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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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vência, como re<strong>la</strong>ção <strong>en</strong>tre os seres humanos 14 Logo, em primeiro lugar,norteados por implicações políticas, e justam<strong>en</strong>te por não residirem no serhumano, os direitos humanos não provêm da ess<strong>en</strong>cialização da dignida<strong>de</strong>ou da igualda<strong>de</strong> humana. Os direitos não são dados, mas construídosno âmbito <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> política. Em segundo lugar, pautados pe<strong>la</strong>convivência, os direitos humanos se tornam compon<strong>en</strong>tes do espaço públicoe reivindicam liberda<strong>de</strong> e emancipação contra todo o tipo <strong>de</strong> opressãoe <strong>de</strong> violência: política, religiosa ou cultural. Essas reivindicações sãoconquistas históricas e políticas, ou seja, uma inv<strong>en</strong>ção humana, e estãovincu<strong>la</strong>das a problemas <strong>de</strong> convivência coletiva <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong>política. O direito <strong>de</strong> pert<strong>en</strong>cer a uma comunida<strong>de</strong> política, o direito<strong>de</strong> ter um <strong>la</strong>r, <strong>de</strong> ter asilo são fundam<strong>en</strong>tais <strong>en</strong>quanto direito a ter direitos.Sem isso, a violência p<strong>en</strong>etra no espaço público, promov<strong>en</strong>do a <strong>de</strong>struiçãoda pluralida<strong>de</strong> e a redução da política a re<strong>la</strong>ções <strong>de</strong> dominantes, privilegiadose dominados.In<strong>de</strong>p<strong>en</strong><strong>de</strong>ntem<strong>en</strong>te <strong>de</strong> como as pessoas respon<strong>de</strong>m à questão <strong>de</strong> se éo humano ou o mundo que está em perigo na crise atual, uma coisa écerta: qualquer resposta que coloque o ser humano no c<strong>en</strong>tro das preocupaçõesatuais e sugira que ele <strong>de</strong>ve mudar para que a situação melhoreé profundam<strong>en</strong>te apolítica. Pois no c<strong>en</strong>tro da política jaz a preocupaçãocom o mundo, não com o ser humano – com um mundo, na verda<strong>de</strong>,constituído <strong>de</strong>ssa ou daque<strong>la</strong> maneira, sem o qual aqueles que são aomesmo tempo preocupados e políticos não achariam que a vida é digna<strong>de</strong> ser vivida. 15Conforme Moltmann, a busca por um <strong>en</strong>t<strong>en</strong>dim<strong>en</strong>to geral <strong>de</strong> Deus e davida em comunhão configura-se como uma “teologia geral”, a qual é <strong>de</strong>finida,não <strong>de</strong> forma abstrata, mas a partir das perspectivas política, éticae ecológica. S<strong>en</strong>do assim, “o conceito universal, pelo qual buscam hojea teologia, a filosofia e a política, sem dúvida n<strong>en</strong>huma é o universo” 16 .Trata-se do universo que compartilhamos, o qual é <strong>de</strong>terminante à vidahumana. Nesse s<strong>en</strong>tido, Moltmann <strong>de</strong>fine que “o ‘conceito geral que serve<strong>en</strong>voltos na teoria positivista, eram efetivados ap<strong>en</strong>as no postu<strong>la</strong>do <strong>de</strong> que “… não há direitofora da organização política estatal, ou do concerto dos Estados no p<strong>la</strong>no internacional. Ora,essa concepção, como é fácil <strong>de</strong> ver, reve<strong>la</strong>-se radicalm<strong>en</strong>te incompatível como reconhecim<strong>en</strong>toda existência dos direitos humanos…”. Fábio Kon<strong>de</strong>r Comparato, A afirmaçãohistórica dos direitos humanos, São Paulo: Saraiva, 5 2007, p. 59.14 Hannah Ar<strong>en</strong>dt, O que é política?, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Bertrand Brasil, 7 2007 b, p. 23.15 Hannah Ar<strong>en</strong>dt, A promessa da política, Rio <strong>de</strong> Janeiro: difel, 2008, pp. 158-159.16 Jürg<strong>en</strong> Moltmann, Experiências <strong>de</strong> reflexão teológica: caminhos e formas da teologia cristã.São Leopoldo: Unisinos, 2004, p. 77.194 x Kathl<strong>en</strong> Luana <strong>de</strong> Oliveira

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