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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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possível <strong>en</strong>contrar n<strong>en</strong>huma anomalia que pu<strong>de</strong>sse <strong>en</strong>quadrar a ‘homossexualida<strong>de</strong>’na categoria <strong>de</strong> do<strong>en</strong>ças m<strong>en</strong>tais. Dessa forma, a partir <strong>de</strong>1975, ‘a homossexualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada patologia’ pe<strong>la</strong> AssociaçãoAmericana <strong>de</strong> Psiquiatria (APA), o que foi seguido pelos <strong>de</strong>maisconselhos. Em 1993 pe<strong>la</strong> Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (oms), e em1999 pelo Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Psicologia do Brasil que, inclusive proibiuo psicólogo <strong>de</strong> direcionar sua prática para a cura da homossexualida<strong>de</strong>(cfp N 0 001 / 99).Entretanto, alguns profissionais, baseados em Freud, continuaramacreditando ser viável submeter @ homossexual a uma terapia <strong>de</strong> ‘reversão’ou ‘cura’. Para aum<strong>en</strong>tar a polêmica, em 2001, Dr. Spitzer, r<strong>en</strong>omadopsiquiatra, publicou um estudo no qual <strong>de</strong>monstrou que a ‘terapia reparadora’po<strong>de</strong>ria produzir uma mudança <strong>de</strong> comportam<strong>en</strong>to. Este trabalho,porém, foi consi<strong>de</strong>rado pelo meio ci<strong>en</strong>tífico, como falho e moralm<strong>en</strong>te errado.Apesar disso, acabou s<strong>en</strong>do interpretado e usado por muitos, <strong>de</strong>ntroe fora do meio ci<strong>en</strong>tífico, para a <strong>de</strong>fesa da chamada ‘terapia <strong>de</strong> reversãoou cura’, e ainda servindo <strong>de</strong> argum<strong>en</strong>to contra os direitos homossexuais.Em 2012 a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> se pronunciou consi<strong>de</strong>randoa terapia <strong>de</strong> reversão “uma séria ameaça à saú<strong>de</strong> e bem-estar, atémesmo à vida das pessoas afetadas”. E surpre<strong>en</strong><strong>de</strong>ndo a todos, o Dr. Spitzer,também em 2012, publicou uma carta, consi<strong>de</strong>rando o trabalho, anteriorm<strong>en</strong>tepublicado, falho e sem rigor ci<strong>en</strong>tífico. Segundo ele, os dadosembora ali estivessem, foram interpretados erroneam<strong>en</strong>te. “É o único arrep<strong>en</strong>dim<strong>en</strong>toque t<strong>en</strong>ho; o único profissional. […] Eu acredito que <strong>de</strong>vo<strong>de</strong>sculpas à comunida<strong>de</strong> gay” (Spitzer, 2012).Estado - Religião Cristã - Diversida<strong>de</strong> SexualJunto com a gran<strong>de</strong> modificação das ciências no modo <strong>de</strong> <strong>en</strong>t<strong>en</strong><strong>de</strong>r a homossexualida<strong>de</strong>,a popu<strong>la</strong>ção lgbtti 4 foi s<strong>en</strong>do visibilizada, e no Brasilpassou a: buscar seus direitos para ter uma completa cidadania; lutar paraa aprovação <strong>de</strong> uma lei fe<strong>de</strong>ral contra a homofobia; e reivindicar a união<strong>de</strong> suas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s, sexualida<strong>de</strong> e a expressão da fé cristã. 5Entretanto, parale<strong>la</strong> à conquista dos direitos <strong>de</strong> cidadania, a homofobiacresce no4 Sig<strong>la</strong> usada para fazer referência a lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros e intersexuais.5 Grupos que começaram a se formar, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> algumas igrejas cristãs e católicas, <strong>de</strong>sejandoviver a sexualida<strong>de</strong> e a sua fé cristã.74 x Maria Cristina S. Furtado

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