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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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contrário do divino, ou seja, diabólico e, como tal, ao invés <strong>de</strong> dar vida es<strong>en</strong>tido à existência humana, conduzir ao absurdo e à morte.Com efeito, muitos símbolos que fazem parte do mundo da vr e dosquais parece impossível dissociar-se, no quotidiano da vida das pessoasque <strong>de</strong><strong>la</strong> fazem parte ou com e<strong>la</strong> se re<strong>la</strong>cionam, acabam t<strong>en</strong>do não umefeito salvífico, mas um efeito <strong>de</strong> danação, <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nação, <strong>de</strong> <strong>de</strong>sumanização.Para não p<strong>en</strong>sar em coisas mais ess<strong>en</strong>ciais, tomemos ap<strong>en</strong>as o exemplodo hábito que se tornou, para muitos, um dos símbolos da vr. SãoB<strong>en</strong>to, em sua Regra, tem c<strong>la</strong>ro o objetivo do hábito. Sua simplicida<strong>de</strong>e praticida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser tal que o monge se i<strong>de</strong>ntifique, pelo vestir, com ocomum dos hom<strong>en</strong>s do lugar: “Não se preocupem os monges com a core qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todas essas coisas, mas sejam as que se pu<strong>de</strong>rem <strong>en</strong>contrarno lugar on<strong>de</strong> moram e as que pu<strong>de</strong>rem ser adquiridas mais barato”(55,1) 37 . Na história da vr todos sabemos que, com o <strong>de</strong>correr do tempoe o esquecim<strong>en</strong>to do s<strong>en</strong>tido primeiro do hábito, este se tornou símbolo<strong>de</strong> separação do comum dos mortais e <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r dos religiosos sobre osoutros cristãos e toda a socieda<strong>de</strong>. Foi preciso esperar o Vaticano ii paralembrar que “o hábito religioso, como sinal <strong>de</strong> consagração, seja simples emo<strong>de</strong>sto, simultaneam<strong>en</strong>te pobre e condigno, e, além disso, cons<strong>en</strong>tâneocom as exigências da saú<strong>de</strong> e acomodado às condições <strong>de</strong> tempo e lugar eàs necessida<strong>de</strong>s do ministério” (pc 17). Não é pois, <strong>de</strong> admirar, que aindahoje, 50 anos <strong>de</strong>pois do Vaticano ii, ainda se teime em discutir sobre como<strong>de</strong>vem ser os hábitos… Desfazer-se <strong>de</strong> ídolos, com efeito, não é nada fácil.Em terceiro e último lugar, constatamos que, assim como a ido<strong>la</strong>tria,a iconoc<strong>la</strong>stia também é uma t<strong>en</strong>tação perman<strong>en</strong>te e forte. Um exemploclássico da t<strong>en</strong>tação iconoc<strong>la</strong>sta na disputa por i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s na vr é aqueima <strong>de</strong> todas as Vidas <strong>de</strong> Francisco or<strong>de</strong>nada pelo Capítulo <strong>de</strong> Paris <strong>de</strong>1266 sob o comando <strong>de</strong> Boav<strong>en</strong>tura <strong>de</strong> Bagnorreggio (1217-1274). Este,t<strong>en</strong>do assumido o G<strong>en</strong>era<strong>la</strong>to da Or<strong>de</strong>m em 1257, propôs-se, como objetivomaior do seu governo, combater os joaquimitas e os espirituais que,na pret<strong>en</strong>são <strong>de</strong> manter a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> à intuição originária do movim<strong>en</strong>tofranciscano, contrapunham-se à t<strong>en</strong>dência predominante na Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>acomodar-se às exigências da Igreja e da socieda<strong>de</strong> e esquecer o espíritorevolucionário do Pobre <strong>de</strong> Assis. Para impor a sua compre<strong>en</strong>são da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>franciscana, Boav<strong>en</strong>tura compõem a Leg<strong>en</strong>da Maior e a Leg<strong>en</strong>da37 São B<strong>en</strong>to, Regra <strong>de</strong> São B<strong>en</strong>to. Disponível em (acesso: 02/07/2012).314 x Vanildo Luiz Zugno

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