12.07.2015 Views

E-book - Universidad Nacional de Rosario

E-book - Universidad Nacional de Rosario

E-book - Universidad Nacional de Rosario

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Argentina y Brasil: “Proyecciones Internacionales, Cooperación Sur-Sur e Integración”Em 1968, a Argentina firmou um acordo com a República Fe<strong>de</strong>ral da Alemanha (RFA), para a compra<strong>de</strong> um reator <strong>de</strong> 320 Megawatts, <strong>de</strong>stinado à usina nuclear <strong>de</strong> Atucha I. A usina foi construída sematrasos, entrando em operação em 1974. Paralelamente, perseguindo o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologiavoltada para aplicações bélicas, foi iniciada, também em 1968, a construção <strong>de</strong> uma instalaçãopara o reprocessamento <strong>de</strong> Urânio – visando a obter Plutônio – em Ezeiza. Posteriormente, essa instalaçãofoi fechada em 1973, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> pressões do governo norte-americano (Cirincione;Rajukmar; Wolfsthal, 2002:338).Quando da abertura para assinaturas do TNP, em 1968, o governo argentino recusou tornar-se signatário,alegando que o Tratado comprometeria sua soberania e imporia restrições ao seu programanuclear. Em 1978, a CNEA retomou o projeto <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reprocessamento<strong>de</strong> Urânio em Ezeiza. Essa segunda tentativa <strong>de</strong> construir esse tipo <strong>de</strong> instalação tinha em seu escopoa meta <strong>de</strong> obter entre 10 a 20 quilos <strong>de</strong> Plutônio por ano. A construção teve inúmeros atrasosem função <strong>de</strong> restrições orçamentárias e, novamente, em função das pressões norte-americanas,o projeto foi paralisado e abandonado em 1990. Paralelamente, também em 1978, foi iniciada aconstrução <strong>de</strong> uma instalação <strong>de</strong> enriquecimento <strong>de</strong> Urânio, em Pilcaniyeu, utilizando o processo <strong>de</strong>difusão gasosa (Cirincione; Rajukmar; Wolfsthal, 2002:338-339).Em linhas gerais, na década <strong>de</strong> 1970, o programa nuclear argentino contemplava a construção <strong>de</strong>duas usinas nucleares, Atucha I e Embalse Río Tercero, mais quatro usinas <strong>de</strong> 650 Megawatts, queestariam em operação comercial até o ano 2000. Adicionalmente, o programa incluía os CentrosAtômicos <strong>de</strong> Constituyentes, Ezeiza e Pilcaniyeu, uma usina experimental <strong>de</strong> água pesada em BuenosAires e outra industrial em Arroyitos, uma instalação <strong>de</strong> enriquecimento <strong>de</strong> Urânio em Pilcaniyeu euma instalação <strong>de</strong> reprocessamento em Ezeiza, além da construção <strong>de</strong> um <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> lixo atômicoem Gastre (Oliveira, 1998:9).Com o golpe militar <strong>de</strong> 1976, a política nuclear passou a ser consi<strong>de</strong>rada como da mais alta priorida<strong>de</strong>pelo governo. O orçamento da CNEA atingiu os maiores valores <strong>de</strong> toda sua história. Assim, oprograma nuclear argentino que recebia 0,6% do total <strong>de</strong> investimentos públicos em 1970, passou areceber 6,2% em 1980, chegando a comprometer a 15% <strong>de</strong>sses investimentos em 1983, último anodo regime militar (Oliveira, 1998:11).206Em 1981, foi iniciada a construção da terceira usina atômica, Atucha II, com 745 Megawatts <strong>de</strong> potência,adquirida na RFA. Com um cronograma <strong>de</strong> execução com conclusão prevista para 1987, a usinateve sua construção postergada por vários anos. Sua construção foi retomada em 2006, no contextodo relançamento do Plan Nuclear (11). Em 2012, Atucha II encontra-se em fase <strong>de</strong> prontificação paraoperação (12). As três outras centrais nucleares, previstas no programa da década <strong>de</strong> 1970, não tiveramas respectivas construções iniciadas. Com relação ao domínio do ciclo do combustível nuclear, oCentro Atômico <strong>de</strong> Ezeiza <strong>de</strong>senvolveu tecnologia própria dos elementos combustíveis para as centrais<strong>de</strong> geração <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>, tendo inaugurado, em 1981, a fábrica <strong>de</strong> elementos combustíveis,on<strong>de</strong> são fabricadas pastilhas <strong>de</strong> Urânio para as centrais atômicas em operação (Oliveira, 1998:10).11- Argentina. Comisión <strong>Nacional</strong> <strong>de</strong> Energía Atómica (CNEA). Reactivación <strong>de</strong> la Actividad Nuclear en la República Argentina().12- Argentina. Nucleoeléctrica Argentina. NA-AS Centrales Nucleares. Atucha II ().

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!