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LIBRO.ARCHIVOS.IBEROAMERICANOS

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4 El sistema de administración de documentos. A descrição arquivística.<br />

168<br />

Administración de documentos y archivos. Textos fundamentales<br />

Na base da descrição encontra-se igualmente um conjunto de regras claramente enunciadas<br />

na ISAD (G) 25 :<br />

•<br />

•<br />

•<br />

•<br />

A descrição é feita do geral para o particular, com o objectivo de representar o contexto e<br />

a estrutura hierárquica do Fundo e das partes que o compõem;<br />

Regista informação pertinente para o nível de descrição, com o objectivo de representar<br />

com rigor o contexto e o conteúdo da unidade de descrição;<br />

Assegura a ligação entre descrições, com o objectivo de tornar explícita a posição da unidade<br />

de descrição na hierarquia;<br />

Assegura a não repetição da informação, com o objectivo de evitar a redundância em<br />

descrições arquivísticas hierarquicamente relacionadas.<br />

Tendo em conta que a ISAD (G) foi a primeira norma a surgir, foi nela que se centraram as<br />

atenções das comunidades arquivísticas da maioria dos países, com o objectivo de proceder<br />

à sua análise e exploração, de a integrar no seu quotidiano, de proceder à sua articulação<br />

com normas e práticas de descrição nacionais ou locais, de a testar, através da aplicação a<br />

documentação com diferentes características, a diferentes níveis de profundidade.<br />

No entanto, e tal como se constatou da sua aplicação prática no âmbito do Instituto dos<br />

Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e da entidade que lhe sucedeu, a Direcção-Geral de<br />

Arquivos26 , a sua utilização não conduz, necessariamente, a descrições normalizadas, coerentes<br />

e consistentes, mesmo quando o preenchimentos dos elementos de informação tem em<br />

conta o definido pelo conjunto de normas ISO por ela recomendadas.<br />

A falta de normalização em relação à terminologia utilizada pelas comunidades arquivísticas<br />

dos diferentes países, ou entre serviços de arquivo de um mesmo país, em nada contribui<br />

para a normalização da descrição. Um dos aspectos que há que garantir, por exemplo, é<br />

a aplicação coerente e consistente dos níveis de descrição, começando pelo Fundo, mas<br />

passando também pelas diferentes partes que o constituem, com base na definição da sua<br />

natureza e características, para proceder à sua delimitação.<br />

Especificamente no que ao Fundo se reporta, bem como à aplicação do princípio da proveniência,<br />

é importante considerar a forma como a sua abordagem tem evoluído, desde que<br />

Michel Duchein lhe dedicou o seu conhecido estudo27 . Com base na constatação da crescente<br />

complexidade e mutabilidade das actuais Administrações, quando se trata de pessoas<br />

colectivas, mas também, embora de uma outra forma, de pessoas singulares ou famílias,<br />

bem como das consequências de que tal mutabilidade se reveste para a documentação produzida<br />

- no domínio da custódia, do controlo, da utilização e reutilização -, o princípio da<br />

proveniência foi aprofundado, ganhando novas dimensões28 . Assim, para além de identificar<br />

25 Ibidem, 2. Regras para a descrição multinível.<br />

26 A este respeito cf. RUNA, Lucília; PENTEADO, Pedro, Surfeando de sigla en sigla: la Dirección General de Archivos (DGARQ)<br />

y la normalización de la descripción en Portugal. In: Tabula: Estudios Archivísticos de Castilla y León. Salamanca: Asociación<br />

de Archiveros de Castilla y León. N.º 11, 2008, pp. 65-95.<br />

27 “Le respect des fonds en archivistique: principes théoriques et problèmes pratiques”, já citado, pp. 9-34.<br />

28 Para uma síntese relativa aos conceitos de fundo, proveniência, ordem original e problemáticas com eles directamente<br />

relacionadas cf. The archival fonds: from theory to practice=Le fonds d’archives: de la théorie à la pratique, já citado, especialmente<br />

a “Introdução geral”, da responsabilidade de Terry Eastwood, pp. 1-13; ou ainda COOK, Terry, “Archival science and<br />

postmodernism: new formulations for old concepts”. In: Archival science: International journal on recorded information. Kluwer<br />

Academic Publishers. Vol. 1, n.º 1, 2001, pp. 3-24, em especial pp. 21-22.

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