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Edição Especial - Faap

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O mundo da segurança no<br />

diálogo argentino-brasileiro<br />

Braz de Araujo*<br />

Resumo: Este artigo reitera a importância da cooperação econômica<br />

no mundo da segurança no contexto das relações entre Argentina e<br />

Brasil. O mundo da segurança entre os dois países envolveria as<br />

questões de defesa e também de segurança interna e/ou segurança<br />

pública, o que significaria levantar as possibilidades de negócios em<br />

áreas pertinentes às Forças Armadas, às polícias, às relações destas<br />

com o Judiciário, e ao melhor funcionamento das relações do<br />

cidadão com os respectivos sistemas de defesa e segurança, pois<br />

Argentina e Brasil têm responsabilidade histórica pelo sucesso da<br />

cooperação democrática no âmbito da América do Sul.<br />

As empresas de ambos os países que atuam nestas áreas poderiam e<br />

deveriam contribuir de maneira crescente para que todas as políticas<br />

de modernização em defesa e segurança pública a serem<br />

implementadas possam também se constituir em poderoso<br />

instrumento de fortalecimento da cooperação econômica entre os<br />

países da América do Sul. Trata-se de um mercado potencial de<br />

alguns bilhões de dólares, em todos os setores da economia.<br />

O texto dá ênfase às questões relacionadas com a segurança interna<br />

e/ou segurança pública, pois aquelas relacionadas com as<br />

potencialidades econômicas no âmbito da defesa já parecem mais<br />

claras para os atores mais relevantes e parecem se consolidar via<br />

iniciativas industriais conjuntas sustentáveis e competitivas no<br />

âmbito pelo menos regional.<br />

Palavras-chave: Relações Argentina-Brasil, cooperação econômica<br />

nas áreas de defesa e segurança pública.<br />

A história da humanidade nos ensina que a cultura passa pelo caminho da<br />

seda, ou seja, o caminho da riqueza. São justamente nas ramificações dos<br />

caminhos da riqueza que se desenvolveram novas culturas, inovações,<br />

civilizações. Se Argentina e Brasil querem construir um futuro de cooperação,<br />

esse caminho só pode ser o caminho da riqueza. Portanto, se não houver<br />

perspectivas de cooperação nos respectivos sistemas empresariais, não se<br />

construirá o caminho da riqueza conjunta, pois iniciativas estatais descoladas<br />

dos sistemas empresariais serão insuficientes para a sustentabilidade da<br />

cooperação estratégica em todas as dimensões.<br />

Assim, não se trata no curto prazo apenas de pôr fim a contenciosos<br />

comerciais, aos impasses que paralisam, ou inviabilizam, ou colocam em banho-<br />

* Braz de Araujo foi Coordenador do Núcleo de Análise Interdisciplinar de Políticas e Estratégia da<br />

Universidade de São Paulo e Professor do Departamento de Ciência Política (DCP) da Faculdade de<br />

Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).<br />

O mundo da segurança no diálogo argentino-brasileiro..., Braz de Araujo, p. 7-16<br />

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