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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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melhor equacionarão seus <strong>de</strong>safios e seus pot<strong>en</strong>ciais ministeriais. Há queescolher: ou a confiança responsável ou o controle!nNinguém quer ser ovelha… nem supl<strong>en</strong>te! 36Quando abordam a questão da participação dos leigos na função pastoral—como foi o caso da Instrução romana <strong>de</strong> 1997— os textos oficiaisgeralm<strong>en</strong>te <strong>de</strong>finem esta participação como “suplência”. Quer dizer: oque leigos e leigas estão faz<strong>en</strong>do, em certos âmbitos da vida e missão daIgreja, pert<strong>en</strong>ce, <strong>de</strong> si, ao ministério or<strong>de</strong>nado. Em outras pa<strong>la</strong>vras: não sãoministérios leigos.Ninguém contestaria esta <strong>de</strong>finição —nem teológica nem juridicam<strong>en</strong>te—se a substituição <strong>de</strong> um presbítero por um leigo ou leiga em <strong>de</strong>terminadasações fosse uma situação pontual, ev<strong>en</strong>tual, passageira. Aconteceque, nas últimas décadas e, em algumas regiões (na Europa, sobretudo),cresc<strong>en</strong>tem<strong>en</strong>te, a assunção, por leigos e leigas, <strong>de</strong> ações pert<strong>en</strong>c<strong>en</strong>tes àesfera do ministério or<strong>de</strong>nado, tornou-se algo que não é nem pontual nemev<strong>en</strong>tual nem passageiro. Na verda<strong>de</strong>, esta situação <strong>de</strong> “normalização” dasuplência pastoral <strong>de</strong>nuncia que alguma coisa “anormal” está acontec<strong>en</strong>dono funcionam<strong>en</strong>to da Igreja.A “suplência —só não vê quem não quer ou nunca viveu esta situaçãocomo testemunha— virou ‘<strong>de</strong>legação’”:A suplência é, por excelência, provisória e temporária; e<strong>la</strong> concerne acasos particu<strong>la</strong>res. Ora, na situação pres<strong>en</strong>te, quem po<strong>de</strong> prever o fim<strong>de</strong>stas “suplências” g<strong>en</strong>eralizadas? A sua ext<strong>en</strong>são no espaço e tambémno tempo requer uma forma <strong>de</strong> institucionalização. O próprio fato da<strong>de</strong>legação sublinha que se trata <strong>de</strong> um cargo durável confiado por umtempo <strong>de</strong>terminado. 37Mas há algo pior: a linguagem da suplência teima em dizer que, mais cedoou mais tar<strong>de</strong>, a ‘crise’ vai passar:36 “O termo “suplência” conota um pesar e po<strong>de</strong> veicu<strong>la</strong>r a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> ministérios “tapa-buracos”.Remete, com sauda<strong>de</strong>, à situação anterior em que os presbíteros, em muitos lugares,eram sufici<strong>en</strong>tem<strong>en</strong>te numerosos para garantir todas as funções pastorais, e à esperançailusória <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r voltar a este statu quo ante num prazo previsível. Fa<strong>la</strong>r <strong>de</strong> suplência éavançar olhando para trás. Ora, a “suplência” em questão <strong>de</strong>ve ser refletida olhando para ofuturo. E<strong>la</strong> indica que algo <strong>de</strong> novo se produziu que não <strong>en</strong>tra mais nos quadros adquiridos.E<strong>la</strong> acarreta uma mutação da figura da Igreja.” (B. Sesboüé, N’ayez pas peur! Regards surl’Église et les ministères aujourd’hui, Paris: Desclée <strong>de</strong> Brouwer, 1996, p. 156).37 Ibi<strong>de</strong>m.Congreso Contin<strong>en</strong>tal <strong>de</strong> Teología x 617

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