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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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não significa absolutam<strong>en</strong>te o <strong>de</strong>saparecim<strong>en</strong>to da fé, mas a individualizaçãodos comportam<strong>en</strong>tos”, em que, “cada vez mais, as pessoas compõeme<strong>la</strong>s mesmas sua própria religião” (Lipovetsky, 2009: 61). Como indicaL<strong>en</strong>oir (2012, s/p, tradução nossa), “hoje, os indivíduos têm uma visãocada vez mais pessoal da religião e se fabricam o seu próprio dispositivo<strong>de</strong> s<strong>en</strong>tido, às vezes sincrético, às vezes em brico<strong>la</strong>gem”.Portanto, as interações em re<strong>de</strong> manifestam que… nossas socieda<strong>de</strong>s continuam agindo social e politicam<strong>en</strong>te [e tambémreligiosam<strong>en</strong>te] ao <strong>de</strong>slocar os processos <strong>de</strong> formação da m<strong>en</strong>te públicadas instituições políticas [e religiosas] para o campo da comunicação,<strong>la</strong>rgam<strong>en</strong>te organizado em torno das mídias <strong>de</strong> massa (Castells, 2007:258, tradução nossa).Consi<strong>de</strong>rações finaisEm síntese, a partir <strong>de</strong> nosso estudo anterior, que visava a analisar comose dão as interações <strong>en</strong>tre fiel-Igreja-Deus para a vivência, a prática e aexperi<strong>en</strong>ciação da fé nos rituais online do ambi<strong>en</strong>te digital católico brasileiro,nossa nova proposta <strong>de</strong> pesquisa pret<strong>en</strong><strong>de</strong> examinar um processosociocomunicacional em que, a partir das interações ocorridas <strong>en</strong>tre usuáriosnas re<strong>de</strong>s sociais online, o “católico” é (re)construído. Depois, essess<strong>en</strong>tidos circu<strong>la</strong>m novam<strong>en</strong>te <strong>en</strong>tre os internautas, s<strong>en</strong>do t<strong>en</strong>sionados, emfluxo contínuo. Todos esses processos alim<strong>en</strong>tam e dão corpo àquilo quese chama <strong>de</strong> circu<strong>la</strong>ção comunicacional. E assim, além <strong>de</strong> bit, o Verbotambém se faz re<strong>de</strong>.Segundo Felice (2008: 57, grifos nossos), a “socieda<strong>de</strong> mediada pe<strong>la</strong>stecnologias digitais e autoconstituintes através das re<strong>de</strong>s tecno-sociais co<strong>la</strong>borativas”é uma “socieda<strong>de</strong> sem Deus nem verda<strong>de</strong>s, mas em <strong>de</strong>vir e,sobretudo, a código aberto, isto é, visível e transpar<strong>en</strong>te e aberta à participaçãoco<strong>la</strong>borativa <strong>de</strong> todos”. Esse <strong>de</strong>slocam<strong>en</strong>to conceitual… <strong>de</strong>fine as sociabilida<strong>de</strong>s e as culturas contemporâneas como realida<strong>de</strong>sque nascem nas re<strong>de</strong>s e nos fluxos informativos digitais e que, em seguida,tomam formas e espaços em localida<strong>de</strong>s e topografias conectadas.Portanto, essa socieda<strong>de</strong> a código aberto aponta também para uma “religiãoa código aberto”, em que os fiéis, por meio <strong>de</strong> interações comunicacionais,se apropriam do religioso, reconstroem-no e repres<strong>en</strong>tam-nosocialm<strong>en</strong>te, dando vida ao “catolicismo das re<strong>de</strong>s”, possibilitando que “oVerbo se faça re<strong>de</strong>” e permeie, assim, consequ<strong>en</strong>tem<strong>en</strong>te, a socieda<strong>de</strong> em246 x Moisés Sbar<strong>de</strong>lotto

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