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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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Por isso, partimos do conceito <strong>de</strong> sistema, “um complexo <strong>de</strong> elem<strong>en</strong>tosem interação” (Berta<strong>la</strong>nffy, 1977: 84). Morin (1997: 100) concebe essanoção como “unida<strong>de</strong> global organizada <strong>de</strong> inter-re<strong>la</strong>ções <strong>en</strong>tre elem<strong>en</strong>tos,ações ou indivíduos”, que possui algo mais do que a soma <strong>de</strong> seuscompon<strong>en</strong>tes: “a sua organização; a própria unida<strong>de</strong> global (o ‘todo’); asqualida<strong>de</strong>s e proprieda<strong>de</strong>s novas emerg<strong>en</strong>tes da organização e da unida<strong>de</strong>global” (Morin, 1997: 103). Por isso, em nosso estudo, valemo-nos <strong>de</strong>ssa<strong>de</strong>finição para analisar os sites católicos como sistema católico online, e areligião em geral como um macrossistema ou sistema religioso, do qual ossites são uma micromanifestação.Baseados nessa abordagem sistêmico-complexa, cremos que só hácomunicação se houver interação. Como a interação fiel-sistema não estádada nem ocorre automaticam<strong>en</strong>te, mas <strong>de</strong>p<strong>en</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> complexos dispositivos,inferimos e analisamos em nossa pesquisa três âmbitos que favorecemesse vínculo e experi<strong>en</strong>ciação religiosos: a interface (as materialida<strong>de</strong>sgráficas dos sites), o discurso (coisa fa<strong>la</strong>da e escrita) e o ritual (operações,atos e práticas do fiel), que, a partir da internet, vão conhec<strong>en</strong>do novaspossibilida<strong>de</strong>s e limites. Neste artigo, em nível <strong>de</strong> síntese, apres<strong>en</strong>taremosuma <strong>de</strong>finição resumida <strong>de</strong> cada conceito e breves exemplos ilustrativosretirados do site A12.Com re<strong>la</strong>ção à interface, vimos que o sagrado que é acessado pelofiel passa por diversos níveis <strong>de</strong> codificação por parte do sistema. Analisamosquatro <strong>de</strong>les: 1) a te<strong>la</strong>; 2) periféricos como tec<strong>la</strong>do e mouse; 3)a estrutura organizacional das informações (m<strong>en</strong>us); e 4) a composiçãográfica das páginas em que se <strong>en</strong>contram disponíveis os serviços e rituaiscatólicos. Ocorreria, por conseguinte, uma interposição da técnica, c<strong>la</strong>ram<strong>en</strong>temanifestada, na interação <strong>en</strong>tre fiel e sites católicos, pe<strong>la</strong> pres<strong>en</strong>ça<strong>de</strong> elem<strong>en</strong>tos tecnológicos e simbólicos que estão a serviço das interaçõespropriam<strong>en</strong>te ditas, que ocorrem no interior do sistema católico online.Por meio <strong>de</strong> instrum<strong>en</strong>tos e aparatos físicos (te<strong>la</strong>, tec<strong>la</strong>do, mouse) esimbólicos pres<strong>en</strong>tes na linguagem computacional e online (navegadores,m<strong>en</strong>us, ambi<strong>en</strong>tes), vimos que o fiel “manipu<strong>la</strong>” o sagrado ofertado e organizadopelo sistema e navega pelos seus meandros. Definimos como interface,portanto, o código simbólico que possibilita a interação fiel-sistemae também a superfície <strong>de</strong> contato simbólico <strong>en</strong>tre fiel-sistema. Ou seja,a interação é possibilitada porque o fiel <strong>de</strong>codifica o sagrado a partir daconfiguração computacional ofertada pelo sistema. Por meio da interface,o sistema informa ao usuário seus limites e possibilida<strong>de</strong>s, e este comunicaao sistema suas int<strong>en</strong>ções. O sistema indica ao fiel não ap<strong>en</strong>as uma forma<strong>de</strong> ler o sagrado, mas também uma forma <strong>de</strong> lidar com o sagrado, que240 x Moisés Sbar<strong>de</strong>lotto

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