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La teología de la liberación en prospectiva - Noticias más vistas

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uma corre<strong>la</strong>ção crítica <strong>en</strong>tre a experiência cristã da primeira comunida<strong>de</strong>e a experiência atual dos que crêem: um espaço <strong>de</strong> experiência prece<strong>de</strong>ntee um horizonte <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> outro mundo possível.A herm<strong>en</strong>êutica teológica, da mesma forma que a herm<strong>en</strong>êutica filosófica,não po<strong>de</strong> ser unicam<strong>en</strong>te uma herm<strong>en</strong>êutica do s<strong>en</strong>tido, isto é, umaherm<strong>en</strong>êutica que busca simplesm<strong>en</strong>te interpretar os textos e que nãose preocupa com o que po<strong>de</strong> ser a prática da verda<strong>de</strong> manifestada paratransformar o agir humano. (Geffré, 2004: 54).A teologia <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo herm<strong>en</strong>êutico, c<strong>en</strong>trada no “mundo do texto”, remetepara além da pura interpretação textual, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m linguística. E<strong>la</strong>conduz necessariam<strong>en</strong>te a uma reinterpretação prática, a um fazer 7 . Aherm<strong>en</strong>êutica do s<strong>en</strong>tido, não produz ap<strong>en</strong>as novas interpretações, masconduz a uma <strong>de</strong>terminada prática social, motivando um novo fazer. Apa<strong>la</strong>vra <strong>de</strong> Deus não é som<strong>en</strong>te memória passada da pres<strong>en</strong>ça <strong>de</strong> Deus.E<strong>la</strong> é condição <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recriação do mundo. A compre<strong>en</strong>sãoherm<strong>en</strong>êutica do texto, <strong>en</strong>quanto “mundo do texto”, tem como objeto omundo novo projetado pe<strong>la</strong>s referências do texto. Compre<strong>en</strong><strong>de</strong>r o texto écompre<strong>en</strong><strong>de</strong>r-se diante <strong>de</strong>le, sem se <strong>en</strong>tregar a uma compre<strong>en</strong>são puram<strong>en</strong>teintelectual, mas fazer real uma nova possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> existência efazer existir um mundo novo. O compre<strong>en</strong><strong>de</strong>r herm<strong>en</strong>êutico é, portanto,realizar uma nova prática social.P<strong>en</strong>so, pois, que uma herm<strong>en</strong>êutica que toma por categoria c<strong>en</strong>tral o“mundo do texto” não corre mais o risco <strong>de</strong> privilegiar a re<strong>la</strong>ção dialogal<strong>en</strong>tre o autor e o leitor, nem a <strong>de</strong>cisão pessoal em face do texto. A amplitu<strong>de</strong>do mundo do texto requer amplitu<strong>de</strong> igual ao <strong>la</strong>do da aplicação, aqual será tanto práxis política como trabalho <strong>de</strong> p<strong>en</strong>sam<strong>en</strong>to e <strong>de</strong> linguagem(Ricoeur apud Geffré, 1989: 60).po<strong>de</strong>r fazer uma avaliação do campo temático. Portanto, este lugar que cada investigadoratinge a partir do qual ele po<strong>de</strong> fazer uma investigação sistemática em um <strong>de</strong>terminadocampo. E<strong>la</strong> no fundo é aspiração <strong>de</strong> qualquer pesquisador. Só que em geral nós não gastamostempo e vagar para avaliar o ‘lugar’ <strong>de</strong> competência que atingimos para abordar um<strong>de</strong>terminado tema” (1996, p. 53). “A situação herm<strong>en</strong>êutica é uma situação que cada um <strong>de</strong>nós já leva acritivam<strong>en</strong>te consigo. Sem uma certa situação herm<strong>en</strong>êutica, não seríamos nemcapaz <strong>de</strong> escolher um bom livro” (1996, p. 100).7 Ver obra <strong>de</strong> Gadamer, A razão na época da ciência, no capítulo “Herm<strong>en</strong>êutica comofilosofia da prática”. Gadamer critica a reviravolta paradigmática da linguagem, na medidaem que e<strong>la</strong> ap<strong>en</strong>as inverte a re<strong>la</strong>ção da subjetivida<strong>de</strong> para a questão da linguagem. “A herm<strong>en</strong>êuticanão só cultiva uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compre<strong>en</strong>são, isto é, e<strong>la</strong> não é simples teoriada arte; tem também que respon<strong>de</strong>r pelo caráter e mo<strong>de</strong>lo daquilo que e<strong>la</strong> faz compre<strong>en</strong><strong>de</strong>r”(Gadamer, 1983, p. 64).Congreso Contin<strong>en</strong>tal <strong>de</strong> Teología x 101

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