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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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nAlterida<strong>de</strong> e negação da alterida<strong>de</strong>.Alterida<strong>de</strong> é o reconhecim<strong>en</strong>to do ‘outro <strong>en</strong>quanto outro’; alguém difer<strong>en</strong>te<strong>de</strong> quem o vê.Para Lévinas, o ‘ser’ em seu mergulho exist<strong>en</strong>cial no mundo, sai <strong>de</strong>si com o único propósito <strong>de</strong> procurar a sua própria felicida<strong>de</strong>. Assim, o‘ser’ não reconhece o ‘outro’, a ‘alterida<strong>de</strong>’ como limite, perceb<strong>en</strong>do-oap<strong>en</strong>as como oportunida<strong>de</strong> ao ‘eu’. “No gozo o eu não se opõe à re<strong>la</strong>ção,[…] usufrui, explora, consome e volta feliz a si mesmo” (Susin, 1984, p.44). Dessa forma, o ‘outro’ não é visto <strong>en</strong>quanto ‘outro’, e sim como umarepres<strong>en</strong>tação <strong>de</strong> si mesmo, portanto não é preciso respeitá-lo como tal.Por este motivo, o ‘ser’ procura sempre reduzir o outro a si próprio, a umigual, e com este objetivo retorna para si.Apesar <strong>de</strong> estar ap<strong>en</strong>as voltado para si, o ‘ser’ tem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>estabelecer re<strong>la</strong>ção com outros seres para que possa haver economia 13 ,ou seja, realizar trocas, comércio. Para isto acontecer, a socieda<strong>de</strong> criouregras <strong>de</strong> mediações, leis <strong>de</strong> economia a fim <strong>de</strong> que os inúmeros ‘eus’possam se harmonizar e realizar um intercâmbio. Entretanto, é importantefrisar que apesar <strong>de</strong>ssas regras, o ‘eu’ é sempre o fundam<strong>en</strong>to e a origem<strong>de</strong> todo o processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do ser, e não se modifica. ‘O eu’ tomatodo o espaço e o ‘outro’ não é reconhecido como alterida<strong>de</strong>, s<strong>en</strong>do percebidoap<strong>en</strong>as para ser transformado no Mesmo, ou subjugado ao Mesmo(Susin, 1984, p. 91).Esta negação <strong>de</strong> alterida<strong>de</strong> acontece porque o critério <strong>de</strong> s<strong>en</strong>tido paraqualquer experiência é o próprio ‘eu’. Um critério que dificilm<strong>en</strong>te muda,mesmo diante da ‘crítica’ e da ‘autocrítica’.Entretanto, po<strong>de</strong> acontecer do ‘eu’ procurar reduzir o ‘outro’ para sie não conseguir. Quando isto ocorre há o perigo do ‘outro’ ser percebidocomo uma ameaça, pois quando o ‘outro’ não é reduzido a si mesmo,coloca em risco a afirmação da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do ‘ser’. Nesse caso, é possívelsurgir o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> anu<strong>la</strong>r ou eliminar o que é difer<strong>en</strong>te <strong>de</strong> si mesmo.Se transpusermos o p<strong>en</strong>sam<strong>en</strong>to <strong>de</strong> Lévinas sobre alterida<strong>de</strong> para @homossexual, po<strong>de</strong>remos <strong>en</strong>t<strong>en</strong><strong>de</strong>r a gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>aceitá-l@.O mo<strong>de</strong>lo paradigmático da socieda<strong>de</strong> oci<strong>de</strong>ntal é o homem, branco,hétero, viril, procriador, provedor, cristão. Todo aquele que não faz parte<strong>de</strong>sse grupo é consi<strong>de</strong>rado inferior. @ homossexual difere <strong>de</strong>sse mo<strong>de</strong>lo13 Re<strong>la</strong>ção com outras pessoas, na qual se faça trocas, negociações que sejam do interesse dosdois, b<strong>en</strong>eficiem aos dois, e não só a própria pessoa.Congreso Contin<strong>en</strong>tal <strong>de</strong> Teología x 77

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