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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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qual as necessida<strong>de</strong>s e as aspirações se articu<strong>la</strong>m em reivindicações e emestandartes <strong>de</strong> luta antes <strong>de</strong> serem reconhecidos como direitos. 6Em sua constatação, Sachs expressa uma característica que vem s<strong>en</strong>doconsolidada na compre<strong>en</strong>são contemporânea acerca dos direitos humanos:sua construção histórica. Essa posição não é unívoca e po<strong>de</strong> serconfundida com um historicismo, ou seja, os direitos humanos seriamcompre<strong>en</strong>didos restritam<strong>en</strong>te pelo que se <strong>en</strong>contra em docum<strong>en</strong>tos <strong>de</strong> direitoshumanos e re<strong>la</strong>tivos ap<strong>en</strong>as a contextos históricos nos quais foram<strong>de</strong>c<strong>la</strong>rados. Entretanto, sua <strong>de</strong>finição também não po<strong>de</strong> ser a-histórica.Como Xabier Etxeberria <strong>de</strong>f<strong>en</strong><strong>de</strong>, afirmando a universalida<strong>de</strong> dos direitoshumanos, seria uma percepção trans-histórica. “… algo que, nacido <strong>en</strong>contextos históricos precisos, los <strong>de</strong>sborda a todos y se muestra a <strong>la</strong> vezcomo una refer<strong>en</strong>cia i<strong>de</strong>al que <strong>de</strong>b<strong>en</strong> t<strong>en</strong>er <strong>en</strong> cu<strong>en</strong>ta todos” 7 . Como trans--históricos:… los <strong>de</strong>rechos humanos, ni ahora ni nunca, se i<strong>de</strong>ntificarán pl<strong>en</strong>am<strong>en</strong>tecon sus realizaciones históricas, pero son condición <strong>de</strong> posibilidad <strong>de</strong>esas realizaciones y transformaciones <strong>en</strong> <strong>vistas</strong> a una mayor libertad, justiciay solidaridad 8 .Os esforços argum<strong>en</strong>tativos, especialm<strong>en</strong>te em realida<strong>de</strong>s cuja efetivaçãodos direitos humanos ainda precisa percorrer um longo caminho, compre<strong>en</strong><strong>de</strong>mque os “… direitos humanos não são prontos, são fruto da luta, seconstroem e são construídos historicam<strong>en</strong>te e se radicam nas lutas libertáriase emancipatórias …” 9 . Nesse viés, compre<strong>en</strong><strong>de</strong>r os direitos humanos<strong>en</strong>quanto construção é imprescindível, mesmo que, como afirmaria A<strong>la</strong>inTouraine, possa parecer algo <strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> interesse, pois, como a questão<strong>de</strong> gênero, “… numa cultura quase tudo é construído, quer se trate <strong>de</strong>alim<strong>en</strong>tação, dos sistemas <strong>de</strong> par<strong>en</strong>tesco ou da <strong>de</strong>finição do sagrado” 10 .6 Ignacy Sachs, “Des<strong>en</strong>volvim<strong>en</strong>to, direitos humanos e cidadania”. In Paulo Sérgio Pinheiroe Samuel Pinheiro Guimarães (orgs.), Direitos humanos no século xxi: Parte I. Brasília:ipri / funag, 2002. p. 156. Disponível em: (acesso: ago. 2008).7 Xabier Etxeberria, Etica <strong>de</strong> <strong>la</strong> difer<strong>en</strong>cia: En el marco <strong>de</strong> <strong>la</strong> Antropología cultural, Bilbao:Universidad <strong>de</strong> Deusto, 2 2000. p. 297. As citações <strong>de</strong>corr<strong>en</strong>tes originalm<strong>en</strong>te <strong>de</strong> obras emespanhol não serão traduzidas.8 Etxeberria, 2000, p. 297.9 Paulo César Carbonari, Direitos Humanos: sugestões Pedagógicas. Passo Fundo: ifibe,2008, p. 65.10 A<strong>la</strong>in Touraine, Um novo paradigma: para compre<strong>en</strong><strong>de</strong>r o mundo <strong>de</strong> hoje, Petrópolis:Vozes, 3 2007, pp. 218-219.192 x Kathl<strong>en</strong> Luana <strong>de</strong> Oliveira

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