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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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O Concílio repres<strong>en</strong>tou a abertura da Igreja para o diálogo com omundo mo<strong>de</strong>rno. Na América <strong>La</strong>tina esse diálogo tem como marco a Conferência<strong>de</strong> Me<strong>de</strong>llín (1968), da qual Dom Aloísio participou ativam<strong>en</strong>tecomo Secretário Geral da cnbb. Esta conferência fez surgir a expressão“opção prefer<strong>en</strong>cial e evangélica pelos pobres” 5 , mas que para Dom Aloísio<strong>de</strong>veria chamar-se <strong>de</strong> “opção profética pelos pobres”, uma vez quea expressão “evangélica” utilizar-se-ia <strong>de</strong> eufemismo e a pa<strong>la</strong>vra “profética”seria mais forte, a fim <strong>de</strong> ressaltar o caráter <strong>de</strong>nunciatório quanto asinjustiças pres<strong>en</strong>tes na vida do povo 6 . Percebe-se, pois, que inicialm<strong>en</strong>tese <strong>en</strong>contra no ímpeto <strong>de</strong> sua visão <strong>de</strong> Igreja, o caráter aberto que ampliao horizonte <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s e a opção pelos pobres, nota imperativa <strong>de</strong>seu ministério.A Igreja <strong>de</strong>ve tocar os problemas do povo, <strong>de</strong>ve estar sempre aberta aodiálogo e ser missionária. Tocar os problemas do povo, na medida em quese insere na realida<strong>de</strong> mais radical <strong>de</strong> injustiça. Nas questões agrárias, porexemplo, em <strong>en</strong>trevista ao Jornal O Povo em 26/03/1977, afirmava: “A g<strong>en</strong>teprecisa também saber dar ouvido ao Movim<strong>en</strong>to dos Sem Terra. Eles tambémsão o grito <strong>de</strong> um problema difícil”. Com re<strong>la</strong>ção ao diálogo, esse <strong>de</strong>veser tanto ad extra como ad intra, a fim <strong>de</strong> que <strong>de</strong>monstre uma fraternida<strong>de</strong>ecumênica 7 e verda<strong>de</strong>ira, dialogando com as Igrejas 8 e com a socieda<strong>de</strong>.Não obstante ao esforço externo, “a Igreja <strong>de</strong>ve olhar para o seu conjuntointerno, fom<strong>en</strong>tar a colegialida<strong>de</strong> como uma gran<strong>de</strong> força 9 e colocar <strong>de</strong> formac<strong>la</strong>ra aspectos da Moral 10 ainda não discutidos francam<strong>en</strong>te, tudo semtemor”. E ser missionária, sempre uma Igreja que sai ao <strong>en</strong>contro do novo eque não se <strong>en</strong>caste<strong>la</strong>, faz<strong>en</strong>do da cruz <strong>de</strong> Jesus a salus et vita 11 .Dom Aloísio era um visionário, um homem que apr<strong>en</strong><strong>de</strong>u na vivênciado Evangelho a <strong>en</strong>xergar quais eram as angústias e alegrias 12 do povo doqual era pastor e apostava que a vivência mais fundam<strong>en</strong>tal <strong>de</strong> organizaçãoeclesial se <strong>en</strong>contrava nas Comunida<strong>de</strong>s Eclesiais <strong>de</strong> Base, local <strong>de</strong>5 Ce<strong>la</strong>m, Conclusões <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>llín, São Paulo: Paulinas, 1979, aqui nº 1153.6 Dom Aloísio Lorschei<strong>de</strong>r, apud in C. Tursi e G. Fr<strong>en</strong>ck<strong>en</strong> (orgs.), op. cit., 45.7 Em novembro <strong>de</strong> 1963, foi eleito pe<strong>la</strong> Assembleia do Concílio Vaticano ii, membro das ComissõesConciliares, nomeadam<strong>en</strong>te para a Secretaria <strong>de</strong> União dos Cristãos.8 Dom Aloísio Lorschei<strong>de</strong>r, apud in C. Tursi e G. Fr<strong>en</strong>ck<strong>en</strong> (orgs.), op. cit., 48.9 Ibi<strong>de</strong>m, 57.10 Ibi<strong>de</strong>m, 55.11 Tema Episcopal <strong>de</strong> Dom Aloísio Lorschei<strong>de</strong>r: “In Cruce Salus et Vita: Na Cruz a Salvação ea Vida”.12 Cf. Constituição Dogmática Gaudium et Spes, São Paulo: Paulinas, 2006.Congreso Contin<strong>en</strong>tal <strong>de</strong> Teología x 447

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