Edição Especial - Faap

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Na Argentina, a produção de carne bovina vem passando por um período de expansão, com 26% de incremento do rebanho entre 2002 e 2005. Estimase que o volume produzido em 2005 será de 3,1 milhões de toneladas (SAGPyA, 2005). As exportações de carne bovina passaram por um incremento de 140% em 2004, alcançando um valor de US$ 470 milhões. Em 2004, o país exportou 617 milhões de toneladas de carne bovina (USDA, 2005), o que representou cerca de 9% do comércio mundial de carnes. Foi o maior volume exportado desde 1995. De acordo com o Centro de Estudios para la Produccion (CEP), a expectativa para o ano de 2005 também é bastante positiva. O país deverá atingir o recorde de exportações dos últimos 25 anos, com incrementos da ordem de 15% (incluindo as carnes processadas). Os fatores que permitiram o bom desempenho do setor de carnes argentino foram: melhora no status sanitário do país; reabertura do mercado europeu, incluindo a quota Hilton; acesso ao mercado chinês; e uma conjuntura mundial favorável, com pressão de demanda, dada a retração da participação de grandes países produtores e exportadores, como os Estados Unidos e Canadá, em função da identificação de surtos de doenças como o BSE, popularmente conhecido como doença da vaca louca. O bom desempenho da pecuária argentina é resultado dos esforços públicos e privados em relação à sanidade agropecuária. A OIE declarou recentemente a zona norte do país como “livre de febre aftosa com vacinação”. A reabertura do mercado da União Européia à carne bovina desossada e maturada, provenientes das províncias do Chaco, Formosa, Jujuy e Salta, também contribuíram para o desempenho do setor. As exportações brasileiras são predominantemente na forma de carne congelada, sendo uma pequena porção embarcada na forma mais processada e de maior valor agregado (Tabela 6). O subproduto da carne bovina que apresentou maior valor unitário para a carne bovina foi o de extrato e caldo de carnes. Para a carne bovina, 69% das exportações do setor são na forma 96 Revista de Economia & Relações Internacionais, vol.5(edição especial), 2006

congelada desossada, seguida por carne fresca ou resfriada desossada (15,7%), e preparações alimentícias e conservas (14,7%). Para este setor, o faturamento total com as exportações atingiu US$ 2,48 bilhões no ano de 2004 (Tabela 8). Se o volume exportado de carne congelada desossada fosse embarcado na forma resfriada ou fresca, o faturamento total com exportações aumentaria para US$ 3,64 bilhões, ou seja, 46,4% (mantendo constante a exportação dos outros produtos). No caso do frango, a quase totalidade das exportações brasileiras foi embarcada na forma congelada (98%), seguido de 1,82% de preparações e conservas. Esse último é o subproduto de maior valor unitário de exportação. Ao contrário da carne bovina, o preço da carne de frango congelado foi superior ao da carne de frango fresco ou refrigerado. O faturamento total com exportações foi de US$ 2,8 bilhões em 2004 (Tabela 9). Pressupondo um rendimento próximo a 100% entre a carne de aves e as preparações alimentícias, se o volume de carne congelada exportada fosse processado 5, haveria um aumento do faturamento do segmento da ordem de 105%, para US$ 5,78 bilhões. No caso da Argentina, as exportações de carne do país ocorrem em um maior número de formas. Para a carne bovina, 53% das exportações foram realizadas na forma fresca, 17,7% como miúdos, 15,3% como farinhas e 10,9% na forma de carnes processadas. Este último foi o produto que apresentou 5 Na ausência de valores mais precisos. O sucesso do agronegócio no Brasil e Argentina..., Carlos Faccina, p. 80-101 97

congelada desossada, seguida por carne fresca ou resfriada desossada (15,7%), e<br />

preparações alimentícias e conservas (14,7%). Para este setor, o faturamento<br />

total com as exportações atingiu US$ 2,48 bilhões no ano de 2004 (Tabela 8).<br />

Se o volume exportado de carne congelada desossada fosse embarcado na forma<br />

resfriada ou fresca, o faturamento total com exportações aumentaria para US$ 3,64<br />

bilhões, ou seja, 46,4% (mantendo constante a exportação dos outros produtos).<br />

No caso do frango, a quase totalidade das exportações brasileiras foi<br />

embarcada na forma congelada (98%), seguido de 1,82% de preparações e<br />

conservas. Esse último é o subproduto de maior valor unitário de exportação.<br />

Ao contrário da carne bovina, o preço da carne de frango congelado foi<br />

superior ao da carne de frango fresco ou refrigerado. O faturamento total com<br />

exportações foi de US$ 2,8 bilhões em 2004 (Tabela 9). Pressupondo um<br />

rendimento próximo a 100% entre a carne de aves e as preparações alimentícias, se<br />

o volume de carne congelada exportada fosse processado 5, haveria um aumento do<br />

faturamento do segmento da ordem de 105%, para US$ 5,78 bilhões.<br />

No caso da Argentina, as exportações de carne do país ocorrem em um<br />

maior número de formas. Para a carne bovina, 53% das exportações foram<br />

realizadas na forma fresca, 17,7% como miúdos, 15,3% como farinhas e 10,9%<br />

na forma de carnes processadas. Este último foi o produto que apresentou<br />

5 Na ausência de valores mais precisos.<br />

O sucesso do agronegócio no Brasil e Argentina..., Carlos Faccina, p. 80-101<br />

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