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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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o projeto da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, traz<strong>en</strong>do <strong>de</strong> volta os velhos <strong>en</strong>cantam<strong>en</strong>tos danatureza e da história. O mundo metropolitano seria, portanto, um lugar privilegiado<strong>de</strong> re-<strong>en</strong>cantam<strong>en</strong>to, reasc<strong>en</strong><strong>de</strong>ndo a busca do sagrado nas maisvariadas versões e <strong>de</strong>nominações religiosas. (Passos, 2001: 127).A religião não <strong>de</strong>saparece, com as diversas mudanças causadas pe<strong>la</strong>cultura pós-mo<strong>de</strong>rna, muito pelo contrário houve uma re-significaçãourbana, que muitas vezes acontece fora da instituição. A mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>conhece uma ferm<strong>en</strong>tação religiosa. Agora a pessoa faz a experiência individual<strong>de</strong> Deus no seu coração, nos seus próprios s<strong>en</strong>tim<strong>en</strong>tos, nas suaspróprias emoções religiosas sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma ligação com a instituição.S<strong>en</strong>te a pres<strong>en</strong>ça e o amor <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong> modo s<strong>en</strong>sível. A experiênciatorna-se mais int<strong>en</strong>sa pe<strong>la</strong> comunicação com outras experiências. Sea mesma experiência é vivida simultaneam<strong>en</strong>te por milhares ou c<strong>en</strong>t<strong>en</strong>as<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> pessoas, a experiência transforma-se numa pl<strong>en</strong>itu<strong>de</strong> <strong>de</strong>alegria e emoção: choram, gritam, batem palmas, usam o corpo, etc. Asubjetivida<strong>de</strong> e o individualismo urbano metropolitano estão também, incorporadosno discurso e na prática das Igrejas evangélicas p<strong>en</strong>tecostais,respon<strong>de</strong>ndo e confirmando, em chave simbólica, esse modo <strong>de</strong> viver mo<strong>de</strong>rnoe pós-mo<strong>de</strong>rno instituído pe<strong>la</strong> socieda<strong>de</strong> capitalista.As cr<strong>en</strong>ças e viv<strong>en</strong>cias religiosas na metrópole voltam-se, também,para soluções <strong>de</strong> problemas nem sempre procurando o significado últimoda existência, mas questões imediatas, requer<strong>en</strong>do respostas objetivas,efici<strong>en</strong>tes e pragmáticas. A cr<strong>en</strong>ça em Deus, no mundo urbano da metrópole,continua em alta. Porém, o que mudou foi a própria concepção <strong>de</strong>Deus. Não se trata mais <strong>de</strong> um Deus criador, pessoal, externo e tido comoautorida<strong>de</strong> máxima. A concepção <strong>de</strong> Deus que mais cresce é a <strong>de</strong> uma<strong>en</strong>ergia ou princípio vital, mas que se <strong>en</strong>contra por toda parte. Um <strong>de</strong>ísmomais que um teísmo (Guerriero, 2009: 374). Além do mais, buscam-sesoluções imediatas, muitas vezes <strong>de</strong> maneira mágica, sem comunida<strong>de</strong> religiosa.Neste s<strong>en</strong>tido, <strong>en</strong>t<strong>en</strong>damos o florescim<strong>en</strong>to <strong>de</strong> novas comunida<strong>de</strong>se <strong>de</strong> Novos Movim<strong>en</strong>tos Religiosos, não institucionalizados <strong>de</strong> maneirarígida, nos gran<strong>de</strong>s c<strong>en</strong>tros urbanos; isto é, associações religiosas e corr<strong>en</strong>tes<strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong> surgidas nos dois últimos séculos sobre bases já <strong>de</strong>religiões antigas, tradições esotéricas, gnósticas ou o p<strong>en</strong>sam<strong>en</strong>to original<strong>de</strong> seus fundadores.Secu<strong>la</strong>rização religiosa na metrópoleHouve um tempo em que os <strong>de</strong>scr<strong>en</strong>tes, sem amor a Deus e “sem religião”,eram raros. Todos eram educados para ver e ouvir as coisas do122 x Rafael Lopez Vil<strong>la</strong>s<strong>en</strong>or

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