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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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filhos. 11 Marguerite d’Oignt (a priora cartuxa, c. 1240-1310) escreve sobreo tema:Você [Cristo] não é mais do que a minha mãe? … Ah, meu doce, amadoe adorável S<strong>en</strong>hor, você trabalhou para mim e me <strong>de</strong>u a sua própria vida.… Quando a hora da sua <strong>en</strong>trega veio você foi colocado na dura camada cruz… e seus nervos e todas as suas veias estavam quebradas. E, naverda<strong>de</strong>, não é surpresa que suas veias estouraram quando em um diavocê <strong>de</strong>u à luz a todo o mundo. 12Sabe-se que a imagem materna para <strong>de</strong>screver Deus e Cristo era popu<strong>la</strong>r<strong>en</strong>tre os monges cisterci<strong>en</strong>ses do século 12. Em seu Sermão 9 no Cânticodos Cânticos, S. Bernardo cita em seu primeiro verso diz<strong>en</strong>do que“seus seios são melhores do que o vinho”. Observando que o orador nãoé i<strong>de</strong>ntificado, S. Bernardo consecutivam<strong>en</strong>te atribui estas pa<strong>la</strong>vras para onoivo, a noiva, e companheiros do noivo. Associando o noivo com Jesus,S. Bernardo fa<strong>la</strong> da graça, alegria, doçura, e leite <strong>de</strong> conso<strong>la</strong>ção que fluemdos seios do noivo. 13 Em uma carta S. Bernardo escreve: “Se você s<strong>en</strong>tiras picadas <strong>de</strong> t<strong>en</strong>tação… sugue as feridas como os seios do Crucificado.Ele vai ser sua mãe, e você vai ser seu filho”. Curiosam<strong>en</strong>te, S. Bernardotambém aplica a imagem da mãe “<strong>de</strong> Moisés, Pedro, Paulo, os pre<strong>la</strong>dos,aba<strong>de</strong>s em geral” 14 mas ele não <strong>de</strong>s<strong>en</strong>volve a imagem da mãe para Jesus,tanto quanto Julian faz. Talvez seja porque, nessa analogia para o amor,seu foco é a criança mais do que na mãe. Ele escreve que, embora ascrianças <strong>de</strong>vem amar seus pais, eles estão mais inclinados a honrá-los, naverda<strong>de</strong>, alguns só amam seus pais por preocupação com sua herança.Inquestionavelm<strong>en</strong>te, S. Bernardo vê o vínculo da noiva e do noivo comoo epítome do amor, mais forte do que o vínculo <strong>en</strong>tre pais e filhos. 15Em suas <strong>de</strong>liberações breves sobre a natureza e a função da Trinda<strong>de</strong>no Texto Curto (st), Julian imagina as pessoas da Trinda<strong>de</strong> como é tradicionalm<strong>en</strong>teseu gênero (como homem) e não especificam<strong>en</strong>te fa<strong>la</strong> <strong>de</strong>Deus como mãe, <strong>en</strong>tretanto, e<strong>la</strong> caracteriza Deus tão g<strong>en</strong>til, perdoador ecarinhoso - nunca vingativo ou severam<strong>en</strong>te crítico. Nas visões <strong>de</strong> Julian,Deus repetidam<strong>en</strong>te tranquiliza seus filhos (st 24), que estão <strong>de</strong>soneradosdo pecado por amor divino. Deus trata a humanida<strong>de</strong> como ‘cortês’, ‘fa-11 Jantz<strong>en</strong>, Julian of Norwich, p. 118.12 Cit. in Bynum, Jesus as Mother, p. 153.13 Bernard of C<strong>la</strong>irvaux: On the Song of Songs, vol. 1, trad. Walsh, Kilian. The Works of Bernardof C<strong>la</strong>irvaux, Sp<strong>en</strong>cer: Cistercian Publications, 1971, p. 55-58.14 Bynum, op. cit., pp. 117, 115.15 S. Bernardo, Sermão 83.Congreso Contin<strong>en</strong>tal <strong>de</strong> Teología x 529

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