Edição Especial - Faap
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Atualmente, o Brasil destaca-se como o terceiro maior exportador mundial<br />
de produtos agrícolas, suplantado apenas pelos Estados Unidos e União<br />
Européia. Argumenta-se que a possibilidade de estender consideravelmente sua<br />
área agricultável proporciona uma importante vantagem para o Brasil<br />
relativamente a seus competidores.<br />
Na Argentina, além de um bom desempenho das exportações agropecuárias, a<br />
indústria de alimentos encontra-se em excelente condição para competir no mercado<br />
internacional. O país é o quinto maior produtor, além de oitavo maior exportador<br />
mundial de alimentos (http://www.inversiones.gov.ar/sectors_invest.htm).<br />
Os resultados positivos podem ser incrementados, se esses países conseguirem<br />
vencer as dificuldades que os têm impedido de explorar, de forma plena, o<br />
potencial de produção e exportação desenvolvido. Dentre esses impedimentos<br />
destacam-se: a organização do sistema fiscal do país, de forma a facilitar a<br />
integração vertical nas cadeias; e o investimento em infra-estrutura de escoamento<br />
da produção, incluindo-se a capacidade de processamento dos produtos. Além<br />
disso, os países têm encontrado dificuldades para organizar e estruturar um sistema<br />
produtivo que atenda às normas e regulamentos técnicos, sanitários e fitosanitários<br />
exigidos nos mercados mais remuneradores de agro-alimentos de países<br />
desenvolvidos. Nesses mercados, os consumidores vêm se tornando cada vez mais<br />
exigentes quanto à qualidade, procedência e sanidade dos alimentos, em função de<br />
surtos de doenças em animais e da manifestação de riscos presentes nos alimentos<br />
que fugiram ao controle das autoridades sanitárias.<br />
Esses aspectos têm dificultado o aumento das exportações mundiais de<br />
agro-alimentos com maior grau de processamento, tanto para o Brasil como<br />
para a Argentina. Conseqüentemente, as exportações desses países mantêm-se<br />
concentradas em um número relativamente pequeno de produtos, com baixo<br />
grau de processamento e diferenciação. No Brasil, a exportação de dez<br />
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Revista de Economia & Relações Internacionais, vol.5(edição especial), 2006