Desigualdad Social y Equidad en Salud: Perspectivas Internacionales
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social da condição e localiza os eventos como conseqüência da exposição social inerentea condição de classe social como condição estruturante.No exercício de análise das iniqüidades buscamos portanto encontrar a forma deexpressar a condição de classe social mediante a elaboração de um constructo quetenha como eixo central a caracterização da condição sócio-ocupacional. Inspiramonosna experiência inglesa, sueca e canadense, as quais utilizam a condição sócioocupacionalcomo um “proxy” de classe social para as representações e análisesfeitas sobre as iniqüidades encontradas na qualidade de vida da população (de fatoestas categorizações sócio-ocupacionais presidem todas as representações analíticasdas estatísticas populacionais que buscam caracterizar as iniqüidades sociais). Nosquadros abaixo vemos como em dois exemplos se expressam os gradientes de fragilidadesocial através do impacto da perda de capacidade para o trabalho segundocondição de inserção sócio-ocupacional na Suécia e como se distribui de forma diferencial,a mortalidade segundo as condições sócio-ocupacionais na serie histórica daInglaterra e Pais de Gales (Naidoo e Wills, 2000).Categoríasocial-profesionalEnfermedad de LargaDuraciónRiesgo RelativoCon Reducción de laCapacidad de TrabajoPérdida severa de capacidadde trabajo y fuera de la fuerzade trabajoProfesional 1.0 1.0 1.0Intermediario No Manual 1.1 1.4 1.8Rutinario No Manual 1.5 2.2 3.8Manual Calificado 1.7 3.3 6.0No Calificado 1.8 3.2 6.2% Pobl. 25-64 39.7 20.8 6.0Suecia, 1999Combinar a identidade racial com classes sociais, gêneros e classes sociais, territorializaçãocom classes sociais, renda, educação e patrimônio com classes sociais,seria um caminho analítico para, desde o efeito ordenador de um elemento estrutural– classe social, chegar a entender e representar com mais precisão onde estão osgrupos que persistentemente estão excluídos e que reproduzem esta exclusão entreos seus membros, mas sobretudo para buscar entender como promover políticas dedesenvolvimento orientadas pela equidade que pudessem chegar e afetar favoravelmenteestes grupos.Aceita a tese da necessidade da análise desde a categoria classe social e de suarepresentação mediante a utilização da “proxy” categoria de inserção sócio – ocupacional,nos restava verificar se isto seria possível de realizar mediante os dadosdisponíveis nos censos e amostras de domicílios realizados no Brasil. A respostaDe Negri Filho261
e’ afirmativa e foi corroborada pelos trabalhos realizados pelo Observatório dasMetrópoles com sede no IPPUR da UFRJ, onde através da Professora Luciana Lagotivemos a oportunidade de avaliar as categorias sócio-ocupacionais construídas apartir da variável ocupação e ver a colinearidade que esta categoria guarda comníveis de renda, patrimônio educativo e patrimônio material – habitação e meiosde produção, alem de permitir uma projeção espacial / territorial de um padrão depresença territorial dessas “classes sociais” e correlacionar perfil de “classes” comestruturas familiares tipo.Clase Social 1959 - 1963 1970 - 1972 79/80 82/83H M H M H MI. Profesional 76 77 77 82 66 75II. Intermediario 81 83 81 87 76 83III. N-Calificado No100 103 104 109 106 107ManualIII. M-Calificado Manual 100 103 104 109 106 107IV. Semicalificado 103 103 114 119 129 133V. No Calificado 143 141 137 135 129 133Razón de Mortalidad Padronizada -SMR- % del promedio. Diferencias en mortalidad de adultos 15-64a., Inglaterray GalesA verificação da factibilidade de obter informação das bases nacionais para umprimeiro exercício aplicado desta análise de representação das classes sociais mediantea “proxy” de condição de inserção sócio-ocupacional, animou a intenção debuscar uma análise mais fina do ponto de vista estatístico, permitindo apontar o usode equações multi-nível que representem as hierarquias das determinações sociaisderivadas da condição de classe. Seria particularmente interessante analisar a dispersãoe tendência dos registros para entender os perfis de classe social a partir decondição sócio-ocupacional e suas tendências, evitando o uso exclusivo de medidasde tendência central, as quais geram médias e portanto representações espaciais queperdem o sentido da discriminação das diferenças e portanto das iniqüidades. Derivadesta preocupação a necessidade de buscar uma escala de representação territorialdas iniqüidades que seja compatível com esta sensibilidade requerida, e que hoje seriamos setores censitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.Nesta perspectiva, e seguindo o proposto por Diderichsen e Halqvist (2003) eadaptado pelo autor (2004) no modelo abaixo, estaríamos trabalhando na caracterizaçãoda condição social dos indivíduos – como classe social, buscando caracterizaras exposições sociais decorrentes desta condição determinante – tais como as barreirasa educação e dimensionando então as condições de dano: desescolarização, repe-262 A necessidade de uma educação política para um novo olhar
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social da condição e localiza os ev<strong>en</strong>tos como conseqüência da exposição social iner<strong>en</strong>tea condição de classe social como condição estruturante.No exercício de análise das iniqüidades buscamos portanto <strong>en</strong>contrar a forma deexpressar a condição de classe social mediante a elaboração de um constructo quet<strong>en</strong>ha como eixo c<strong>en</strong>tral a caracterização da condição sócio-ocupacional. Inspiramonosna experiência inglesa, sueca e canad<strong>en</strong>se, as quais utilizam a condição sócioocupacionalcomo um “proxy” de classe social para as repres<strong>en</strong>tações e análisesfeitas sobre as iniqüidades <strong>en</strong>contradas na qualidade de vida da população (de fatoestas categorizações sócio-ocupacionais presidem todas as repres<strong>en</strong>tações analíticasdas estatísticas populacionais que buscam caracterizar as iniqüidades sociais). Nosquadros abaixo vemos como em dois exemplos se expressam os gradi<strong>en</strong>tes de fragilidadesocial através do impacto da perda de capacidade para o trabalho segundocondição de inserção sócio-ocupacional na Suécia e como se distribui de forma difer<strong>en</strong>cial,a mortalidade segundo as condições sócio-ocupacionais na serie histórica daInglaterra e Pais de Gales (Naidoo e Wills, 2000).Categoríasocial-profesionalEnfermedad de LargaDuraciónRiesgo RelativoCon Reducción de laCapacidad de TrabajoPérdida severa de capacidadde trabajo y fuera de la fuerzade trabajoProfesional 1.0 1.0 1.0Intermediario No Manual 1.1 1.4 1.8Rutinario No Manual 1.5 2.2 3.8Manual Calificado 1.7 3.3 6.0No Calificado 1.8 3.2 6.2% Pobl. 25-64 39.7 20.8 6.0Suecia, 1999Combinar a id<strong>en</strong>tidade racial com classes sociais, gêneros e classes sociais, territorializaçãocom classes sociais, r<strong>en</strong>da, educação e patrimônio com classes sociais,seria um caminho analítico para, desde o efeito ord<strong>en</strong>ador de um elem<strong>en</strong>to estrutural– classe social, chegar a <strong>en</strong>t<strong>en</strong>der e repres<strong>en</strong>tar com mais precisão onde estão osgrupos que persist<strong>en</strong>tem<strong>en</strong>te estão excluídos e que reproduzem esta exclusão <strong>en</strong>treos seus membros, mas sobretudo para buscar <strong>en</strong>t<strong>en</strong>der como promover políticas dedes<strong>en</strong>volvim<strong>en</strong>to ori<strong>en</strong>tadas pela equidade que pudessem chegar e afetar favoravelm<strong>en</strong>teestes grupos.Aceita a tese da necessidade da análise desde a categoria classe social e de suarepres<strong>en</strong>tação mediante a utilização da “proxy” categoria de inserção sócio – ocupacional,nos restava verificar se isto seria possível de realizar mediante os dadosdisponíveis nos c<strong>en</strong>sos e amostras de domicílios realizados no Brasil. A respostaDe Negri Filho261