O papel modulador do gene AIRE - capes

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INTRODUÇÃOCoraçãoLínguaEstômagoGlândula mamáriaRimTireóideEpidermeLeucócitosTestículosPulmãoPâncreasGlândula salivarCordão umbilicalMedula ósseaEndotélioEritrócitosAmeloblastosOutrosCérebroIntestinoFígadoPlacentaPróstataPróstataMúsculo esqueléticoÚteroMúsculo esqueléticoBexigaÚteroEmbriãoBexigaEmbriãoOlhoOlhoTecido GordurosoVesícula Tecido biliarGordurosoOócito/zigotoVesícula biliarParatireóideOócito / zigotoParatireóideFigura 5. Representação de diversos tecidos e órgãos parenquimais no timo murino égarantida pela expressão dos antígenos relacionados a tecidos (TRAs) pelas célulasepiteliais (mTECs), fenômeno chamado expressão gênica promíscua (Retirado deKyewski & Derbinski, 2004).A partir do ano de 2005 nosso grupo de pesquisa vem contribuindocom esta área de estudos produzindo trabalhos sobre PGE no timomurino. Descrevemos sua ocorrência in vitro em cultura de timo fetal deBALB-c (fetal thymus organ culture, FTOC) mostrando a emergência destetipo de expressão durante o desenvolvimento ontogenético (SousaCardoso et al., 2006). Além disso, demonstramos que o gene Aire tem suatranscrição iniciada no timo fetal aos 16 dias de gestação e que a PGEemerge no vigésimo dia. Num outro trabalho, analisamos o efeito dobackground genético de linhagens isogênicas de camundongos sobre adiversidade da PGE e a distribuição genômica dos genes expressos(Magalhães et al., 2006).21
INTRODUÇÃOAtualmente focamos as análises de PGE do timo de linhagens decamundongos que reproduzem doenças auto-imunes tais como a NODque reproduz diabetes melitus do tipo 1 (DM-1) (Silveira 2005; Fornari2008) e DBA-1 que reproduz artrite reumatóide mediante imunizaçãocom colágeno (Donate 2008).Sem reflexão poderíamos até pensar que estaríamos observando oóbvio. Mas ao invés disso, a imunologia molecular encontrou umaoportunidade ímpar de descrever e mensurar a expressão de cada um dosgenes de TRAs quando passou a utilizar a tecnologia dos cDNAmicroarrays.A tolerância do repertório de células T ao próprio é especificamenteadquirida em cada indivíduo por caminhos diferentes nodesenvolvimento das células T imaturas, dependentes da intensidade dainteração entre o receptor de célula T e o peptídeo ligante de MHCpróprio. Como resultado, a diversidade de antígenos próprios que sãoacessíveis ao repertório nascente no timo determinará a extensão eespecificidade da tolerância central ao próprio (Kyewski & Derbinski,2004).Vários exemplos de expressão ‘aberrante’ de TRAs no timo com umpossível papel na tolerância de células T foram reportados há vários anosatrás. Porém, as implicações da noção ainda herética de regulação gênicacelular tipo-específica no timo ainda não foram exploradas a contento(Kyewski & Derbinski, 2004).A maior implicação desta expressão heterogênea de genes no timose associa à manutenção da homeostase imunológica do corpo,controlando as reações auto-imunes patológicas.22
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