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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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<strong>en</strong>tre tantos outros <strong>de</strong>ntro da Teologia, mas é o seu c<strong>en</strong>tro” 16 . Em consonânciacom a tdlib, Comblin, assume a compre<strong>en</strong>são do humano a partirda opção prefer<strong>en</strong>cial pelos pobres, que a partir daí abandona o projeto<strong>de</strong> oferecer um mo<strong>de</strong>lo pronto <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong>, e t<strong>en</strong><strong>de</strong> sobre as suas necessida<strong>de</strong>se <strong>de</strong>mandas para analisar as ações a propor e as reflexões quepo<strong>de</strong>m restaurar o respeito e a dignida<strong>de</strong> ao “não-homem” 17 .nA especificida<strong>de</strong> da Teologia CristãPor outra via e em contexto <strong>La</strong>tino Americano, José Comblin, também sepergunta a que serve a teologia; qual a c<strong>la</strong>sse <strong>de</strong> serviço e as razões paraesse tal po<strong>de</strong> prestar a Teologia. E a perspectiva <strong>de</strong> Comblin é c<strong>la</strong>ra: aTeologia serve e presta um serviço eficaz <strong>de</strong> fazer passar aos hom<strong>en</strong>s àcondição <strong>de</strong> Homem. 18 .A estruturação da Teologia evoluiu e, atualm<strong>en</strong>te, p<strong>en</strong>sá-<strong>la</strong> como umasimples articu<strong>la</strong>ção <strong>de</strong> conceitos que lhe davam a supremacia, o caráter <strong>de</strong>imutabilida<strong>de</strong> vinda <strong>de</strong> conceitos filosóficos e das ciências, <strong>de</strong>finitivam<strong>en</strong>t<strong>en</strong>ão é mais possível 19 . Querer fazer da Teologia a linguagem da reve<strong>la</strong>ção <strong>de</strong>Deus, resulta em <strong>en</strong>cerrar o fazer teológico em uma tecnicida<strong>de</strong> que exigeconstantem<strong>en</strong>te um círculo restrito <strong>de</strong> intérpretes privilegiados que buscammanter seus privilégios através do controle da técnica. Por isso, a Teologiacorre o risco <strong>de</strong> se transformar em um simples discurso, sem conexão com arealida<strong>de</strong> concreta, daqueles aos quais e<strong>la</strong> <strong>de</strong>ve prioritariam<strong>en</strong>te se dirigir 20 .A teologia é para Comblin, uma expressão sempre que se aproxima <strong>de</strong>Deus, mesc<strong>la</strong>ndo o que lhe é próprio, com as coisas mesmo do mundo eda realida<strong>de</strong> ao qual está inserida, e que por essa razão nunca será insignificante,e sempre será int<strong>en</strong>cionada.A int<strong>en</strong>ção está primeiram<strong>en</strong>te voltada para a sempre reconquista daVerda<strong>de</strong>, que não se po<strong>de</strong> colocar <strong>en</strong>cerrada em fórmu<strong>la</strong>s, s<strong>en</strong>ão que é ump<strong>en</strong>sam<strong>en</strong>to. A Verda<strong>de</strong> Cristã, não está diretam<strong>en</strong>te ligada à inteligência,16 Cf. José Comblin, Antropología Cristiana, Madrid: Paulinas, 1987, p. 13.17 A expressão “não-homem” é utilizada por Comblin, para <strong>de</strong>finir a pessoa que é impedidapor razões externas (econômicas, sociais, políticas, psicológicas e religiosas) <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro docurso <strong>de</strong> seu processo histórico, <strong>de</strong> integrar todas as dim<strong>en</strong>sões humanas.18 Seguimos em essa primeira parte da reflexão sobre Comblin, o texto <strong>de</strong> sua autoria: JoséComblin, “Teología ¿qué c<strong>la</strong>se <strong>de</strong> servicio?”. In Rosino Gibellini, <strong>La</strong> nueva frontera <strong>de</strong> <strong>la</strong>Teología <strong>en</strong> América <strong>La</strong>tina, Sa<strong>la</strong>manca: Sígueme, 1977, p. 63-81.19 Sobre evolução do fazer teológico ao longo da história, ver: Evangelina VILANOVA, Historia<strong>de</strong> <strong>la</strong> Teología Cristiana, vol. iii: Siglos xviii, xix y xx, Colección Biblioteca Her<strong>de</strong>r, Barcelona:Editorial Her<strong>de</strong>r, 1992, pp. 996-986.20 José Comblin, “Teología ¿qué c<strong>la</strong>se <strong>de</strong> servicio?”, ob. cit., p. 67.734 x Alzirinha Souza

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