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Desigualdad Social y Equidad en Salud: Perspectivas Internacionales

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Em correspondência com as taxas de mortalidade infantil, verifica-se situaçãosimilar em relação à esperança de vida ao nascer que <strong>en</strong>tre os estados brasileirosvaria de 61,89 anos em Alagoas a 70,84 no Rio Grande do Sul. As situações maisfavoráveis, em ordem decresc<strong>en</strong>te, se verificam nos estados das regiões Sul, Sudeste,C<strong>en</strong>tro-Oeste, Norte e Nordeste (tabela 2 e gráfico 3).As difer<strong>en</strong>ças no estado de saúde da população brasileira podem também sersintetizadas através da análise das taxas de mortalidade geral. Particularm<strong>en</strong>te paraos objetivos da m<strong>en</strong>suração da equidade, um indicador sugestivo é o coefici<strong>en</strong>te demortalidade por do<strong>en</strong>ças infecto-parasitárias já que as difer<strong>en</strong>ças <strong>en</strong>tre grupos eregiões podem ser atribuídas às desigualdades no acesso a recursos disponíveis noespaço urbano e rural, como abastecim<strong>en</strong>to de água, esgotam<strong>en</strong>to sanitário, cuidadosmédicos e imunizações. Deve-se ressaltar que a análise comparativa desses coefici<strong>en</strong>tesé bastante problemática por duas razões: primeiro porque o sub-registro deóbitos no País é significativo, especialm<strong>en</strong>te nas regiões Norte e Nordeste e segundo,porque essas regiões apres<strong>en</strong>tam um elevado perc<strong>en</strong>tual de causas mal definidas 11 , oque distorce os índices segundo causas de óbitos e permite aferir os difer<strong>en</strong>ciais naqualidade do registro de informação, <strong>en</strong>tre Estados e Regiões. Apesar dessas limitaçõesdos dados, em 1995 a região Sul apres<strong>en</strong>tava, em média, as m<strong>en</strong>ores taxas,o que refletia melhores condições sócio-econômicas. As regiões Sudeste e C<strong>en</strong>tro-Oeste, por sua vez, apres<strong>en</strong>tavam taxas medianas semelhantes ao Norte e Nordesteembora seja lícito supor que esse grupo de causas - as do<strong>en</strong>ças infecciosas e parasitárias- repres<strong>en</strong>te efetivam<strong>en</strong>te maior risco de morte nas regiões Norte e Nordeste,comparativam<strong>en</strong>te ao Sul, Sudeste e C<strong>en</strong>tro-Oeste.Outros indicadores do estado de saúde são aqueles refer<strong>en</strong>tes à morbidade hospitalarque podem ser utilizados como proxi da morbidade geral. Um grupo etário s<strong>en</strong>sívelà avaliação da morbidade hospitalar é o da criança, especialm<strong>en</strong>te no primeiroano de vida. Este grupo <strong>en</strong>contra-se, juntam<strong>en</strong>te com os maiores de 65 anos, <strong>en</strong>tre osque mais geram internações no País, quando são excluídas as internações por causasobstétricas. As crianças m<strong>en</strong>ores de um ano apres<strong>en</strong>taram perfil difer<strong>en</strong>ciado de internaçãosegundo a idade da criança no mom<strong>en</strong>to da hospitalização. Enquanto nascrianças m<strong>en</strong>ores de um mês são importantes as causas relacionadas com a gestaçãoe o parto, na faixa acima de um mês predominam do<strong>en</strong>ças ligadas às condições devida. Nesse s<strong>en</strong>tido, são significativos os índices de internações por diarréias e pneumonias<strong>en</strong>tre os m<strong>en</strong>ores de um ano que poderiam ser evitadas com a melhoria doat<strong>en</strong>dim<strong>en</strong>to básico no nível do at<strong>en</strong>dim<strong>en</strong>to ambulatorial (STARFIELD, 1998). No<strong>en</strong>tanto, no Brasil cerca de 64,5% das internações de crianças <strong>en</strong>tre o primeiro mêsde vida e um ano são para o tratam<strong>en</strong>to de diarréia e pneumonia.As taxas de internações por diarréia no primeiro ano de vida variam de 12,1011 Em 1996 as proporções de óbitos por causas mal definidas (em relação ao total de óbitos) foi de 24,2% naregião Norte e 32,4% na Nordeste. As demais regiões apres<strong>en</strong>taram índices inferiores: Sudeste (9,2%), Sul (8,9) eC<strong>en</strong>tro-Oeste (10,8). O índice para o Brasil correspondia a 15,1%. (IDB97-Ministério da Saúde).182 <strong>Equidad</strong>e em saúde no brasil

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