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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> não compete ao sujeito. Pelo contrário, somos posicionados <strong>en</strong>ossa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> é construída <strong>de</strong> forma alheia ao nosso querer:Em todas essas situações, po<strong>de</strong>mos nos s<strong>en</strong>tir, literalm<strong>en</strong>te, como s<strong>en</strong>doa mesma pessoa, mas nós somos, na verda<strong>de</strong>, difer<strong>en</strong>tem<strong>en</strong>te posicionadospe<strong>la</strong>s difer<strong>en</strong>tes expectativas e restrições sociais <strong>en</strong>volvidas em cadauma <strong>de</strong>ssas difer<strong>en</strong>tes situações, repres<strong>en</strong>tando-nos, diante dos outros, <strong>de</strong>forma difer<strong>en</strong>te em cada um <strong>de</strong>stes contextos. Em certo s<strong>en</strong>tido, somosposicionados —e também posicionamos a nós mesmos— <strong>de</strong> acordo comos ‘campos sociais’ nos quais estamos atuando 23 .Tanto quanto po<strong>de</strong>mos fa<strong>la</strong>r <strong>de</strong> que estamos em busca <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>nossa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vemos, em humil<strong>de</strong> e realista resignação, afirmar qu<strong>en</strong>ossa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> está s<strong>en</strong>do construída pelos outros na medida em que,através <strong>de</strong> suas ações e afirmações, co<strong>la</strong>boram profundam<strong>en</strong>te na nossalocalização na teia <strong>de</strong> re<strong>la</strong>ções sociais que constituem a nossa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.A realida<strong>de</strong> da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> tardia que possibilita e, na prática, impõemmúltip<strong>la</strong>s i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s a cada indivíduo e a cada grupo, tambématinge o mundo eclesial e a Vida Religiosa que, tradicionalm<strong>en</strong>te, se constituiuem torno à afirmação <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> única para todos os seusmembros que já não é mais possível viver num mundo pluriforme e multifacetadoque exige a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viver, simultaneam<strong>en</strong>te, diversasi<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s. Po<strong>de</strong>ríamos quase, com certa dose <strong>de</strong> exagero e ironia que,hoje, a dup<strong>la</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> é problema ap<strong>en</strong>as para aqueles e aque<strong>la</strong>s que sótem uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>!É comum ouvirmos os <strong>la</strong>m<strong>en</strong>tos <strong>de</strong> religiosos e religiosas que expressama dificulda<strong>de</strong> em viver a sua vida religiosa e ser, ao mesmo tempo, diretor<strong>de</strong> esco<strong>la</strong> e administrador <strong>de</strong> hospital. Os funcionários o veem comopatrão ou patroa e ele ou e<strong>la</strong> s<strong>en</strong>te que essa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> choca com seu serirmão ou irmã. Ou o religioso ou religiosa que quer ir ao cinema, passearno parque, ir à praia e não ter que se vestir ou comportar do jeito que asocieda<strong>de</strong> repres<strong>en</strong>ta o religioso ou religiosa. Ou o religioso ou religiosaque, num conflito social, toma o <strong>la</strong>do dos pobres quando, tradicionalm<strong>en</strong>te,a vr era vista como aliada dos ricos. Ou o religioso e religiosaque, institucionalm<strong>en</strong>te, são ricos e, pessoalm<strong>en</strong>te, optam por viver comopobres e tem, tanto sua opção pessoal como sua pert<strong>en</strong>ça institucional,questionados por aqueles que, num e noutro extremo da esca<strong>la</strong> social,com ele convivem.23 Woodward, 2008, p. 30.306 x Vanildo Luiz Zugno

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