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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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abrir a subjetivida<strong>de</strong> ao ‘outro’, o ‘ser’ po<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir ter sido eleito eassignado 15 pelo Infinito antes <strong>de</strong> ter se tornado ‘ser’. Descoberta que provocaráo surgim<strong>en</strong>to <strong>de</strong> uma responsabilida<strong>de</strong> assimétrica que irá aum<strong>en</strong>tandoem re<strong>la</strong>ção ao ‘outro’. Uma responsabilida<strong>de</strong> que ligará a pessoanão só à sincronia do tempo 16 , mas à diacronia 17 , levando-a a experi<strong>en</strong>ciara dim<strong>en</strong>são da fraternida<strong>de</strong>. Comportam<strong>en</strong>to que po<strong>de</strong>rá ir se est<strong>en</strong><strong>de</strong>ndopara as obras da paciência, ‘expiação e substituição’, levando-o a agircomo um ‘servo sofredor’, ‘um Subjectum universal’.Para este filósofo, isto significa colocar-se no lugar daquel@ que sofre,substituindo-@ em seu sofrim<strong>en</strong>to, lutando pe<strong>la</strong> justiça, por tod@s e paratod@s, e incluindo ‘tod@s’ na gran<strong>de</strong> família universal.ConclusãoPara Lévinas, só a ‘ética da alterida<strong>de</strong>’ po<strong>de</strong> levar o ‘ser humano’ a umarevolução perman<strong>en</strong>te, capaz <strong>de</strong> proporcionar uma socieda<strong>de</strong> voltadapara o ‘outro’, na qual a justiça será o único gran<strong>de</strong> objetivo. Um socieda<strong>de</strong>on<strong>de</strong> todos’ possam, sem exceção, ser aceitos, respeitados e amadosem sua singu<strong>la</strong>rida<strong>de</strong>, sem preconceito, discriminação, e n<strong>en</strong>hum tipo <strong>de</strong>violência.Embora Lévinas seja ju<strong>de</strong>u, é possível perceber a proximida<strong>de</strong> <strong>en</strong>tre a‘ética da alterida<strong>de</strong>’ e o ‘cristianismo’. Pois, para se viver a ética levinasianao ‘ser’ precisa estar aberto ao outro, a Deus, ao cosmos e a nós mesmos.Necessita se abrir ao amor incondicional que Jesus revelou <strong>de</strong> Deus ao serhumano, e que Este <strong>de</strong>seja que seja viv<strong>en</strong>ciado.Só o amor incondicional po<strong>de</strong> levar alguém a <strong>de</strong>sejar tornar-se ummessias, um Subjectum Universal em busca <strong>de</strong> paz, e <strong>de</strong> justiça. Um amorque leve o ‘ser’ a trabalhar perman<strong>en</strong>tem<strong>en</strong>te para incluir cada pessoa nagran<strong>de</strong> família universal sem restrição <strong>de</strong> raça, gênero, etnia, ori<strong>en</strong>taçãosexual, religião, nacionalida<strong>de</strong>, estética, etc.Mas, para isso acontecer a ponto <strong>de</strong> se transformar a socieda<strong>de</strong>, seránecessário, não só uma ‘nova evangelização’, mas um ‘r<strong>en</strong>ovar’ e ‘evangelizar’constante.Será necessário que a Igreja <strong>de</strong>seje realm<strong>en</strong>te r<strong>en</strong>ovar-se, atualizando‐se,realizando sua autocrítica, modificando o que houver necessida<strong>de</strong>15 Marcado originalm<strong>en</strong>te pelo Infinito antes <strong>de</strong> vir ao ser.16 Refere-se ao tempo pres<strong>en</strong>te.17 Passado, pres<strong>en</strong>te, e futuro.80 x Maria Cristina S. Furtado

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