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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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escuta e diálogo que muito o <strong>en</strong>sinou 13 . Segundo ele, “o fato da Igreja nãoter abraçado o <strong>de</strong>safio da opção prefer<strong>en</strong>cial pelos pobres e a organizaçãodas cebs foi um <strong>de</strong>sastre” 14 . O ambi<strong>en</strong>te informal que Dom Aloísio <strong>en</strong>contravanas visitas que fazia as comunida<strong>de</strong>s e aos padres que às animavam,o fez perceber que a pres<strong>en</strong>ça dos cristãos junto dos pobres po<strong>de</strong> significar“luz na escuridão”.Percebe-se, <strong>en</strong>tão, que Dom Aloísio acreditava que a missão da Igrejaera a <strong>de</strong> levar a m<strong>en</strong>sagem do Evangelho ao povo e, sobretudo, aopovo pobre. Que e<strong>la</strong> <strong>de</strong>veria ser aberta a todos e firme na <strong>de</strong>fesa dos m<strong>en</strong>osfavorecidos, isso, porém, sem jamais fechar-se em qualquer dogmatismo.Para ele, a Igreja não é uma socieda<strong>de</strong> perfeita 15 , mas se santificana medida em que consegue perceber a ação do Espírito nas lutas do diaa dia e na experiência que anima o povo a ser sinal do Ressuscitado. Asua pa<strong>la</strong>vra po<strong>de</strong> ser comparada a da boca do profeta Amós, que semperguntar a quem vai incomodar, <strong>la</strong>nça-a na direção daqueles que “dormemem camas <strong>de</strong> marfim e comem o cor<strong>de</strong>iro do rebanho” (Am 6,4).A pa<strong>la</strong>vra profética <strong>de</strong> Dom AloísioAo chegar à Arquidiocese <strong>de</strong> Fortaleza, Dom Aloísio se confronta comuma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gritantes <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, o que fundam<strong>en</strong>talm<strong>en</strong>tevai influ<strong>en</strong>ciar toda a sua ativida<strong>de</strong> pastoral. Um dos pontos aserem <strong>de</strong>stacados <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong> é a sua pa<strong>la</strong>vra pública, ou seja, suasmanifestações como bispo da Igreja <strong>de</strong> Fortaleza, que, objetivam<strong>en</strong>te,não se exime do incômodo <strong>de</strong> ser c<strong>la</strong>ram<strong>en</strong>te o que se é 16 . Dom Aloísioera bispo-car<strong>de</strong>al ou, como ele mesmo diz, um “simples fra<strong>de</strong> m<strong>en</strong>or” 17e sabia perfeitam<strong>en</strong>te o peso que suas <strong>de</strong>c<strong>la</strong>rações causavam e as utilizava,sobretudo, como voz que <strong>de</strong>f<strong>en</strong><strong>de</strong> aqueles que esperam “que osocorro chegue”.Utilizaremos como análise <strong>de</strong>ssa pa<strong>la</strong>vra pública três questões queeram muito caras a Dom Aloísio, a saber: a problemática do solo urbano,a questão indig<strong>en</strong>ista e a dim<strong>en</strong>são dos direitos humanos. Muitas outras13 Dom Aloísio Lorschei<strong>de</strong>r, apud in C. Tursi e G. Fr<strong>en</strong>ck<strong>en</strong> (orgs.), op. cit., 39, 77; TaniaMaria Couto MAIA, Dom Aloísio e a caminhada dos leigos. In Geovane Saraiva, A Ternura<strong>de</strong> um Pastor: Car<strong>de</strong>al Lorschei<strong>de</strong>r, Fortaleza: Prontograf, 2 2012. pp. 166-169, aqui p. 167.14 Ibi<strong>de</strong>m, p. 85.15 Ibi<strong>de</strong>m, p. 89.16 Parafraseando a música <strong>de</strong> Caetano Veloso, intitu<strong>la</strong>da: Dom <strong>de</strong> Iludir.17 Geovane Saraiva, op. cit., pp. 19-22, aqui p. 21.448 x João Leon<strong>de</strong>nes Facundo <strong>de</strong> Souza Junior

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