Paliativos

PO228
A inserção da abordagem espiritual na graduação médica: relato de experiência
Felipe Nunes Rios Vicente 1 , Welma Wildes Cunha Coleho Amorim 1 , Vanessa Antunes Fonseca 2 , Nayara Torres
Bonfim 3
1
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da conquista, Brazil, 2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Brasil, 3 Faculdade de Tecnologia e Ciência, Vitória da Conquista, Brasil
Apresentação: A espiritualidade dá oportunidade a pacientes que encontram-se em fase terminal de vida em
buscar superação para desejar viver mais e melhor. Assim, é essencial que os profissionais de saúde abordem
holisticamente o indivíduo de modo a oferecer-lhe uma assistência integral e mais humana. Entretanto, durante o
curso de Medicina, geralmente pouco é abordado questões sobre espiritualidade e Cuidados Paliativos (CP).
Objetivo: Suprir a carência destes estudantes que não adquirem habilidades suficientes para abordar clinicamente
a espiritualidade durante a graduação.
Métodos: Estudantes de medicina, assistente social, médicos, psicólogos e representantes religiosos, constituem a
equipe multidisciplinar do projeto “ComPAIXÃO: cuidados paliativos em pacientes oncológicos”, numa casa de apoio
em Vitória da Conquista/BA/BRASIL, que abriga pacientes oncológicos. Semanalmente, a equipe realiza o estudo
e discute casos, com aulas sobre temas relacionados a CP e espiritualidade. Em outro momento, o de prática, os
alunos acompanham os profissionais e abordam os pacientes de acordo suas necessidades físicas e psicossociais,
realizando grupos de orações e aplicando instrumentos para obtenção de história espiritual – questionários HOPE e
FICA.
Resultados:: Maior empatia dos pacientes sobre os discentes, resultando em perceptível melhora do estado geral
de saúde dos pacientes abordados; dificuldade de identificar a forma e momento ideal de realizar a abordagem
espiritual.
Conclusão: Abordar a espiritualidade é um desafio a ser enfrentado pelos estudantes que atuam em CP. Discernir
o momento ideal para iniciar a abordagem espiritual, surge como dificuldade ao enfoque pouco eficaz que é
dado no contexto acadêmico sobre a temática. Problematizando-se, ainda, com a baixa produção científica de
algoritmos e escalas que direcionem com maior sensibilidade o atendimento espiritual de acordo as necessidades
do paciente. Entretanto, os acadêmicos e os profissionais de saúde não podem ignorar a abordagem sobre
espiritualidade, uma vez que foi notória a melhora dos pacientes quando questionados sobre o assunto.
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