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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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A anacoreta Julian <strong>de</strong> Norwich (c.1343-1413) <strong>de</strong>stacou o elem<strong>en</strong>tofeminino em Deus, diz<strong>en</strong>do:Como, na verda<strong>de</strong>, Deus é nosso Pai, tão verda<strong>de</strong>iram<strong>en</strong>te, Deus é nossaMãe… Nosso gran<strong>de</strong> Deus Pai Todo-Po<strong>de</strong>roso, que é o Ser, … quis quea Segunda Pessoa fosse nossa Mãe. E assim é Jesus, nossa verda<strong>de</strong>ira Mã<strong>en</strong>a Natureza em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossa primeira criação, e Ele é a nossa verda<strong>de</strong>iraMãe na Graça, por tomar a nossa natureza… 4Julian tinha experim<strong>en</strong>tado uma notável série <strong>de</strong> 15 visões do S<strong>en</strong>hor em8 <strong>de</strong> maio (ou 15) 5 <strong>de</strong> 1373, após sofreu um ataque cardíaco, no dia seguinteda visão final, e <strong>de</strong>pois outra reve<strong>la</strong>ção quinze anos mais tar<strong>de</strong>,t<strong>en</strong>do como ponto crucial: Deus é tudo <strong>de</strong> bom e todo-po<strong>de</strong>roso, e Deusvai surpre<strong>en</strong><strong>de</strong>r a humanida<strong>de</strong> da forma mais gloriosa no fim dos tempos,transformando todo o pecado e o mal em bem, assim, resgatará e salvarátodas as almas. “E tudo estará bem, e tudo ficará bem, e todo tipo <strong>de</strong> coisasficará bem.”A caracterização da Divina Maternida<strong>de</strong> no lt geralm<strong>en</strong>te ocorre noâmbito da Trinda<strong>de</strong>. Julian t<strong>en</strong><strong>de</strong> a mudar as configurações trinitárias, no<strong>en</strong>tanto - na abertura do capítulo 52 (lt), por exemplo, e<strong>la</strong> diz que Deus‘é nosso Pai’, que Deus ‘é nossa Mãe’, e também que Deus ‘é o nossoverda<strong>de</strong>iro cônjuge, e que nossa alma é sua amada esposa’. No mesmoparágrafo, Julian diz que Cristo é nosso irmão, embora em outros lugaresele é o nosso amante ou mãe. Como muitos intérpretes s<strong>en</strong>síveis dasEscrituras, Espiritualida<strong>de</strong> e Teologia, Julian vê múltiplos significados ecomplexida<strong>de</strong> re<strong>la</strong>cional <strong>de</strong>ntro da Santíssima Trinda<strong>de</strong> - dando voz à suaflexibilida<strong>de</strong> iner<strong>en</strong>te e recuperando o foco bíblico e patrístico da funçãosobre a forma. Um tipo semelhante <strong>de</strong> fusão <strong>de</strong> gênero po<strong>de</strong> ser <strong>en</strong>contrado,<strong>de</strong> fato, em Isaías 46:3-4, em que Deus diz: “Eu sou aquele” que levouIsrael no útero, <strong>de</strong>u à luz, e alim<strong>en</strong>tou.Julian não foi a primeira a <strong>de</strong>screver Deus como mãe. Não há basebíblica para a imagem. Além <strong>de</strong> Isaías 46:3-4, Isaías 66:9 <strong>de</strong>screve Deuscomo t<strong>en</strong>do um útero, e outras passag<strong>en</strong>s bíblicas comparam Deus a umamãe águia (Deuteronômio 32:11), uma mãe urso (Oséias 13:8), e umamãe galinha (Mateus 23:37), <strong>en</strong>tre outras imag<strong>en</strong>s maternas. No inícioescritores cristãos como Clem<strong>en</strong>te <strong>de</strong> Alexandria, Ambrósio, Agostinho,Anselmo e os primeiros cisterci<strong>en</strong>ses —assim como contemporâneos <strong>de</strong>4 Happold, Mysticism. p. 294.5 A data incerta atribui-se a difer<strong>en</strong>ça <strong>en</strong>tre dois manuscritos em que o numeral <strong>la</strong>tino ‘x’ emoutro aparece ‘v’.Congreso Contin<strong>en</strong>tal <strong>de</strong> Teología x 527

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