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“VAMOS A PORTARNOS MAL”

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A partir da primeira edição do Fórum Social Mundial, em 2001, tanto ONGsquanto movimentos sociais fincam a bandeira “pelo direito” aos protestos. A cidadede Porto Alegre (RS), no Sul do pais, recebe milhares de ativistas do mundo todo. Era ahomologação de um fato: há muitos incômodos em nosso planeta, há muita demandapor novas ações para a construção de um novo mundo, de novos homens e mulheres. Enão há outra forma mais explícita de apresentar tais incômodos do que protestando.O FSM se auto define como “um espaço de debate democrático de ideias,aprofundamento da reflexão, formulação de propostas, troca de experiências earticulação de movimentos sociais, redes, ONGs e outras organizações da sociedadecivil que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e porqualquer forma de imperialismo”. Se configurou como um processo mundialpermanente de busca e construção de alternativas às políticas neoliberais.À partir da cidade gaúcha, o ambiente do FSM era “laboratório” de muitas formase temas de protesto. Da passeata tomando as ruas com bandeiras e sons de batucadascom palavras de ordem, como várias vezes fez a Marcha Mundial das Mulheres,ou a pichação crítica de anúncios publicitários e muros da cidade, passando poratos nos mercados que vendem produtos transgênicos, plantação coletiva de mudasde árvores como fazem ambientalistas e sem terra, ou a caminhada dos pelados.Foram momentos que ofereceram para um grupo grande de pessoas novas propostase formas de ação.Julia Di Giovanni foi militante do movimento feminista e atuou intensamenteno Fórum. E para ela “movimento social funciona muito mais como processo deexperimentar coisas novas: nas relações, no jeito de fazer e de pensar a sociedadedo que em termos de demanda e resposta; tem a demanda e resposta também, narelação com o Estado”.De 2001 para cá foram várias edições, no Brasil e fora dele, com formatoscentralizados ou em várias partes do planeta ao mesmo tempo. O neoliberalismo etodas mazelas que surgiram ainda não foram vencidas e o caminho para a construçãode novas sociedades e novas mentes ainda precisa ser percorrido. Sendo assim, diriaque protestar ainda é preciso!Exemplo recente e inovador de protesto é a Mostra Luta!. Mostra nacional devídeos, fotografias, poemas e quadrinhos que exibe e debate as lutas travadas contraa exploração e a opressão. Organizada pelo Coletivo de Comunicadores Populares,abre espaço para a expressão de todas e todos que não têm acesso aos meios dedifusão de suas lutas e ideais. Tende a transformar-se em mais um instrumentopara “romper o silêncio imposto pela grande mídia: as lutas contra a exploração, amiséria, a concentração de renda e terra, contra todas as formas de opressão, contrao monopólio dos meios de comunicação e a mercantilização da cultura e da arte,contra a progressiva perda de direitos e a criminalização dos que buscam lutar poresses direitos”, diz o manifesto do evento.120] BRASIL

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