Desafíos Feministas en América Latina: la mirada ... - Cotidiano Mujer

Desafíos Feministas en América Latina: la mirada ... - Cotidiano Mujer Desafíos Feministas en América Latina: la mirada ... - Cotidiano Mujer

dhl.hegoa.ehu.es
from dhl.hegoa.ehu.es More from this publisher
12.07.2015 Views

Políticas referentes à violação do direito humano à moradia adequada:promoção de unidades sanitárias, viabilização de abastecimento deágua nas ocupações, regularização das ligações de energia elétrica com inclusãodos moradores nos programas sociais equivalentes, combate à insalubridade nosdomicílios.Do exposto até aqui, podemos concluir com a assertiva de Hirata e Kergoat (1994,p. 97), que defendem que “Relações de sexo são classistas”. Numa sociedadecapitalista, perpassada por diferenças de gênero, raça e classe, a ação do estadono sentido de articular os diferentes interesses em jogo se concretiza atravésdas chamadas políticas públicas, as quais são severamente influenciadas porinteresses antagônicos. Como já foi dito, as relações de classe e sexo organizama totalidade das práticas sociais em qualquer lugar que se exerçam, o que incluio espaço das urbes, onde diferentes papéis sociais são desempenhados (porexemplo, mulher, negra e operária), sendo que os mesmos não comportam relaçõesmecanicistas. Podemos então inferir que as relações de sexo e de classesão indissociáveis e complementares. Tais elementos se imiscuem para comporo complexo cenário no qual se desenrola o conflito fundiário urbano e do qual asmulheres são agentes de importância central, pois lutam em todas as frentes deopressão presentes na sociedade: no campo do gênero, da classe e da raça. Eisum desafio de dimensões quase incomensuráveis para nós, feministas!ReferênciasBAHIA. Relatório Síntese: Conflitos fundiários urbanos e violações do direito humano àmoradia adequada na Região Metropolitana de Salvador. Salvador: CONDER, 2007. Mimeografado.BOURDIEU, Pierre. A dominação simbólica. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.CASTRO, Mary Garcia. Alquimia de categorias sociais na produção de sujeitos políticos.Revista Estudos Feministas, vol. 0, n. 0, 1992, p. 57-73.EISENSTEIN, Zillah R. Hacia el desarollo de una teoria del patriarcado capitalista y el feminismosocialista. In: ______ (org.). Patriarcado capitalista y feminismo socialista, México,D.F: Siglo XXI, 1980, p. 15-47.ESPINHEIRA, Gey. Salvador: a cidade das desigualdades. Cadernos do CEAS, n. 184, p.63-78, nov-dez 1999.GOUVEIA, Taciana. Mulheres: Sujeitos ocultos das / nas cidades? Disponível em: . Acesso em: 28 jun.2008.HIRATA, Helena; KERGOAT, Danièle. A divisão sexual do trabalho revisitada. In.:HIRATA, Helena; MARUANI, Margaret (orgs.). As Novas Fronteiras da Desigualdade: homense mulheres no mercado de trabalho. São Paulo: Editora Senac, 2003.______. A classe operária tem dois sexos. Estudos Feministas, n. 1, 1994, p. 93-99.MARX, Karl. Sobre o suicídio. Boitempo: São Paulo, 2006.MARX, Karl; ENGELS, Fredrich. Manifesto do partido comunista. São Paulo: Martin Claret,2001.14 Desafíos Feministas en América Latina: la mirada de las jóvenes

MONTENEGRO, Ana. Falando de Mulheres. Salvador: Casa Amarela, 2002.MSTS (Movimento dos Sem Teto de Salvador). Mulheres, moradia e outras lutas. Salvador,2007. Mimeografado.NICHOLSON, Linda. Feminismo e Marx: Integrando o Parentesco com o Econômico. In:BENHABIB, Seyla; CORNELL, Drucilla. Feminismo como crítica da modernidade.Rio de Janeiro: Ed. Rosa dos Tempos, 1993. p. 23-37.SACKS, Karen. Engels revisitado: a mulher, a organização da produção e a propriedadeprivada. In: ROSALDO, Michelle; LAMPHERE, Louise (orgs.). A mulher, a cultura e a sociedade.Rio de Janeiro: Paz e Terra 1979, p. 185-206.SARDENBERG, Cecília M. B. Estudos feministas: um esboço crítico. In: GURGEL, Célia(org.). Teoria e práxis dos enfoques de gênero. Salvador: REDOR-NEGIF, 2004. p. 17-40.SARDENBERG, Cecília M. B.; COSTA, Ana Alice A.. Feminismos, feministas e movimentossociais. In: BRANDÃO, Margarida; BINGHEMER, Maria Clara (Org.). Mulher e relaçõesde gênero. São Paulo: Loyola, 1994. p. 81-114.SCHERER-WARREN, Ilse. Movimentos sociais: um ensaio de interpretação sociológica.Florianópolis: Editora da UFSC, 1987.Desafíos Feministas en América Latina: la mirada de las jóvenes15

Políticas refer<strong>en</strong>tes à vio<strong>la</strong>ção do direito humano à moradia adequada:promoção de unidades sanitárias, viabilização de abastecim<strong>en</strong>to deágua nas ocupações, regu<strong>la</strong>rização das ligações de <strong>en</strong>ergia elétrica com inclusãodos moradores nos programas sociais equival<strong>en</strong>tes, combate à insalubridade nosdomicílios.Do exposto até aqui, podemos concluir com a assertiva de Hirata e Kergoat (1994,p. 97), que def<strong>en</strong>dem que “Re<strong>la</strong>ções de sexo são c<strong>la</strong>ssistas”. Numa sociedadecapitalista, perpassada por difer<strong>en</strong>ças de gênero, raça e c<strong>la</strong>sse, a ação do estadono s<strong>en</strong>tido de articu<strong>la</strong>r os difer<strong>en</strong>tes interesses em jogo se concretiza atravésdas chamadas políticas públicas, as quais são severam<strong>en</strong>te influ<strong>en</strong>ciadas porinteresses antagônicos. Como já foi dito, as re<strong>la</strong>ções de c<strong>la</strong>sse e sexo organizama totalidade das práticas sociais em qualquer lugar que se exerçam, o que incluio espaço das urbes, onde difer<strong>en</strong>tes papéis sociais são desemp<strong>en</strong>hados (porexemplo, mulher, negra e operária), s<strong>en</strong>do que os mesmos não comportam re<strong>la</strong>çõesmecanicistas. Podemos <strong>en</strong>tão inferir que as re<strong>la</strong>ções de sexo e de c<strong>la</strong>ssesão indissociáveis e complem<strong>en</strong>tares. Tais elem<strong>en</strong>tos se imiscuem para comporo complexo c<strong>en</strong>ário no qual se des<strong>en</strong>ro<strong>la</strong> o conflito fundiário urbano e do qual asmulheres são ag<strong>en</strong>tes de importância c<strong>en</strong>tral, pois lutam em todas as fr<strong>en</strong>tes deopressão pres<strong>en</strong>tes na sociedade: no campo do gênero, da c<strong>la</strong>sse e da raça. Eisum desafio de dim<strong>en</strong>sões quase incom<strong>en</strong>suráveis para nós, feministas!ReferênciasBAHIA. Re<strong>la</strong>tório Síntese: Conflitos fundiários urbanos e vio<strong>la</strong>ções do direito humano àmoradia adequada na Região Metropolitana de Salvador. Salvador: CONDER, 2007. Mimeografado.BOURDIEU, Pierre. A dominação simbólica. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.CASTRO, Mary Garcia. Alquimia de categorias sociais na produção de sujeitos políticos.Revista Estudos <strong>Feministas</strong>, vol. 0, n. 0, 1992, p. 57-73.EISENSTEIN, Zil<strong>la</strong>h R. Hacia el desarollo de una teoria del patriarcado capitalista y el feminismosocialista. In: ______ (org.). Patriarcado capitalista y feminismo socialista, México,D.F: Siglo XXI, 1980, p. 15-47.ESPINHEIRA, Gey. Salvador: a cidade das desigualdades. Cadernos do CEAS, n. 184, p.63-78, nov-dez 1999.GOUVEIA, Taciana. Mulheres: Sujeitos ocultos das / nas cidades? Disponível em: . Acesso em: 28 jun.2008.HIRATA, Hel<strong>en</strong>a; KERGOAT, Danièle. A divisão sexual do trabalho revisitada. In.:HIRATA, Hel<strong>en</strong>a; MARUANI, Margaret (orgs.). As Novas Fronteiras da Desigualdade: hom<strong>en</strong>se mulheres no mercado de trabalho. São Paulo: Editora S<strong>en</strong>ac, 2003.______. A c<strong>la</strong>sse operária tem dois sexos. Estudos <strong>Feministas</strong>, n. 1, 1994, p. 93-99.MARX, Karl. Sobre o suicídio. Boitempo: São Paulo, 2006.MARX, Karl; ENGELS, Fredrich. Manifesto do partido comunista. São Paulo: Martin C<strong>la</strong>ret,2001.14 <strong>Desafíos</strong> <strong>Feministas</strong> <strong>en</strong> <strong>América</strong> <strong>Latina</strong>: <strong>la</strong> <strong>mirada</strong> de <strong>la</strong>s jóv<strong>en</strong>es

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!