O papel modulador do gene AIRE - capes
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DISCUSSÃOBoehm et al. (2003) afirmaram que o sinal via linfotoxina (LT)regula a composição e organização do timo, particularmente docompartimento medular epitelial. Enquanto isso uma série de trabalhostem indicado sinais de que a LT controla a expressão de AIRE, mediandoa transcrição ectópica dos genes que codificam uma variedade deantígenos relacionados a tecidos e promovendo a deleção clonal detimócitos auto-reativos e não a composição/estrutura do epitélio tímico(Chin et al., 2003; Chin et al., 2006; Zhu M et al., 2006). Para tentarelucidar essa questão, Venanzi et al (2007) examinou o papel da via da LTno timo e sua relação com AIRE e a transcrição gênica de TRAs, usandouma combinação de ferramentas de histologia, citometria de fluxo eperfis de expressão gênica. Concluíram que a via LT permanece sendoimportante no domínio do desenvolvimento/organização do timo eparece não participar como um protagonista crítico na tolerância mediadapor AIRE.As observações acima relatadas mostram claramente que AIRE(Aire) é um controlador central, mas não atua sozinho, necessitandooutros genes (ou suas respectivas proteínas) no mecanismo da modulaçãoda expressão de genes de TRAs.Neste ponto é que procuramos inserir o presente trabalho,formulando a hipótese de que Aire é um controlador upstream de umarede gênica de TRAs.Para começar a testar tal hipótese, utilizamos o método desilenciamento gênico (RNA interferente ou RNAi) dirigido contra otranscrito do gene Aire.A utilização de RNAi na pesquisa tem sido amplamente difundida,pois a possibilidade de “silenciar” a expressão de genes pode levar aaplicações na pesquisa básica como no seu uso clínico (Chen et al, 2003;101
DISCUSSÃOStrillacci et al, 2006).Nossos resultados mostram que o silenciamento do transcrito deAire foi parcial (figura 19), mas mesmo assim, foi possível identificarperfis de expressão gênica distintos comparando células mTEC controle eas transfectadas com RNAi anti-Aire (figura 23). O silenciamento parcialpassou inclusive a ser de interesse, pois nos permitiu evidenciar os genesde TRAs com forte dependência de Aire.Para a análise da PGE escolhemos trabalhar somente com um dosgrupos controle (mTEC) versus células mTEC transfectadas com RNAianti-Aire e, conseqüentemente, analisando aquele grupo de genesaltamente dependentes de Aire.Como é possível observar na figura 25, houve uma separação dasamostras de acordo com o grupo de células e uma modulação dos níveisde expressão dos genes TRAs após a transfecção com RNA interferente.Dos 212 genes diferencialmente expressos, 80 encontravam-se induzidos(dos quais 37 ainda representam ESTs ou expressed sequence tags) e 132reprimidos (17 ESTs) em células mTEC transfectadas, indicando umadiminuição do número de genes de TRAs expressos após o silenciamentode Aire (figuras 27 e 28).Os sistemas circulatório, digestivo, olhos, tecido adiposo e sistemalinfóide tiveram sua representatividade diminuída após a transfecçãocom RNAi anti-Aire. Já os sistemas glandular, nervoso periférico,reprodutor, órgãos sensoriais e sistema urinário apresentaram umarepresentatividade aumentada enquanto que nos sistemas nervosocentral, locomotor, muscular, respiratório, epiderme/pele, intestino eplacenta ela permaneceu inalterada.Para analisar as interações em rede entre os genes diferencialmenteexpressos após a transfecção com o RNAi anti-Aire, escolhemos o102
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DISCUSSÃOBoehm et al. (2003) afirmaram que o sinal via linfotoxina (LT)regula a composição e organização <strong>do</strong> timo, particularmente <strong>do</strong>compartimento medular epitelial. Enquanto isso uma série de trabalhostem indica<strong>do</strong> sinais de que a LT controla a expressão de <strong>AIRE</strong>, median<strong>do</strong>a transcrição ectópica <strong>do</strong>s <strong>gene</strong>s que codificam uma variedade deantígenos relaciona<strong>do</strong>s a teci<strong>do</strong>s e promoven<strong>do</strong> a deleção clonal detimócitos auto-reativos e não a composição/estrutura <strong>do</strong> epitélio tímico(Chin et al., 2003; Chin et al., 2006; Zhu M et al., 2006). Para tentarelucidar essa questão, Venanzi et al (2007) examinou o <strong>papel</strong> da via da LTno timo e sua relação com <strong>AIRE</strong> e a transcrição gênica de TRAs, usan<strong>do</strong>uma combinação de ferramentas de histologia, citometria de fluxo eperfis de expressão gênica. Concluíram que a via LT permanece sen<strong>do</strong>importante no <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> desenvolvimento/organização <strong>do</strong> timo eparece não participar como um protagonista crítico na tolerância mediadapor <strong>AIRE</strong>.As observações acima relatadas mostram claramente que <strong>AIRE</strong>(Aire) é um controla<strong>do</strong>r central, mas não atua sozinho, necessitan<strong>do</strong>outros <strong>gene</strong>s (ou suas respectivas proteínas) no mecanismo da modulaçãoda expressão de <strong>gene</strong>s de TRAs.Neste ponto é que procuramos inserir o presente trabalho,formulan<strong>do</strong> a hipótese de que Aire é um controla<strong>do</strong>r upstream de umarede gênica de TRAs.Para começar a testar tal hipótese, utilizamos o méto<strong>do</strong> desilenciamento gênico (RNA interferente ou RNAi) dirigi<strong>do</strong> contra otranscrito <strong>do</strong> <strong>gene</strong> Aire.A utilização de RNAi na pesquisa tem si<strong>do</strong> amplamente difundida,pois a possibilidade de “silenciar” a expressão de <strong>gene</strong>s pode levar aaplicações na pesquisa básica como no seu uso clínico (Chen et al, 2003;101