Edição Especial - Faap

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27.08.2013 Views

Empresaria del Brasil es, entre otros, un ejemplo en tal sentido; • La participación activa en los mecanismos orientados a facilitar e incentivar la integración de cadenas de valor, especialmente en el ámbito del Mercosur y, eventualmente, de otros acuerdos preferenciales. Es el caso de los denominados “foros de competitividad” instalados recientemente en el Mercosur; y • El desarrollo de estrategias empresarias – o de grupos de empresas asociadas – para competir en los escenarios post-negociaciones comerciales. Estos requerimientos, abren una amplia agenda de trabajo conjunto entre empresarios de nuestros países y sus instituciones representativas. Es asimismo, otro plano para una interacción sistemática entre el mundo empresario y el académico. 44 Revista de Economia & Relações Internacionais, vol.5(edição especial), 2006

Perspectiva de cooperação no mundo da energia Peter Greiner* Resumo: A energia está para os padrões da sociedade moderna como o alimento para a vida do homem. Seu suprimento futuro é incerto, pois 80% do consumo atual são atendidos por petróleo, gás e carvão, que, fadados ao esgotamento, não têm definida sua substituição por alternativas volumétrica e tecnicamente seguras. Nesse contexto a integração energética entre países oferece vantagens como as de complementaridades operacionais e de fontes, a segurança e o acesso no suprimento, a escala e a junção de esforços em P&D etc. Primeiro a Argentina e, cinco anos depois, o Brasil abriram seus setores de energia, com ressalvas. Recentemente a Argentina promoveu um retrocesso após a crise em que rompeu a paridade do peso com o dólar, enquanto no Brasil a mudança no setor elétrico não se completou mantendo-se, também, a condição essencialmente monopolista da Petrobrás no setor de hidrocarbonetos. Há, assim, assimetrias específicas. Mas não impediram grandes avanços na integração energética: as hidrelétricas de Salto Grande (AR-UR), Itaipu (BR-PA) e Yaciretá (AR-PA), e as conexões elétricas e de gás, esta a exemplo do Gasbol. A crise de energia elétrica no Brasil em 2001 deveria inspirar os políticos para aprofundarem a integração energética. Nessa linha, há uma importante agenda para mantê-la e expandi-la, não só entre a Argentina e o Brasil, mas num âmbito regional maior: as hidrelétricas de Corpus e os projetos no Rio Uruguai, maior integração no uso do gás natural, transferências sazonais de energéticos e programas de energia alternativa, em particular os biocombustíveis. Finalmente, são enfatizadas as expressivas vantagens e razões que deveriam levar toda a região a priorizar e antecipar as hidrelétricas, limitando as restrições ambientais aos aspectos realmente importantes. Palavras-chave: Argentina, Brasil, integração energética, hidrelétricas, restrições ambientais. A integração energética entre países tem elevada importância econômica e estratégica e envolve significativa complexidade. Sua abordagem responsável requer um claro conhecimento do contexto. 1. O desafio energético Sendo a energia nos seus diversos vetores – energia elétrica, gás, combustíveis líquidos – um insumo essencial para a produção industrial, * Peter Greiner é engenheiro e doutor em administração, superintendente e Diretor Adjunto na Cesp e Eletropaulo, Vice-Presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo. Secretário Nacional de Energia do Ministério de Minas e Energia do Brasil de março de 1994 a março de 1999. Perspectiva de cooperação no mundo da energia, Peter Greiner, p. 45-55 45

Perspectiva de cooperação no<br />

mundo da energia<br />

Peter Greiner*<br />

Resumo: A energia está para os padrões da sociedade moderna como<br />

o alimento para a vida do homem. Seu suprimento futuro é incerto,<br />

pois 80% do consumo atual são atendidos por petróleo, gás e carvão,<br />

que, fadados ao esgotamento, não têm definida sua substituição por<br />

alternativas volumétrica e tecnicamente seguras. Nesse contexto a<br />

integração energética entre países oferece vantagens como as de<br />

complementaridades operacionais e de fontes, a segurança e o acesso<br />

no suprimento, a escala e a junção de esforços em P&D etc.<br />

Primeiro a Argentina e, cinco anos depois, o Brasil abriram seus<br />

setores de energia, com ressalvas. Recentemente a Argentina<br />

promoveu um retrocesso após a crise em que rompeu a paridade do<br />

peso com o dólar, enquanto no Brasil a mudança no setor elétrico não<br />

se completou mantendo-se, também, a condição essencialmente<br />

monopolista da Petrobrás no setor de hidrocarbonetos.<br />

Há, assim, assimetrias específicas. Mas não impediram grandes<br />

avanços na integração energética: as hidrelétricas de Salto Grande<br />

(AR-UR), Itaipu (BR-PA) e Yaciretá (AR-PA), e as conexões elétricas<br />

e de gás, esta a exemplo do Gasbol. A crise de energia elétrica no Brasil<br />

em 2001 deveria inspirar os políticos para aprofundarem a integração<br />

energética.<br />

Nessa linha, há uma importante agenda para mantê-la e expandi-la,<br />

não só entre a Argentina e o Brasil, mas num âmbito regional maior:<br />

as hidrelétricas de Corpus e os projetos no Rio Uruguai, maior<br />

integração no uso do gás natural, transferências sazonais de energéticos<br />

e programas de energia alternativa, em particular os biocombustíveis.<br />

Finalmente, são enfatizadas as expressivas vantagens e razões que<br />

deveriam levar toda a região a priorizar e antecipar as hidrelétricas,<br />

limitando as restrições ambientais aos aspectos realmente importantes.<br />

Palavras-chave: Argentina, Brasil, integração energética, hidrelétricas,<br />

restrições ambientais.<br />

A integração energética entre países tem elevada importância econômica e<br />

estratégica e envolve significativa complexidade. Sua abordagem responsável<br />

requer um claro conhecimento do contexto.<br />

1. O desafio energético<br />

Sendo a energia nos seus diversos vetores – energia elétrica, gás,<br />

combustíveis líquidos – um insumo essencial para a produção industrial,<br />

* Peter Greiner é engenheiro e doutor em administração, superintendente e Diretor Adjunto na Cesp e<br />

Eletropaulo, Vice-Presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo. Secretário Nacional de Energia do<br />

Ministério de Minas e Energia do Brasil de março de 1994 a março de 1999.<br />

Perspectiva de cooperação no mundo da energia, Peter Greiner, p. 45-55<br />

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