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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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Depre<strong>en</strong><strong>de</strong>-se que:O papel da mulher é, portanto, subordinado ao do homem: a mãe é receptivae passiva em re<strong>la</strong>ção à função ativa do pai. Esta doutrina adapta--se harmoniosam<strong>en</strong>te à doutrina <strong>de</strong> Agostinho segundo a qual a finalida<strong>de</strong>da existência da mulher na or<strong>de</strong>m da criação é ser auxiliar do homemna geração. (Borres<strong>en</strong>, 1976, p. 20)No século XIII, To<strong>más</strong> <strong>de</strong> Aquino segue a tradição agostiniana <strong>de</strong> subordinaçãodas mulheres aos hom<strong>en</strong>s na or<strong>de</strong>m da criação. Sua visão antropológicaestá fundam<strong>en</strong>tada na teoria hilemórfica <strong>de</strong> Aristóteles pe<strong>la</strong> qual aalma intelectual é consi<strong>de</strong>rada forma substancial do corpo.As difer<strong>en</strong>ças principais <strong>en</strong>tre homem e mulher To<strong>más</strong> as recolhe dafilosofia funcionalista <strong>de</strong> Aristóteles. Conforme essa filosofia, as coisas são<strong>de</strong>finidas a partir da função que <strong>de</strong>semp<strong>en</strong>ham; e<strong>la</strong>s são boas ou <strong>más</strong> namedida em que ocupam uma função num quadro hierárquico, no qual ofim ou objetivo do ser inferior é servir ao ser superior.Os seres humanos <strong>en</strong>contram-se no ápice da esca<strong>la</strong> dos animais, <strong>de</strong>modo que seres não humanos existem para sua satisfação. Entre os sereshumanos som<strong>en</strong>te são pl<strong>en</strong>am<strong>en</strong>te humanos os hom<strong>en</strong>s (varões) livres,já que Aristóteles mostrou-se incerto a respeito da natureza humana dosescravos. Quanto às mulheres, por terem uma falha na “faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>liberativa”,fundam<strong>en</strong>tal para caracterizar alguém como pl<strong>en</strong>am<strong>en</strong>te humano,precisam ocupar os lugares inferiores na esca<strong>la</strong> hierárquica e estarem aserviço dos hom<strong>en</strong>s.Surge assim uma importante distinção: os hom<strong>en</strong>s (varões), ao m<strong>en</strong>os<strong>en</strong>quanto membros das c<strong>la</strong>sses livres, têm a pl<strong>en</strong>itu<strong>de</strong> da humanida<strong>de</strong> e<strong>de</strong>vem ser servidos pelos outros seres; mas as mulheres, quer pert<strong>en</strong>çamà c<strong>la</strong>sse dos cidadãos ou dos escravos, não têm por <strong>de</strong>finição a pl<strong>en</strong>itu<strong>de</strong>humana e estão por isso <strong>de</strong>stinadas a servir. (Borres<strong>en</strong>, 1976, p. 20).Aristóteles fundam<strong>en</strong>ta esta hierarquia a partir da biologia, saber teoréticoque in<strong>de</strong>p<strong>en</strong><strong>de</strong> do curso <strong>de</strong> nossa vonta<strong>de</strong> e que se limita a <strong>de</strong>screver oque são os seres e suas re<strong>la</strong>ções em termos <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> e universalida<strong>de</strong>.2 Uma das <strong>de</strong>duções do funcionalismo aristotélico observável em suabiologia é que as mulheres são naturalm<strong>en</strong>te <strong>de</strong>feituosas.2 Há <strong>de</strong> se ressaltar que a noção <strong>de</strong> conhecim<strong>en</strong>to ci<strong>en</strong>tífico <strong>de</strong> Aristóteles está fundam<strong>en</strong>tadano princípio <strong>de</strong> que: “aquilo que sabemos [ci<strong>en</strong>tificam<strong>en</strong>te] não é capaz <strong>de</strong> ser <strong>de</strong> outraforma. Quanto às coisas que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> outra forma, não sabemos, quando estão forado nosso campo <strong>de</strong> observação, se existem ou não existem. Por conseguinte, o objeto doconhecim<strong>en</strong>to ci<strong>en</strong>tífico existe necessariam<strong>en</strong>te.” (Aristóteles, 1973, p. 343).Congreso Contin<strong>en</strong>tal <strong>de</strong> Teología x 285

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