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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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nam esta aliança. Fa<strong>la</strong>r das vítimas não é assumir um p<strong>en</strong>sam<strong>en</strong>to vitimistaou sacrificialista? A perspectiva das vítimas não obscurece a transc<strong>en</strong>dência<strong>de</strong> Deus?A <strong>de</strong>scoberta da c<strong>en</strong>tralida<strong>de</strong> do Reino <strong>de</strong> Deus na vida <strong>de</strong> Jesus éalgo muito rec<strong>en</strong>te. Por muito tempo o Reino <strong>de</strong> Deus não foi consi<strong>de</strong>radoelem<strong>en</strong>to estruturante na vida <strong>de</strong> Jesus. Segundo Jon Sobrino, foi som<strong>en</strong>tea partir do começo do século XX que se <strong>de</strong>scobriu a importância do Reino<strong>de</strong> Deus no c<strong>en</strong>tro da pregação <strong>de</strong> Jesus. Significa dizer que, por mais <strong>de</strong><strong>de</strong>z<strong>en</strong>ove séculos, “nem a cristologia nem os concílios levaram em contao Reino <strong>de</strong> Deus pregado por Jesus”. 3 Com a <strong>de</strong>scoberta, no <strong>en</strong>tanto,“muitas cristologias, sobretudo as <strong>de</strong> caráter conciliar, o converteram emtema c<strong>en</strong>tral”. 4Foi sobretudo a partir da década <strong>de</strong> 1960, com o impacto da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>,que a América <strong>La</strong>tina se comprometeu com uma cristologia que<strong>de</strong>u aos cristãos a base da práxis para conduzir os processos históricos <strong>de</strong>libertação. A reflexão teológica <strong>la</strong>tino-americana levantou suspeitas sobrecertas cristologias clássicas e contemporâneas que ignoravam valores fundam<strong>en</strong>taisda pregação e atuação <strong>de</strong> Jesus <strong>de</strong> Nazaré. 5 A figura <strong>de</strong> Jesusficava obscurecida, e disso <strong>de</strong>corriam funestas consequências, especialm<strong>en</strong>teestas três: 6 a) redução <strong>de</strong> Cristo à abstração, mesmo que sublime –separação do Cristo total da história concreta <strong>de</strong> Jesus; b) apres<strong>en</strong>tação doCristo como reconciliação universal sem n<strong>en</strong>huma dialética, sem <strong>de</strong>núnciaprofética – do Jesus das bem-av<strong>en</strong>turanças sem as mal-av<strong>en</strong>turanças,do Jesus que ama indistintam<strong>en</strong>te a todos os hom<strong>en</strong>s sem dar at<strong>en</strong>ção aopobre e ao oprimido; c) t<strong>en</strong>dência à absolutização <strong>de</strong> Cristo sem vinculá--lo a dialética alguma.Essa volta a Jesus foi muito fecunda para a construção <strong>de</strong> uma cristologiacom novos marcos interpretativos a partir da realida<strong>de</strong> <strong>la</strong>tino-americana,bem como para tomar-se consciência da impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconhecerJesus sem sua referência ao Reino <strong>de</strong> Deus. Ambos os polos foram,<strong>en</strong>tão, se esc<strong>la</strong>rec<strong>en</strong>do mutuam<strong>en</strong>te.Atualm<strong>en</strong>te, não sem dificulda<strong>de</strong>s, são muitos os teólogos que consi<strong>de</strong>rama realida<strong>de</strong> do Reino <strong>de</strong> Deus c<strong>en</strong>tral na teologia. Esta pesquisa,no <strong>en</strong>tanto, se conc<strong>en</strong>tra no p<strong>en</strong>sam<strong>en</strong>to teológico <strong>de</strong> Jon Sobrino. Mais3 Jon Sobrino, “O reino <strong>de</strong> Deus e Jesus”. In Concilium 326, p. 67.4 Ibi<strong>de</strong>m.5 Cf. I<strong>de</strong>m, Cristologia a partir da América <strong>La</strong>tina, p. 13.6 Cf. I<strong>de</strong>m, Cristologia a partir da América <strong>La</strong>tina, pp. 13-16; Cf. Rosino Gibellini, A Teologiado Século xx, p. 368.742 x Rogério L. Zanini

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