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impossibilia-8-octubre-2014

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O enredo de livro é impactante, o ritmo acelerado e a resolução inesperada dos problemas sãocaracterísticas presentes na obra de Marinho, como observa Sandroni:A ironia, a graça, a crítica são marcas registradas de João Carlos Marinho. Seus livros são sátiras aos temposde violência que atravesamos. Já que os jovens vivem imersos nese clima angustiante, o jeito é exagerar,ampliando-o ao extremo, de forma a provocar o riso e, através dele, a relexão. Seus "bandidos" sãocaricaturas, os crimes são sanguinolentos, lembrando desenhos animados tipo Tom & Jery ou os enredossem pé nem cabeça das histórias em quadrinhos. 3Vale destacar a personagem Berenice que integra a turma, intitulando três livros da série juvenil: Olivro da Berenice (1984), Berenice Detetive (1987) e Berenice contra o maníaco Janeloso (1990). Enquantono Gênio do crime a participação da menina se restringia a algumas cenas, em Sangue fresco ela compõetanto cenas de perigo quanto de humor. A respeito da Berenice no primeiro livro, Belinky (1984) explana:A trama é simples: a Berenice, qual outra Emília, põe as mãos na cintura e proclama a sua decisão deescrever o melhor livro do mundo. A turma coopera, cada um a seu modo, na feitura da obra-prima que sechamará Ninguém Faz a Minha Cabeça. Só que, ao tomar conhecimento do futuro best-seler milionário,um escroque internacional de nome estrambótico resolve surupiar o original antes mesmo de terminado, àmedida que vai sendo "tipado" (como diria Monteiro Lobato) – e isto por meios eletrônicos ultramodernos.Ou seja, por meio de um computador que vai roubando o texto, registrando e traduzindo a distância asbatidas da máquina de escrever da autora. Claro que, depois de uma pá de peripécias, umas incruentas,outras nem tanto, o texto é resgatado, os vilões lagrados, e tudo termina com a tarde de autógrafos daBerenice, sendo a primeira dedicatória para o rabelesiano Frade João (que lembra também Friar Tuck daslendas de Robin Hood). O qual, por sinal, merece um livro só para ele, "anti-super-herói" que é truculentoe picaresco, com qualidades que não são mágicas, mas muito melhores. 43Análise da crítica literária Laura Sandroni, sobre o livro Berenice Contra o Maníaco Janeloso (1990), publicada nojornal O Globo, em 25, de Janeiro, de 1991. Sem constar numeração de página. Disponível emhtp:/www.globaleditora.com.br/joaocarlosmarinho/laura_sandroni.htm Aceso em: 10 set. 2012.4Comentário sobre O livro da Berenice (1984), pela escritora e estudiosa Tatiana Belinky, não contém número depágina. A crítica foi publicada no Jornal da Tarde, em 15 de abril, de 1984. Disponível em:htp:/www.globaleditora.com.br/joaocarlosmarinho/tatiana_belinky.htm. Aceso em: 10 set. 2012.Arlindo, Caroline y Alves Valente, Tiago. “François Rabelais e João Carlos Marinho: um gordo, dois gordos”.Imposibilia Nº8, Págs. 29-45 (Octubre <strong>2014</strong>) Artículo recibido el 31/07/<strong>2014</strong> – Aceptado el 11/09/<strong>2014</strong> – Publicado el 30/10/<strong>2014</strong>.35

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