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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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mostraram que aque<strong>la</strong>s <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s são injustificáveis, mas que, mesmoassim, a tese da complem<strong>en</strong>tarieda<strong>de</strong> t<strong>en</strong><strong>de</strong> a reforçar re<strong>la</strong>ções <strong>de</strong> subordinação.Pe<strong>la</strong> análise das re<strong>la</strong>ções <strong>de</strong> gênero, principalm<strong>en</strong>te a realizadape<strong>la</strong> teóloga católica K. E. Borres<strong>en</strong>, apres<strong>en</strong>tamos a fragilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> umajustificação metafísica da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, assim como os limites das novasestruturas <strong>de</strong> subordinação resultantes da tese da complem<strong>en</strong>tarieda<strong>de</strong>.Aspectos da antropologia teológicaclássica e sua fundam<strong>en</strong>tação metafísicaEm linhas gerais, Agostinho e To<strong>más</strong> <strong>de</strong> Aquino foram os teólogos queinflu<strong>en</strong>ciaram <strong>de</strong>cisivam<strong>en</strong>te a compre<strong>en</strong>são da teologia da criação e seus<strong>de</strong>sdobram<strong>en</strong>tos antropológicos. Sem exaurir suas respectivas contribuições,som<strong>en</strong>te indicamos suas principais características e consequênciasteológicas.A teologia da criação <strong>de</strong> Agostinho adota o método alegórico <strong>de</strong> Filão<strong>de</strong> Alexandria e a t<strong>en</strong>dência da compre<strong>en</strong>são dualista <strong>de</strong> ser humano,herdada do neop<strong>la</strong>tonismo e dos padres da Igreja da África do Norte, principalm<strong>en</strong>te<strong>de</strong> Tertuliano.Filão <strong>de</strong> Alexandria é um dos primeiros p<strong>en</strong>sadores que confronta osdois re<strong>la</strong>tos da criação do primeiro livro da Bíblia, mesmo que ainda nãose soubesse da existência <strong>de</strong> duas fontes para o primeiro e o segundo re<strong>la</strong>to,<strong>de</strong>scoberta que ocorreu som<strong>en</strong>te em 1711, com Bernhard Witter. Filãosegue a interpretação judaica tardia segundo a qual Gn 1, 26-27 <strong>de</strong>ve serlida na perspectiva <strong>de</strong> Gn 2,7, na qual resulta o primado <strong>de</strong> Adão e a consequ<strong>en</strong>tesubordinação da mulher, por ter sido tirada <strong>de</strong>le e criada <strong>de</strong>pois<strong>de</strong>le. Conforme a leitura <strong>de</strong> K. Borres<strong>en</strong>, Filão <strong>de</strong> Alexandria “distingue duasfunções da alma humana <strong>en</strong>tre as quais uma superior que repres<strong>en</strong>ta o homeme a outra inferior que repres<strong>en</strong>ta a mulher”. (Borres<strong>en</strong>, 1981, p. 87).Ora, Agostinho <strong>de</strong> Hipona se i<strong>de</strong>ntifica com essa interpretação quandocom<strong>en</strong>ta a conhecida passagem <strong>de</strong> 1 Co 11, 7-9, na qual lemos: “o homemé a imagem e a glória <strong>de</strong> Deus; mas a mulher é a glória do homem.Pois não é o homem que foi tirado da mulher, mas a mulher do homem.E o homem não foi criado para a mulher, mas a mulher, para o homem.”(Bíblia, 1994, p. 2219).Em sua análise da imagem <strong>de</strong> Deus, refletida na Trinda<strong>de</strong>, argum<strong>en</strong>ta:Como <strong>en</strong>tão ouvimos o Apóstolo afirmar que o varão é imagem <strong>de</strong> Deus,o que o leva a proibir cobrir a cabeça, mas não a mulher, à qual é preceituadoo contrário? (1 Co 11, 7). Creio eu que a razão está no que já disseCongreso Contin<strong>en</strong>tal <strong>de</strong> Teología x 283

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