
monitora as boas prácas de
responsabilidade social e relações do
trabalho).
Etiquetas Bordadas
de assinatura
Base: Alta definição
fundo sarjado
Fabricante: Helvetia
Composição: 100% PES
Certificação ABVTEX
1,2cm
0,5cm
Equeta 8cm x 1,5cm interna
de tamanho com viras latarais
Bordada em Jacquard
Aplicação:
Camisas e calças de alfaiataria
0,5cm
2cm
conTEMPOrâanea +
M/42
conTEMPOrâanea +
M/42
8cm
conTEMPOrâanea +
M/42
conTEMPOrâanea +
M/42
3cm
Equeta 3cm x 5cm interna
de tamanho com dobras laterais
Bordada em Jacquard
Aplicação:
Moletons e calças com elásco
0,5cm
conTEMPOrâanea +
5cm
M/42
conTEMPOrâanea +
M/42
conTEMPOrâanea +
M/42
Equeta bandeirinha logo +
Bordada em Jacquard
Base Tafetá/ Alta definição
Aplicação: Diversas
+ +
Equeta Logo +
Bordada em Jacquard
Base Tafetá/ Alta definição
Aplicação: Diversas
3cm
0,5cm
1,2cm
1,5cm
+
+
Puxador em fita Base Tafetá/ Alta definição (Fundo sarjado)
de 8cm x 0,5cm bordada.
2cm
0,5cm
+
Face 1
+
+
Face 2
Base: Tafetá Sarjado
Cor: Cru
Jacquard logo:
Cor: Vermelho 18-1665 TCX
Jacquard logo:
Cor: Preto
Dobra/vinco
Dobra costura
Figura 119: Amostras confeccionadas de
equetas de assinatura e puxador.
Figura 120: Projeto de equetas de assinatura e
puxador, layout desenvolvido pela autora.
120
5.3 Botões personalizados
Os botões personalizados, também
entram como assinatura da marca. São botões
feitos artesanalmente com borra de café,
material orgânico reaproveitado, proposta
desenvolvida por fornecedor local.
+
conTEMPOrâanea
+
conTEMPOrâanea +
+
conTEMPOrâanea
conTEMPOrâanea +
1,2cm Ø
3cm Ø
2,5 x 2,5cm 1,4 x 1,2cm
Botõe artesanais
Personalização em baixo relevo
Composição orgânica:
reaproveitamento de borra de café
e aglunante natural.
Fabricante: Recoffee Design
Aplicação: Camisas e blusas
Tam. 20” - 1,2cm Ø
Tam. 2,5 x 2,5cm
Tam: 1,4 x 1,2cm
Aplicação: Calças e bermudas
Tam. 48” - 3cm Ø
hps://www.recoffeedesign.com.br/botao - Acessado em 11/06/2021
Figura 121: Projeto de personalização de botões, layout desenvolvido pela autora.
121
5.4 Tag
O Tag proposto é 100% biodegradável
confeccionado em papel semente, permindo
que ao invés do descarte seja plantado o papel e
culvadas as sementes, no caso de manjericão.
Matéria-prima produzida artesanalmente, por
fornecedor local.
80 mm
5mm
Este tag possui
sementes de
manjericão em sua
composição,
para plantá-lo:
Este tag possui
sementes de
manjericão em sua
composição,
para plantá-lo:
conTEMPOrâanea +
• Rasgue o papel
• Molhe
• Plante
em terra férl
• Regue e cuide
regularmente
conTEMPOrâanea +
100mm
• Rasgue o papel
• Molhe
• Plante
em terra férl
• Regue e cuide
regularmente
30 mm
Base: Papel Semente Biodegradável
Semente: Manjeirção
Gramatura variável: 160 a 300g
Faca: 10 x 5cm
Furo: 0,5cm Ø
Acabamento:
Cordão de algodão cru 3mm Ø
Impressão 2 cores:
Vermelho:
Pantone 485C
Preto:
Pantone Black C
Figura 122: Projeto de Tag, layout desenvolvido pela autora.
122
5.5 Embalagem
A embalagem em algodão
cru, formato saco com ajustes
laterais, permite a reulização de
formas diversas evitando o descarte.
Para inclusão do logo optou-se pelo
silk localizado a base d’água.
A
5cm
3cm
B
conTEMPOrâanea +
20cm
3cm
5cm
Silk 2 cores - à base d’água:
Vermelho: Pantone 485C
Preto: Pantone Black C
Tamanhos:
P - 35cm (A) x 45cm (B)
M - 45cm (A) x 50cm (B)
Material:
Algodão Cru
Cadarço chato de algodão
Larg.: 2cm cor: preto
Figura 123: Projeto de Embalagem, layout desenvolvido pela autora.
123
6 MODELOS
CONFECCIONADOS
Da coleção foram confeccionadas 04 peças
coordenáveis, sendo os looks Ser e Significar os
escolhidos do line up e desdobrados em novas
combinações. Neste capítulo serão apresentados
os registros do desenvolvimento dos modelos,
bem como a apresentação final.
6.1 Desenvolvimento
6.1.1
Estudo Cromáticos
Combinação eleita
Os estudos cromácos da coleção passam
por diversas revisões no decorrer do
desenvolvimento, são analisadas as cores
aplicadas ao look e sua composição no line up, para
escolha da cartela e combinações finais. Seguem
os estudos apenas dos looks confeccionados, mas
a metodologia foi aplicada a todos os modelos da
coleção.
Combinação eleita
Figura 124: Estudos cromácos Look Significar,
desenvolvido pela autora.
Figura 125: Estudos cromácos Look Ser,
desenvolvido pela autora.
conTEMPOrâanea
124
6.1.2 Fichas Técnicas
conTEMPOrâanea +
Sertões: Travessias
Primavera/ Verão 2022
Descrição: Vesdo Chemise com gola colarinho inverda, ombros deslocados,
mangas 3/4 sino e corpo em cem de Modal Eco®, recortes laterais frente e costas
com pregas vercais em Voil misto de Liocel Eco® e Seda, fechamento lateral por
abotoamento com vista encoberta. Aberturas e passantes discretos para opção de
ajuste na cintura com faixa. Peça com ngimentos ombré vercais e silks localizados.
Recortes laterais frente e costas
no TEC-B, com pregas vercais
de 1cm rebadas 1 agulha.
Gola colarinho inverda
TEC-A com fechamento
lateral, rebada 1 agulha
largura do calcador.
13,5cm
conTEMPOrâanea +
M/42
9cm
3,5cm
FICHA TÉCNICA
Ref: CTM-PV22.VC01
Modelo:
Vesdo Chemise
Data: 10/07/2021
Eslista: Mariana Maciel
Piloteira: Cecília
Mostruário - Tam.: M
Grade: P ao GG
ETIQUETA TAM./MARCA
interna aplicada no
centro costas na costura
do colarinho.
conTEMPOrâanea +
M/42
Ombros deslocados
Mangas sino TEC-A
fechadas na overloque
com refoço na reta,
barras de 3,5cm
na reta 1 agulha.
+
Fechamento lateral com
vista encoberta largura 3,5cm,
06 BOTÕES TAM. 28,
01 BOTÃO TAM.24 no colarinho.
11cm
1,5cm
CASEADO RETO
NA VERTICAL
Passantes 5 x 0,8cm fechados e aplicados na reta,
na lateral interna e no interno da vista, na altura
da cintura, para passagem da faixa (interna na
parte das pregas e aparente na lateral oposta).
Bolsos embudos nas
costuras laterais, com
abertura de 15cm,
rebados 1 agulha na reta.
Corpo TEC-A evasê em
diagonal, com fechamento desigual,
para compensar o blousê, ao vesr
a peça com amarração.
Abertura no ombro
(do decote a costura do
ombro) rebado 1 agulha
na reta.
Abertura na linha da cintura
para passagem da faixa (interna
na parte das pregas e
aparente na lateral oposta).
Faixa para amarração
opcional na cintura,
fechada e rebada
1 agulha na reta.
+ S E R T Ã O É D E N T R O D A G E N T E +
7,5cm
BORDADO MANUAL na
parte interna da vista
com caseados na vercal
à 7,5cm do final da barra.
COSTURAS
Reta - Ponto Fixo 301
Overloque - Ponto Cadeia 504
Bordado Manual
+ S E R T Ã O É D E N T R O D A G E N T E +
0,8cm
13,5cm
ETIQUETA LOGO +
centralizada na barra
da manga esquerda,
aplicada na reta 1 agulha
pespontando o contorno.
ETIQUETA COMPOSIÇÃO
e FITA BOTÃO RESERVA
interno esquerdo à 35cm
do final barra.
+
+
Barra de 3,5cm
na reta 1 agulha.
4cm
TEC-A: Cem de Modal Eco® (GVallone - Splendor) 3,20m Off Simplicidade (Off White) 1,35m / 125g/m2 100% Eco Modal®
TEC-B: Voill de Misto Seda e Liocel Eco® (GVallone - Lindíssima) 2m Off Simplicidade (Off White) 1,35m / 66 g/m2 70% Liocel Eco Tencel® 30% Seda
ENTRETELA: Entretela de malha termocolante (Maximus - 15731) 0,2m Branco (Bco)
1,50m / 200 g/m 100% PES
BOTÃO Botão Madrepérola (Bazar Pacaembu ) 07 unid Madrepérola
28” (17,78mm) Fechamento corpo
BOTÃO Botão Madrepérola (Bazar Pacaembu )
01 unid. Madrepérola
24” (15,24mm) Colarinho
FITA CETIM Fita de cem de 25mm (Zano ) 0,09m Branco (Bco)
2,5 x 9cm Lateral/ Botão reserva
ETIQUETA Tamanho/ Marca (Helvea 101) 01 unid. Off Simplicidade (101)
Tam.: 3 x 5cm Interno centro decote
ETIQUETA Logo + (Helvea 104) 01 unid. Off Simplicidade (104)
Tam.: 1,5 x 2cm Centro manga esquerda
ETIQ. COMP. Equeta de Composição NT (City Linhas) 01 unid. Branco (Bco)
Tam.: 3,3 x 5cm
Interno lateral esquerda
TAG Tag da marca (Papel Semente) 01 unid. Branco (Bco) Tam.: 10 x 3cm Vista 2º caseado
EMBALAGEM Saco de Algodão com Silk da marca
01 unid. Off Simplicidade (Cru)
Tam.: M
EST-01: Serigrafia em quadro - Silk Terra ----- Branco Codiano
13 x 42cm Centro Frente
TINGIMENTO: Tingimento Ombré Vercal Localizado ----- Terra Resistência
------ Manga direita, Recortes F/C, Centro F
BORDADO Linha 120 PES (Sea)
---- m Preto (Pto)/ Vermelho(500) Tam.: 17 x 0,8cm Interno da vista dupla
LINHA Linha 120 PES (Sea)
---- m Branco (29) ----- Fechamento/ Pesponto
FIO Fio PA (Sea)
---- m Branco (29) ----- Fechamento/ Chuleado
CONTEMPORÂNEA + LTDA.
CNPJ: 00.000.000/0001-00
TAMANHO M
GOLA, MANGAS E CORPO:
100% MODAL
RECORTE:
70% LIOCEL 30% SEDA
Lavar separadamente
Não deixar de molho
Não passar sobre a estampa
S94 6:Z
FABRICADO NO BRASIL
Figura 126: Ficha Técnica Vesdo Chemise (Look Ser) página 1, desenvolvido pela autora
125
conTEMPOrâanea +
Sertões: Travessias
Primavera/ Verão 2022
FICHA DE ESTAMPA E TINGIMENTOS
EST-01 - Serigrafia em quadro - Silk Terra - 01 cor - variante única
Estampa localizada com encaixe de tela
TINGIMENTOS - Ombré localizados
ARTE:
TAMANHOS:
FICHA TÉCNICA
Ref: CTM-PV22.VC01
Modelo:
Vesdo Chemise
Data: 10/07/2021
Eslista: Mariana Maciel
Estamparia : CRS Silk
Mostruário - Tam.: M
Grade: P ao GG
42 cm
+
13 cm
Corpo
F/C
COLORAÇÃO:
Corante - Pantone: 18-1350 TCX
Pigmento - Pantone: White C
PROCESSOS: SEQUÊNCIA :
Serigrafia: Silk a base d’água zero toque
com cobertura
Tingimento ombré vercal: Frente, Costas e Pregas
Tingimento ombré horizontal: Manga direita
1º Costurar pregas no voil como panô (1m cada)
2º Tingir todas as partes - Ombré localizado
3º Estampar Centro Frente e Costas - Silk
4º Cortar Laterais pregueadas localizando molde sobre panô.
LOCALIZAÇÃO ESTAMPAS (Peça aberta):
Centro Frente Costas Manga direita
Recorte Pregueado
Frente
Recorte Pregueado
Costas
Ombré
Aprox. 10cm
Silk alinhar pela lateral
Bater 2x e 1/2 com encaixe
Ombré Aprox. 15cm Ombré Aprox. 15cm Frente e Costas
Ombré Aprox. 15cm Ombré Aprox. 15cm
Figura 127: Ficha Técnica Vesdo Chemise (Look Ser) página 2, desenvolvido pela autora
126
conTEMPOrâanea +
Sertões: Travessias
Primavera/ Verão 2022
Descrição: Calça reta com cós largo e faixas
sobrepostas, com pences e bolsos faca
laterais. Fechamento lateral com zíper de
metal e puxador.
FICHA TÉCNICA
Ref: CTM-PV22.CF02
Modelo: Calça Reta
Faixas Sobrepostas
Data: 07/07/2021
Eslista: Mariana Maciel
Piloteira: Nazaré Grilo
Mostruário - Tam.: 42
Grade: 38 ao 50
Bolsos faca laterais
no TEC-A, forro do
bolso no TEC-B,
fechados na overloque
e abertura rebada
1 agulha a 1cm na reta.
Faixas laterais
frente e costas
sobrepostas,
aplicadas à
costura de união
do cós, com pences
fechadas na reta.
Pespontadas as
laterais a 1cm,
1 agulha.
Abertura faixas
laterais até a
altura do quadril.
+
5cm
Cós no TEC-A, fechado
na overloque e aplicado
na reta.
Calça no TEC-A,
fechada nas laterais,
entrepernas,
ganchos frente e
costas na reta
com acabamento
na overloque.
FITA DE CETIM 20cm
dobrada, aplicada
na reta na união
do cós nas laterais
costas.
ETIQUETA TAM./MARCA
centralizada no interno
do cós costas, aplicada na reta
com pespontos nas laterais.
+
+ S E R T Ã O E S T Á E M T O D A P A R T E +
BORDADO MANUAL interno
centralizado no protetor de zíper.
*Atenção ao sendo do bordado:
sertão para baixo (leitura para
quem veste).
conTEMPOrâanea +
M/42
15cm
+
+ S E R T Ã O E S T Á E M T O D A P A R T E +
0,8cm
+ S E R T Ã O E S T Á E M T O D A P A R T E +
CONTEMPORÂNEA + LTDA.
CNPJ: 00.000.000/0001-00
TAMANHO 42
100% ALGODÃO
S84 6,W
FABRICADO NO BRASIL
Protetor de Zíper
TEC-B, overlocado o
contorno e aplicado
na costura do zíper.
ETIQUETA DE
COMPOSIÇÃO à
6cm da costura
do cós, aplicada
na reta no protetor
interno do zíper.
COSTURAS
Reta - Ponto Fixo 301
Overloque - Ponto Cadeia 504
Bordado Manual
Barra da calça e
das faixas laterais
de 4cm rebadas
na reta 1 agulha.
ETIQUETA
BANDEIRINHA LOGO +
aplicada à 1,5cm
do término do zíper
na costura de união
lateral.
+ +
Fechamento lateral
ZÍPER aplicado e
rebado na reta
1 agulha o contorno.
Com PUXADOR
costurado na reta.
+
TEC-A: Algodão gazeado orgânico (Innovav - 148.161) 2,10 m Off Simplicidade (000)
1,45m / 140 g/m2 100% CO
TEC-B: Cambraia Forro (Niazi - 01210498) 0,30m Off Simplicidade (18)
1,44m / 91g/m2 100% CO
ZÍPER Fixo de metal fino trava automáca cursor quadrado YKK) 01 unid Fita (Off) Banho (Niquelado) Compr.: 25cm Fechamento
FITA CETIM Fita de cem de 4mm (Zano )
0,40m Branco (Bco)
Larg: 4mm Alças internas
ETIQUETA Tamanho/ Marca (Helvea 101) 01 unid. Off Simplicidade (101)
Tam.: 3 x 5cm Interno cós
ETIQUETA Bandeirinha Logo + (Helvea 103) 01 unid. Off Simplicidade (103)
Tam.: 1,2 x 3cm Lateral/ final zíper
PUXADOR Puxador Logo + (Helvea 105) 01 unid. Off Simplicidade (105)
Tam.: 0,5 x 8cm Curso do zíper
ETIQ. COMP. Equeta de Composição NT (City Linhas) 01 unid. Branco (Bco)
Tam.: 3,3 x 5cm
Protetor do zíper
TAG Tag da marca (Papel Semente) 01 unid. Branco (Bco) Tam.: 10 x 3cm Alças internas
EMBALAGEM Saco de Algodão com Silk da marca
01 unid. Off Simplicidade (Cru)
Tam.: P
BORDADO Linha 120 PES (Sea)
---- m Preto (Pto)/ Vermelho(5007) Tam.: 16 x 0,8cm Forro bolso
LINHA Linha 120 PES (Sea)
---- m Branco (BCO) ----- Fechamento/ Pesponto
FIO Fio PA (Sea)
---- m Branco (BCO) ----- Fechamento/ Chuleado
CONTEMPORÂNEA + LTDA.
CNPJ: 00.000.000/0001-00
TAMANHO 42
100% ALGODÃO
S84 6,W
FABRICADO NO BRASIL
Figura 128: Ficha Técnica Calça com faixas sobrepostas (Look Ser), desenvolvido pela autora.
127
conTEMPOrâanea +
Sertões: Travessias
Primavera/ Verão 2022
Descrição: Calça cenoura com bolsos frontais amplos eslo canguru, frente
com pregas sobrepondo o cós, em algodão orgânico listrado: perna direita
na horizontal e esquerda na vercal (de quem veste). Cós, espelho do
bolso, costas e barra virada em moletom eco botonê. Bordado no forro do
bolso esquerdo e fechamento lateral com zíper de metal.
Bolsos amplos: espelho do
bolso TEC-B, Forro do
bolso TEC-C, fechados na
overloque aplicado na reta
e rebado 1 agulha a 1cm
da borda.
Frente sobreposta
ao cós com 2 pences
frontais em cada perna
fechadas na reta.
Frente TEC-A
Perna esquerda
listras vercais
Perna direita
listras horizontais
+ S E R T Ã O É D O T A M A N H O D O M U N D O +
Cós no TEC-B, aplicado
na overloque, com
reforço na reta.
BORDADO MANUAL interno no forro
do bolso esquerdo à 2cm da borda
do bolso. *Atenção ao sendo do
bordado: sertão para baixo (leitura
para quem veste).
FICHA TÉCNICA
Ref: CTM-PV22.CC03
Modelo: Calça cenoura
bolsos frontais
Data: 01/07/2021
Eslista: Mariana Maciel
Piloteira: Nazaré Grilo
+ S E R T Ã O É D O T A M A N H O D O M U N D O +
ETIQUETA TAM./MARCA
centralizada no interno
do cós costas, aplicada na reta
com pespontos nas laterais.
conTEMPOrâanea +
M/42
16cm
Mostruário - Tam.: 42
Grade: 38 ao 50
+ S E R T Ã O É D O T A M A N H O D O M U N D O +
0,8cm
ETIQUETA DE
COMPOSIÇÃO à
3cm da costura
do cós, aplicada
na reta no protetor
interno do zíper.
MONTAGEM DA BARRA
Virar para
Aplicar
costas
a barra
FITA DE CETIM 20cm dobrada,
aplicada na reta na união do cós
nas laterais costas.
Costas
no TEC-B
Ganchos frente e costas
fechados na overloque
com reforço na reta.
5,5cm
+
Fechamento
lateral ZÍPER
Aplicado e
rebado na
reta 1 agulha
contorno.
Com PUXADOR
costurado na
reta.
5cm
+
Larg. boca:
27cm
Larg. boca
virada: 17cm
COSTURAS
Reta - Ponto Fixo 301
Overloque - Ponto Cadeia 504
Bordado Manual
Dobrar
a barra
Laterais fechadas na
overloque, com reforço
na reta, pespontado
1 agulha.
Barras no TEC-B,
fechadas e aplicadas
na overloque, rebadas
na reta 1 agulha.
ETIQUETA LOGO +
Aplicada à 1,5cm
da borda do bolso,
pespontado o
contorno na reta.
+
TEC-A: Algodão listrado orgânico (Innovav - 148.142) 0,92m Off Simplicidade (032)
1,40m / 217g/ml 99% CO 01% PES
TEC-B: Moletom Botonê Eco (RVB - 22228) 0,5 kg Off Simplicidade (BG)
1,95m / 250g/m2 51% CO 49% PES
TEC-C: Cambraia Forro (Niazi - 01210498) 0,30m Off Simplicidade (18)
1,44m / 91g/m2 100% CO
ZÍPER Fixo de metal fino trava automáca cursor quadrado YKK) 01 unid Fita (Off) Banho (Niquelado) Compr.: 30cm Fechamento
FITA CETIM Fita de cem de 4mm (Zano )
0,40m Branco (Bco)
Larg: 4mm Alças internas
ETIQUETA Tamanho/ Marca (Helvea 101) 01 unid. Off Simplicidade (101)
Tam.: 3 x 5cm Interno cós
ETIQUETA Logo + (Helvea 104) 01 unid. Off Simplicidade (104)
Tam.: 1,5 x 2cm Lateral/ final zíper
PUXADOR Puxador Logo + (Helvea 105) 01 unid. Off Simplicidade (105)
Tam.: 0,5 x 8cm Curso do zíper
ETIQ. COMP. Equeta de Composição NT (City Linhas) 01 unid. Branco (Bco)
Tam.: 3,3 x 5cm
Protetor do zíper
TAG Tag da marca (Papel Semente) 01 unid. Branco (Bco) Tam.: 10 x 3cm Alças internas
EMBALAGEM Saco de Algodão com Silk da marca
01 unid. Off Simplicidade (Cru)
Tam.: P
BORDADO Linha 120 PES (Sea)
---- m Preto (Pto)/ Vermelho(5007) Tam.: 16 x 0,8cm Forro bolso
LINHA Linha 120 PES (Sea)
---- m Branco (BCO) ----- Fechamento/ Pesponto
FIO Fio PA (Sea)
---- m Branco (BCO) ----- Fechamento/ Chuleado
Figura 129: Ficha Técnica Calça Cenoura (Look Significar), desenvolvido pela autora.
CONTEMPORÂNEA + LTDA.
CNPJ: 00.000.000/0001-00
TAMANHO 42
FRENTE:
99% ALGODÃO
10% POLÍÉSTER
CÓS, COSTAS, BARRAS
E BOLSOS:
51% ALGODÃO
49% POLIÉSTER
FORRO DO BOLSO:
100% ALGODÃO
S94 6,W
FABRICADO NO BRASIL
+ S E R T Ã O É Q U A N D O M E N O S S E E S P E R A +
conTEMPOrâanea +
M/42
128
conTEMPOrâanea +
Sertões: Travessias
Primavera/ Verão 2022
Descrição: Bata ombro à ombro, com mangas amplas bufantes franzidas por roletê na
barra (ao rerar viram mangas godê) e pregas nos recortes dos ombros. Fechamento
frontal e abertura centro costas com botões artesanais. Gola godê estruturada
removível. Peça em algodão orgânico misto colorido naturalmente, com estampas
localizadas nas laterais frente, costas e gola; bordado manual interno no centro
FICHA TÉCNICA
Ref: CTM-PV22.BT04
Modelo:
Bata ombro à ombro
Data: 05/07/2021
Eslista: Mariana Maciel
Piloteira: Cecília
Mostruário - Tam.: M
Grade: P ao GG
Decote com acabamento
com cobre-gola TEC-A
frente e costas largura
1cm aplicado na reta,
1 agulha.
17cm
0,8cm
OP1. Manga bufante
12cm
BORDADO MANUAL
interno centro
costas, na vercal
à 12cm do decote.
COSTURAS
Reta - Ponto Fixo 301
Overloque - Ponto Cadeia 504
Bordado Manual
+ S E R T Ã O É Q U A N D O M E N O S S E E S P E R A +
+
+
Gola godê com colarinho TEC-A,
com ENTRETELA fechada na reta
e rebado no colarinho 1 agulha,
casedos frente nas estremidades,
para prender no 1º botão frente
e costas.
Mangas com duas
opções de uso:
bufante com roletê interno
para franzir ou godê, sem
o roletê.
Barra mangas overlocada
e rebada 1 agulha na reta
com 1,5cm pronta e
caseado reto centro interno
para passagem do roletê.
Roletê TEC-A larg: 1cm
costura embuda na reta.
BOTÃO
centro costas
30cm
Barra corpo overlocada
e rebada 1 agulha
com 0,5cm pronta.
ETIQUETA TAM./MARCA
interna aplicada no
centro costas na costura
Vista frente 3cm
com dobra rebatido
1 agulha na reta.
Abertura costas 30cm
com vista 3cm
rebada 1 agulha na reta
1,5CM
BOTÃO
ARTESANAL
GRÃO (1,4 X 1,2CM)
CASEADO RETO
NA VERTICAL
do cobre-golas.
+ +
conTEMPOrâanea +
M/42
Laterais corpo,
cavas e mangas
fechados na
overloque e
rebados na reta
1 agulha com
costuras embudas
8,5cm
OP2. Manga godê
+
Abertura
godê
ETIQUETA COMPOSIÇÃO
e FITA BOTÃO RESERVA
interno esquerdo à 15cm
do final barra.
ETIQUETA BANDEIRINHA
LOGO + à 20cm da barra.
Recorte ombros
com pregas de
0,5cm rebadas
na reta, deitada
para as costas
TEC-A: Algodão orgânico colorido (Innovav - 336.100) 4,10m Areia Existência (032)
1,50m / 105g/m2 63% CO 37% PA
ENTRETELA: Entretela de algodão (EF-430) 0,5m Branco (Bco)
0,90m / não informado 100% CO
BOTÃO Botão artesanal grão de borra café (Recoffe - grão ) 10 unid Marrom (Café)
1,4x1,2cm Fechamento frente e abertura costas
FITA CETIM Fita de cem de 4mm (Zano )
0,40m Branco (Bco)
Larg: 4mm Alças internas
FITA CETIM Fita de cem de 25mm (Zano ) 0,09m Branco (Bco)
2,5 x 9cm Lateral/ Botão reserva
ETIQUETA Tamanho/ Marca (Helvea 101) 01 unid. Off Simplicidade (101)
Tam.: 3 x 5cm Interno centro costas
ETIQUETA Bandeirinha Logo + (Helvea 103) 01 unid. Off Simplicidade (103)
Tam.: 1,2 x 3cm Lateral
ETIQ. COMP. Equeta de Composição NT (City Linhas) 01 unid. Branco (Bco)
Tam.: 3,3 x 5cm
Interno lateral esquerda
TAG Tag da marca (Papel Semente) 01 unid. Branco (Bco) Tam.: 10 x 3cm Alças internas
EMBALAGEM Saco de Algodão com Silk da marca
01 unid. Off Simplicidade (Cru)
Tam.: M
EST-01: Serigrafia em quadro - Silk Terra ----- Terra Resistência Escuro
13 x 42cm Lateral Esq. frente + costas / gola
BORDADO Linha 120 PES (Sea)
---- m Preto (Pto)/ Vermelho(500) Tam.: 17 x 0,8cm Interno centro costas
LINHA Linha 120 PES (Sea)
---- m Ocre (29) ----- Fechamento/ Pesponto
FIO Fio PA (Sea)
---- m Bege (29) ----- Fechamento/ Chuleado
Figura 130: Ficha Técnica Bata ombro a ombro (Look Significar) página 1, desenvolvido pela autora.
CONTEMPORÂNEA + LTDA.
CNPJ: 00.000.000/0001-00
TAMANHO M
63% ALGODÃO
37% POLIAMIDA
Não passar sobre a estampa
S94 6:W
FABRICADO NO BRASIL
129
conTEMPOrâanea +
Sertões: Travessias
Primavera/ Verão 2022
FICHA DE ESTAMPA
EST-01 - Serigrafia em quadro
Silk Terra
01 cor - variante única
Estampa localizada com encaixe de tela
FICHA TÉCNICA
Ref: CTM-PV22.BT04
Modelo:
Bata ombro à ombro
Data: 05/07/2021
Eslista: Mariana Maciel
Estamparia : CRS Silk
Mostruário - Tam.: M
Grade: P ao GG
ARTE:
TAMANHO:
42 cm
13 cm
COLORAÇÃO:
Pigmento - Pantone: 7603 C
PROCESSOS:
Serigrafia: Silk a base d’água zero toque
com cobertura
LOCALIZAÇÃO ESTAMPAS (Peça aberta):
CENTRO
CENTRO
CENTRO
CENTRO
Frente Esquerda Traseiro Esquerdo Gola Frente e Costas
Alinhar pela cava
e bater tela 1x e 1/2
com encaixe de tela
Alinhar pela cava
e bater tela 1x e 1/2
com encaixe de tela
Alinhar pela curva mais
ampla e bater tela 2x e 1/3
com encaixe de tela
Figura 131: Ficha Técnica Bata ombro a ombro (Look Significar) página 2, desenvolvido pela autora.
130
6.1.3 Pilotagens e Provas de roupas
Figura 132: Prova de peças pilotos em tela de algodão (Look Ser), desenvolvido pela autora.
Figura 133: Prova de peças pilotos em tela de algodão (Look Significar), desenvolvido pela autora.
131
132
6.1.4 Estudos de tingimentos e localização de estampas
Figura 134: Simulações digitais de localização de ngimentos e estampas nas peças pilotos,
elaborado pela autora.
133
Figura 135: Tela de serigrafia, elaborado pela autora.
Figura 136: Testes finais de ngimentos e estampas, desenvolvido pela autora.
134
6.2 Lookbook
conTEMPOrâanea +
Figura 137: Look Significar (F/C/L e detalhes), desenvolvido pela autora.
135
136
conTEMPOrâanea +
Figura 138: Opção de combinação: Blusa ombro a ombro (look Significar) e
Calça faixas retas (look Ser) - (F/C/L e detalhes) , desenvolvido pela autora.
137
138
conTEMPOrâanea +
Figura 139: Look Ser (F/C/L e detalhes), desenvolvido pela autora.
139
140
conTEMPOrâanea +
Figura 140: Opção de uso: Vesdo-Chemise (Look Ser) - (F/C/L e detalhes),
desenvolvido pela autora.
141
142
6.3 Editorial
conTEMPOrâanea +
Figura 141: Foto conceitual Look Ser, desenvolvido pela autora.
Figura 142: Fotos conceituais opção de uso Vestido Chemise , desenvolvido pela autora.
143
144
Figura 143: Foto conceitual Look Ser, desenvolvido pela autora.
Figura 144: Foto conceitual Look Significar, desenvolvido pela autora.
145
146
Figura 145: Fotos conceituais Look Significar e
opção de combinação, desenvolvido pela autora.
147
Criação/ Desenvolvimento/ Arte /
Styling/ Diagramação:
Mariana L. Maciel
Modelo: Susigleide G. L. Maciel
Beleza/ Edição fotos:
Marília L. Maciel
Fotografia:
Fernanda Freitas e Beatriz Petri
Produção execuva:
Sergio D. Maciel e Matheus D. L. Maciel
Confecção das peças:
Nazaré Grillo e Cecília Fernandes
148
6.4 Vídeo conceito
Vídeo conceitual da coleção
Sertões: travessias, elaborado para
ambientação do tema e
apresentação das peças
confeccionadas. Acesso disponível
pelo QR Code ou link:
Vídeo Youtube:
hps://youtu.be/5YFqa5yqLfY
Criação e Direção de Arte:
Mariana L. Maciel
Modelo: Susigleide G. L. Maciel
Edição e Captação de imagens:
Marília L. Maciel
Trilha sonora:
Vortex (Instrumental | Versão
Estendida) Autores: Felipe Alexandre
e Eduardo Queiroz. Amores
Roubados - Música Original de
Eduardo Queiroz (Instrumental).
149
150
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para o Trabalho de Conclusão de Curso Sertões:
travessias, foram apresentadas as pesquisas, criação e
desenvolvimento de uma coleção feminina inspirada nos
sertões do imaginário brasileiro procedentes da poéca do
universo literário, tendo como nicho mulheres com 40, 50,
60 anos ou mais, propondo a reflexão sobre o livre
envelhecimento feminino.
Ao dissertar sobre o tema, a monografia
fundamentou as diversas abordagens dos sertões, focando
nas obras de Vidas secas, Morte e vida severina e Grande
sertão: veredas, conceituou os sertões que a literatura cria
no pensamento social brasileiro, bem como a poéca
sertanista onde o ser humano e o ambiente são pontos
centrais. A compilação da pesquisa bibliográfica permiu
idenficar elementos do codiano e materialidades
presentes no âmbito dos sertões, que fomentaram os
estudos criavos resultando em ambiências inspiracionais e
painéis com imagens caracteríscas do lugar, facultando a
elaboração de estampas, maquetes têxteis e cartelas de
cores, resumidos no moodboard, bem como a escolha de
materiais de origem ou aspectos naturais. A poéca literária
se revelou como bordados de trechos das obras em detalhes
discretos no interno das peças, de forma sul e ínma tal
qual na relação da literatura com leitor.
Os estudos sobre o envelhecimento feminino e
novas narravas, levaram às pesquisas quantavas e
entrevistas diretas com o público,
confirmando que o eslo de vida
sobrepõe a idade, como idenficado
na pesquisa bibliográfica. Que
mulheres estão amadurecendo de
maneira ava e desejam viver
plenamente a idade que possuem,
assim como o tempo presente. Esta
liberdade em ser o que desejam a
tornam próprias de seu tempo e por
isso contemporâneas. Este estudo
respaldou a criação do termo
Contemporânea + (mulheres que
possuem uma relação própria com a
vida, vivem o presente e são mais
“+”, ou seja, estão além dos limites
do tempo e sociedade), conduzindo
a criação da marca homônima.
A junção das invesgações
do tema e nicho, embasaram toda a
metodologia criava: os estudos de
formas através das disntas
indumentárias dos sertões, imagens
de referências e moulages intuivas
com peças simbólicas do codiano
sertanistas e da mulher
151
contemporânea +, foram +, foram os meios
meios
para para encontrar encontrar a estéca a estéca da coleção da coleção
e abordagem e do tema do tema de maneira de maneira
autoral. autoral.
Ainda Ainda sobre sobre a coleção, a coleção, em em
seu seu desenvolvimento, foram foram
estabelecidos parâmetros de de
escolha escolha de de fornecedores e e
matérias-primas, como como proposta proposta de de
atuar atuar desde desde o design o design forma de forma mais mais
responsável e e transparente,
trabalhando com com matérias-primas
nacionais, nacionais, orgânicas, orgânicas, recicladas recicladas ou ou
cerficadas, cerficadas, como como modo modo de de
promover promover produtores produtores locais, locais,
pequenos pequenos e/ ou e/ engajados, ou engajados, que que
buscam buscam reduzir reduzir impactos impactos sociais sociais e e
no meio no meio ambiente. ambiente.
Portanto, Portanto, a a presente presente
monografia apresenta apresenta os sertões os sertões
como como proposto, proposto, ao aprofundar ao aprofundar nas nas
obras obras de de Graciliano Graciliano Ramos, Ramos,
Guimarães Guimarães Rosa Rosa e João e João Cabral Cabral de de
Melo Melo Neto, Neto, resgata resgata e valoriza e valoriza a a
literatura, literatura, bem bem como como a cultura a cultura
regional regional dos dos sertões. sertões. O estudo O estudo do
nicho nicho propõe propõe o debate o debate sobre sobre o livre o livre envelhecimento
feminino, feminino, tendo tendo sua relevância sua relevância corroborada pelo pelo público público
através através das pesquisas das pesquisas e entrevistas, e gerando gerando informação
acadêmica acadêmica sobre sobre este este mercado mercado em potencial. em potencial. E por E fim, por fim, a a
elaboração elaboração da coleção da coleção uliza uliza dos objetos dos objetos de estudos de estudos como como
meio meio criavo, criavo, resultando resultando em uma em uma coleção coleção feminina feminina para para
mulheres mulheres acima acima dos 40, dos 50, 40, 60 50, anos 60 anos ou mais, ou mais, inspirada inspirada nos nos
sertões sertões do imaginário do imaginário popular popular brasileiro. brasileiro.
Como Como direcionamentos futuros, futuros, sugere-se sugere-se que que a a
pesquisa pesquisa do do nicho nicho possa possa evoluir evoluir para para pesquisas pesquisas
ergonômicas com com o público, o público, possibilitando estudos estudos de de
modelagens mais mais aprofundados. E para E para a coleção, a coleção, que que os os
ngimentos ngimentos e estampas e estampas serigráficas, possam possam se desdobrar se desdobrar
em ngimentos em ngimentos e estamparias e naturais, naturais, aos quais aos quais requerem requerem
estudos estudos específicos.
Contudo, Contudo, o propósito o propósito da monografia da se cumpre se cumpre na na
elaboração elaboração da coleção, da coleção, mas mas a pesquisa a pesquisa não se não encerra se encerra com com
o término o término do trabalho, do trabalho, a metodologia a ulizada ulizada para para
explorar explorar tema tema e nicho, e nicho, aplicando-as ao processo ao processo criavo, criavo,
bem bem como como os parâmetros para para execução execução do projeto, do projeto, são são
formas formas de de elaboração elaboração de de produtos produtos assimiladas no no
desenvolvimento do curso do curso que que serão serão connuadas connuadas em em
estudos estudos no meio no meio acadêmico acadêmico e aplicadas e aplicadas em em âmbito âmbito
profissional no mercado no mercado de moda, de moda, com com intuito intuito de favorecer de favorecer
a criação a criação de moda de moda brasileira brasileira mais mais genuína, genuína, acessível acessível e e
responsável.
152
REFERÊNCIAS
Bibliográficas
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hps://periodicos.ufsc.br/index.php/cadernos-
fev. 2021 fev. 2021
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Imagens em Painéis
Painel Semânco – Sertões: travessias
Da esquerda para direita no sendo horário:
Treliça sextavada:
hps://i.pinimg.com/564x/49/15/14/491514cd505898cd
7de71e3182e55574.jpg,
Mandacaru 1:
hps://plantasflores.com/cactaceas-suculento/cereus-ja
macaru-spiralis/,
Mandacaru 2: Alfredo Corna -
hps://www.artsy.net/artwork/alfredo-corna-cactus,
Cadela baleia: Aldemir Marns
hps://brainly.com.br/tarefa/25551582,
Manuscrito:
hps://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/20
19/08/092-095_Mem%C3%B3ria_282-5-800px.jpg,
Bordado:
hps://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/02/grande
-sertao-veredas-tem-nova-edicao-e-herdeiro-diz-que-ined
itos-podem-sair.shtml,
Algodão:
hps://www.showstudio.com/projects/hospital_rooms/in
terview_sophie_clements,
Rosto de Barro:
hps://foter.com/f6/photo/3469329482/716e1f8554/,
Galhos secos: Jonathan Borba
hps://unsplash.com/photos/5gquW6exvlY,
Erosão do solo:
hps://www.cpt.com.br/dicas-cursos-cpt/erosao-eolica-n
o-brasil-isso-acontece-onde,
Sertanejos: Maureen Bisilliat, livro Sertões: luz & trevas
(1982/2019). / Acervo IMS -
hps://ims.com.br/por-dentro-acervos/os-sertoes-de-ma
ureen-bisilliat/,
Foto do codiano 1: hps://blogdoims.com.br/mulheres/,
Foto do codiano:
hps://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/escas
sez-de-agua/galeria-de-fotografias-da-edicao/f017,
Vaqueiro:
hps://i.pinimg.com/564x/95/16/5b/95165b6959ec3e60
c283d3d782d6eecb.jpg,
Trançado de corda:
hps://www.meridastudio.com/collecons/all/products/
malaybalay-bark,
Mar:
hps://estelamiazzi.tumblr.com/post/163831803402/mar
-de-dentro-aquele-que-todo-mundo-sente-mar,
Rerantes: Cândido Pornari -
hps://masp.org.br/acervo/obra/rerantes,
Terra seca:
hps://www.123rf.com/photo_58282368_crack-ground-t
exture-background-in-dry-land-on-summer.html,
Acessado em: 25 mar. 21.
Painel de Eslo de Vida – Mulheres Contemporâneas +
Da esquerda para direita no sendo horário:
Encontro com amigas:
hp://blogmulhermadura.com.br/interna/pizza-com-as-a
migas,
Meditação: hps://bestlifeonline.com/sleeping-beer/,
Caminhada:
hps://www.onme.com.br/caminhar-ou-correr-qual-o-me
lhor-exercicio-para-voce-manter-a-saude/
hps://www.jshadv.xyz/ProductDetail.aspx?iid=14892949
2&pr=80.99,
Nelix:
hps://www.tecmundo.com.br/nelix/102936-tal-assisrnelix-amigos-sair-casa-com-extensao.htm,
Cuidado: hps://unsplash.com/photos/5qFSUAQgfzQ,
Yoga:
hps://jindalnaturecure.in/yoga-poses-to-boost-the-immu
nity-of-the-elderly/,
Bicicleta:
hps://thesimplyluxuriouslife.com/shadesofwhite/,
Viagem: hps://unsplash.com/photos/Bzbn0l4J2w8,
Passaporte: hps://unsplash.com/photos/htQznS-Rx7w,
Livro: hps://unsplash.com/photos/cfQzDaFcAMk,
Livraria: hps://unsplash.com/photos/aQYVKGEenjM,
Espiritualidade:
hps://www.psychiatricmes.com/view/upside-downside
-religion-spirituality-health, Trabalhando:
hps://www.jshadv.xyz/ProductDetail.aspx?iid=14892949
2&pr=80.99,
Cozinhando: hps://unsplash.com/photos/fzOhffWhSbA,
Limpeza da praia:
hps://unsplash.com/photos/PzQNdXw2a6g,
Feira: hps://unsplash.com/photos/giSkpaK1-TM,
Relacionamento:
hps://revistamarieclaire.globo.com/idade-sem-tabu/no
cia/2019/12/5-famosas-provam-que-idade-nao-determina
-o-sucesso-de-um-relacionamento.html. Acessado em: 25
mar. 21.
Ambiência Sertão da travessia
Da esquerda para direita no sendo horário:
Cacto: Alex Furgiule
hps://unsplash.com/photos/UkH7L-aag8A,
Flor da caanga:
hps://floresdacaanga.openbrasil.org/2017/04/flores-da
-caanga-apresentacao.html,
Jirana- Azul:
hps://floresdacaanga.openbrasil.org/2017/03/jiranaaz
157
ul.html,
Família:
hps://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/escas
sez-de-agua/galeria-de-fotografias-da-edicao/f017,
Semente de Aroeira:
hps://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1455262177-1
00-sementes,
Flor de cangueira:
hps://i.pinimg.com/originals/c5/91/d4/c591d4a39c85fd3
d93ec69aa8e8e9606.jpg,
Acessado em: 24 jun.20.
Folha de carnaúba:
hp://www.finewax.com.br/o-que-e-cera-premium/folhade-carnauba-copernicia-prunifera-finewax-cera-premiumcera-aautomova,
Corda:
hps://artecordas.com.br/index.php?id_product=36&con
troller=product,
Seriguela:
hps://produto.mercadolivre.com.br/MLB-721434028-mu
das-de-seriguela-produzindo-de-alporquia-bonsai-junior-_
JM?quanty=1,
Acessado em: 24 jun. 20
Ambiência Sertão dos sonhos
Da esquerda para direita no sendo horário:
Mar: Shifaaz Shamoon hps:
//unsplash.com/photos/sLAk1guBG90,
Menino: Noilton Pereira
hps://secureservercdn.net/198.71.233.51/xz7.4b6.myp
upload.com/wp-content/uploads/2017/12/iphoto-noilton
-pereira-8.jpg,
Folha de carnaúba:
hp://www.finewax.com.br/o-que-e-cera-premium/folhade-carnauba-copernicia-prunifera-finewax-cera-premiumcera-aautomova,
Folhas: hps://www.todamateria.com.br/folhas/,
Flores da caanga: Wedsclay Melo
hps://pt.slideshare.net/MCTI/flores-da-caanga,
Costela de Adão:
hps://www.elo7.com.br/5-galhos-folhas-costela-de-adao
-arficial-para-jardim/dp/10518CB,
Acessado em 23 jun. 20
Ambiência Sertão que pede
Da esquerda para direita no sendo horário:
Folhas: hps://www.todamateria.com.br/folhas/,
Capim:
hps://i.pinimg.com/originals/a0/3c/d9/a03cd986156e4a
21436603fd71de2126.png, Mãos1: Nathan Dumlao
hps://unsplash.com/photos/k-oS0iKn0Qg,
Mãos 2: Om Prakash Sethia
hps://unsplash.com/photos/-jgjCU_Asbs,
Trigo:
hps://br.freepik.com/vetores-gras/conjunto-de-ilustrac
oes-vetoriais-de-espetadas-de-trigo-graos-galinhas-de-trig
o-isoladas-no-fundo-branco_1320636.htm,
Acessado em: 25 jun. 20
Ambiência Sertão de belezas ocultas
Da esquerda para direita no sendo horário:
Flor de cacto:
hp://somentecoisaslegais.com.br/natureza/assista-lindas
-flores-dos-cactos-desabrocharem-em-me-lapse,
Cabeça de boi: @glaukus
hps://gramho.com/media/2184434838271287741,
Flores da caanga: Wedsclay Melo
hps://pt.slideshare.net/MCTI/flores-da-caanga,
Caju:
hps://www.rawpixel.com/image/410130/free-illustraon
-image-cashew-cashew-nut-nut, Cajá:
hp://cunhacomerciodefrutas.com.br/product/caja/,
Jarro de barro:
hps://portuguese.alibaba.com/product-detail/red-clay-p
oery-water-pots-cooking-pots-167873594.html,
Ambiência Sertão: confusão no sossego
Da esquerda para direita no sendo horário:
Algodão:
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Flor de cangueira:
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ANEXO I – Pesquisa Quantitativa
163
164
165
ANEXO II – Pesquisa Qualitativa
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Prezado parcipante,
Você está sendo convidado(a) a parcipar da pesquisa “Moda, corpo, padrões e
envelhecimento com mulheres 40, 50, 60 mais”, desenvolvida por Mariana de
Lima Maciel, discente de Especialização em Moda e Criação da Faculdade Santa
Marcelina.
O objevo central do estudo é: entender como mulheres acima dos 40 anos se
reconhecem na sociedade contemporânea, como lidam com o envelhecimento,
corpo e moda.
O convite a sua parcipação se deve a pertencer ao grupo estudado e a ter
demonstrado interesse prévio em parcipar das entrevistas. Sua parcipação é
voluntária, isto é, ela não é obrigatória, e você tem plena autonomia para decidir
se quer ou não parcipar, bem como rerar sua parcipação a qualquer
momento. Você não será penalizado de nenhuma maneira caso decida não
consenr sua parcipação, ou desisr da mesma. Contudo, ela é muito
importante para a execução da pesquisa.
As informações prestadas serão ulizadas como base para elaboração de
monografia, bem como imagens cedidas. Estas poderão ser publicadas em
monografia impressa ou virtual como objeto de estudo.
A sua parcipação consisrá em responder perguntas de um roteiro de
entrevista/quesonário (disponíveis no final do documento) à pesquisadora do
projeto. A entrevista será gravada e ao parcipar da entrevista você está
autorizando a gravação.
O tempo de duração da entrevista é de aproximadamente uma hora e será
realizada online.
As entrevistas serão transcritas e ao final da final da pesquisa, poderão entrar
como comprovação de estudos na monografia publicada.
Ao aceitar parcipar da pesquisa você está concordando em autorizar a
publicação, cedendo suas informações e imagens sem custos. As perguntas e
imagens solicitadas estão disponíveis no final deste documento.
Esta pesquisa não concede nenhum po de remuneração ou bonificação aos
parcipantes. Ao final do projeto as parcipantes interessadas poderão ter
acesso a monografia publicada.
Os resultados serão divulgados em palestras dirigidas a docentes e formadores
da banca de avaliação, relatórios individuais, argos cienficos e na dissertação
da monografia.
Este Termo é redigido em duas vias (não será fornecida cópia, mas sim outra via),
sendo uma para o parcipante e outra para o pesquisador. O parcipante da
pesquisa deverá preencher nome completo com assinatura aposta no final
página.
Pesquisadora: Mariana de Lima Maciel - e-mail: marianalmaciel8@gmail.com -
cel.: 11 98918-0988
Perguntas da entrevista:
Nome Completo
Idade
1. Fale um pouco sobre você.
2. Como você nomeia sua faixa etária? E como se
sente em relação a ela?
3. O que envelhecimento significa para vc? E Como
impacta na sua vida?
4. Você de hoje e de 10 anos atrás o que mudou? E
como se sente sobre?
5. Como você se imagina daqui 10 anos?
6. Você hoje comparada a sua mãe com sua idade, o
que mudou?
7. Como você se sente em relação a sociedade
hoje?
8. Como a sua geração de mulheres está
transformando a sociedade hoje?
9. Qual a sua relação com a moda/ vesr?
10. Encontra alguma dificuldade?
11. O que mudou na sua maneira de se vesr hoje
comparado a 10 anos atrás?
12. Você acha que hoje a idade é relevante na
escolha de uma peça de roupa?
13. O que você busca ao se vesr?
14. O que prioriza ao comprar uma roupa?
15. Você acha que a pandemia pode impactar a
forma como nos vesmos hoje? Se sim, como?
16. Quanto tempo mais ou menos duram (da
compra até se desfazer) suas peças de roupas?
17. Você tem peças que usa por anos? Qual? Por
quê?
18. Quais peças suas duram mais?
19. O que você faz quando não precisa mais de uma
peça?
20. Se essa peça tem mais de uma opção de uso, ele
tem mais durabilidade para vc?
21. Se essa é vendida com mais de uma opção de
uso, é um diferencial para você?
22. A procedência e o descarte da sua peça, são
importantes para a sua compra? Se sim, como você
se informa sobre?
Você poderia disponibilizar, por meio digital e
autorizar inserir como estudo na monografia?
23. Uma foto de corpo inteiro de frente, em que
goste especialmente de como está vesda.
24. Uma foto com uma peça que você tem por anos
(item 17).
_____________________________
Nome e Assinatura do Pesquisador
São Paulo, 05 de fevereiro de 2021
Declaro que entendi os objevos e condições de minha parcipação na pesquisa
e concordo em parcipar.
_________________________________________
(Assinatura do parcipante da pesquisa)
166
ANEXO III – Pesquisa Perfil de Compra
167
168
Sertões:
travessias
conTEMPOrâanea +
MARIANA DE LIMA MACIEL
SP | BR | 2021
marianalmaciel8@gmail.com
+55 11 98918-0988 | +55 11 3936-2746